DIREITO ADMINISTRATIVO I

I. Introdução

DIREITO ADMINISTRATIVO
E
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
 DIREITO ADMINISTRATIVO I

I. Introdução

(Numa primeira abordagem,

ainda pouco rigorosa,
podemos dizer que o)

Direito Administrativo é o
conjunto de normas que
disciplinam a administração
pública…
 DIREITO ADMINISTRATIVO I

I. Introdução

O QUE É A ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA ?
 DIREITO ADMINISTRATIVO I

I. Introdução

Embora de forma quase invisível, a administração pública, de

uma forma prática, relaciona-se diretamente com grande
parte dos aspetos essenciais da nossa vida em comunidade:

 segurança de pessoas e bens;

 proteção diplomática e consular;
 prevenção e socorro em caso de acidentes e sinistros;
 defesa nacional;
 prestação de serviços de interesse geral;
 saúde;
 educação;
 ambiente;
 urbanismo;
 desenvolvimento económico;
 apoio à cultura e ao desporto;
 …
 DIREITO ADMINISTRATIVO I

I. Introdução

SATISFAÇÃO
DE
NECESSIDADES
COLETIVAS
 DIREITO ADMINISTRATIVO I

I. Introdução

NECESSIDADES COLETIVAS

 SEGURANÇA
 CULTURA
 BEM-ESTAR
VER ARTIGOS 2.º E 9.º CRP
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I. Introdução

A REALIZAÇÃO DA JUSTIÇA
SERÁ UMA NECESSIDADE
COLETIVA ?
 DIREITO ADMINISTRATIVO I

I. Introdução

SIM, MAS SITUADA NOUTRA

ÁREA DE ATUAÇÃO DO
ESTADO – A DOS TRIBUNAIS
(P ODER JUDI CI AL )

 ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA
VER ARTIGOS 202.º E SS. CRP
 DIREITO ADMINISTRATIVO I

I. Introdução

 A CONSTITUIÇÃO APONTA PARA DOIS TIPOS

ESSENCIAIS DE FUNÇÕES DO ESTADO

 FUNÇÕES PRIMÁRIAS
- FUNÇÃO POLITICA
- FUNÇÃO LEGISLATIVA

 FUNÇÕES SECUNDÁRIAS
- FUNÇÃO JURISDICIONAL
- FUNÇÃO ADMINISTRATIVA
 DIREITO ADMINISTRATIVO I

I. Introdução

A FUNÇÃO ADMINISTRATIVA COMPREENDE

 A ATIVIDADE PÚBLICA CONTÍNUA TENDENTE

À SATISFAÇÃO DAS NECESSIDADES COLETIVAS
EM CADA MOMENTO SELECIONADAS, MEDIANTE
PRÉVIA OPÇÃO CONSTITUCIONAL E
LEGISLATIVA, COMO DESÍGNIOS DA
COLETIVIDADE PÚBLICA
 DIREITO ADMINISTRATIVO I

1. A Administração Pública

CONCEITO DE ADMINISTRAÇÃO
 DIREITO ADMINISTRATIVO I

1.1.Conceito de Administração
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
EM SENTIDO ORGÂNICO OU SUBJETIVO

 É O SISTEMA DE ÓRGÃOS, SERVIÇOS E

AGENTES DO ESTADO, BEM COMO DAS
DEMAIS PESSOAS COLETIVAS PÚBLICAS,
QUE ASSEGURAM EM NOME DA
COLETIVIDADE A SATISFAÇÃO REGULAR E
CONTÍNUA DAS NECESSIDADES
COLETIVAS DE SEGURANÇA, CULTURA E
BEM-ESTAR
 DIREITO ADMINISTRATIVO I

1.1.Conceito de Administração

ORGANIZAÇÕES

 Pessoas coletivas públicas (organizações,

dotadas de personalidade jurídica)
 Outros serviços públicos (não personificados)
 Algumas entidades de direito privado (?)

