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Direito Romano

Direito- Questões sociais dando enquadramento jurídico.

Direito Contemporâneo – Na vida social os crimes são puníveis através do


código penal perante um artigo.

Elemento Previsão = enquadramento da situação

Elemento Estatuição = culminar da situação (consequência)

Subsunção Jurídica = Submissão de um caso concreto a uma norma


jurídica.

A norma jurídica pode ser: a) Abstrata b) Coletiva c) Geral

Raciocínio Subjuntivo (norma que responde ao facto social)


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Raciocínio Romano (justiça/equidade/direito)

Direito Romano

Jurista Romano – parte do conceito de justiça.

X matou Y – Porquê?
- Como?
- Motivos?
- Atenuantes à morte de Y?
- Modo de executar?
-Procurar perceber as circunstâncias do homicídio.

Qual a solução adequada e justa para aquele comportamento?

Comitia Curiata, função:


-Englobam toda a sociedade romana, só homens. Todo o populos. Todos
os homens livres de Roma, todos os cidadãos romanos, sejam eles
patrícios ou plebeus, fazem parte dos Comitia. Ao contrário do Senado,
que é uma organização patricial, dos Paters, não são uma organização
militar ao contrário dos Comitia. São uma organização militar.

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Enquanto órgão representativo da sociedade de Roma tem um papel
importante:

-Intervenção clara na aprovação do novo Rex.

-No período da monarquia teriam tido competência para aprovar leis


(teriam pois não há certeza). Poderiam aprovar as leges regis – leis do rei.
(pensa se que pode ter sido assim pois pouco chegou até hoje). As leis
teriam de ser aprovadas pelos Comitia. Estes ao reunirem todos os
cidadãos de Roma tinham esta dupla função.

Direito no período da monarquia


2 grandes fontes do direito a nível histórico, tradicional.
-Mores Maiorum
-Consuetudo

Consuetudo corresponde ao atual Costume.

Costume: Fonte de direito definido como pratica reiterada


acompanhada de convicção de obrigatoriedade. Não é escrito.
Significa que, uma prática reiterada. É uma prática repetida,
repete se constantemente pela sociedade. Entende se que a repetição
daquele comportamento é adequada pois permite regular a sociedade, é
tantas vezes repetidos que a sociedade assume a obrigatoriedade, a
sociedade sente que tem que cumprir senão entende que tem de punir
quem não a cumpre. Direito então nasce da própria sociedade, de baixo
para cima.

Mina
de água

A B C

Considere se o exemplo acima apresentado. Uma comunidade dividida em


A, B e C. No terreno A existe uma mina de água cujo corrimento passa por

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B e continua em C. Segundo o costume, o proprietário de B tem obrigação
de deixar passar a água (servidão de aqueduto). Torna se obrigatória a
cedência desta, não poderá colocar barreiras nem tentar evitar que o
terreno C não usufrua da água. Mesmo sendo costume é obrigatório, se a
servidão não acontecer pode se punir o proprietário de B.

3 Tipos de costumes:
-Constra leges – Contra a lei (proibido)

-Se endum legem - vai com a lei, não poem em causa a lei (aceitável)
Únicos da atualidade aceites.

-Prater legem – vai para lá da lei, mas não viola a lei (dependeu dos
tempos históricos)

A forma mais básica de direito são as pessoas criarem o seu próprio


comportamento, logo nasce do costume. Vão se adotando os costumes e
adequando de para lei.

Costume distingue se da tradição

Tradição: Sociedade não da uma condição de obrigatoriedade, repete se


também, mas porque sempre se repetiu e não pela sociedade entender
que e obrigatório repetir se. Se não se fizer não se viola nenhum
comportamento tido como obrigatório pela sociedade. (exemplo: peru no
natal)

