Você está na página 1de 16

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS

Escola de Direito e Relações Internacionais


Direito Processual Penal
Prof. Dr. Ana Maria de Sousa Duarte

ORGANIZAÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO NO ESTADO DE


GOIÁS

Andressa Morita Alves


B04

Goiânia
2019
Andressa Morita Alves

ORGANIZAÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO NO ESTADO DE


GOIÁS

Trabalho realizado na matéria de Sociologia


Jurídica da Escola de Direito e Relações
Internacionais da Pontifícia Universidade Católica
De Goiás: Traz como objetivo a maneira como se
organiza o poder judiciário no estado de goiás,
com uma visão pautada no direito processual
penal. Trabalho realizado para atividade externa
disciplinar com integração da nota em N2.

Orientador: Prof. Dr. Ana Maria de Sousa Duarte

Goiânia
2019
Da Origem

À luz da constituição federal, que à priori em artigo 1° traz a distinção dos entes
federativos (União, Estados, Municípios e o Distrito Federal) e seus fundamentos,
assim como bem divisão/tripartição do poderes (Executivo Legislativo e Judiciário)
elencados em seu artigo 2. O poder judiciário que tem sua compreensão no artigo 92
CF, trazendo em seu inciso VII os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal
e Territórios dentro dos órgãos que o compõe, sendo assim compreende-se que o
Tribunal de justiça do estado de Goiás, é um órgão do Poder Judiciário de Goiás, com
sede em Goiânia e jurisdição em todo o território estadual. Assim como bem
consolidado mediante à Lei nº 9.129, de 22 de Dezembro de 1981 (Código de
Organização Judiciária do Estado de Goiás), tão bem quanto ao Regimento Interno
do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás.

O tribunal de justiça do
estado de goiás é constituído
pelos seguintes órgãos:
I. Tribunal de Justiça
II. Juiz de Direito
III. Juiz substituto
IV. Juiz Militar
Da Composição

Integram o tribunal de justiça do Estado de Goiás em suas respectivas competências


e atribuições:

Tribunal Pleno; A Presidência;


composto por 41 desembargadores. composta por 1 único desembargador.

Órgão Especial; A Vice-Presidência;


composto por 17 desembargadores. composta por 1 único desembargador.

Duas Seções Cíveis; O Conselho Superior da Magistratura;


composta por 15 desembargadores cada. composta por 7 desembargadores.

Seção Criminal; A Corregedoria-Geral da Justiça;


composta por 10 desembargadores. composta por 4 desembargadores sendo auxiliares.

Seis Câmaras Cíveis; A Comissões Permanentes;


composta por 5 desembargadores cada. Diretoria da Revista Goiana de Jurisprudência;
Duas Câmaras Criminais; composta por 2 desembargadores

composta por 5 desembargadores cada.


Da Competência

Quanto às competências em matéria administrativa elencadas no Regimento interno


dentre elas em destaque as atribuições do ‘Tribunal Pleno, Órgão especial,
Presidência, Vice-Presidência, Conselho Superior da Magistratura, A Corregedoria-
Geral da Justiça, Comissões Permanentes, Diretoria da Revista Goiana de
Jurisprudência’, que em destaque carregam si atribuições/competências básicas da
administração como, Eleger e empossar Presidente e seu vice, corregedor geral da
justiça, Modificação de RITJ-GO e dos demais órgão do Tribunal, Criar tribunais
inferiores, alterar a composição judiciária, criar comissões temporárias, julgamento de
decisões ordinárias administrativas do ‘Presidente, Conselho Superior de Magistratura
e Do Corregedor Geral da Justiça’ no tocante à ilegalidade, dentre outras atribuições
elencadas no RITJ-GO. É necessário elencar que a Corregedoria Geral da Justiça é
um órgão de fiscalização, vigilância e orientação, é exercida, em todo o Estado, por
um Desembargador

Já no que diz respeito à matéria processual compete o processamento e o julgamento


especificamente ao:

