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DIREITO ADMINISTRATIVO
É um ramo do Direito Público, uma vez que rege a organização e o exercício da atividade do
Estado e se direciona na busca dos interesses da coletividade, mesmo que isso justifique a restrição de
direitos individuais.
4. PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE:
➢ A atuação do agente público deve-se pautar pela busca dos interesses da coletividade, não visando a
beneficiar ou prejudicar ninguém em especial. Reflete assim a necessidade de uma atuação que não
discrimina as pessoas, seja para benefício ou para prejuízo.
➢ Dessa forma, é possível considerar que, ao Estado, é irrelevante conhecer quem será atingido pelo ato,
pois sua atuação é impessoal. O agente fica proibido de priorizar qualquer inclinação ou interesse seu,
ou de outrem.
➢ Sob a ótica do agente público, os atos/condutas praticadas pelo administrador são imputados (atribuídos)
não a ele, mas ao Estado, de acordo com a Teoria do Órgão ou da Imputação, não se admitindo a
responsabilização do administrador pelos danos causados a terceiros, ou mesmo seu reconhecimento
pelos benefícios gerados à coletividade.
NEPOTISMO: VEDADO. Súmula Vinculante n° 13. (Fere tal princípio da impessoalidade, salvo nomeação
para cargos de natureza política.)
5. PRINCÍPIO DA MORALIDADE:
➢ Exige a honestidade, lealdade, boa-fé de conduta no exercício da função administrativa, ou seja, a
atuação não corrupta dos gestores públicos, ao tratar com a coisa de titularidade do Estado. É diferente
da moralidade pública, visto que A "moralidade social" procura fazer uma diferenciação entre o bem e o
mal, o certo e o errado no senso comum da sociedade, já a "moralidade jurídica" está ligada sempre ao
conceito de bom administrador, de atuação que vise alcançar o bem-estar de toda a coletividade e dos
cidadãos aos quais a conduta se dirige.
6. PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE:
➢ A Administração deve atuar de forma plena e transparente. Se caracteriza como uma forma de controle
da Administração pelos cidadãos, que só é possível através da publicização dos seus atos.
➢ A publicidade também se configura como requisito de eficácia dos atos administrativos, ou seja, só
produzindo efeitos quando são publicizados.
➢ Restrições a publicidade: Situações que ponham em risco a Intimidade, vida pessoal, honra,
segurança – desde que devidamente justificadas.
7. PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA:
➢ Adentrou na Constituição através da EC 19/98.
➢ Uma atuação eficiente da atividade administrativa é aquela realizada com presteza e, acima de tudo, um
bom desempenho funcional. Buscam-se sempre melhores resultados práticos e menos desperdício, nas
atividades estatais, já que quem ganha com isso é toda a coletividade. Não está necessariamente
relacionado à celeridade (rapidez) na atuação da Administração.
➢ No entanto, uma prestação de serviços eficiente deve garantir uma célere solução de controvérsias,
razão pela qual, a eficiência está diretamente ligada ao princípio da celeridade nos processos
administrativos.
2. Princípio da Continuidade
➢ Traduz-se na ideia de prestação ininterrupta da atividade administrativa, ou seja, a atuação
Administrativa deve ser contínua.
➢ Está intimamente ligado ao princípio da Eficiência, haja vista tratar-se de garantia de busca por
resultados positivos.
➢ Nesse contexto, o Servidor Público tem direito de greve? De antemão cabe descartar que os militares
não podem entrar de greve, de acordo com o art. 142, §3°, IV, CRFB/88, que dispõe que "ao militar são
proibidas a sindicalização e a greve". Se aplica ao Exército, Marinha, Aeronáutica, Militares Estaduais e
Bombeiros.
➢ O direito de greve dos servidores civis está previsto no art.37, VII da CRFB/88 (VII - o direito de greve
será exercido nos termos e limites definidos em lei específica), sendo esse direito uma norma de eficácia
limitada, ou seja, só pode ser exercido após a edição de uma lei que o regulamente.