Mores Maiorum: Tradição de uma comprovada moralidade. Significa que


os mores maiorum são o conteúdo jurídico que é tipo como tradicional e
moralmente correto na sociedade romana. Passado de geração em
geração, comportamento moralmente válido. Norma jurídica não escrita
transmitida pelo pontífice que vai impor se pela sociedade romana
obrigando a regular esta mesma sociedade, é também uma solução moral.
São apenas conhecidos dos pontífices e aplicados pelos mesmos.
Significando que a aplicação poderia ser arbitraria ou prejudicial,
procurando beneficiar do direito em detrimento do poder. Única fonte do
direito que se mantém desde o início de Roma até ao fim. Senado são os
guardiões responsáveis do cumprimento dos mores maiorum.
Tem conteúdo muito complexo: não decorrem de uma criação da
sociedade, não é consuetudinário, não decorrem do costume, mas são

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transmitidos pelos deuses a sociedade através dos pontífices. Poder vem
de cima para baixo

Compete aos pontífices resolverem os casos concretos em Roma da


monarquia.

Mores maiorum – aplicados e executados pelos sacerdotes pontífices


(função de jurisprudente). Este pode aplicar voluntariamente ou
involuntariamente arbitrária e nem sempre consonante com a justiça.
(Aplicam o direito ao caso concreto. Não há em Roma uma dogmática,
teorização.)

Iurisprudente – direito, cautela


Prudente é quem tem a capacidade de distinguir o justo do injusto, a
verdade do falso.
Iurispruder - É aquele que aplica o direito de forma justa.

Os sacerdotes pontífices que aplicam o direito são os jurisprudentes


através da aplicação dos mores maiorum

Plebeus iniciam revolta em relação aos poderes dos patrícios, organização


política romana, e contra a não aplicação justa do direito. Plebeus
reclamam que é importante reconhecer de forma segura o Direito. Não
pode estar na mão de quem recebe as vontades dos deuses e aplica em
alguns casos o poder de forma discriminatória.

Para resolver um problema vai ser constituído em 451 a.C. uma comissão
constituída pelos comitia curiata, de 10 homens, mista entre homens
patrícios e homens plebeus que se chama Decemviri legibus seibundi

Decemvirii – 10 homens
Legibus – leis
Seibundi – para redigir

Comissão de 10 homens para redigir leis.

Com a função de reduzir a escrito as mores maiorum. Positivar (reduzir a


escrito) os mores maiorum (direito não escrito) para os tornar certos.

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Enviam 3 homens a Grécia para conhecerem a leis de Solum para se
inspirarem nas primeiras leis romanas.

Lei das 12 tábuas

A comissão tinha mandato de um ano. Ao fim do ano elaborou 10 tábuas.


Efetivas tábuas. Tábuas de bronze estão escritas principais normas
jurídicas romanas nas variadíssimas matérias, mas sempre de matérias de
direito privado, direito aplicável as relações entre privados. Quer sejam
plebeus ou patrícios. Comitia aprovam estas tábuas, mas dizem que o
trabalho feito ainda era escasso. Era necessário desenvolver o direito
penal.

Nomeiam 2 segunda comissão 450 ac. Teriam de elaborar mais tabuas


para concluir o trabalho, densificar a área relativa ao direito penal.
Também 10 homens. Terá governado durante 1 ano de forma autoritária,
absoluta, despótica. Ao fim do ano apresenta aos comitia 2 novas tabuas.
Como retaliação do governo despótico não aprova as duas tábuas pelo
segundo decemuiri. Nomeiam então a 3 comissão, mais pequena, de só 2
cônsulos (patrícios, magistrados com poder de governo em Roma) o
Valerio e Horátio para que elaborem o direito restante. Apresentam aos
comitia passado 1 ano duas novas tábuas. Chamam se Lex Valeria Horatia.
Surge então lei das doze tabuas. Constituem o direito escrito do direito
romano.

Conteúdo:

Tábua 1 2 3 - contem processo civil


Tábua 4 5 - direito da família e sucessões
Tabua 6 - negócios jurídicos
Tabua 7 à 12 - direito penal e processual penal

A partir daqui os jurisprudentes vão ter uma dupla aplicação. Tem dupla
abrangência do direito. Por um lado, aplicam e interpretam a leis das doze
tabuas e a conjugação das mores maiorum. Em caso de dúvida aplica se o
mores maiorum. A lei das 12 tabuas pode ser aplicada mediante um
trabalho de interpretação jurídica.

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O direito publico não esta previsto na lei das doze tabuas. Continuava a
ser regulado pelos mores maiorum.

