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Introdução

Sistemas Administrativos – são modos jurídicos típicos de organização, funcionamento e


controle da Administração Pública.
No presente trabalho da cadeira de Direito Administrativo foi me incumbida a responsabilidade
de responder 2 questões nomeadamente:
1. E comum afirmar-se que o sistema judiciário confere amplas garantias aos particulares
relativamente aos executivos
2. A Administração Publica na Republica de Moçambique rege-se pelo regime da
legalidade democrática. Critique.
1.E comum afirmar-se que o Sistema Judiciário confere amplas garantias aos particulares
relativamente ao Executivo. Quid Juris?

Sim, e comum afirmar-se que o sistema Judiciário confere amplas garantias aos particulares
relativamente ao Executivo isso porque o sistema Britânico também conhecido como sistema de
administração Judiaria dado o papel preponderante exercido pelos tribunais, que assunta na
igualdade de todos perante a lei e na sujeição da Administração Publica ao direito comum
definido e aplicado pelos tribunais comuns, onde os cidadãos dispõem de um sistema de garantia
contra as ilegalidades e abuso da Administração Publica.
Assim sendo o sistema administrativo Britânico (Judiciário) tem como características principais:
a) Separação dos poderes;
b) Estado de Direito
c) Descentralização
d) Sujeição da Administração aos Tribunais Comuns
e) Sujeição da Administração ao Direito Comum
f) Execução judicial as decisões administrativas
g) Garantias jurídicas dos administrados.
Os cidadãos dispõem de um sistema se garantias contra as ilegalidades e abusos da
Administração Pública. Se as leis conferem poderes de autoridade pública aos órgãos
administrativos, estes são ainda considerados como tribunais inferiores, se excederem os seus
poderes, o particular pode recorrer a um tribunal superior.
Os tribunais comum gozam de plena jurisdição face a Administração Publica, o que a coloca na
mesma posição que um particular ou empresa pública. Ou seja os particulares gozam de direitos
de recurso aos tribunais em caso de violação dos seus direitos pelos agentes de autoridades, tanto
a nível central assim como a nível local.
Como consequência da sujeição da Administração a acommon law, a administração e os seus
funcionários são responsáveis pelas suas ações.
No sistema britânico os tribunais não podem, por regra, substituir-se a Administração Pública no
exercício dos poderes discricionário atribuídos e limitados por Lei.
Relativamente as garantias jurídica aos particulares no Sistema Executivo, o Estado de Direito
oferece aos particulares um conjunto de garantias jurídicas contra os abusos e ilegalidades da
Administração Publica. As garantias são efetivadas através dos tribunais administrativos , mas os
tribunais administrativos não gozam de plena jurisdição face a Administração Publica, visto que
o tribunal só pode anular o acto praticado se for ilegal, não podendo declarar consequências
dessa anulação, nem proibi-la de proceder de certa maneira ou condena-la a tomar certa decisão.
Justifica-se pelo facto dos tribunais serem independentes perante a administração, o que
possibilita que ela também o seja. Assim sendo as garantias presentes neste sistema de
administração são menores que no sistema britânico.
As principais características do sistema Frances(Executivo) são:
a) Separação de poderes
b) Estado de Direito
c) Centralização
d) Sujeição da Administração aos Tribunais Administrativos
e) Subordinação da Administração ao Direito Administrativo
f) Privilegio de Execução Previa
g) Garantias Jurídicas dos Administrados

2.A Administração pública na república de Moçambique rege-se pelo regime da legalidade


democrática. Critique.

Submissão da Administração a Lei: O princípio da legalidade


A administração tem de ocorrer a satisfação das necessidades coletivas .
Mas como a coletividade e constituída por pessoas, são estas que sistemas necessidades, e nelas
que se refletem os interesses a que a satisfação de tais necessidades da lugar e por isso a
atividade administrativa se traduz numa infinidade de resoluções individuas respeitantes aos
casos concretos que se lhe apresentam na vida quotidiana.
A administração deveria, pois, mover-se dentro dos limites traçados pelas leis votadas nas
assembleias legislativas, isto e, estava condicionada por um poder superior que a transcendia
(Administração condicionado).
Deste modo, a importância da submissão da Administração a lei não reside já na subordinação de
um poder, que por natureza seria executivo, a outro poder, esse soberano legislativo.
A obediência ao principio da legalidade administrativa implica, necessariamente, a conformidade
da ação administrativa com a lei e o Direito.(Decreto n°30/2001)
A generalidade da lei , impondo a formulação dos preceitos de conduta em termos impessoais e
universais, implica a impossibilidade jurídica em que ficam os órgãos da Administração de
exigir, de certa e determinada pessoa, prestação ou comportamento que não seja exigível de toda
e qualquer pessoa que se encontre nas mesmas circunstancias que formem o pressuposto de
obrigatoriedade da prestação ou do comportamento a exigir dos cidadãos;
Dai resulta o principio da legalidade, segundo o qual nenhum órgão da Administração Publica
tem a faculdade de praticar actos que possam contender com interesses alheios senão em
virtude de uma norma geral anterior.
A legalidade e assim constituída pelo conjunto das normas formuladas genericamente em termos
que sejam obrigatórios para os cidadãos, sejam leis, decretos ou regulamentos, e que estejam em
vigor em dado momento no Pais, assim sendo os órgãos da Administração Publica obedecem a
constituição e actuam com respeito pelos princípios da igualdade, imparcialidade, da ética e da
justiça (Artigo 248 n°2,CRM).
Ao passo que o Sistema Frances também conhecido por sistema de Administração Executiva ,
por causa da autonomia reconhecida ao poder executivo relativamente aos tribunais.
O mesmo pressupõe uma desigualdade que beneficia a Administração que cria a favor dela um
direito especial, definido e aplicado por tribunais especiais.
Conclusão
Em jeito de conclusão importa referir que o sistema Judiciário, as garantias jurídicas dos
particulares são efetivadas através dos tribunais comuns enquanto que o sistema Executivo as
garantias são efetivadas através dos tribunais administrativos.
A Administração Publica na Republica de Moçambique rege-se pelo regime da legalidade
democrática porque os órgãos da Administração Publica obedecem a Constituição e a lei e
actuam com respeitos pelos princípios da igualdade, da imparcialidade, da ética e da
justiça(Artigo 248 CRM).
Referencias Bibliográficas
Decreto n°30/2001
CRM 2004
Caetano ,Marcello- Manual de Direito Administrativo volume I;
Freitas do Amaral, Diogo- Curso de Direito Administrativo volume I

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