• Órgão Especial: ADIs de leis e Atos normativos, Pedidos cautelares, Crimes


Comuns cujo sujeito é estabelecido no art. 9°-B, II, III e IV RITJ-GO, Habeas Corpus
destes mesmos elencados anteriormente no artigo ou coação atribuída no inciso V
do mesmo, os mandados de segurança e os habeas data contra atos do
Governador, do Presidente ou da Mesa da Assembleia Legislativa, do Tribunal de
Justiça, ou integrante dos respectivos. Em especial os embargos de declaração
opostos a seus acórdãos, os agravos regimentais e conflitos de competência.
• Seções Cíveis e ou Criminais em relação à vossa competência distinta entre si:
ações rescisórias (Cível), Revisões Criminais, habeas corpus (Criminal), conflitos
de competência em matéria e os mandados de segurança contra atos de juízes e
substitutos, restauração de autos extraviados ou destruídos de sua competência,
uniformização da jurisprudência em câmaras da mesma seção, embargos
infringentes das decisões das Câmaras respectivas e os recursos das decisões que
os indeferirem de plano, embargos de declaração, execução de acórdãos nas
causas de sua competência originária e seus embargos, impedimentos e as
suspeições opostas a membro do MP atuante no segundo grau de jurisdição, os
agravos regimentais interpostos das decisões do Presidente ou de relatores.
• Câmaras Cíveis: Exceções de suspeição e de impedimento relativas à [1],
1
apelações e agravos interpostos das sentenças e decisões de, juízes de direito
ou substitutos, bem como as remessas relativas a processos sujeitos ao duplo grau
de jurisdição, os embargos de declaração interpostos, os agravos regimentais
interpostos das decisões do Presidente ou de relatores, a execução de seus
acórdãos.
• Câmaras Criminais: Exceções de suspeição e de impedimento opostas à [1], os
1
habeas corpus quando a coação for atribuída à juiz de direito ou substituto, ao
Procurador-Geral de Justiça, ao Conselho Superior do Ministério Público, aos
Tribunais de Contas, ao Conselho ou ao Auditor da Justiça Militar e aos Secretários
de Estado, Prefeitos Municipais, pedidos de desaforamento, a restauração de autos
extraviados ou destruídos, embargos de declaração, agravos regimentais
interpostos das decisões do Presidente ou de relatores. Também julgar em
processos criminais os recursos em sentido estrito e os recursos ex officio, as
apelações e as cartas testemunháveis.

Dos Órgãos de Primeiro Grau

No que diz respeito ao Primeiro Grau de jurisdição, Juiz de Direito é aquele que
exercer toda a jurisdição civil, criminal ou qualquer outra, que lhe atribuir a lei. Lhe
compete atuação para julgar nas varas da Fazenda Pública Estadual, da Fazenda
Pública Municipal, de Assistência Judiciária, de Família e Sucessões, de Registros
Públicos, de Falências, Concordatas e Insolvência Cível, de Menores. Entretanto não
compete ao mesmo apenas judicialmente, mas administrativamente também
Juiz de Paz é aquele que mesmo leigo é competente para, na forma da lei, celebrar
casamentos, verificar processos de habilitação, sem, contudo, ter caráter jurisdicional.

Do Tribunal do Júri

O Tribunal do Júri é responsável pelos crimes dolosos contra a vida segundo disposto
no art. 74, §1º CPP e de crimes conexos, no que tange ao procedimento, estará
elencado na Lei 11.689/08. No que tange à sua organização no TJ-GO, na sede de
cada comarca funcionará um Tribunal do Júri e cada juiz exercerá a presidência do
Tribunal do Júri durante um semestre do ano civil, alternadamente, na ordem numérica
das varas. Também tratando mais varas na mesma comarca, compete aos juízes
funcionar nos processos de Crimes Dolosos a Vida até a pronúncia, incluindo o
presidente do Tribunal do Júri.

Da Distribuição

São distribuídos distintamente na comarca da capital de Goiânia, em Varas Cíveis


especializadas e não especializadas, Varas Criminais e Varas intituladas como
Diversas o total de 96 juízes, 307 juízes nas cidades interioranas. Totalizando 403
juízes sendo que 9 dos mesmos possuem competência para Tribunal Do Júri.

