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A actividade administrativa segue um processo jurídico.

O rei estava acima da lei, resolvia os problemas de acordo com a lei, mas não se submetia a
própria lei. Com o Direito administrativo, o Estado subordina-se ao próprio Direito.

Uns entendem que o DA é fruto das Revoluções francesa e industrial, daí dizer-se que se nasce
do contexto das revoluções, nasce num contexto político (espaço e temporal), tendo de se
formatado de acordo com o contexto que nasce.

Condições
Prestígio do Direito
Só pode se desenvolver dependendo da forma do Estado
Prestígio dos juízes
O Espírito do Tempo

O significado do princípio de separação de poderes para o DA


Este principio implica a existência de um Poder judicial, diferente do legislativo e executivo.

Na França o PSP é interpretado de modo a impedir a apreciação pelo poder judicial ou pelos
juízes ordinários de julgar ou de conhecer os litígios nascidos da actividade administrativa.
Neste contexto, os Tribunais comuns deixam de julgar matérias da administração, nascendo daí o
foi criado o administrador-juiz, que emitia apenas pareceres, podendo a Administração aderir ou
não. Uma vez falhado este modelo, foi criado ao nível do topo o Conselho do Estado e ao nível
local, conselhos de prefeitorais. Na França existe uma dupla jurisdição.
Portanto a jurisdição administrativa nasce da separação de funções dentro do poder executivo,
gozando de garantias de imparcialidade, inamovibilidade e independência da jurisdição
administrativa.
No Reino Unido o PSP significou apenas uma separação funcional, impedindo a administração
pública de exercer o poder judicial. Na Inglaterra só temos unidade jurisdicional
O DA como obra da jurisprudência
As normas do DA nascem das decisões tomadas pelo conselho de Estado. Que são normas
diferentes das normas do Dto privado.
Sendo que a nascença a primeira fonte do Da é a jurisprudência. Mas hoje configura-se a lei.

A essência do DA nascente: Regime Administrativo


Introduz o regime administrativo, que não existe
Características
- Todas as funções administrativas são fortemente centralizadas e confiadas a um poder único
central (poder executivo), sendo por isso um poder jurídico, um poder de autorregulação;
- Os agentes Administrativos ou servidores públicos não estão sob autoridade do Tribunal
comum e nem das leis gerais, mas sim de um Direito Especial (Dto Administrativo) ou de uma
autoridade hierárquica que pertence ao poder executivo, que é regulada por leis especiais;
- As decisões do Poder executivo ou da Administração Pública são Auto executórias, gozam
portanto do privilégio de Execução prévia;
- Os servidores públicos têm um regime especial de responsabilidade civil no exercício das suas
funções e por causa delas;
- Existência de uma dualidade de jurisdições;
- Existência de um tribunal especial para julgar a Administração Pública, que é o Tribunal
Administrativo;

Direito Administrativo como Direito Público


Em primeiro lugar, o Direito Privado regula relações que se guiam pelo vector da liberdade,
ocupando-se de negócios jurídicos e de resolução de conflitos entre particulares.
No âmbito do Direito Público, olhamos para o Direito Constitucional e o Direito Administrativo,
olhando-se para o Estado e outros entes públicos, que atuam sempre sempre com autoridade.

Teoria da relação de subordinação/ Relação de desnivelamento


Esta lida com questões ligadas a hierarquia
Esta teoria é a que prevalece, pois defende que toda a norma que é aplicada pelo Estado, quando
apenas estiverem munidos dos poderes de autoridade, resultado que o Direito Público é um
direito Especial do Estado e outros entes. Por outro lado o Direito Privado é de todos, incluindo o
próprio Estado sem o poder de Estado.

Os tribunais não decidem os litígios alegando qualquer das teorias, mas procuram enquadrar o
litigio sob diferentes pontos de vista. Perante um caso em concreto, o tribunal deve procurar a
norma para dirimir o conflito., portanto encontrar uma lei ao caso em concreto.
Excepcionalmente pode existir dúvidas com relação a natureza jurídica, ai terá de recorrer às
teorias. Quando não haja uma norma aplicável ao caso em concreto, ou há uma do Direito
Público e outra do Direito Privado aplicável, ou por que se excluem mutuamente, é necessário
fazer enquadramento dessa situação nas teorias e depois olhar para o caso em concreto, ao fim
que a AP visava actuar e bem como o objecto da Actuação Administrativa.

Aplicação Subsidiária do Direito Privado à Actividade Administrativa


A AP mantem sempre dois tipos de relações com o Dto Privado
Ela pode seguir certas funções administrativas através do Dto privado, apresentando-se no plano
do dto privado.
Noutro prisma, ao aplicar o Direito Administrativo pode recorrer a normas do dto privado. Estas
situações tem a ver com a integração de lacuna que faz com recurso a figura jurídica do Direito
privado, desde que as situações sejam análogas. Ex. contractos administrativos.
Porquê aplicar normas privadas no Direito Público: certos princípios gerais previstos e regulados
pelo CC, são de aplicação directa a todos os Ramos de Dto (1 a 396 do cc); certas normas do dto
privado aplicam-se por analogia ao Dto Administrativo.

As condições de chamamento
- Não deve haver norma correspondente no Dto Administrativo;
- Que a omissão ou lacuna não possa ser colmatada pelo dto Administrativo;
- Que haja semelhança entre as circunstâncias de facto e de Direito;
- Que o Regime do dto Privado não seja incompatível com a prossecução do interesse público (é
preciso estimar que se o legislador tivesse oportunidade teria regulado esta norma ou a tal
situação)

É possível caracterizar a AP como verdadeiro poder?


Em primeiro lugar a AP traça a sua própria conduta, impondo sua conduta a terceiros.
Poder de decisão unilateral, podendo ser individuais e por outro lado de caracter geral e abstrato;
poder de requisitar funcionários;

Princípios fundamentais sobre o poder administrativo


Os casos de colisão podem resultar nas situações de interesses gerais compartilháveis com os
interesses locais. Pode haver colisão nas situações de educações.

Os casos de colisão podem ser:

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