➢ O Supremo Tribunal Federal determinou, ao julgar Mandado de Injunção referente à matéria que,
enquanto não houver lei específica a regulamentar a greve dos servidores, será utilizada a lei geral de
greve (Lei 7.783/89) para o exercício deste direito.
➢ De acordo com entendimento do STF, a greve dos Servidores civis acarreta na suspensão do contrato.
Assim, não devem ser pagos os salários dos dias de paralisação, a não ser que a greve tenha sido
provocada por atraso no pagamento ou por outras situações excepcionais as que justifiquem essa
suspensão do contrato de trabalho.
➢ É possível suspender a prestação de um serviço por inadimplemento do usuário?
➢ Sim, bastando que o usuário seja previamente avisado. Lembrando que tal situação não viola o princípio
da continuidade. No entanto, NÃO pode haver a interrupção de serviços que sejam essenciais à
coletividade. Ex.: Cortar a energia de um hospital.
➢ A exceção de contrato não cumprido pode ser aplicada em contratos com a administração?
➢ Consoante disposição do art. 78, XV, da Lei 8.666/93, o particular tem direito de invocar a exceção do
contrato não cumprido, desde que a administração seja inadimplente por mais de 90 (noventa) dias em
relação aos seus pagamentos. Nesse caso, após os 90 dias, o fornecedor do serviço NÃO PODE para
o serviço, mas sim entrar com ação na justiça para que se determine a rescisão do contrato.
3. Princípio da Autotutela
➢ A Súmula 473 do Supremo Tribunal Federal dispõe que “A Administração pode anular seus próprios
atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais (vícios de legalidade), porque deles não se originam
direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade(quando não há mais interesse
público na manutenção do ato), respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a
apreciação judicial”
➢ Obs. 1: Não é necessário que a Administração seja provocada para rever seus próprios atos, podendo
esse controle ser feito de ofício.
➢ Obs. 2: No âmbito da administração pública federal, a lei 9.784/99 prevê um prazo de cinco anos para
rever os atos que sejam favoráveis a particulares, salvo má-fé do beneficiado. Se não o fizer, a situação
jurídica anterior se torna legítima.
4. Princípio da Motivação
➢ O Art. 50, da lei 9.784/99 dispõe que “Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação
dos fatos e dos fundamentos jurídicos...” Com isso, nota-se que A administração pública deve
motivar/justificar os seus atos, podendo também os justificar com base em motivos expostos em
conduta previamente editada.
O §1° do mesmo artigo discorre que “A motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo
consistir em declaração de concordância com fundamentos de anteriores pareceres, informações,
decisões ou propostas, que, neste caso, serão parte integrante do ato."
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
➢ A organização administrativa é a estruturação do Estado, bem como a definição e conhecimento do
conjunto estrutural de pessoas, entidades e órgãos que compõem o aparelho administrativo do Estado,
no desempenho da atividade administrativa.
➢ ENTES DA ADMINISTRAÇÃO DIRETA: União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
➢ ENTES DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA: Autarquias, Fundações Públicas, Sociedades de Economia
Mista e Empresas Públicas.
CENTRALIZAÇÃO: As atividades administrativas são exercidas diretamente pelos entes políticos (adm.
Direta), não sendo transferida a prestação para nenhuma outra entidade.
DESCENTRALIZAÇÃO: Há a transferência das atividades administrativas para terceiros especializados.
➢ A transferência das atividades poderá ser feita a particulares, por meio de contratos de concessão ou
permissão de serviços públicos ou transferida para a pessoas jurídicas criadas pela própria
Administração Pública, ou seja, para os entes da Administração Indireta.
➢ Lembrando que os entes da Administração Indireta ter personalidade jurídica distinta das entidades que
as criaram, não havendo assim qualquer tipo de subordinação entre elas, mas somente um controle
finalístico por parte dos entes da adm. Direta.
➢ Descentralização por outorga/funcional ou por serviços
➢ Descentralização por Colaboração ou delegação.
DESCONCENTRAÇÃO: Há uma divisão, dentro de uma mesma entidade, das atividades administrativas a
serem realizadas, através da criação de órgãos internos, não havendo assim a transferência da atividade
para outra pessoa jurídica.
