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Prof.

M J C S Pinto da Costa
 Decreto-Lei 373/75 – retirou os Institutos de Medicina
Legal da tutela das Faculdades de Medicina e integrou-os
no Ministério da Justiça. Director nomeado pelo ministro
da Justiça sendo o professor de medicina legal das
Faculdades de Medicina
 Decreto-Lei nº 387-C/87, de 29 de Dezembro – reorganiza
os serviços médico-legais, criando o Conselho Superior de
Medicina Legal. Criação do Serviço de disponibilidade
permanente e dos gabinetes médico-legais
 Decreto-Lei nº 431/91, de 2 de Novembro -
criação de condições igualitárias entre a
carreira de médico legista e as restantes
carreiras médicas
 Decreto-Lei nº 11/98 de 24 de Janeiro –
reformula os serviços médico-legais. Fusão dos
gabinetes médico-legais de comarca para
círculos judiciais
Decreto-Lei n.º 96/2001, de 26 de Março
A medicina legal promove “a aplicação de
conhecimentos médicos e biológicos à resolução
de problemas jurídicos”
Envolve e utiliza, de forma directa ou indirecta, não
só conhecimentos e métodos extraídos de outras
especialidades médicas
Recorre a um amplo conjunto de ciências e
tecnologias não médicas, a que se encontra
particularmente vinculada.
 ESTATUTOS DO INSTITUTO NACIONAL DE
MEDICINA LEGAL E CIÊNCIAS FORENSES,
 1 - A organização interna dos serviços do INMLCF, I. P. é
constituída pelas seguintes unidades orgânicas, nos
serviços centrais: a) O Departamento de Administração
Geral; b) O Departamento de Investigação, Formação e
Documentação; c) O Serviço de Genética e Biologia
Forenses; d) O Serviço de Química e Toxicologia
Forenses; e) O Serviço de Tecnologias Forenses e
Criminalística.
 O INMLCF, I. P., dispõe de serviços
desconcentrados no Porto, Coimbra e Lisboa,
designados por: a) Delegação do Norte, do Centro
e do Sul do Instituto Nacional de Medicina Legal
e Ciências Forenses, I. P.
 Para a prossecução das suas atribuições o
INMLCF, I. P., dispõe das unidades orgânicas
nucleares desconcentradas designadas por
Serviços de Clínica e Patologia Forenses, as quais
funcionam nas Delegações. 5 - O INMCLF, I. P.
dispõe ainda de Gabinetes Médico- -Legais e
Forenses.
 5 - Compete ainda ao Serviço de Clínica e Patologia Forenses emitir pareceres
e prestar assessoria técnico- -científica no domínio das suas competências em
medicina legal e em outras ciências forenses.

 6 - Na área de competência do Serviço de Clínica e Patologia Forenses podem


ser criadas, sob proposta do diretor da delegação, ouvido o respetivo diretor de
serviço, outras unidades funcionais sob direta coordenação do diretor do
serviço, relativas a áreas específicas, designadamente e entre outras,
Antropologia Forense, Medicina Dentária Forense e Entomologia Forense.

 7 - O Serviço de Clínica e Patologia Forenses é responsável, no âmbito das


suas áreas de competência, pela supervisão técnico -científica dos gabinetes
médico -legais dependentes da respetiva delegação.