INDIVÍDUOS

 Trabalhadores da Administração
Pública/funcionários públicos (indivíduos que
põem a sua inteligência e a sua vontade ao
serviço das organizações administrativas para as
quais trabalham)
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1.1.Conceito de Administração

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
EM SENTIDO MATERIAL OU OBJETIVO
 É A ATIVIDADE TÍPICA DOS SERVIÇOS
PÚBLICOS E AGENTES ADMINISTRATIVOS
DESENVOLVIDA NO INTERESSE GERAL DA
COLETIVIDADE, COM VISTA À SATISFAÇÃO
REGULAR E CONTÍNUA DAS NECESSIDADES
COLETIVAS DE SEGURANÇA, CULTURA E
BEM-ESTAR, OBTENDO PARA O EFEITO OS
RECURSOS MAIS ADEQUADOS E UTILIZANDO
AS FORMAS MAIS CONVENIENTES. [V. Art.º
199.º, al. g) CRP]
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1.1.Conceito de Administração

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
VS.
ADMINISTRAÇÃO PRIVADA
Adm. Pública Adm. Privada
Objeto Da coletividade Individuais e
(necessidades) concretas
Fim Interesse Fins pessoais e
público particulares
Meios Meios de Igualdade
autoridade entre as partes
(comandos (contratos)
unilaterais)
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1.1.Conceito de Administração

 A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E AS
FUNÇÕES DO ESTADO

- FUNÇÃO POLÍTICA

- FUNÇÃO LEGISLATIVA

- FUNÇÃO JURISDICIONAL
 DIREITO ADMINISTRATIVO I

1.1.Conceito de Administração

Administração Pública vs. Função

Política
ADM. PÚBLICA FUNÇÃO POLÍTICA
Realiza em termos Define interesse geral da
concretos o interesse coletividade
definido pela politica
Satisfação regular e Natureza criadora,
contínua das necessidades inovadora
coletivas
Natureza executiva Caráter livre e primário
Órgãos secundários e Órgãos superiores do
subalternos Estado
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1.1.Conceito de Administração

Administração Pública vs. Função Política

(cont.)

 Em regra, toda a administração pública, além

de atividade administrativa, é também execução
ou desenvolvimento de uma política

 Por vezes, a própria administração sobrepõe-

se a uma autoridade política enfraquecida ou
incapaz  exercício de poder pelos funcionários
(poder burocrático = burocracia) ou técnicos
(poder tecnocrático = tecnocracia)
 DIREITO ADMINISTRATIVO I

1.1.Conceito de Administração

Administração Pública vs. Função

Legislativa
ADM. PÚBLICA FUNÇÃO LEGISLATIVA
Executa, aplica, põe em Define opções, objetivos,
prática o que lhe é normas abstratas
determinado
Atividade Subordinada Aprova as leis
à lei

 A LEI É O FUNDAMENTO, O CRITÉRIO E O

LIMITE DE TODA A ATIVIDADE ADMINISTRATIVA
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1.1.Conceito de Administração

Administração Pública vs. Função Jurisdicional

ADM. PÚBLICA FUNÇÃO JURISDICIONAL

Gerir Julgar
Interesses gerais da Aplica direito aos casos
coletividade concretos
Iniciativa Passiva
Fim de interesse público Desinteressada
Relação hierárquica Juízes independentes

 Do princípio da submissão da administração pública à

lei decorre também o da sua submissão aos tribunais (que
apreciam e fiscalizam os seus atos e comportamentos)
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1.1.Conceito de Administração

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM SENTIDO

FORMAL

EXPRIME USUALMENTE OS MODOS DE ATUAÇÃO DA

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM SENTIDO ORGÂNICO
QUANDO EXERCE A ADMINISTRAÇÃO PUBLICA EM
SENTIDO MATERIAL E USA DE PODERES DE
AUTORIDADE QUE LHE DÃO SUPREMACIA SOBRE OS
CIDADÃOS, I.E., A ADMINISTRAÇÃO APARECE-NOS
REVESTIDA DO SEU IUS IMPERII (= PODERES DE
AUTORIDADE)
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1.2. Evolução Histórica da Administração

Como evoluiu, ao longo da

História, a estrutura da
Administração Pública e o
conteúdo da atividade
administrativa?
 DIREITO ADMINISTRATIVO I

1.2. Evolução Histórica da Administração

 Uma evolução linear e de

sentido crescente?
 Existe uma correlação
entre as fases dessa
evolução e os diferentes e
sucessivos tipos de Estado?
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1.2. Evolução Histórica da Administração

NO ESTADO ORIENTAL (terceiro ao primeiro

milénio a. C.)

