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1.

CONCEITO DE DIREITO ADMINISTRATIVO

Existem vários critérios que explicam o conceito de direito administrativo, dentre


eles o mais utilizado é o CRITÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA que o define como
sendo o conjunto de normas e princípios que regem a Administração Pública. É
o ramo do direito público que tem por objeto: A) ÓRGÃOS PÚBLICOS; B) AGENTES
PÚBLICOS; C) PESSOAS JURÍDICAS ADMINISTRATIVAS QUE INTEGRAM A ADMINISTRAÇÃO e; D)
OS BENS UTILIZADOS PELA ADMINISTRAÇÃO PARA ALCANÇAR SEUS FINS .

Também pode ser conceituado como o ramo do direito que se ocupa do estudo
da função administrativa (função típica do Poder Executivo). A função
administrativa abrange: A) SERVIÇOS PÚBLICOS; B) FOMENTO; C) ATIVIDADE DE POLÍCIA
ADMINISTRATIVA E; D) INTERVENÇÕES.

2. ORIGEM DO DIREITO ADMINISTRATIVO

Surgiu na França, no século XVIII, paralelamente ao Estado de Direito. O impulso


decisivo ocorre com a publicação do livro o espírito das leis de Montesquieu, em
1748, que trata da teoria dos Poderes. No Brasil, o direito administrativo foi criado
em 1851 pelo decreto 608/1851.

S ISTEMAS A DMINISTRATIVOS

FRANCÊS: Também conhecido como contencioso administrativo, não admite a


intervenção do Poder Judiciário no julgamento dos conflitos que envolvam a
administração.

INGLÊS: Estabelece que todos os litígios podem ser levados para apreciação do
Poder Judiciário, porquanto previsto constitucionalmente, por força do princípio
da inafastabilidade de jurisdição.

3. FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO

São fontes do direito administrativo, A LEI, A DOUTRINA, OS COSTUMES, A JURISPRUDÊNCIA


E OS PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO.

A LEI é a fonte primária, tem que ser observada de forma imediata (cogentes).

As demais são fontes secundárias. A doutrina moderna entende que as súmulas


vinculantes também é fonte primária, entretanto, a doutrina clássica vai no
sentido contrário e defende se tratar de fonte secundária.
Existe ainda discussão acerca dos costumes

4. REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO

Existem dois regimes jurídicos.

I. REGIME JURÍDICO DA ADMINISTRAÇÃO: As relações jurídicas da administração têm


por base o regime privado. Ex. locação de imóvel.

II. REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO: Composto por um conjunto de PRERROGATIVAS


e SUJEIÇÕES que possibilitam fazer valer o interesse público.

5. PRINCÍPIOS ADMINISTRATIVOS

Conforme afirma Celso Antônio Bandeira de Mello, o DIREITO ADMINISTRATIVO


POSSUI 2 SUPER PRINCÍPIOS e todos os outros decorrem deles. Estão intimamente
ligados ao regime jurídico administrativo, vez que traduzem respectivamente as
prerrogativas e restrições da administração pública, são eles:

I) SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO SOBRE O PRIVADO: Não está expresso na CF, mas
é considerado o principal pressuposto logico para o convívio social. Determina as
prerrogativas da administração sobre o particular, em outras palavras, há
privilégios jurídicos, visto que o interesse público deve prevalecer sobre o
individual.

II) INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO: Serve para limitar a atuação do Estado


e seus agentes (restrições), isso porque o administrador não é o detentor da
vontade, devendo sempre atuar conforme a lei e objetivando o interesse da
coletividade.

Importante lembrar que há duas exceções ao princípio da indisponibilidade do


interesse público. 1) a lei 9.099/95 autoriza a administração a fazer acordos
judiciais; 2) A lei 11.079/04 (PPP) autoriza a administração a realizar arbitragem.