➢ Os órgãos criados não têm personalidade jurídica própria, pois são integrantes da entidade que os criou
e estão subordinados a ela. Existe nesse caso a aplicação do Poder Hierárquico.
➢ Delegação: Superior estende uma de suas competências a um subordinado. Lembrando que não é
possível a delegação das competências que são exclusivas/privativas daquele ente/órgão/agente.
➢ Avocação: Superior toma para si competências de um inferior subordinado.
TEORIA DO ÓRGÃO:
➢ Afirma que os atos praticados pelo órgão público, através de seus agentes, são imputados a entidade
pública que esse órgão integra.
➢ Em relação a Capacidade Processual, pode-se atribuir tal capacidade a determinados órgãos públicos,
deste que haja previsão legal e que os mesmos sejam independentes e autônomos. Ex.: Ministério
Público.
TIPOS DE ÓRGÃO:
I – QUANTO A POSIÇÃO ESTATAL OU HIERÁRQUICA
a) Independentes: São aqueles que não estão hierarquicamente subordinados a nenhum outro, se
sujeitando somente ao controle exercido pelos Poderes estruturais do Estado. Ex.: Presidência da
República
b) Autônomos: São aqueles imediatamente subordinados ao Independentes, possuindo ampla
autonomia administrativa e financeira. Ex.: Secretarias Estaduais, Ministério da Fazenda.
c) Superiores: Não tem autonomia administrativa nem financeira, mas ainda conservam o poder de
decisão, no que tange aos atos praticados no exercício das suas atividades. Ex.: Procuradoria da
Fazenda Nacional; Receita Federal.
d) Subalternos: São órgãos de mera execução de atividades administrativas, não tendo nenhuma
autonomia e independência e reduzido poder de decisão. Ex.: Coordenadoria Geral de Recursos
Humanos, Sessão de pessoal, Zeladoria, etc.
II- QUANTO A ESFERA DE ATUAÇÃO
a) Central: São aqueles que possuem atribuição em todo território nacional, estadual, municipal. Enfim,
têm competência em toda a área da pessoa jurídica que integram. Ex.: Secretaria de Segurança
Pública do Ceará.
b) Local: Têm competência para atuação apenas em determinado ponto do território daquela pessoa
jurídica que eles compõem. Ex.: Delegacia de Juazeiro do Norte.
III – QUANTO A ESTRUTURA
a) Simples: São aqueles que possuem apenas um núcleo de competência. Ex.: Presidência da
República, Assembleia legislativa (Estado)
b) Compostos: Tem sua estrutura formada por mais de um órgão que se unem para desempenhar
uma atribuição. Ex.: Congresso Nacional, formado pela Câmara dos Deputados e Senado.
IV: QUANTO A ATUAÇÃO FUNCIONAL
a) Singular: É aquele que atua pela manifestação de vontade de um único agente que é o seu chefe ou
representante. Ex.: Presidência da República.
b) Colegiado: Atuam pela manifestação da vontade de seus membros, através de um grupo de agentes.
Ex.: Congresso Nacional.
V- QUANTO ÀS FUNÇÕES
a) Ativo: São aqueles que atuam executando a atividade pública propriamente dita. Ex.: Polícia
rodoviária Federal, Secretaria de Saúde (Estado).
b) Consultivos: Atuam na consultoria jurídica ou técnica de outros órgãos públicos. Ex.: Ministério
Público.
c) Controle: Atuam no controle da atividade administrativa, seja esse controle exercido internamente,
no âmbito de um mesmo Poder do Estado ou externamente, quando se manifesta entre Poderes
estatais diversos.
Ex.: Controle Interno: CGU (Controladoria Geral da União) – Faz o Controle dos atos da administração.
Controle Externo: TCU (Tribunal de Contas da União– Faz o controle dos atos dos demais órgãos.
AUTARQUIAS
➢ São criadas por lei.
➢ São Pessoas Jurídicas de Direito Público, que desenvolvem atividades típicas de Estado.
➢ Não estão subordinadas hierarquicamente ao ente que as criou, mas se sujeitam ao controle finalístico.