 Nascem as primeiras administrações

 Estado chama a si várias obras públicas
 Funcionários (impostos, obras e defesa)
 Criados serviços centrais (impérios
burocráticos)
 Não há garantias dos particulares face à
Administração Pública
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1.2. Evolução Histórica da Administração

NO ESTADO GREGO (séc. VI ao séc. III a.C.)

 Reduzida expressão territorial (cidades-

estado  polis)
 Ideia de Povo – conjunto de cidadãos
 Nasce o pensamento político e o Direito
Constitucional
 Cidadãos gozam de direitos de
participação política
 Garantias reduzidas face ao Estado
 Inexistência de funcionalismo
permanente
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1.2. Evolução Histórica da Administração

NO ESTADO ROMANO (séc. II a.C – IV d.C.)

 Passagem da pequena dimensão à
grande expansão territorial
 Colonização e ideia de império mundial
 Da monarquia à república e ao império
 Inserção (progressiva) de todas as
classes sociais na vida política
 Distinção entre D. Público e D. Privado
 Funcionalismo de carreira (burocracia
imperial)
 Recurso gracioso
 Instituições municipais (municipium)
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1.2. Evolução Histórica da Administração

NO ESTADO MEDIEVAL (séc. V d.C. ao séc.

XV)

 Forte descentralização política do

Estado
 Imperium substituído por dominium
 Funções públicas hereditárias
 Príncipe como centro da vida política
 Funcionários régios
 Indiferenciação entre administração e
justiça
 The King can do no wrong
 DIREITO ADMINISTRATIVO I

1.2. Evolução Histórica da Administração

NO ESTADO MODERNO (SÉC. XVI – XX)

 Idade Moderna + Idade Contemporânea
 Aparecimento do conceito atual de
Estado
 Centralização do poder político
 Definição precisa dos limites territoriais
do Estado e controlo por este do
território
 Soberania do Estado no plano interno e
internacional
 Crescente secularização do Estado

 Subtipos: corporativo, absoluto e liberal

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1.2. Evolução Histórica da Administração

NO ESTADO MODERNO – CORPORATIVO

(SÉC. XV – XVI/INÍCIO XVII)

 As ordens ou estamentos e fim do

feudalismo/regime senhorial
 Ordenações Afonsinas – séc. XV (incluem
normas relativas à AP central e local)
 Confusão entre administração e justiça
 Ordenações Manuelinas (1512) e
Filipinas (1603)
 Algumas garantias individuais
 DIREITO ADMINISTRATIVO I

1.2. Evolução Histórica da Administração

NO ESTADO MODERNO – ABSOLUTO (SÉC.

XVII – XVIII)

 Centralização completa do poder real

 Enfraquecimento da nobreza
 Ascensão da burguesia
 Vontade do Rei como lei suprema (L’ État
c’ est moi)
 Recuo das garantias individuais face ao
Estado
 Venda ou herança de cargos públicos
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1.2. Evolução Histórica da Administração

NO ESTADO MODERNO – LIBERAL

(SÉC. XIX – XX)
Revolução Francesa
 Princípio da separação de poderes
 Princípio da legalidade
 Génese do D. Administrativo moderno
 Mecanismo de controlo da AP
(ex.: Cour de Comptes)
 Garantias dos particulares contra o
arbítrio administrativo
 A AP de tipo napoleónico
 DIREITO ADMINISTRATIVO I

1.2. Evolução Histórica da Administração

NO ESTADO MODERNO – LIBERAL (SÉC. XIX –

XX)

 O liberalismo em Portugal e as reformas de

Mouzinho da Silveira

 Princípio da separação de poderes

(Constituição de 1822)
 Reforma da Administração e da Fazenda
 Nasce a AP portuguesa moderna
 Diferenciação entre função administrativa e
jurisdicional – separação entre órgãos
administrativos e tribunais
 DIREITO ADMINISTRATIVO I

1.2. Evolução Histórica da Administração

NO ESTADO MODERNO – LIBERAL (SÉC. XIX – XX)

 Mouzinho da Silveira (1832)

A mais bela, e útil descoberta moral do século
passado foi, sem dúvida, a diferença de administrar,
e julgar…

A administração é a cadeia, que liga todas as partes

do corpo social, e forma delas um todo, fazendo-as
referir a ele.