Dos Auxiliares

São todos aqueles que compõem o corpo do sistema judiciário, sendo eles
funcionário, auxiliares eventuais e pessoal contratado pelo regime da Consolidação
das Leis do Trabalho (contratados).

São funcionários os ocupantes dos cargos das Secretarias do Tribunal de Justiça da


Auditoria da Justiça Militar e dos Juízes de Direito, escrivães, tabeliães de notas, os
oficiais de registros públicos, escreventes e suboficiais, contadores, distribuidores,
partidores, avaliadores públicos, depositários públicos, porteiros dos auditórios,
oficiais de justiça, comissários de vigilância de menores, assistentes sociais.

São auxiliares eventuais os administradores, depositários, árbitros, peritos,


agrimensores, tradutores, intérpretes, leiloeiros; inventariantes judiciais, síndicos,
advogados dativos, oficiais de justiça e outros nomeados eventualmente para
participarem de atos judiciais sem vínculo estatutário ou empregatício.

No que diz respeito à deveres, competência e atribuições dos mesmos, estão


elencados no Código de Organização Judiciária do Estado de Goiás do seu artigo 56
a 98.
Das Comissões Permanentes do TJ-GO

1. Comissão de regimento e organização judiciária, tem como função elaborar


alteração da organização e divisão judiciária do Estado, repetir parecer
sobremesa do regimento interno, dar-lhes a redação final incorporando-as ao
texto, se aprovadas. Também é de sua competência sugerir e elaborar projetos
de reforma parcial do regimento interno emitir parecer sobre nota relacionada
com aplicação do código de organização judiciária e regimento interno.
2. Comissão jurisprudência e documentação, tem como principais funções
orientação e inspeção dos serviços da biblioteca, indicação de obras a serem
adquiridas, fiscalização e cobrança referentes a empréstimos de obras, sugerir
medidas adequadas para conservação dos arquivos do tribunal de justiça,
sugestão de publicação de acórdãos sentenças e trabalhos jurídicos de
reconhecido valor científico, atualização do fichário de jurisprudência.
3. Comissão de seleção e treinamento, tem como função superintender o
processamento de concursos para ingresso na magistratura e nos quadros de
funcionalismo do poder judiciário, e promover a instrução de juízes de direito e
substitutos para o seu aprimoramento em prol da carreira.
4. Comissão de distribuição e coordenação, tem como função proceder à
distribuição de feitos através de sorteios, decidir as reclamações sobre
distribuição ressaltando a competência do órgão especial, indicar medidas
destinadas a aumentar o rendimento das sessões, abreviar publicações dos
acórdãos e facilitar tarefas dos procuradores das partes.
5. Comissão de informatização, tem como função formular, supervisionar
executar políticas de informática e promover projetos de convênio com
instituições públicas referentes ao setor, estabelecer políticas e diretrizes
quanto ao uso de recursos de processamento de dados e emitir parecer sobre
a contratação de serviços, aquisição, expansão, doação, aluguel ou venda e
remanejamento de equipamentos de programas referentes aos mesmos.
Dentre outros dando maior atenção à atualização periódica do plano diretor de
informática.
Do Funcionamento do Tribunal

De acordo com o regimento interno do tribunal judicial de Goiás (p. 39)

Art. 153. As sessões do órgão especial, das seções cíveis, das sessões
criminais e das câmeras terão início às 13 horas e término às 17 horas, com
intervalo de 15 minutos, prorrogando-se esse horário, automaticamente, eu
tempo que se fizer necessário, até que seja esgotadas as matérias
competentes da pauta de julgamento. Porém, também, se realizadas em
outro horário, entre 6 e 18 horas, desde que não ultrapassem desse limite e
constem da pauta publicada.

§ 1º Quanto ao Conselho Superior da Magistratura e Comissões


Permanentes, as sessões serão convocadas pelos respectivos presidentes,
sempre que houver necessidade.

§ 2º As Câmaras Isoladas reunir-se-ão, ordinariamente, uma ou duas vezes


por semana, de acordo com as necessidades do serviço.

