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T – 19 de setembro de 2019
P – 19 de setembro de 2019
OT – 20 de setembro de 2019
T – 20 de setembro de 2019
T – 26 de setembro de 2019
P – 26 de setembro de 2019
OT – 27 de setembro de 2019
T – 27 de setembro de 2019
INTRODUÇÃO
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Organizativos
Modelos Objetivistas
Processuais
Subjetivistas
1. MODELOS ORGANIZATIVOS
Dentro dos modelos organizativos são três os que se realçam, a saber: o modelo
administrativista, o modelo judicialista e o modelo judiciarista ou quase-judicialista.
Os pareceres emanados por aqueles órgãos na maior parte das vezes encontram-se
desprovidos de força jurídica e, por conseguinte, a Administração Pública atendê-los-á se assim
o quiser.
T – 03 de outubro de 2019
Todo o modelo de justiça administrativa vai assentar o âmbito da sua atenção em duas
grandes preocupações, isto é, a prossecução do interesse público e a proteção dos direitos e
interesses dos cidadãos.
Administrativista;
Judicialista;
Judiciarista ou quase-judicialista;
Administrativista mitigado; e
Judicialista mitigado.
3.3.6. CONCLUSÃO
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JUDICIARISTA
ADMINISTRATIVISTA
(QUASE-
(AUTO-TUTELA OU ADMINISTRATIVISTA JUDICIALISTA
JUDICIALISTA OU JUDICIALISTA
JURISDIÇÃO MITIGADO MITIGADO
JURISDIÇÃO
RESERVADA)
DELEGADA)
Função administrativa (a
Função
COMO justiça é na atividade da Função judicial Função administrativa Função judicial
administrativista
A.P.)
Modelo de administração
centralizada Modelo de transição
Contencioso: justa (Portugal a título Portugal (arts. 71º, nº1
OBSERVAÇÃO Modelo atual Não existe atualmente
realização do interesse excecional – BP, e 159º, nº1 CPTA)
público (interesse do Estado) CMVM, ERC’s
Não existe atualmente
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OT – 04 de outubro de 2019
T – 04 de outubro de 2019
administrados, pelo que o objeto do processo se reconduz a julgar a alegada lesão das posições
jurídicas subjetivas dos administrados.
Para que os administrados possam recorrer a um tribunal administrativo já não é
necessária a existência de um ato administrativo, pois qualquer pretensão dos administrados é
digna de tutela – art. 37º CPTA e art. 4º EFTA (no qual se realça a al. o) do nº1, de acordo com
a qual se consagra uma competência reservada), ou seja, há uma pluralidade de ações que por
eles podem ser utilizadas.
OBJETIVISTA SUBJETIVISTA
Por seu turno, o modelo subjetivista surgiu no pós Segunda Guerra Mundial,
assumindo como vantagem primordial o facto de fornecer uma proteção mais intensa aos
administrados que sejam titulares de direitos perante a Administração Pública.
O modelo subjetivista, de origem alemã, encontra-se associado ao modelo judicialista.
Hoje em dia não existem modelos processuais puros, tal como foi constatado em relação
aos modelos organizativos.
T – 10 de outubro de 2019
A primeira época a considerar, de 1832 a 1982, foi resultado de uma forte influência
francesa, em que o contencioso-regra se consubstanciava no recurso de anulação de atos
administrativos, ou seja, de base claramente objetivista. Nesta época, a jurisdição
administrativa era bastante limitada nas suas múltiplas dimensões:
P – 10 de outubro de 2019
OT – 11 de outubro de 2019
T – 11 de outubro de 2019
Dimensão funcional
Dimensão orgânico-processual
É o que parece resultar dos arts. 1º e 4º, nº1 ETAF. Nesse sentido, o Professores Vital
Moreira, Gomes Canotilho e Freitas do Amaral.
Essa não é a posição defendida do Supremo Tribunal Administrativo, que entende não
haver reserva material absoluta, referindo que a regra geral é de que a resolução de questões
administrativas compete a tributais administrativos, mas nada impede que a lei atribua
competência a outros tribunais.
A resposta é negativa.
Conforme emerge do art. 15º CPTA, se na pendência do processo se suscitar uma
questão prévia da competência de outra jurisdição, o juiz do tribunal administrativo pode – há
quem entenda tratar-se de um poder-dever – suspender o processo e aguardar que a questão
seja discutida na jurisdição própria. Pode também, se assim o entender resolver a questão prévia
da competência da outra jurisdição, não obstante a decisão produzir efeitos unicamente no
processo em causa.
T – 17 de outubro de 2019
Decorre do art. 212º, nº3 CRP que os tribunais administrativos estão vocacionados à
resolução de litígios emergentes de relações jurídicas administrativas.