Lei das doze tabuas constitui a primeira Lex Rogata de Roma. É elaborada
e após isso apresentada ao comitio e o autor da lei roga para que a lei seja
aprovada.

Lei das 12 tabuas traz novidade, lei enquadradora daquela época que foi
elaborada por patrícios e plebeus e que e aprovada pelos comitia
romanos. Ampla representatividade da sociedade romana.

Período de tensão política entre os patrícios e os plebeus. Séc. 6, anos


500.
Revoltas ao poder desmensurado dos patrícios. Transição dá origem a
república.

Leges Liciniae Sextial – marcam transição da monarquia para a república.

A partir do sec 5º aC os reis caem. Sucedâneo é encontrado através dos


magistrados.

Magistrados – cidadãos romanos apenas patrícios que são eleitos pelos


comitios para governar a cidade de Roma. Não sucedem aos reis. poder
temporário, mandato tem apenas um ano. Não se podem recandidatar ao
mandato (mesmo cargo). Presta contas aos comitia. Cargos não
remunerados e dual. Princípio de Roma é de em casa cargo serem eleitos
dois magistrados.

Organização da República:

Senado – perdura em Roma


Magistrados – encarga algum dos poderes do rex
Comitia – evolução, desaparecem os curiata e surgem os centuriata
(diferença em termos de organização militar, homens passam a estar
organizados em 100 e não 10)

Período da república é o período áureo da construção política de Roma.


Período mais pluralista na organização política (poder dividido em vários
órgãos, principais são comitia e magistrados) e um período áureo da

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construção política porque todos (os órgãos) vão ter um papel importante
para construção do direito romano da república – período/direito clássico.

Magistratura

Vários requisitos:

princípio da colegialidade
princípio da temporalidade/anualidade (exceção do sensor)
princípio impossibilidade de repetir cargos (com exceções) cursos
honorum (caderno)
princípio da responsabilidade – magistrados são responsáveis pelas ações
que tomam durante o seu mandato

magistratura – cargos eletivos, para ser eleitos estes proponham se ao


cargo, apresentavam programa de mandato – edicto – programa de
mandato de governo atual de magistrado que apresenta aos comitia.
Discutido e votado pelos comitia, edito mais votado (melhor, medidas
maios necessárias e urgentes a Roma) é o que ganha. Ius Edicendi – poder
de dar aos comitia o poder de votar. Magistrado vinculado. Terá de
cumprir o que diz o edito. Se ao fim do ano n cumprir aquilo q propôs é
então responsável em relação aos comitia.

Magistrados em geral tem 3 grandes poderes:

-Imperium – poder supremo e ilimitado de comando. Significa que o


imperium é o poder de comandar os exércitos e a cidade. Poder amplo
que permite governar. Através deste os magistrados tem não só o poder
militar, o poder de administrar a cidade e tem um poder especifico que é
o poder de agendi cum populos (comitia) e Agendi cum patribos (senado)
que é poder de convocar as assembleias. Não podiam ser recusadas,
senão havia pena de morte.

-Potestas – poder de representar o populos romano (povo romano) e


vincular o povo romano com a sua vontade. Através da potestas o
magistrado cria direitos e condições que impõe ao populos.

-Iurisdictio – poder específico de dois magistrados, (do cônsul) e do


pretor, essencialmente do pretor. Poder de dizer o direito e aplicar a
justiça. Poder interprete, criador e ditador do direito.

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-Intercessio – poder de revogar as decisões do magistrado
inferior/anterior. Para alem da fiscalização dos magistrados feita pelos
comitia há também outro controlo uns em relação aos outros. As decisões
do edit pode ser revogada por qualquer outro magistrado
(pretor tem estes 3 poderes)

-Edicendi –poder de auspicio

Há magistrados maiores e menores. Todos sejam maiores ou menores


tem potestas.

Magistraturas:

Maiores – considerados o Cônsul, o Censor, o Pretor e o Ditador. Tem


poder de império. Poder de convocar as assembleias.