Outra importante diferenciação diz respeito ao interesse público primário e


interesse público secundário. O primeiro, também denominado de interesse
público propriamente dito, refere-se aos interesses da sociedade. O segundo
refere-se aos interesses próprios do Estado. Reforça-se que o interesse público
secundário só deve ser perseguido se não colidir com o interesse público
primário.
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS| ART. 37 DA CF

São princípios que se encontram expressos na Constituição – LIMPE.

LEGALIDADE: É a base do Estado Democrático de Direito, em que todos os conflitos


devem ser resolvidos através da lei. Esse princípio deve ser observado por meio
de dois enfoques:

LEGALIDADE ESTRITA OU LEGALIDADE ADMINISTRATIVA: O Estado e seus agentes só


podem atuar conforme determina a lei. Há um critério de subordinação entre um
e outro.

LEGALIDADE AMPLA OU LEGALIDADE CIVIL: O particular pode fazer tudo, desde que
não proibido por lei.

IMPESSOALIDADE: É visto sobre três aspectos.

REGRA DE TRATAMENTO ISONÔMICO: A administração deve tratar todos os


particulares de forma isonômica, sem privilégios ou discriminação.

VEDAÇÃO A AUTOPROMOÇÃO: O administrador não se pode autopromover nas


campanhas, obras e serviços públicos.

DIFERENÇA ENTRE IMPESSOALIDADE, IMPARCIALIDADE E FINALIDADE: Hely Lopes


Meireles trata como sinônimos os princípios da impessoalidade, imparcialidade e
finalidade, pois se o fim é público, o administrador está impedido de buscar o
interesse próprio ou de terceiro. Por outro lado, Celso Antônio Bandeira de Mello
defende a diferenciação do princípio da impessoalidade com o da finalidade. Esse
último se refere ao ato praticado cujo fim seja o interesse público, enquanto
aquele se traduz na ausência de subjetividade na efetivação do respectivo ato.

MORALIDADE: Atuação conforme os valores éticos, de probidade e honestidade.


Está ligado ao conceito de bom administrador, exigindo que seus agentes atuem
em conformidade com os princípios éticos socialmente aceitáveis.

PUBLICIDADE: É a publicação e transparência dos atos administrativos, pois se o


Estado atua em nome do povo, nada mais justo deste tomar ciência do que está
sendo feito. Também é condição de eficácia dos atos, porquanto só produzem
efeitos externos a partir de sua publicação.
Há algumas restrições legais a esse princípio, a exemplo de inquéritos policiais
informações prejudiciais a honra e a imagem de indivíduos e informações
sigilosas de interesse do Estado. A lei de acesso a informação, por sua vez,
classifica o sigilo de informações do seguinte modo.

I. Ultrassecreta – 25 anos
II. Secreta – 15 anos
III. Reservada – 05 anos

EFICIÊNCIA: Criado com a EC 19/98 determina que a atuação deve ocorrer com
presteza e agilidade, buscando os melhores resultados para a administração
pública.

A eficiência se diferencia da eficácia. Explico.

A eficiência analisa o meio, de modo que o objetivo deve ser alcançado com o
menor custo e melhores resultados possíveis. Reverbera a administração pública
gerencial, pois busca o melhor resultado para a administração.

A eficácia não analisa o meio, pois o objetivo deve ser alcançado


independentemente dos mecanismos utilizados. Reverbera a administração
pública burocrática.
6. ACEPÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO

7. ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

8. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA E INDIRETA

9. ORGÃOS PÚBLICOS

10. PODERES DA ADMINISTRAÇÃO

11. ATOS ADMINISTRATIVOS

12. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA (LEI 8.429/92)

13. LICITAÇÕES PÚBLICAS

14. CONTRATOS ADMINISTRATIVOS

15. CONVÊNIO E CONSÓRCIO PÚBLICO

16. SERVIÇOS PÚBLICOS

17. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO

18. BENS PÚBLICOS

19. INTEVENÇÃO DO ESTADO NA PROPRIEDADE PRIVADA

20. AGENTES PÚBLICOS

21. CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

22. PROCESSO ADMINISTRATIVO

23. LEI DE ACESSO A INFORMAÇÃO

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