• Através da Emenda Regimental nº 07, de 23/09/92 foi incluído o § 3º ao art.


153 deste Regimento com a seguinte redação:

§ 3º A Comissão de Informatização reunir-se-á por convocação do seu


presidente ou por solicitação de qualquer um de seus membros efetivos:

1 - Ordinariamente - uma vez por mês;

2 - Extraordinariamente - sempre que necessário;

- As reuniões da Comissão de Informatização serão abertas com a presença


de, no mínimo, dois (02) de seus membros efetivos;

- A Comissão de Informatização deliberará mediante resoluções, ou


instruções, sendo que os assuntos tratados e as decisões tomadas ficarão
registradas em Atas, cuja aprovação se fará na reunião subsequente;

- As deliberações da Comissão serão tomadas por maioria simples de votos


dos membros presentes à reunião.

Do Relator

É de competência do relator presidir todos os atos do processo, exceto os realizados


em sessão, podendo determinar inquirições e outras diligências aos juízes locais,
tampouco a extinção do processo de competência originária do tribunal. Também
decide questões incidentes cujo a resolução não compete ao tribunal por algum dos
seus órgãos.

III - processar as habilitações incidentes, restauração de autos e outros feitos


incidentais;

IV - receber ou rejeitar in limine as exceções opostas;

V - processar e julgar o pedido de assistência judiciária, após a distribuição;

VI - ordenar à autoridade competente a soltura do réu preso (quando verificar


que, pendente recurso por ele interposto, já sofreu prisão por tempo igual ao
da pena a que foi condenado, sem prejuízo do julgamento, ressalvada a
hipótese prevista no Código de Processo Penal e quando absolutória
sentença).

VIII - rejeitar de plano os embargos de nulidade e infringentes do julgado;

IX - indeferir a petição de embargos de declaração, se não foi indicado o ponto


que deve ser declarado;

X - mandar preencher requisitos da petição de habeas corpus, desde que


falte qualquer deles;

XI - solicitar, se as entender necessárias, informações à autoridade coatora,


em habeas corpus, antes da vista obrigatória do Ministério Público;

XII - levar ao Tribunal, independentemente de decisão fundamentada, a


petição de habeas corpus, se entender ser caso de indeferimento liminar, a
fim de que delibere a respeito;

XIII - receber ou rejeitar a queixa ou a denúncia nos processos da


competência originária do Tribunal, ressalvado o disposto no inciso seguinte;

XIV - propor ao Tribunal o arquivamento de processo da competência


originária, se a resposta ou defesa prévia do acusado, nos casos em que é
admitida, convencer da improcedência da acusação;

XV - homologar as desistências, ainda que o feito se ache em mesa para


julgamento; XVII - decretar, nos mandados de segurança, a perempção ou a
caducidade da medida liminar, ex officio, ou a requerimento do Ministério
Público, quando, concedida a medida, o impetrante criar obstáculo ao normal
andamento do processo, deixar de promover, por mais de vinte dias e nos
casos previstos em lei;

XVIII - determinar sejam apensados ou desapensados os autos;


XIX - determinar diligências que entender convenientes à instrução do
processo;

XX - mandar ouvir o Ministério Público, quando deva funcionar no feito;

XXI - admitir assistente nos processos crimes da competência do Tribunal;

XXII - ordenar a citação de terceiros para integrarem a contestação;

XXIII - admitir litisconsortes, assistentes e terceiros interessados;

XXIV - ordenar, em despacho fundamentado a suspensão de julgamento do


Tribunal do Júri, desde que, sendo solicitado o desaforamento, o motivo lhe
parecer relevante;

XXV - requisitar autos originais de processos que subirem em traslado, se


julgar necessário;

XXVI - conceder e arbitrar fiança ou denegá-la, nos processos de que for


relator;

XXVII - decretar a prisão preventiva, nos processos de competência


originária;

XXVIII - examinar a legalidade da prisão em flagrante;

XXIX - lançar nos autos o relatório

Também compete ao mesmo lançar visto, podendo colocá-los em mesa julgados de


assim necessário ou até mesmo pedir dia para julgamento e ou passar ao revisor
criminal nas situações elencadas nas páginas 44 e 45 do RITJ-GO. Também segundo
o art. 178, ao relator compete determinar a remessa dos autos à distribuição quando
admitir, embargos infringentes e ou de nulidade, relatar os agravos interpostos de
suas decisões e os embargos de declaração opostos aos acórdãos que redigir.