 8 - Quando a complexidade da perícia ou outras circunstâncias o justifiquem, o


diretor da delegação pode atribuir ao serviço médico -legal que entenda mais
conveniente a realização de perícias relativas a comarcas da respetiva área de
atuação médico -legal.
 • Decreto-Lei n.º 146/2000, de 18 de Julho: Lei Orgânica do
Ministério da Justiça.
 • Decreto-Lei n.º 131/2007, de 27 de Abril: Introduz alterações
nos órgãos e funcionamento do Instituto Nacional de Medicina Legal,
IP (INML, IP)
 • Portaria n.º 522/2007, de 30 de Abril: Estatutos do Instituto
Nacional de Medicina Legal, IP
 • Deliberação n.º 849/2010, de 7 de Maio: Regulamento
Interno do INML, IP - redação aprovada em 20-01-2010 pelo
Conselho Diretivo
 . Decreto-Lei n.º 123/2011 de 29 de Dezembro: Lei orgânica do
Ministério da Justiça
 Decreto-Lei nº 166/2012, de 31 de Julho
 A medicina legal é na actualidade uma
disciplina que existe em função dos vivos, para
os vivos e onde estes representam a maior
parcela do âmbito e objecto.
 Contribui de forma fundamental para um mais
correcto funcionamento da administração da
justiça e para a solução de uma série de
questões materiais e morais com ela
relacionadas.
 A atual legislação terminou com a autonomia e
independência técnico pericial dos Institutos de
Medicina Legal de Lisboa, Porto e Coimbra os
quais foram extintos