A Justiça é inspectora, que impede que os anéis da

cadeia se rompam, corrigindo os vícios, e os
abusos de todas as divergências; por isso
administrar é a regra geral e julgar é a regra
particular.
 DIREITO ADMINISTRATIVO I

1.2. Evolução Histórica da Administração

NO ESTADO MODERNO – LIBERAL (SÉC.

XIX – XX)

 Estado guarda-nocturno – laissez faire,

laissez passer
 Aparecimento das primeiras repúblicas
 Constituição como limite ao poder
político
 Reconhecimento da existência de
direitos do homem
 Principio de soberania nacional (Estado-
Nação)
 Igualdade jurídica de todos os homens
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1.2. Evolução Histórica da Administração

NO ESTADO MODERNO – LIBERAL

(SÉC. XIX-XX)
(cont.)

 Separação de poderes
 Legislar
 Executar
 Julgar
 Princípio da Legalidade
 Garantias individuais reforçadas
 DIREITO ADMINISTRATIVO I

1.2. Evolução Histórica da Administração

ESTADO MODERNO – CONSTITUCIONAL /

DE DIREITO (SÉC. XX - …)

 Todos os Estados têm uma Constituição

 Princípio da Legalidade - reforço

 Direitos, liberdades e garantias e

direitos económicos, sociais e culturais
 DIREITO ADMINISTRATIVO I

1.2. Evolução Histórica da Administração

ESTADO MODERNO – CONSTITUCIONAL/DE DIREITO

(SÉC. XX - …)

 O Estado fascista
 O Estado comunista

 O Estado democrático

- descentralização e desconcentração
- amplos mecanismos de proteção dos particulares
- um Estado Social (o Estado-Providência)
- administração económica (intervenção vs. regulação)
- sector público administrativo e sector empresarial do
Estado
- do Estado liberal de Direito ao Estado social de Direito
- do Estado social de Direito a …???
 DIREITO ADMINISTRATIVO I

1.2. Evolução Histórica da Administração

Estado Moderno – Constitucional / De Direito (séc. XX -

…)
 Evolução da AP portuguesa (sécs. XX – XXI)

 A I República (1910 - 1926)

- instabilidade / aposta na Instrução /novos ministérios
 O Estado Novo / II República (1926 – 1974)
- predomínio da administração central /
intervencionismo económico, cultural e social /
regime corporativo
 A III República (1974 - …)
- nacionalizações e privatizações / sistema de
garantias / reforma do contencioso administrativo
(2002) / o Estado (auto) limitado pelas normas da
CRP/76 e de D. Administrativo
 DIREITO ADMINISTRATIVO I

1.2. Evolução Histórica da Administração

CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO (até 1974)

 O contencioso administrativo não competia aos tribunais

comuns, mas sim a instâncias de carácter jurisdicional
separadas - tribunais administrativos

 Em 1974, os tribunais administrativos eram as denominadas

auditorias administrativas: uma em Lisboa e outra no Porto

 Ainda que vistos como órgãos jurisdicionais, os tribunais

administrativos sempre foram considerados pela doutrina mais
influente como “órgãos administrativos” e, logo, como parte
integrante da Administração

 Embora órgãos relativamente independentes, estavam

organicamente inseridos na esfera da Presidência do Conselho
de Ministros (e não do Ministério da Justiça, como sucedia com
os tribunais judiciais)
 DIREITO ADMINISTRATIVO I

1.2. Evolução Histórica da Administração

CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO (antes de 1974)

 Os instrumentos processuais reduziam-se ao recurso
contencioso de anulação de atos administrativos, por um
lado, e às ações administrativas em matéria contratual e de
responsabilidade civil, por outro

 As sentenças dos tribunais administrativos eram

formalmente obrigatórias, mas a Administração podia
eximir-se legitimamente ao seu cumprimento, invocando
“impossibilidade, grave prejuízo ou embaraço na sua
execução”