• O revisor será o desembargador imediato ao relator na ordem descendente da


antiguidade, ou o mais antigo se o relator for o mais moderno, já os vogais
serão os desembargadores imediatos ao revisor, se houver, ou ao relator.
• Ao revisor compete lançar vistos os autos declarando concordar com relatório,
retificando se necessário e existente, e pedir dia para julgamento.
Do Julgamento

Por vias de regra nenhum feito será julgado sem prévia publicação do dia para este
fim designado salvo habeas corpus e seu recurso, agravo regimental, conflito de
jurisdição suscitado de ofício, embargos de declaração, exceção de suspeição,
verificação de cessação da periculosidade, habilitação incidente e desistência do
recurso. Entre a data da publicação e a sessão de julgamento deve mediar, número,
48 horas, exceto auxiliar de semana tomando início às segundas-feiras.

No lugar apropriado, serão afixadas as pautas dos feitos inscritos para julgamento,
fornecendo-se uma cópia à Ordem dos Advogados do Brasil, Seção de Goiás, e à
Procuradoria-Geral da Justiça

Da Competência de Processar e Julgar do TJ-GO

Compete ao TJ-GO processar e julgar em âmbito cível os processos com julgamentos


iniciados em sessões anteriores; pautas das sessões anteriores, se houver; processo
que independam de inclusão em pauta; processos de mandado de segurança, seus
recursos e incidentes; processos de falência e de concordata preventiva, seus
recursos e incidentes; agravos de instrumento; duplo grau de jurisdição; processo de
execução fiscal, seus recursos e incidentes; apelações cíveis; embargos infringentes;
ações rescisórias;

Já especificamente no âmbito criminal compete ao TJGO processar e julgar:

• Habeas Corpus: Impetrado por qualquer pessoa, em seu favor ou de outrem


ou pelo Ministério Público. Se trata de uma ação judicial com o objetivo de
proteger o direito de liberdade de locomoção lesado ou ameaçado por ato
abusivo de autoridade. Sendo disponível em matéria recursal de recurso
extraordinário, recurso ordinário constitucional e recurso em sentido estrito.
• Processos que independam de inclusão em pauta;
• Processos com julgamentos iniciados em sessão anterior;
• Processos constantes de pauta anterior, se houver;
• Processos de mandado de segurança, seus recursos e incidentes;
• Incidentes da Execução da Pena

Incidentes da
Execução da
REQUISITOS OBSERVAÇÕES
Pena
BENEFÍCIO

Requisito Subjetivo: bom comportamento carcerário.


Progressão
Crime Comum:
de Regime
Requisito Objetivo: cumprimento de 1/6 da pena.
Prisional (art.
Crime Hediondo: Crime Hediondo: regime inicial
112 da Lei
a) Condenado Primário fechado
7210/84 e
Requisito Objetivo: cumprimento de 2/5 da pena.
art.2 da Lei
b) Condenado Reincidente
11.464/06)
Requisito Objetivo: cumprimento de 3/5 da pena.

1) Requisito Subjetivo: (art. 83 III e IV CP).