 Criação de uma estrutura nacional, centralista,


controladora e com uma ligação mais próxima à
Ordem dos Médicos
 CRIAÇÃO DO INSTITUTO NACIONAL DE
MEDICINA LEGAL E CIÊNCIAS
FORENSES
 Artigo 1.º
 Objeto
 São aprovados, em anexo à presente portaria e da qual fazem parte
integrante, os Estatutos do Instituto Nacional de Medicina Legal e
Ciências Forenses, I. P., adiante abreviadamente designado por
INMLCF, I. P..
 Artigo 2º
 Revogação
 É revogada a Portaria n.º 522/2007 , de 30 de abril.
 Artigo 3.º
 Entrada em vigor
 A presente portaria entra em vigor no dia seguinte ao da sua
publicação.
 14 de dezembro de 2012.
 1- A organização interna dos serviços do INMLCF, I. P. é constituída pelas seguintes unidades orgânicas, nos
serviços centrais:
 a) O Departamento de Administração Geral;
 b) O Departamento de Investigação, Formação e Documentação;
 c) O Serviço de Genética e Biologia Forenses;
 d) O Serviço de Química e Toxicologia Forenses;
 e) O Serviço de Tecnologias Forenses e Criminalística.
 2- Por deliberação do conselho diretivo, sujeita a homologação pelo membro do Governo responsável pela
área da justiça, e publicação no Diário da República, para a prossecução das atribuições do INMLCF, I.P.,
podem ainda ser criadas, modificadas ou extintas unidades orgânicas flexíveis, designadas por divisões,
integradas ou não em unidades nucleares, cujo número não pode exceder o limite máximo de oito unidades,
sendo as respetivas competências definidas e aprovadas pelo conselho diretivo.
 3- O INMLCF, I. P., dispõe de serviços desconcentrados no Porto, Coimbra e Lisboa, designados por:
 a) Delegação do Norte do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses, I.P.;
 b) Delegação do Centro do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses, I. P.;
 c) Delegação do Sul do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses, I. P..
 4- Para a prossecução das suas atribuições o INMLCF, I. P., dispõe das unidades orgânicas
 nucleares desconcentradas designadas por Serviços de Clínica e Patologia Forenses, as quais funcionam nas
Delegações.
 5- O INMCLF, I. P. dispõe ainda de Gabinetes Médico-Legais e Forenses.
 1 - As unidades orgânicas nucleares referidas nos n.os 1
e 4 artigo anterior são dirigidas, respetivamente, por
diretores de departamento e diretores de serviços
técnicos, cargos de direção intermédia de 1.º grau.
 2 - As unidades orgânicas flexíveis referidas no n.º 2 do
artigo anterior são dirigidas por chefes de divisão, cargo
de direção intermédia de 2.º grau.
 3 - As Delegações são dirigidas, por inerência, pelo
membro do conselho diretivo que para o efeito for
designado.
 Compete ao Departamento de Administração Geral, abreviadamente designado por DAG:
 a) Assegurar as atividades e executar as tarefas imprescindíveis à gestão e administração financeira e
patrimonial do Instituto;
 b) Elaborar proposta de plano e o relatório anual de atividades do Instituto, com base nos planos e
relatórios elaborados pelas delegações;
 c) Dar orientações e diretivas às delegações para assegurar uma gestão administrativa e financeira
integrada a nível nacional, bem como garantir o seu cumprimento;
 d) Acompanhar e avaliar a atividade das delegações e dos gabinetes médico-legais a nível
administrativo e financeiro;
 e) Assegurar a gestão e administração dos recursos humanos dos serviços centrais do INMLCF, I. P.,
das delegações e dos gabinetes médico-legais e promover a gestão integrada destes recursos;
 f) Assegurar a gestão de uma base de dados dos recursos humanos dos serviços do INMLCF, I. P.;
 g) Acompanhar e coordenar os projetos de informatização e atualização tecnológica, bem como
apoiar as restantes unidades orgânicas e funcionais e os utilizadores, em articulação com o organismo
do Ministério da Justiça responsável por esta área;
 h) Assegurar a existência de uma página electrónica com os conteúdos previstos na lei;
 i) Assegurar as funções de secretário do conselho diretivo, através do seu diretor.
 Compete ao Departamento de Investigação, Formação e Documentação, abreviadamente designado por
DIFD:
 a) Promover a coordenação científica das atividades de medicina legal e de outras ciências forenses;
 b) Promover e coordenar as atividades de investigação, nos diversos domínios da medicina legal e outras
ciências forenses, nomeadamente apoiando a elaboração de processos de candidatura no âmbito de
projetos de investigação científica;
 c) Elaborar, executar e coordenar os planos de formação técnico-científica;
 d) Coordenar a realização dos estágios de ingresso nas carreiras do INMLCF, I. P., quando aplicável;
 e) Coordenar a realização de cursos de formação profissional e o ensino pré-graduado e pós-graduado nas
diversas áreas das ciências forenses;
 f) Aprovar ações científicas e de formação, no domínio médico-legal e de outras ciências forenses, para as
quais se pretenda o reconhecimento oficial do Ministério da Justiça;
 g) Promover o intercâmbio científico com entidades públicas e privadas, nacionais ou estrangeiras, no
âmbito da medicina legal e de outras ciências forenses;
 h) Coordenar o funcionamento dos arquivos técnico-científicos da sede, das delegações e dos gabinetes
médico-legais do INMLCF, I. P.;
 i) Coordenar o funcionamento da biblioteca e serviços de documentação da sede, das delegações e dos
gabinetes médico-legais do INMLCF, I. P.;
 j) Promover e desenvolver um sistema integrado de arquivo, biblioteca e documentação;
 k) Apoiar o funcionamento de centros de investigação em que o INMLCF, I.P., esteja integrado.
 1. Ao Serviço de Genética e Biologia Forenses compete assegurar, a nível
nacional, a realização de perícias e exames de identificação genética,