➢ Tem o mesmo regime aplicável à Fazenda Pública, ou seja, todas as regras aplicadas aos entes da
administração direta são aplicadas as autarquias.
➢ Não possuem caráter econômico, possuindo caráter exclusivamente administrativo. (Extra)
➢ Possuem privilégios processuais. Possuem prazos processuais em dilatados (em dobro) para
manifestação em juízo, duplo grau de jurisdição obrigatório, débitos pagos por ordem cronológica de
precatórios.
➢ Como Privilégios Fiscais, possuem Imunidade tributária recíproca.
➢ Possuem Responsabilidade Civil Objetiva (respondem independente de dolo ou culpa do agente)
➢ Os contratos firmados pelas autarquias possuem cláusulas exorbitantes e garantem prerrogativas que
o contratado não tem;
➢ Quanto ao Regime de Pessoal, são considerados agentes públicos, na categoria de Servidores Públicos
Estatutários.
➢ Bens das autarquias são considerados bens públicos e por isso são impenhoráveis e não se sujeitam a
usucapião.
ESPÉCIES DE AUTARQUIAS
AUTARQUIAS DE CONTROLE (PROFISSIONAIS) – Conselhos de Classe:
➢ Atuam na fiscalização de profissões regulamentadas.
➢ Atuam no exercício do poder de polícia. (Estabelecendo restrições ao exercício da liberdade profissional)
➢ Inconstitucionalidade por reverberação
Obs.: OAB não é considerada uma autarquia, sendo na verdade considerada uma entidade sui generis
(incomparável) no elenco das personalidades jurídicas existentes no direito brasileiro.
AUTARQUIAS EM REGIME ESPECIAL: Possuem maior liberdade de atuação que as demais autarquias.
AUTARQUIAS CULTURAIS
➢ Possuem autonomia pedagógica (a metodologia utilizada não está sujeita a controle ministerial, desde
que atinja a finalidade determinada por lei)
➢ A escolha do dirigente é feita por indicação de seus próprios membros, com prazo certo de cumprimento
de mandado.
AGENCIAS REGULADORAS: São autarquias criadas para fiscalizar e regular os serviços de interesse
social, que foram delegados à particulares.
➢ Possuem poder normativo que só atinge os prestadores de serviços, nunca os usuários.
Nas agências reguladoras:
I – O dirigente é escolhido pelo Presidente da República com aprovação do Senado, para cumprimento
de mandato certo.
II – Após o término do mandato o dirigente passa por um período de quarentena (geralmente de 4
meses), onde não pode prestar serviço a nenhuma empresa sujeita a fiscalização pela agência que
dirigia;
III – Durante o período de quarentena recebe o salário integral de dirigente
IV – O Regime de pessoal é estatutário e as mesmas possuem poder normativo (de normas sem
equiparação de lei. Regulamentos)
AGENCIAS EXECUTIVAS
➢ São autarquias que, quando estão ineficientes, recebem status de agência executiva por iniciativa da
Administração Direta, através da celebração de Contrato de Gestão com o respectivo Ministério
supervisor.
➢ Ao receber status de agencia executiva, a mesma recebe mais incentivos que as demais agências, com
o intuito de que volte a ter mais eficiência, cumprindo um plano estratégico de reestruturação para que
isso aconteça.
➢ Não se confundem com as Agências Reguladoras, pois não são criadas para regulação de quaisquer
atividades nem gozam de regime legal especial de nomeação de dirigentes e autonomia financeira.
Também não possuem poder de edição de normas gerais de fiscalização de atividades.
FUNDAÇÕES PÚBLICAS
➢ O que seria uma fundação? R: Uma pessoa jurídica criada a partir da reserva de um patrimônio
para cumprimento determinado fim de cunho não econômico. (sem fins lucrativos)
➢ Lei complementar definirá as áreas de atuação das Fundações Públicas, porém, lei específica que cria
ou autoriza as fundações define a atuação específica em que pode atuar com base na área de atuação
autorizada por lei complementar;
➢ As fundações públicas podem ser pessoas jurídicas de Direito Público ou Privado, sendo definida pela
lei específica de fundação.