Menores – considerados o Questor, Edit

Extraordinário – Ditador (surge ocasionalmente na vida dos romanos, dai


extraordinária) e o Tribuno da Plebe (tribuno é permanente, mas tem
funções diferentes dos outros dai ser extraordinário, não pertence ao
cursos honorum)

Ordinários – Cônsul, Censor, Pretor, Questor, Edit (normais, administração


quotidiana de Roma/permanentes, com exceção do censor, não é
permanente). Fragmentariedade, colegialidade e temporalidade.

Hierarquia dos magistrados

Doutrina divide se, há quem entende que é:


Pretor – 367 aC
cônsul – 509/510 aC
censor - 443 aC
questor - 450 aC
edil – 367 aC
e outros que é censor cônsul questor edit.

Poder de (ius) intercessio – poder de revogar as decisões do magistrado


inferior/anterior. Para alem da fiscalização dos magistrados feita pelos

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comitia há também outro controlo uns em relação aos outros. As decisões
do edil podem ser revogadas por qualquer outro magistrado

Exceção: decisões do censor não são objeto de intercessio. Nem o


cônsul. Isto significa que o censor estaria no topo da hierarquia de
magistrados.

Tribuno da plebe – especificidade é ter intercessio sobre todas as decisões


de todos os magistrados.

Cônsul - herdeiro de muitos dos poderes do rex, império domi – poder de


governar a cidade e províncias – e poder imperium militar, comandante de
exército, dupla função. Aplica a justiça e vincula a com os cidadãos. Tem
ainda poder de coercitivo – poder de vida ou morte com os cidadãos. 2
cônsulos. Em caso de discórdia usaria se o poder de intercessio sobre o
colega, decisão não seria tomada. Na ausência de um cônsul (por estar
desaparecido em combate, por exemplo) em Roma quem delegava era o
senado.

Censor – Poder específico, magistratura não permanente e sem imperium.


Não é administrador da cidade nem chefe militar. É eleito para 5 anos
(exceção a anualidade) sendo que as suas funções efetivas são exercidas
nos primeiros 18 meses) eleitos 2 censores. Exercem efetivamente o
poder durante 18 meses. A função principal do censor era contar a
população e determinar a propriedade do território. Função de
recenseamento para se aferir o grau de rendimento de cada família para
depois ser aplicado o tributo (imposto). Fiscalizar o comportamento dos
cidadãos de Roma. Função de fazer o cadastro predial. (nos primeiros 18
meses, recenseamento e cadastro predial, só se repetia no mandato
subsequente). Nos 5 anos podia fiscalizar o incumprimento da conduta do
cidadão, a perda da cidadania (capitio diminutio). Indicavam quem podia
entrar ou não no senado. Só os mais velhos podiam ser censores e teriam
que ter passado por todas as outras magistraturas. Censor podia reduzir
um cidadão a escrevo, por exemplo ou mesmo destituir um senador.

Ditador - magistrado extraordinário, 6 meses de mandato, eleito numa


relação entre o senado e os comitia, exercia funções num período
específico de emergência em Roma. Magistrados deixam de exercer

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funções no período da ditadura, ditador assume todos os poderes e pode
suspender alguns dos direitos dos cidadãos para fazer face ao estado de
necessidade.

Pretor – Homens que conheciam o funcionamento da cidade, muitos


desempenhavam cargos de natureza política devido a este conhecimento.
Magistratura mais difícil de ser substituída por causa do conhecimento
técnico e cientifico do pretor, não era fácil encontrar corpos imperiais com
este conhecimento

Magistrados menores: edil e questor, não tem imperium, tem ius editendi
alguns tens ius aspiciorum

Edil – quem esta na administração das cidades, administrador do poder


local, no início eram eleitos nos comitia tributa, comitias das tribos que
elegiam representante para regular a sua própria comunidade local.
Magistratura patrício plebeia

Funções: polícia, limpeza da cidade, conversa vias e edifícios públicos

Ius civile – direito aplicado aos cidadãos romanos, direito da cidadania,


engloba todo o direito aplicado seja ele nas relações contratuais (DC)
sejam relações relativas ao direito tributário ou ao penal. Ius civile não é
igual ao direito civil. So os cidadãos romanos sejam eles patrícios ou
plebeus, homens ou mulheres, são sujeitos a ius civile, so não se aplica aos
estrangeiros. Estes são todos aqueles que não são cidadãos romanos (não
se incluem servos nem escravos). (à parte: Só trata carroças, não barcos,
mas as suas normas também se aplicam)

Cidadão e estrangeiro
estrangeiro – todo aquele que habita o império romano, mas não e
romano, é dos povos conquistados.