nomeadamente os de investigação biológica de parentesco, de identificação
individual, de criminalística biológica ou outros, no âmbito das atividades
das delegações e dos gabinetes médico-legais, bem como a solicitação das
autoridades e entidades para o efeito competentes, ou do presidente do
conselho diretivo.
 2. Compete ainda ao Serviço de Genética e Biologia Forenses emitir
pareceres e prestar assessoria técnico-científica no domínio das suas
competências.
 3. O Serviço de Genética e Biologia Forenses pode dispor de unidades
operativas noutras delegações, distintas daquela em que esteja sediado.
 4. A distribuição das competências e recursos do Serviço de Genética e
Biologia Forenses pelas distintas delegações é efetuada pelo Conselho
Diretivo, ouvido o diretor do Serviço.
 1- Ao Serviço de Química e Toxicologia Forenses
compete assegurar, a nível nacional, a realização
de perícias e exames laboratoriais químicos e
toxicológicos, no âmbito das atividades das
delegações e dos gabinetes médico-legais, bem
como a solicitação das autoridades e entidades
para o efeito competentes, ou do presidente do
conselho diretivo.
 2- É correspondentemente aplicável ao Serviço de
Química e Toxicologia Forenses o disposto nos
n.os 2 a 4 do artigo anterior.
 1- Ao Serviço de Tecnologias Forenses e Criminalística compete
assegurar, a nível nacional, no âmbito dos diversos domínios do
Direito, e das atividades das delegações e dos gabinetes médico-
legais, bem como a solicitação das autoridades para o efeito
competentes, a pesquisa, registo, colheita e tratamento de vestígios, e
a realização de perícias nas diferentes áreas das ciências forenses não
enquadráveis nas competências dos restantes serviços técnicos,
designadamente e entre outras, no âmbito da análise de escrita e
documentos, balística e física.
 2- É correspondentemente aplicável ao Serviço de Tecnologias
Forenses e Criminalística o disposto no n.º 2 artigo 5.º.
 1- As delegações prosseguem, na sua área de atuação, as atribuições do INMLCF, I.P., sem prejuízo das competências
reservadas aos órgãos e aos serviços centrais do INMLCF, I.P.
 2- Compete ao diretor da delegação, no âmbito da gestão e coordenação da delegação e em articulação com os serviços
centrais do Instituto:
 a) Dar execução às deliberações do conselho diretivo, bem como às resoluções do conselho médico-legal;
 b) Autorizar a realização de exames e perícias na delegação e gabinetes médico-legais dela dependentes;
 c) Propor a nomeação do diretor do Serviço de Clínica e Patologia Forenses da respetiva delegação;
 d) Propor a nomeação do coordenador da área funcional do Serviço de Clínica e Patologia Forenses e dos coordenadores dos
gabinetes médico-legais da respetiva área de atuação, ouvido o correspondente diretor do Serviço de Clínica e Patologia
Forenses;
 e) Propor ao conselho diretivo o número máximo de médicos internos, por ano de frequência, a admitir na respetiva
delegação;
 f) Prestar apoio ao desenvolvimento da atividade do internato médico de medicina legal da respetiva delegação;
 g) Assegurar a realização dos estágios de ingresso no mapa de pessoal afeto à respetiva delegação;
 h) Promover a formação e o ensino pré e pós-graduado na área da medicina legal e de outras ciências forenses;
 i) Designar os médicos que integram a escala mensal para as perícias médico-legais e forenses urgentes e elaborar
mensalmente a lista dos médicos que a integram;
 j) Elaborar, promover e apoiar a execução de planos e a realização de trabalhos e estudos de pesquisa e investigação
científica, por si e em colaboração com outras entidades;
 k) Autorizar estágios, participações em ações de formação e eventos de natureza científica no território nacional;
 l) Emitir parecer sobre os pedidos de estágio, participação em ações de formação ou eventos de natureza científica no
estrangeiro;
 m) Coordenar a gestão dos gabinetes médico-legais da sua área de atuação, de acordo com as orientações do conselho
diretivo.
 3- O diretor de delegação pode realizar atividade pericial para que esteja habilitado e, sendo detentor do grau de especialista
de medicina legal, integrar a escala para a realização de perícias médico-legais urgentes.
 4- O diretor da delegação é substituído nas suas ausências e impedimentos pelo diretor de serviços que para o efeito seja por
ele designado.
 5- Na ausência de titular pode o diretor de delegação, mediante autorização do conselho diretivo, assumir a direção de serviço
ou serviços técnicos da delegação, bem como a coordenação de gabinetes médico-legais.
 1- Em cada delegação existe um Serviço de Clínica e Patologia Forenses, que inclui as unidades funcionais de Clínica Forense e
de Patologia Forense.
 2- Ao Serviço de Clínica e Patologia Forenses compete, na unidade funcional da Clínica Forense, a realização de exames e
perícias em pessoas:
 a) Para descrição e avaliação dos danos provocados na integridade psicofísica, nos diversos domínios do Direito,
designadamente no âmbito do Direito penal, civil e do trabalho, nas comarcas do âmbito territorial de atuação da delegação;
 b) De natureza psiquiátrica e psicológica forenses;
 c) Outros atos neste domínio, designadamente avaliações de natureza social.
 3- Ao Serviço de Clínica e Patologia Forenses compete, na unidade funcional de Patologia Forense, a realização dos seguintes
exames e perícias:
 a) Autópsias médico-legais respeitantes aos óbitos verificados nas comarcas do âmbito territorial de atuação da delegação;
 b) Exames de anatomia patológica forense no âmbito das atividades da delegação e dos gabinetes médico-legais que se
encontrem na sua dependência, bem como a solicitação das autoridades e entidades para o efeito competentes, e do presidente do