➢ As Fundações Públicas de Direito Público seguem as regras pertinentes às Autarquias (sendo
chamadas de Fundações Autárquicas).
➢ Obs.: Assim como as Autarquias, são criadas diretamente por lei.
➢ Já as Fundações Públicas de Direito Privado seguem as regras pertinentes às empresas públicas.
➢ Obs.: Sua criação é autorizada por lei.
➢ É necessária a submissão de licitação para os contratos.
➢ Não gozam de prerrogativas Estatais, embora sofram restrições decorrentes dos princípios de direito
público.
➢ Seguem um regime híbrido ou misto, visto que seguirão tanto normais de direito público, quanto de direito
privado.
EMPRESAS ESTATAIS
➢ Se dividem em Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista.
Diferenças
Empresa Pública Sociedade de Economia Mista
Semelhanças:
➢ São pessoas jurídicas de direito privado, todavia submetem-se, em diversas situações, a regras e
princípios de direito público, derrogadores deste regime privado.
➢ Os seus empregados são celetistas (CLT), aprovados mediante Concurso Público
➢ Possuem Obrigações fiscais iguais aos entes privados (Não gozam e privilégios fiscais que não sejam
extensíveis as empresas privadas);
➢ Obrigações civis iguais as empresas privadas – Sem cláusulas exorbitantes;
➢ Não gozam de privilégios processuais
Se submetem as limitações do poder público
➢ Lei autoriza a criação das mesmas.
➢ Para as mesmas serão aplicadas as normas gerais referentes a licitações e contratos.
➢ Sofrem Fiscalização pelo Tribunal de Contas.
➢ Sofrem o controle (finalístico) do Ente, ou seja, a supervisão ministerial.
➢ Se a empresa Pública presta serviço público, então ela se aproxima mais do direito público (seus bens
gozam de garantia pública, responsabilidade objetiva, regime de fazenda pública)
➢ Se a empresa pública atua na atividade econômica, então ela se aproxima mais do setor privado (os
bens são privados para todos os efeitos, sendo, inclusive, possível a penhora e a oneração destes bens
com direitos reais de garantia.)
Obs.: CORREIOS TEM REGIME DE FAZENDA PÚBLICA, assim como uma Autarquia Pública, embora seja
uma EMPRESA PÚBLICA, dessa forma, goza dos privilégios fiscais do regime público.
AGENTES PÚBLICOS
Quem São?
➢ R: Todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação,
designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandado, cargo, empregou
ou função nos órgãos e entidades da Administração Pública.
Espécies de Agentes Públicos
➢ Agente Políticos;
➢ Particulares em Colaboração;
➢ Servidores Estatais. (Divididos em Temporários, Estatutários e Celetistas)
AGENTES POLÍTICOS
➢ Exercem funções políticas de Estado, buscando o interesse público.
➢ São aqueles que possuem mandato eletivo e os Secretários e Ministros de Estado.
➢ São também considerados também agentes políticos os Membros da Magistratura e os Membros do
Ministério Público.
➢ Já a função Desempenhada pela Defensoria é eminentemente administrativa e não política, possuindo
a mesma autonomia administrativa e financeira.
➢ Os Membros do Tribunal de Contas não são agentes políticos, mas sim agentes administrativos.
➢ Obs.: O nepotismo não se caracteriza quando a nomeação é feita para funções políticas.
ESTÁGIO PROBATÓRIO
➢ De acordo com a Constituição tem duração de 3 anos.
➢ De acordo com a Lei 8.112/90, tem duração de 24 meses (2 anos)
(Na prática se aplica os 3 anos, mas deve-se ficar atento nas provas qual referência ele usa. Se é
a CF/88 ou a lei 8.112/90)
➢ Após o estágio probatório, o servidor se torna estável.
ESTABILIDADE x VITALICIEDADE
➢ Na Vitaliciedade, o servidor só perde o cargo mediante sentença judicial transitada em julgado.