Direita ira ser criado ab inicium pelo Pretor.

Direito criado pelo pretor para aplicação aos estrangeiros e o ius gentium.

Roma: 2 grandes ordenamentos jurídicios.

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Para o cidadão – ius civile (relações jurídicas entre cidadãos) direito formal
abstrato complexo, implica rigor do conhecimento da língua e rigor no
conhecimento dos atos formalistas. Ex: contrato compra e venda exigia 1º
(para alem dos augures) exige ritual - linguístico. Queres tu vender este
bem? Se não responder com rigor no tempo verbal o contrato é nulo
(complexidade evidente)

Para o estrangeiro – ius gentium (relações jurídicas entre cidadãos e


estrangeiros e aplica se as relações jurídicas entre estrangeiros) (deu
origem ao direito internacional privado)

Pretor urbano – funções na urbe (cidade)

Pretor peregrino – anda pelo império e regula relações jurídicas c


estrangeiros

130 a.C. – lex aebutia de frormulis

Até essa lei e apenas um intérprete, não pode alterar nem criar direito
novo

Fontes de direito em Roma:


-Mores Maiorum
-Leges – Lex Rogatae (leges rogata)
-Ius pretorium – direito do pretor
-Iurisprudentia
-Senatusconsulta
-Constituiçoes imperiais
-Oratio prínceps

Principal fonte criadora do direito: concilia curiata

Modalidades de leis publicas - Lex regota, plebisciutus

Lex rogata – lei pedida, apresentada aos comitia por um magistrado


superior (cônsul ou pretor) os que tinham principal função propor leis aos
comitia e após proposta os comitia tinham função de discutir, alterar,
votar. A lei emana sempre de um magistrado, a proposta legislativa esta
no magistrado, como em regra temos 2 magistrados, é regra as leges
rogata tem nome de dois magistrados.

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Fases de aprovação de uma lei em Roma:

1. Promulgatio– apresentação pelo magistrado aos comitia de uma


proposta de lei e afixação pública durante cerca de 3 semanas. O
texto devia ser afixado num lugar público para que todo o povo
tomasse conhecimento
2. Conciones – reuniões em praça pública para se discutir a proposta;
ninguém podia falar sem lhe ser concedida a palavra (havia
discursos favoráveis – suasiones – e desfavoráveis – dissuassiones)
3. Rogatio – pedido dos magistrados proponentes da lei aos comitia
para que a lei fosse aprovada
4. Votação – voto era oral e dado com palavras sacramentais, podia
ser favorável, desfavorável ou abstenção. Após a Lex Papiria
Tabellaria de 131 a.C. o voto passa a ser escrito e secreto
5. Aprovação pelo Senado – após a votação favorável pelos comitia, a
lei era referendada pelo Senado – auctoritas patrum – para este
verificar a conformidade das leis com os mores maiorum
(fiscalização). Após a Lex Publilia Philonios, de 339 a.C., a auctoritas
passa a ser concedida antes da proposta ser votada pelos comitia,
logo a seguir às conciones. (com a lex o voto passa a ser secreto).
6. Afixação – a nova lex era afixada no fórum em tábuas de madeira
ou de bronze
Senátus-consulto não era fonte de direito nem era vinculativo

Lex rogata – deliberação proposta por um magistrado e votada pelos


comitia (são identificadas pelos nomes dos 2 cônsules do ano em que são
propostas e aprovadas)
Partes de uma lex rogata
1. Praescriptio – Prefácio, contem o nome do magistrado, a
assembleia que a votou e a data, o nome do primeiro agrupamento
que abriu a votação e o nome do cidadão que foi o primeiro a votar
2. Rogatio – parte dispositiva da lei
3. Sanctio – parte final da lei, onde se estabelece os termos da sua
eficiência e a estão previstas as sanções para quem não as cumprir.
Quanto à Sanctio as leges podem ser:
• Perfectae – declaram-se nulos os atos contrários às suas disposições
• Minus quam perfectae – apenas impõem-se multas aos
transgressores

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• Imperfectae – nem se anulam os atos contrários nem se impõem
sanções

Ius praetorium – direito que emana da interpretação, aplicação e criação
do pretor. Integra o ius honorarium.
Ius honorarium – Direito que emana da interpretação e da aplicação do
ius civile de criação de todos os magistrados. É apresentado nos edictos
dos magistrados (documentos onde se apresentam soluções jurídicas). É o
direito da Honra.