conselho diretivo;
 c) Outros atos neste domínio, designadamente perícias de identificação de cadáveres e de restos humanos, de embalsamamentos
e de estudo de peças anatómicas.
 4- Sem prejuízo das competências definidas na alínea b) do n.º 2 e na alínea b) do número anterior, as perícias e exames aí
referidos poderão ser realizados por entidades terceiras, públicas ou privadas, contratadas ou indicadas para o efeito pelo
INMLCF, I. P..
 5- Compete ainda ao Serviço de Clínica e Patologia Forenses emitir pareceres e prestar assessoria técnico-científica no domínio
das suas competências em medicina legal e em outras ciências forenses.
 6- Na área de competência do Serviço de Clínica e Patologia Forenses podem ser criadas, sob proposta do diretor da delegação,
ouvido o respetivo diretor de serviço, outras unidades funcionais sob direta coordenação do diretor do serviço, relativas a áreas
específicas, designadamente e entre outras, Antropologia Forense, Medicina Dentária Forense e Entomologia Forense.
 7- O Serviço de Clínica e Patologia Forenses é responsável, no âmbito das suas áreas de competência, pela supervisão técnico-
científica dos gabinetes médico-legais dependentes da respetiva delegação.
 8- Quando a complexidade da perícia ou outras circunstâncias o justifiquem, o diretor da delegação pode atribuir ao serviço
médico-legal que entenda mais conveniente a realização de perícias relativas a comarcas da respetiva área de atuação médico-
legal.
 1- O INMLCF, I.P., dispõe dos Gabinetes Médico-
Legais e Forenses constantes do Mapa 1 anexo ao
presente diploma e que dele faz parte integrante.
 2- Na área de atuação dos gabinetes não instalados, ou
com escassez de recursos humanos, a competência
pericial que lhes caberia pode ser exercida por outro
gabinete ou pela delegação respetiva, ou por médicos
contratados para o exercício de funções periciais nas
correspondentes comarcas.
 1- Aos Gabinetes Médico-Legais e Forenses compete:
 a) A realização de exames e perícias em pessoas, para descrição e avaliação
dos danos provocados na integridade psicofísica, nomeadamente, no âmbito
do Direito penal, civil e do trabalho, bem como a realização de perícias de
psiquiatria e psicologia forenses;
 b) A realização de autópsias médico-legais respeitantes a óbitos ocorridos nas
comarcas integradas na sua área de atuação, bem como de outros atos neste
domínio, designadamente de antropologia forense, de identificação de
cadáveres e de embalsamamentos;
 c) Proceder à colheita de amostras para exames complementares laboratoriais
e, excecionalmente, a execução de outros exames no âmbito das atividades
médico-legais e forenses;
 d) Excecionalmente, por determinação do diretor da delegação respetiva, os
peritos dos gabinetes podem realizar os exames na comarca da residência das
pessoas a submeter a exame.
 2- Os Gabinetes Médico-Legais e Forenses são dirigidos por um coordenador.
 Para além da prática dos atos médico-legais inerentes à atividade do gabinete,
compete ao coordenador dos Gabinetes Médico-Legais e Forenses:
 a) Racionalizar os meios técnicos disponíveis através da utilização integrada desses
recursos e zelar pela sua conservação;
 b) Zelar pelas boas condições de preservação e de envio aos laboratórios do
INMLCF, I. P. das amostras destinadas aos exames complementares necessários às
perícias efetuadas no gabinete;
 c) Cooperar com as autoridades judiciárias e assegurar a atempada realização das
perícias e envio dos respetivos relatórios;
 d) Manter informado o diretor do Serviço de Clínica e Patologia Forenses da
respetiva delegação sobre o exercício da atividade pericial do gabinete, propondo-
lhe as medidas que considere adequadas;
 e) Apresentar ao diretor do Serviço de Clínica e Patologia Forenses e ao diretor da
respetiva delegação, o relatório anual de atividades;
 f) Coordenar o funcionamento do arquivo do gabinete e assegurar a execução do
serviço de expediente;
 g) Desenvolver as restantes ações necessárias ao regular funcionamento do
gabinete.
 1- O serviço dos Gabinetes Médico-Legais e Forenses é
assegurado por médicos do Instituto ou, na medida em que
isso não seja possível, por médicos contratados para o
exercício de funções periciais.
 2- Os médicos do INMLCF, I. P. estão obrigados, dentro da
área territorial da delegação a que se encontram adstritos e
quando para tal forem designados mediante despacho
fundamentado, à prestação temporária de serviço em
qualquer Gabinete Médico-Legal e Forenses, ou na
delegação respetiva, observados os limites territoriais
fixados para a mobilidade dos trabalhadores que exercem
funções públicas.
 1- No INMLCF, I. P., existe um mapa de pessoal
complementar.
 2- O mapa complementar a que se refere o número
anterior integra as categorias de chefe de serviço ou
assistente graduado sénior de medicina legal, assistente
graduado de medicina legal e assistente de medicina
legal.
 3- Os postos de trabalho do mapa complementar são
ocupados por médicos pertencentes à carreira docente
na área de medicina legal das faculdades de medicina
das universidades públicas, nos termos do disposto no
artigo seguinte.
 1- Os docentes universitários de medicina legal podem ocupar postos
de trabalho do mapa de pessoal complementar do INMLCF, I. P.,
com dispensa de concurso prévio, de acordo com os graus da carreira
médica de medicina legal que possuírem, na vigência do respetivo
contrato de docência.
 2- Os docentes de medicina legal das universidades públicas, mesmo
que se encontrem em regime de dedicação exclusiva, podem ser
contratados para o exercício de funções como médicos da carreira
médica de medicina legal, dentro do tempo de serviço a que estão
obrigados no estabelecimento de ensino de origem.

