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Este princípio consiste numa dupla distinção: a distinção intelectual das funções do Estado, e
a política dos órgãos que devem desempenhar tais funções – entendendo-se que para cada
função deve existir um órgão próprio, diferente dos demais, ou um conjunto de órgãos
próprios.
a) A separação dos órgãos administrativos e judiciais: Isto significa que têm de existir
órgãos administrativos dedicados ao exercício da função administrativa, e órgãos dedicados
ao exercício da função jurisdicional. A separação das funções tem de traduzir-se numa
separação de órgãos.
b) A incompatibilidade das magistraturas: não basta porém, que haja órgãos diferentes: é
necessário estabelecer, além disso, que nenhuma pessoa possa simultaneamente desempenhar
funções em órgãos administrativos e judiciais.
2. O Poder Administrativo
Falar em poder executivo, de modo a englobar nele também as autarquias locais e outras
entidades, não é adequado. Assim, preferível usar a expressão poder administrativo, que
compreende de um lado o poder executivo do Estado e do outro as entidades públicas
administrativas não estaduais.
a) O Poder Regulamentar:
Estes regulamentos que a Administração Pública tem o Direito de elaborar são considerados
como uma fonte de Direito (autónoma).
A Administração Pública goza de um poder regulamentar, porque é poder, e com tal, ela tem
o direito de definir genericamente em que sentido vai aplicar a lei. A Administração Pública
tem de respeitar as leis, tem de as executar: por isso ao poder administrativo do Estado se
chama, tradicionalmente, poder executivo. Mas porque é poder, tem a faculdade de definir
previamente, em termos genéricos e abstractos, em que sentido é que vai interpretar e aplicar
as leis em vigor: e isso, fá-lo justamente elaborando regulamentos.
Este poder é um poder unilateral, quer dizer, a Administração Pública pode exercê-lo por
exclusiva autoridade sua, e sem necessidade de obter acordo (prévio ou à posteriori) do
interessado.
Por exemplo: é a Administração que determina o montante do imposto devido por cada
contribuinte.
A Administração declara o Direito no caso concreto, e essa declaração tem valor jurídico e é
obrigatória, não só para os serviços públicos e para os funcionários subalternos, mas também
para todos os particulares.
Pode a lei exigir, e muitas vezes exige, que os interessados sejam ouvidos pela Administração
antes desta tomar a sua decisão final.
decisão. E não é a Administração que tem de ir a Tribunal para legitimar a decisão que
tomou: é o particular que tem de ir a Tribunal para impugnar a decisão tomada pela
Administração.
Consiste este outro poder, na faculdade que a lei dá à Administração Pública de impor
coactivamente aos particulares as decisões unilaterais que tiver tomado.
O recurso contencioso de anulação não tem em regra efeito suspensivo, o que significa que
enquanto vai decorrendo o processo contencioso em que se discute se o acto administrativo é
legal ou ilegal, o particular tem de cumprir o acto, se não o cumprir, a Administração Pública
pode impor coactivamente o seu acatamento.
E de novo, nesta matéria, como é próprio do Direito Administrativo, esse regime é diferente
para mais, e para menos. Para mais, porque a Administração Pública fica a dispor de
prerrogativas ou privilégios de que as partes nos contractos civis não dispõem; e para menos,
no sentido de que a Administração Pública também fica sujeita a restrições e a deveres
especiais, que não existem em regra nos contractos civis.
Em segundo lugar, o regime dos conflitos de jurisdição permite retirar a um Tribunal Judicial,
uma questão administrativa que erradamente nele esteja a decorrer.
(só funciona quando surge um conflito), que tem uma composição mista, normalmente
paritária, dos juízes dos Tribunais Judiciais e de juízes de Tribunais Administrativos, e que se
destina a decidir em última instância os conflitos de jurisdição que sejam entre as autoridades
administrativas e o poder judicial.
PODERES DA ADMINISTRAÇÃO
- CARACTERÍSTICAS
b) irrenunciáveis;
d) cabe responsabilização.
PODER VINCULADO
A lei prevê a prática do ato com critérios objetivos. Não há margem de escolha para o
agente.
- PODER DISCRICIONÁRIO
- neste poder o administrador também está subordinado à lei, diferencia do vinculado porque
ele tem liberdade para atuar de acordo com um juízo de conveniência e oportunidade, de tal
forma que, havendo duas alternativas o administrador pode optar qual delas, no seu
entendimento, preserve melhor o interesse público.
- Discricionariedade é diferente de arbitrariedade: discricionariedade é a liberdade para atuar,
para agir dentro dos limites da lei e arbitrariedade é a atuação do administrador além (fora)
dos limites da lei. – Ato arbitrário é sempre ilegítimo e inválido. - Controle: os atos
arbitrários devem ser reapreciados pelo Judiciário (é abuso de poder).
Diferente do ato discricionário, se for válido, o Judiciário não poderá reapreciar o seu mérito
(o juízo de valor do juiz não pode substituir o do administrador – independência dos poderes).
A lei prevê a prática do ato, mas a própria lei permite a margem de escolha. Poder que
a administração tem de escolher a melhor atuação, é o mérito administrativo →
conveniência e oportunidade. A discricionariedade é limitada pela própria lei.
O poder judiciário pode controlar os atos discricionários somente no que tange aos
critérios de legalidade, mas não pode substituir o mérito de um ato administrativo
discricionário
Não existe hierarquia externa (entre pessoas jurídicas diferentes, que existe é um
controle -tutela).
Se manifesta por atos de coordenação – hierarquia horizontal: entres órgãos de mesma
hierarquia, mas de atribuições diversas.
A doutrina reconhece que esse poder é, em regra, discricionário, admitindo quando define as
infrações funcionais utiliza expressões vagas e conceitos indeterminados, o que acaba
permitindo um juízo de valor do administrador. Assim, o reconhecimento da infração
depende de uma decisão discricionária, o que não ocorre com a aplicação da sanção porque a
lei determina expressamente a pena aplicada em cada situação não restando liberdade para o
Administrador.
o Vínculo hierárquico
o Vínculo contratual
Algumas características:
e privados.
g) não atinge diretamente a pessoa, mas sim os seus bens, interesses e atividades.
i) não admite delegação, salvo quanto aos atos materiais anteriores ou posteriores
de polícia.
j) não se confunde com polícia judiciária, busca o bem estar social, enquanto, a