- comprovado comportamento satisfatório durante a a) nas que correspondem a
execução da pena, bom desempenho no trabalho que lhe infrações diversas devem somar-se
foi atribuído e aptidão para prover a própria subsistência para efeito do livramento (art. 84
mediante trabalho honesto; CP);
- em caso de crime doloso, cometido com violência ou b) A sentença especificará as
grave ameaça a pessoa, a concessão do livramento ficará condições a que fica subordinado o
também subordinada a constatação de condições pessoais livramento (art. 85 CP);
Livramento
que façam presumir que o liberado não voltará a delinquir. c) Revogação facultativa (art. 87
Condicional
- tenha reparado, salvo efetiva impossibilidade de fazê-lo, CP) e revogação obrigatória (art. 86
(art.83 e ss. do
o dano causado pela infração. CP);
Código Penal)
2) Requisito Objetivo: (art. 83 I, II e V CP). d) Revogado o livramento, não
- condenado não reincidente em crime doloso e bons poderá ser novamente concedido,
antecedentes: cumprimento de mais de 1/3 da pena; e, salvo quando a revogação
- condenado reincidente em crime doloso: cumprimento de resulta de condenação por outro
mais da metade da pena se condenado for reincidente em crime anterior aquele benefício, não
crime doloso. se desconta na pena o tempo em
- condenado por crime hediondo ou equiparado: que esteve solto o condenado (art.
cumprimento de mais de 2/3 da pena se o apenado não 88 CP).
for reincidente específico em crimes dessa natureza.
Art. 118. A execução da pena privativa de liberdade ficará
Regressão de O condenado será transferido do
sujeita a forma regressiva, com a transferência para
Regime regime aberto se, além das
qualquer dos regimes mais rigorosos, quando o
Prisional hipóteses referidas nos incisos
condenado:
(art.118 da Lei anteriores, frustrar os fins da
I – praticar fato definido como crime doloso ou falta grave;
nº. execução ou não pagar, podendo, a
II – sofrer condenação, por crime anterior, cuja pena,
210/84). multa cumulativamente imposta.
somada ao restante da pena em execução, torne incabível
(art. 118 § 1º).
o regime (art. 111 LEP).
a) o preso impossibilitado de
prosseguir no trabalho, por
Requisito: condenado que cumpre pena em regime acidente, continuará a beneficiar-se
Remição da
fechado ou semiaberto poderá remir, pelo trabalho, parte com a remição. (art. 126 § 2º).
Pena (art. 126
do tempo de execução da pena. b) O condenado que for punido por
da nº. Lei
Contagem do tempo: 1 (um) dia de pena por 3 (três) de falta grave perderá o direito ao
7210/84).
trabalho. tempo remido, começando o novo
período a partir da data da infração
disciplinar.

• Recursos em Sentido Estrito e Cartas Testemunháveis: No tocante ao recurso


em sentido estrito que é a impugnação voluntária do interessado contra
decisões do juízo de primeiro grau, de forma geral contra despachos
interlocutórios e em situações especiais inclusive contra sentenças. O mesmo
será julgado pela Câmara Criminal a que foi distribuído. No que tange à carta
testemunhável, sua interposição se dá mediante denegação de Recurso
Ordinário para o Supremo Tribunal Federal ou na admissão do referido recurso,
dificulta sua expedição ou seguimento
• Apelações Criminais: Recurso interposto pela parte que se considera
prejudicada com a decisão, visando o reexame de matéria examinada em
sentença definitiva ou com força de definitiva de primeira instância
• Embargos Infringentes e de Nulidade: Interposto nos Recursos em Sentido
Estrito e Apelações, não tendo sido unânime a decisão desfavorável ao réu e
a sua entrada no protocolo da secretaria dentro de dez dias, contados da
publicação do acórdão. Salvo arguição de causa extinta da punibilidade, os
embargos serão restritos à matéria objeto da divergência.
• Revisões Criminais: Ação penal de conhecimento de natureza constitutiva,
sujeita as condições da ação de procedibilidade impostas a toda ação criminal.
Que perdure seu prazo independente do tempo da ação criminal e produz
efeitos post mortem.
• Ações Penais de competência originária ou que dependam de pronunciamento
do Tribunal, em virtude de exceção da verdade.
• Inquéritos.