 A justiça administrativa sofreu alterações profundas com a

revolução de Abril e foi sem sombra de dúvida uma das
grandes conquistas da Revolução – até esta altura a justiça
administrativa sempre foi vista como uma justiça de
segunda classe
 DIREITO ADMINISTRATIVO I

1.2. Evolução Histórica da Administração

CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO (depois de 1974)

 A Constituição de 1976 regulou os tribunais

administrativos como verdadeiros tribunais, ficando
estes no mesmo plano que os demais tribunais - como
instâncias independentes do poder executivo

 Garantiu-se o direito dos administrados à impugnação

contenciosa de todos os actos administrativos definitivos
e executórios.

 Ampliaram-se as garantias dos direitos dos

administrados e reforçaram-se os instrumentos de
execução das decisões dos tribunais administrativos.

 Com a revisão constitucional de 1989, os tribunais

administrativos constituem uma jurisdição própria
 DIREITO ADMINISTRATIVO I

1.2. Evolução Histórica da Administração

CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO

 As principais alterações do sistema de justiça

administrativa em Portugal, ocorreram com a
reforma legislativa de 1984/85, com a publicação
do ETAF e da LPTA

 A Revisão Constitucional de 1997 regula

expressamente a garantia de acesso à justiça
administrativa

 Reforma do contencioso administrativo de 2002

 Reforma do contencioso administrativo de 2015

(Revisão do CPTA e do ETAF)
 DIREITO ADMINISTRATIVO I

1.2. Sistemas Administrativos no Direito

Comparado

SISTEMAS
ADMINISTRATIVOS
 DIREITO ADMINISTRATIVO I

1.2. Sistemas Administrativos no Direito

Comparado

SISTEMA ADMINISTRATIVO

Modo jurídico típico de organização,

funcionamento e controlo da
administração pública.
 DIREITO ADMINISTRATIVO I

1.2. Sistemas Administrativos no Direito

Comparado

 Tradicionais
SISTEMAS  Tipo
ADMINISTRATIVOS
britânico
 Modernos

 Tipo
francês
 DIREITO ADMINISTRATIVO I

1.3. Sistemas Administrativos no Direito

Comparado
 SISTEMA ADMINISTRATIVO TRADICIONAL
(até às revoluções liberais)

 Indiferenciação das funções administrativas e

jurisdicionais

 Inexistência do princípio de separação de

poderes

 Não subordinação da Administração ao princípio

da legalidade

 Garantias dos particulares inexistentes ou muito

reduzidas
 DIREITO ADMINISTRATIVO I

1.3. Sistemas Administrativos no Direito

Comparado
 SISTEMA DE ADMINISTRAÇÃO EXECUTIVA /
CONTINENTAL / DE TIPO FRANCÊS

 Sujeição da Administração Pública a regras

próprias que vieram a constituir o Direito
Administrativo
 O poder conferido à Administração de, em áreas
mais ou menos extensas da sua atividade, tomar
decisões suscetíveis de se projetarem na esfera
jurídica de terceiros sem prévia validação de um
tribunal

 O controlo da administração pública é efetuado

por tribunais administrativos
 DIREITO ADMINISTRATIVO I

1.3. Sistemas Administrativos no Direito

Comparado
 SISTEMA DE ADMINISTRAÇÃO JUDICIÁRIA / DE
TIPO BRITÂNICO

 Tem origem anglo-saxónica, tendo-se

implementado nos Estados Unidos e nos países da
Commonwealth
 Sujeição da administração pública ao Direito
Comum

 Não reconhecimento à Administração Pública do

poder de tomar decisões que afetem os cidadãos
sem prévia intervenção de um tribunal

 Controlo da administração pública pelos

tribunais comuns
 DIREITO ADMINISTRATIVO I

1.3. Sistemas Administrativos no Direito

Comparado
PORTUGAL

Sistema administrativo de tipo continental

 Com influência, atualmente, do modelo
alemão
 Sujeito ao processo de “europeização” dos
sistemas administrativos no quadro da UE
 Mitigação do paradigma de administração
executiva no quadro do novo CPA