➢ É aplicável aos membros do MP, MM (juízes), e membros dos Tribunais de Contas)
➢ Tais cargos garantem vitaliciedade após 2 (dois) anos do efetivo exercício.
➢ Cargos com indicação política recebem vitaliciedade imediata.
LEI 8.112/90
➢ Aplicada somente aos servidores da união (âmbito Federal)
➢ O ingresso no serviço público é feito mediante requisitos básicos para a investidura do cargo, que
são: (art. 5°, lei 8.112/90)
I - A nacionalidade brasileira, sejam natos ou naturalizados.
Exceção: as universidades públicas e instituições de pesquisa científica e tecnológica federais poderão
prover seus cargos com professores, técnicos e cientistas estrangeiros.
II - A gozo dos direitos políticos;
III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais;
IV - A nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;
V - A idade mínima de 18 (dezoito) anos;
➢ Tal restrição só pode ser estabelecida de quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do
cargo a ser preenchido.
VI - Aptidão física e mental.
➢ Podem haver restrições a determinados portadores de deficiência física de acordo com as atribuições
de determinada profissão (Ex.: Tetraplégico ser bombeiro)
➢ Podem haver critérios de idade, sexo, altura, desde que seja compatível com a função do cargo;
(Ex.: Concurso para agente penitenciário de presidio feminino exigir somente mulheres)
➢ São reservados até 20% das vagas do concurso público aos portadores de necessidades especiais que
não impeçam o exército da função. O mínimo que pode ser estipulado é de 5%, de acordo com o STJ.
(Percentual será definido no edital de acordo com quantidade de vagas)
➢ A lei 12.990/14 garante a reserva de vagas para negros e pardos (afrodescendentes não
necessariamente são negros ou pardos)
➢ Tal reversa é obrigatória para todo concurso que tenha pelo menos 3 vagas.
➢ O percentual a ser reservado um percentual fixo de 20% por cento (e não até).
➢ Caso a declaração do candidato que se autodeclarou negro ou pardo for falsa, ocorre a desclassificação
do mesmo no concurso. Caso ele já tenha sido nomeado, ocorrerá a anulação da nomeação.
➢ Há a criação de duas listas, uma para ampla concorrência e outra para negros e pardos. Caso o cotista
tenha pontuação para passar na ampla concorrência, o mesmo irá para a lista de ampla concorrência,
dando oportunidade para os outros cotistas que estão mais abaixo entrarem na lista das cotas.
PROVIMENTO DO CARGO
➢ É a forma de ocupar um cargo público
➢ Pode ser Originário ou Derivado
PROVIMENTO ORIGINÁRIO: É o primeiro provimento na carcereira, que ocorre com a nomeação. A
investidura, porém, só ocorre na posse.
➢ Nomeação: Convocação para tomar posse.
➢ Posse: Quando se tem a investira no cargo e se torna servidor público (é uma cerimônia)
➢ É de 30 dias o prazo, após a nomeação, para que se torne posse.
➢ Após a posse, é de 15 dias o prazo para que o servidor entre em exercício no cargo.
➢ Caso não haja a posse, a nomeação é considera como sem efeito.
➢ Se após a posse, o servidor não entrar em exercício, o mesmo é exonerado.
PROVIMENTO DERIVADO: Decorre de um provimento originário anterior naquela carreira
É inconstitucional qualquer forma de provimento que permita um servidor sair de uma carreira para outra
sem concurso público, ou seja, não posso fazer concurso para Técnico e depois de todas as promoções ser
promovido para Analista (cargo mais alto), por exemplo.
➢ Formas de Provimento Derivado:
a) Promoção: É um tipo de provimento derivado vertical, ou seja, onde sobe-se de categoria da
carreira. Se dá alternadamente por antiguidade e merecimento. Lembrando que para se ter a
promoção, deverá existir cargo vago.
Obs.: A promoção é diferente de Progressão Funcional, visto que o último é uma forma de aumento de
remuneração sem haver a mudança de cargo.
Obs.: Não é possível a Ascenção, ou seja, subir do nível mais alto de uma carreira para o mais baixo de
carreira melhor (subsequente). (Sumula Vinculante 43)
b) Readaptação: É um tipo de provimento derivado horizontal.