 Criação do Conselho Nacional do Internato
Complementar de Medicina Legal
 Criação do Conselho Nacional de Medicina
Legal, mais alargado, com representantes das
estruturas directa ou indiretamente ligadas à
peritagem médico-legal e à formação pré e
pós-graduada neste domínio
 VIOLA O PRINCÍPIO DO
CONTRADITÓRIO
 VIOLA A LIBERDADE DE ESCOLHER O
PERITO
 VIOLA O PRINCÍPIO DA AUTONOMIA
DOS MAGISTRADOS
 VIOLA A POSSIBILIDADE DAS PARTES
SE FAZEREM REPRESENTAR
 As perícias médico-legais solicitadas ao Instituto em
que se verifique a necessidade de formação médica
especializada noutros domínios e que não possam ser
realizadas nas delegações do Instituto ou nos gabinetes
médico-legais, por aí não existirem peritos com a
formação requerida ou condições materiais para a sua
realização, poderão ser efectuadas, por indicação do
Instituto, em serviço universitário ou de saúde público
ou privado.
 Sempre que necessário, as perícias médico-legais e
forenses de natureza laboratorial poderão ser
realizadas por entidades terceiras, públicas ou
privadas, contratadas ou indicadas pelo Instituto.

 Quando se verifiquem os casos previstos nos nºs 2,


4 e 5 será dada preferência, em circunstâncias
equivalentes, a serviços públicos ou integrados no
Serviço Nacional de Saúde.
 As perícias médico-legais solicitadas por autoridade
judiciária ou judicial são ordenadas por despacho da mesma,
nos termos da lei de processo, não sendo, todavia, aplicáveis
às efectuadas nas delegações do Instituto ou nos gabinetes
médico-legais as disposições contidas nos artigos 154.º e
155.º do Código de Processo Penal.