Não são relevantes para a justiça administrativa as questões relativas à validade de atos
praticados no exercício de outras funções estaduais, como são os atos políticos e os atos
legislativos:
Posto isto, por relação jurídica administrativa deve entender-se uma relação jurídica
(relação social tutelada pelo Direito), externa (as relações jurídicas internas, por norma, são
irrelevantes para a justiça administrativa), interpessoal ou intersubjetiva entre dois ou mais
sujeitos públicos ou privados (entre particulares e os entes administrativos ou entre sujeitos
administrativos), regulada pelo direito administrativo, de onde emergem posições jurídicas
ativas e passivas.
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Este será o primeiro limite material à justiça administrativa, ou seja, o tribunal apenas
deverá intervir quando em causa esteja uma relação jurídica administrativa. Todavia, a simples
existência de relações jurídicas administrativas, embora necessária, não é suficiente para que
se verifique tal intervenção.
Nestes termos, a intervenção justifica-se quando a relação jurídica administrativa em
concreto afete direitos e interesses legalmente protegidos dos particulares (art. 268º, nº4
CRP).
Assim, outro limite material colocado ao contencioso administrativo passa por aferir se
as relações jurídicas administrativas contendem com direitos e interesses dos particulares (art.
266º, nº1 CRP).
No âmbito de posições jurídicas subjetivas, o cidadão pode ser titular de um direito
subjetivo ou de um interesse legítimos ou legalmente protegido.
O cidadão será titular de um direito subjetivo quando da interpretação de uma
disposição legal resultar que a sua finalidade principal passa pela proteção efetiva de um
determinado bem jurídico próprio do administrado – atribuição de subsídios.
Por seu turno, será titular de um interesse legítimo ou legalmente protegido quando
apesar de a finalidade última do legislador ter sido a preocupação do interesse público, indireta
ou reflexamente, também precaveu o interesse do particular – associações coletivas de defesa
do ambiente.
Aos direitos subjetivos e aos interesses legítimos ou legalmente protegidos opõem-se os
interesses de facto, i.e., quando da interpretação da disposição legal se retira que a única
finalidade do legislador se reconduziu ao interesse público – lei que obriga a que as estradas
estejam em bom estado de conservação.
P – 17 de outubro de 2019
Apresentação de acórdãos.
OT – 18 de outubro de 2019
Apresentação de acórdãos.
T – 18 de outubro de 2019
T – 24 de outubro de 2019
P – 24 de outubro de 2019
T – 25 de outubro de 2019
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T – 31 de outubro de 2019
Apresentação de acórdãos.
P – 31 de outubro de 2019
Apresentação de acórdãos.
OT – 01 de novembro de 2019
Feriado.
T – 01 de novembro de 2019
Feriado.
T – 07 de novembro de 2019
São dois os principais motivos para que se aceitem e utilizem os tribunais arbitrais, quer
em matéria administrativa, quer em matéria tributária.
Em primeiro lugar, visam evitar a rigidez processual dos tribunais judicias. Além disso,
assentam em questões de celeridade e flexibilidade.
Das decisões dos tribunais arbitrais cabe, em princípio, recurso para o Tribunal Central
Administrativo.
P – 07 de novembro de 2019
Apresentação de trabalhos.
OT – 08 de novembro de 2019
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Caso Prático
De modo a solucionar a questão suscitada, urge atender ao art. 1º ETAF, de acordo com
o qual “os tribunais de jurisdição administrativa […] são os órgãos de soberania com
competência para administrar a justiça em nome do povo, nos litígios compreendidos pelo
âmbito de jurisdição previsto no artigo 4º deste Estatuto”. No caso concreto, já foi respondido
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que o meio processual passa pela fiscalização da legalidade de atos jurídico emanados por
órgãos da Administração Pública, o que permite concluir, uma vez mais, que estamos perante a
al. b) do nº1 do art. 4º ETAF.
Deve também justificar-se a competência material do caso concreto no art. 2º, nº1
CPTA.
Por fim, no que tange à competência territorial, importa atender à norma especial do art.
20º, nº1 CPTA, de acordo com a qual a ação deve ser intentada no tribunal da área da sede da
entidade demandada. Assim, sendo a Segurança Social pertencente ao município de Vila Verde,
é competente o Tribunal Administrativo de Círculo de Braga.
O art. 9º CPTA prevê a legitimidade ativa e, por conseguinte, consagra uma marca
claramente objetivista, na medida em que não limita a legitimidade ao titular do interesse ou
direito subjetivo a tutelar, mas também ao Ministério Público.
Por seu turno, o art. 10º CPTA versa sobre a legitimidade passiva, referindo que “a ação
deve ser proposta contra a outra parte na relação material controvertida”, ou seja, perante a
situação concreta, contra a pessoa coletiva. Não obstante, se a ação for proposta contra o órgão
da pessoa coletiva, deve ser remetida para a sua sede em Braga.