➢ Acontece todas as vezes que o servidor público sofre uma limitação na capacidade física ou mental,
sendo readaptado para um cargo que tenha funções compatíveis com a limitação que sofreu.
(Ex.: Atendente de telefone que ficou surdo >>> Pode ser readaptado para função de digitador)
➢ A limitação na capacidade física ou mental não precisa ter sido sofria em função do trabalho.
➢ Deve haver equivalência de vencimentos entre o cargo que o servidor anteriormente ocupava e o que
ele ocupa agora.
➢ Na adaptação, deve ser garantido que o novo cargo ocupado é compatível com ele mesmo e que não
esteja vago. Se o cargo estiver ocupado, o servidor irá exercer suas funções como excedente.
➢ Se não houver cargo compatível, o servidor terá aposentaria por invalidez.
c) Reversão: É o retorno ao cargo público do servidor que estava aposentado. Existem duas
possibilidades de reversão, a saber:
Compulsória (art. 25, I, lei 8.112/90), quando junta medica oficial declarar insubsistentes os
motivos da aposentadoria por invalidez. (Quando a aposentadoria por invalidez é nula).
Não há prazo para que ocorra e independe da existência de cargo vago.
Tem Limite de 70 anos.
Voluntária (art. 25, II, lei 8.112/90), que ocorre quando servidor que já era estável e se
aposentou voluntariamente, solicita a reversão no prazo máximo de 5 (cinco) anos após a
aposentadoria e desde que haja o interesse da administração na sua volta. Nesse caso
também deve haver cargo vago.
STF entende que para ocorrer o retorno de um servidor aposentado voluntário é necessário
um novo vínculo originário e não um vínculo derivado;
d) Reintegração: Ocorre quando há a anulação do ato da demissão de um servidor estável.
A anulação pode ser na via administrativo ou judicial.
O servidor terá direito a ser indenizado por tudo aquilo que deixou de receber entre o tempo
da demissão e a decisão de anulação do ato da demissão.
e) Recondução: É o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado por ele sem direito
de receber indenização.
Ocorre quando ele não for aprovado em estágio probatório de um outro cargo; ou
Quando há a reintegração do servidor que teve a demissão anulada e volta a seu cargo;
Ex.: João ocupava cargo A e foi demitido. Através de um Mandado de Segurança, João conseguiu a
anulação da decisão que o demitiu. João é reintegrado, porém o cargo A estava ocupado por Pedro. Nesse
caso, Pedro será reconduzido para seu cargo anterior B sem receber nenhuma indenização.
Se, por exemplo, o cargo B de Pedro estiver ocupado por Maria, o que acontece? Nesse caso Pedro
será mesmo assim reconduzido para o seu cargo B e Maria será aproveitada em um cargo compatível com
o seu de origem.
Se não houver cargo compatível com o de origem que Maria exercia, a mesma será colocada em
Disponibilidade Remunerada proporcional ao tempo de serviço, até o surgimento de cargo semelhante.
Obs.: Maria só pode ser colocada em disponibilidade se ela for estável. Se ela ainda estiver em estágio
probatório, a mesma será exonerada.
f) Aproveitamento: É a volta do servidor que estava em disponibilidade.
Disponibilidade: (art. 41, § 3°, CF/88)
Ao ser colocado em disponibilidade, o servidor não perde o vínculo com a Administração.
Não há prazo para ser aproveitado de volta a um cargo, cabendo ao mesmo aguardar.
Ao ser colocado em disponibilidade, é garantido ao servidor de que que surgindo um cargo vago
compatível com o dele, o mesmo será obrigatoriamente chamado;
RELEMBRANDO:
PROVIMENTO DERIVADO VERTICAL: PROMOÇÃO
PROVIMENTO DERIVADO HORIZONTAL: READAPTAÇÃO
PROVIMENTO DERIVADO POR REINGRESSO: REVERSÃO, REINTEGRAÇÃO,
RECONDUÇÃO, APROVEITAMENTO.
FIM 😉