O pretor tem poder de interpretar, aplicar e corrigir o direito.

Fases de atividade do pretor:


-Até 130.a.C (Lex Aebutia Formulis) – Pretor atua como interprete
aplicador e integrador do ius civile sem poder alterar o ius civile. Atua no
âmbito dos seus poderes de império, concedendo actios (ações da lei).
- A partir de 130 a.C até 130 d.C – o pretor atua como interprete aplicador
e integrador do ius civile mas também como criador de direito novo
através de fórmulas (direito escrito criadas no âmbito dos poderes de
iurisdictio do pretor).

Tribunal do pretor
Atividade dele baseia se em 3 poderes – imperium, potestas e iurisdictio

Aplica ius civile


Traditio – entrega de algo
Ius dicere – comunica ao juiz oralmente a ação a aplicar
Judex – alguém que é escolhido pelas partes ou pretor para decidir o caso
Homem bom, alguém que consegue ser imparcial e consegue perceber
quem esta a dizer a verdade

O novo direito criado para resolver casos se proteção do ius civile ou até
retirar essa proteção são introduzidas no ius civile através do edicto do
pretor.

Ter formula é ter direito.

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Pretor pode criar 4 accios formulas novas

Acciones utiles,

Actios in factum conceptae – pretor vendo que determinada situação


social merece proteção jurídica e não a tem concede uma accio baseada
nesse facto

Actiones fictiniae – o pretor p aplicar a justiça finge como existente uma


coisa ou facto que se sabe não existir ou finge como não existente uma
coi9sa ou facto ou um negócio jurídico

Acciones utiles – pretor aplica por analogia acciones civiles existentes a


outras situações semelhantes

Actions addictitae qualitatis – ações que responsabilizam o pater-


famílias total ou parcialmente pelas dividas dos filhos ou servos

Pretor não e necessariamente jurista, não tem que saber direito, é um


magistrado que segue um curso honorum, tem funções de aplicar os ius
civile, as accios, tem iurisdictio, mas na maior parte dos casos não é
conhecedor do direito, precisa da intervenção do iurisprudente – tem
auctoritas, tem saber socialmente conhecido. homens que estudavam,
conheciam e interpretavam o direito, eram a estes homens que o pretor e
as partes que vão a tribunal recorriam

Edictos prepetua

Principado 27 aC – 285

Iurisprudente – ± 300 em Roma, “homens sem rosto”

Ius publice respondendi ex auctoritas prínceps – direito de responder em


nome do prínceps, sob autorização do prínceps, os seus pareceres
vinculam o príncipe e o tribunal do príncipe. Isto não restringe o
iurisprudente a exprimir a sua opinião livremente, esta é a permitir
aqueles que tem ius publice respondendi ex auctoritas prínceps vinculem
a vontade do príncipe. Não contraria a vontade do príncipe. Momento que
se cria direito oficial em Roma. Opinião oficial. Combate do príncipe a
opiniões de iurisprudentes que criticavam

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Consequências:

Funcionalização da jurisprudência – homem livre passa a estar


dependente do príncipe, cidadãos romanos passam a consultar sempre os
iurisprudentes com opinião vinculada na lista.

5 grandes iurisprudentes: príncipes do direito


Paulo
Papiniano
Modestino
Ulpiniao
Gaio

Senátus-consulto - opiniões emitidas pelo senado – PSC – fonte mediata


de direito, não é vinculativa de direito na medida em que na Res publica,
que o senado não tem na republica funções legislativas, o que podia fazer
era ser consultado pelos cidadãos sobre questões de índole social e
politica como o senado podia ser consultado pelos magistrados. Órgão
guardião dos mores maiorum

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