Por fim, no que ao patrocínio judiciário diz respeito, urge atender ao art. 11º CPTA e
art. 20º CRP.
Decorre do art. 11º, nº1 CPTA que o patrocínio judiciário é obrigatório nos tribunais
administrativos, nos termos previstos no Código de Processo Civil (CPC). Assim, os autores
devem representar-se sempre por advogado, ao passo que as entidades públicas podem fazer-se
representar por advogado, solicitar ou licenciado em direito ou em solicitadoria.
A esta última referência têm sido suscitadas inúmeras críticas. Desde logo, criam-se
situações de desigualdade, pois a constituição de um advogado é, por regra, mais dispendiosa do
que o patrocínio por solicitador ou licenciado em direito ou em solicitadoria, tornando mais caro
o patrocínio dos administrados. Além disso, os licenciados em direito e em solicitadoria serão
menos habilitados profissionalmente do que o mandatário do administrado.
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O art. 20º, nº1 CRP determina que “a todos é assegurado o acesso ao Direito e aos
tribunais para defesa dos seus direitos e interesses legalmente protegidos, não podendo a justiça
ser denegada por insuficiência de meios económicos”.
art. 36º CPTA e arts. 112º e ss. CPTA (ver melhor na próxima aula).
T – 08 de novembro de 2019
T – 14 de novembro de 2019
Tal como estabelece o art. 5º, nº1 ETAF, a competência dos tribunais fixa-se no
momento da propositura da ação, sendo esta alheia a qualquer alteração superveniente.
É o art. 212º, nº3 CRP que permite delimitar a competência material, de acordo com o
qual é da competência dos tribunais administrativos a resolução de qualquer conflito emerge de
uma relação jurídico-administrativa.
Ainda assim, deve ter-se em consideração que o âmbito da jurisdição administrativa
emerge do art. 4º ETAF.
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Conclui-se que se a matéria não for da competência dos tribunais administrativos, sê-lo-
á da competência de outra jurisdição – circunstância que pode proporcionar a existência de
conflitos (Lei nº 91/2019, de 04-09).
Contencioso dos contratos públicos, i.e., tudo aquilo que respeita à apreciação
de litígios emergentes de contatos públicos (art. 4º, nº1, al. e) ETAF);
Isto posto, há uma categoria que abrange uma série de litígios que são também da
competência material da justiça administrativa (art. 4º, nº1, als. j), k), m) e l) ETAF).
A al. o) do nº1 do art. 4º do ETAF consagra uma norma de competência residual da
justiça administrativa, abrangendo também todas as situações emergentes de relações jurídico-
administrativas que não sejam referidas nas diversas alíneas a que se fez referência – exemplo
da atribuição de indemnizações resultantes de sacrifícios por parte dos poderes públicos.
P – 14 de novembro de 2019
Apresentação de acórdãos.
OT – 15 de novembro de 2019
Caso Prático 2
O art. 9º CPTA prevê a legitimidade ativa e, por conseguinte, consagra uma marca
claramente objetivista, na medida em que não limita a legitimidade ao titular do interesse ou
direito subjetivo (de propriedade) a tutelar, mas também ao Ministério Público.
Por seu turno, o art. 10º CPTA versa sobre a legitimidade passiva, referindo que “a ação
deve ser proposta contra a outra parte na relação material controvertida”, ou seja, perante a
situação concreta, contra a pessoa coletiva. Não obstante, se a ação for proposta contra o órgão
da pessoa coletiva, deve ser remetida para a sua sede em Braga.
Por fim, no que ao patrocínio judiciário diz respeito, urge atender ao art. 11º CPTA e
art. 20º CRP.
Decorre do art. 11º, nº1 CPTA que o patrocínio judiciário é obrigatório nos tribunais
administrativos, nos termos previstos no Código de Processo Civil (CPC). Assim, os autores
devem representar-se sempre por advogado, ao passo que as entidades públicas podem fazer-se
representar por advogado, solicitar ou licenciado em direito ou em solicitadoria.
A esta última referência têm sido suscitadas inúmeras críticas. Desde logo, criam-se
situações de desigualdade, pois a constituição de um advogado é, por regra, mais dispendiosa do
que o patrocínio por solicitador ou licenciado em direito ou em solicitadoria, tornando mais caro
o patrocínio dos administrados. Além disso, os licenciados em direito e em solicitadoria serão
menos habilitados profissionalmente do que o mandatário do administrado.
O art. 20º, nº1 CRP determina que “a todos é assegurado o acesso ao Direito e aos
tribunais para defesa dos seus direitos e interesses legalmente protegidos, não podendo a justiça
ser denegada por insuficiência de meios económicos”.