Dos Demais Recursos, Agravos e Embargos Previstos Pelo RITJ-GO

• Recurso Extraordinário (art. 354 a 356): De decisões proferidas em única e


última instância, caberá recurso extraordinário nos casos previstos na
Constituição do Brasil e observado o que prescreve o Regimento Interno do
Supremo Tribunal Federal
• Recurso Ordinário Constitucional (art. 357 a 359): Caberá recurso ordinário, no
prazo de cinco dias, das decisões denegatórias de habeas corpus, proferidas
em única ou última instância
• Agravo de Instrumento (art. 360 a 362): Quando denegado o recurso
extraordinário, poderá a parte agravar de instrumento, dentro de cinco dias,
para o Supremo Tribunal Federal
• Agravo Retido (art. 363): Tomará conhecimento o Tribunal quando do
julgamento da apelação, como preliminar, desde que haja pedido expresso, por
parte do agravante
• Agravo da Decisão do Presidente ou do Relator (art. 364): Caberá agravo
regimental, no prazo de cinco dias, da decisão do Presidente ou relator, que
causar prejuízo a parte
• Apelação Criminal (art. 372 a 375): Caso o apelante houver protestado para
arrazoar na instância superior, o Presidente do Tribunal, antes da distribuição,
determinará, em despacho, a abertura de vista às partes, pelo prazo legal.
Nesse caso, o processo baixará à comarca de origem, para apresentação das
razões do Ministério Público, salvo se ele for o apelante
• Embargos Infringentes e de Nulidade (art. 376): Nos recursos em sentido estrito
e apelações, não tendo sido unânime a decisão desfavorável ao réu, caberão
embargos infringentes e de nulidade, que deverão dar entrada no protocolo da
secretaria dentro de dez dias, contados da publicação do acórdão
• Embargos de Declaração (art. 384): Os embargos de declaração serão opostos
por petição dirigida ao relator em dois dias no crime, contados da publicação
do acórdão no órgão oficial.
• Correições Parciais ou Reclamação (art. 385 a 381): mediante reclamação da
parte ou do órgão do Ministério Público, os despachos irrecorríveis do juiz que
importem inversão da ordem legal do processo, ou resultem de erro de ofício
ou abuso de poder. A reclamação será manifestada perante o órgão
competente para julgamento dos recursos ordinários.

Do Ministério Público

A Construção Federal traz por entendimento que o Ministério Público é uma instituição
permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da
ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais
indisponíveis.

Sem vinculação funcional a qualquer dos poderes do Estado, o Ministério Público é


uma instituição pública autônoma e independente, ou seja, não está subordinada aos
Poderes Judiciário, Executivo ou Legislativo. Todos os seus membros têm as mesmas
garantias asseguradas aos integrantes do Poder Judiciário. A instituição também tem
orçamento, carreira e administração próprios. Ele tem o dever de defender o interesse
público com isenção e de proteger os direitos individuais indisponíveis, como o direito
à vida, à liberdade e à saúde; e os direitos difusos e coletivos, aqueles que dizem
respeito a todos.
O MP atua também no controle externo da atividade policial, tratando também da
investigação de crimes, da requisição de instauração de inquéritos policiais, da
promoção pela responsabilização dos culpados, do combate à tortura e aos meios
ilícitos de provas. Os membros do MP têm liberdade para atuar na acusação ou para
pedir a absolvição de réus.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS E BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

APRESENTAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS


http://www.mpgo.mp.br/portal/news/o-que-e-o-ministerio-publico#.XOQMyJBv_aV

APRESENTAÇÃO E COMPOSIÇÃO INSTITUCIONAL DO TJ-GO


https://www.tjgo.jus.br/index.php/institucional/apresentacao-do-tjgo
https://www.tjgo.jus.br/index.php/desembargadores

CARTILHA DE EXECUÇÃO PENAL DO CENTRO DE APOIO OPERACIONAL DAS


PROMOTORIAS DE JUSTIÇA (CAOP) CRIMINAIS, DO JÚRI E DE EXECUÇÕES
PENAIS – TABELA 01

CÓDIGO DE ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DE GOIÁS - LEI Nº 9.129,


DE 22 DE DEZEMBRO DE 1981
www.migalhas.com.br/arquivo_artigo/art20120127-02

REGIMENTO INTERNO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS


docs.tjgo.jus.br/publicacoes/regimentos/regimento

Você também pode gostar