Não cabendo a ação na competência do Supremo Tribunal de Justiça (art. 24º ETAF)
nem dos Tribunais Centrais Administrativos (art. 37º ETAF), deve concluir-se pela competência
hierárquica de um Tribunal Administrativo de Círculo, por via da sua competência universal
resultante do art. 44º ETAF.
Isto posto, de maneira a aferir a competência em razão do território, urge atender aos
arts 16º a 22º CPTA. Tratando-se de uma ação que tem como âmbito a responsabilidade civil
extracontratual de uma pessoa coletiva de direito público, importa atender ao art. 18º, nº1
CPTA, nos termos do qual é territorialmente competente “o tribunal do lugar em que se deu o
facto constitutivo da responsabilidade”, ou seja, o facto danoso ocorreu em Vila Nova de
Famalicão.
Conforme determina o art. 3º, nº2 do DL nº 325/2003, de 29-12, a área de jurisdição dos
tribunais administrativos de círculo consta do mapa anexo ao presente diploma, no âmbito do
qual é possível concluir que o município de Vila ova de Famalicão pertence à sede de Braga e,
portanto, é territorialmente competente o Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga (só existe
Tribunal Administrativo de Círculo na Comarca de Lisboa).
1
Cada tipo de ação apresenta as suas especificidades no que apo prazo para a propositura diz
respeito.
A ação de impugnação deve ser proposta no prazo de um ano ou três meses, se promovida pelo
Ministério Público ou nos restantes casos, respetivamente (art. 58º, nº1, als. a) e b) CPTA).
A ação de impugnação à prática do ato devido deve ser proposta no prazo de um ano a contar do
termo do prazo legal estabelecido para a emissão do ato legalmente omitido (art. 69º, nº1 CPTA).
A ação que visa a impugnação de normas pode ser pedida a todo o tempo (art. 74º, nº1 CPTA).
Os prazos de propositura das ações relativas à validade e execução de contratos consta do art.
77º-B CPTA.
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No caso da aula passada não poderia haver providência cautelar, pois a mesma apenas
pode ser proposta contra a parte da ação principal, o que não sucede no caso concreto, pois o
autor visava evitar o despedimento (por parte da sua entidade empregadora) e não por parte da
Segurança Social, i.e., a entidade demandada na ação administrativa principal.
Pelo contrário, o presente caso concreto, existem danos quantificados (no valor de
€25.000,00) e, aparentemente, a ação principal apresenta viabilidade, pelo que poderia o autor,
se preenchidos os pressupostos do art. 120º CPTA, interpor a providência cautelar, mais
concretamente a dos arts. 112º, nº2 e 133º CPTA, devendo o município de Vila Nova de
Famalicão prestar as quantias indispensáveis a evitar a situação de carência, ou seja, os
€25.000,00 para o conserto do automóvel, de modo a que António conseguisse deslocar-se para
o trabalho em Braga.
T – 15 de novembro de 2019
A ação que vise a responsabilidade civil extracontratual deve ser proposta no prazo de três a
contar da data em que o lesado teve conhecimento do direito que lhe compete (art. 498º, nº1 CC).
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De acordo com o art. 9º, nº1 da Lei nº 91/2019, de 04-09, vislumbra-se uma situação de
conflito de jurisdição “quando dois ou mais tribunais, integrados em ordens judiciais
diferentes, se arrogam ou declinam o poder de conhecer da mesma questão, dizendo-se o
conflito positivo no primeiro caso e negativo no segundo”.
A questão é resolvida pelo preceituado no art. 14º, nº2 CPTA, nos termos do qual “pode
o interessado, no prazo de 30 dias a contar do trânsito em julgado da decisão que declare a
incompetência, requerer a remessa do processo ao tribunal competente”.
O referido nº2 do art. 14º CPTA consubstancia uma incompetência absoluta, devendo
proceder-se a uma remissão para o art. 89º, nºs 1, 2 e 4 CPTA.
O processo dá entrada no tribunal e o juiz a quo declara-se incompetente em razão do
território. Esta incompetência constitui uma exceção dilatória, que tem como consequência a
absolvição da instância, tendo o autor o prazo de 30 dias após o trânsito em julgado da decisão
da incompetência para pedir a remessa dos autos ao tribunal competente. Na eventualidade de
também este se considerar incompetente, a questão terá de ser resolvida por um Tribunal de
Conflitos, de natureza ad hoc, nos termos do previsto no art. 209º, nº3 CRP.
A Lei nº 91/2019, de 04-09 estabelece no art. 2º, nº1 a composição do Tribunal de
Conflitos quando em causa haja um conflito entre um tribunal administrativo e um tribunal
judicial. Neste conspecto, o tribunal ad hoc é constituído por:
T – 21 de novembro de 2019
OT – 21 de novembro de 2019