 Por razões de celeridade processual, a requisição dos


exames periciais deve ser acompanhada das informações
clínicas disponíveis ou que possam vir a ser obtidas pela
entidade requisitante até à data da sua realização.
 O disposto nos números anteriores é
igualmente aplicável ao perito médico da
delegação ou gabinete médico-legal do
Instituto cuja intervenção seja solicitada no
âmbito do serviço de escala para a realização
de perícias médico-legais urgentes.
 A nomeação dos médicos referidos no número anterior é
feita pela forma que mais convier ao movimento pericial
da comarca e deve respeitar uma equitativa distribuição
do serviço.

 No exercício das suas funções periciais, os médicos e


outros técnicos especialistas em medicina legal, os
médicos contratados para o exercício dessas funções, os
médicos dos serviços de saúde e as entidades terceiras
referidas nos nºs 2, 4 e 5 do artigo 2.º gozam de
autonomia e são responsáveis pelas perícias, relatórios e
pareceres por si realizados.
 Obrigatoriedade de sujeição a exames
 1 - Ninguém pode eximir-se a ser submetido a qualquer exame médico-
legal quando este se mostrar necessário ao inquérito ou à instrução de
qualquer processo e desde que ordenado pela autoridade judiciária
competente, nos termos da lei.
 2 - Qualquer pessoa devidamente notificada ou convocada pelo director
de delegação do Instituto ou pelo coordenador de gabinete médico-legal
para a realização de uma perícia deve comparecer no dia, hora e local
designados, sendo a falta comunicada, para os devidos efeitos, à
autoridade judiciária competente.
 3 –O examinado pode, nos termos do disposto no artigo 155.º do Código
de Processo Penal, com as necessárias adaptações, fazer-se acompanhar
por pessoa da sua confiança para a realização do exame pericial
 4 - A autoridade judiciária competente pode assistir à realização dos
exames periciais.
 As pessoas que residam fora da área da comarca em que
se encontre sedeada a delegação do Instituto, o gabinete
médico-legal ou o estabelecimento universitário ou de
saúde especializado no qual tenham comparecido para a
realização de exames, podem requerer que lhes seja
arbitrada uma quantia a título de compensação pelas
despesas realizadas.
 A quantia referida no número anterior terá por base os
valores estabelecidos nas tabelas aprovadas pelo Ministro
da Justiça e será paga pelo Cofre Geral dos Tribunais
através da sua delegação junto do tribunal que solicitou o
exame.
 As quantias arbitradas são consideradas custas do
processo.
 O Instituto pode celebrar protocolos com
instituições públicas ou privadas ou celebrar
contratos com médicos ou outros técnicos, com
vista à realização de exames periciais
complementares e de exames complementares
de diagnóstico requeridos pelas perícias
efectuadas nos seus serviços.
 No exercício das suas funções periciais, os médicos e outros
técnicos têm acesso à informação relevante, nomeadamente à
constante dos autos, a qual lhes deve ser facultada em tempo útil
pelas entidades competentes por forma a permitir a indispensável
compreensão dos factos e uma mais exaustiva e rigorosa
investigação pericial.

 Para efeitos do disposto no número anterior, o presidente do


Instituto, os directores das delegações, os directores dos serviços
técnicos ou os coordenadores dos gabinetes médico-legais podem,
observado o disposto nos nºs 3 e 4 do artigo 156.º do Código de
Processo Penal, solicitar informações clínicas referentes aos
examinados em processos médico-legais, directamente aos serviços
clínicos hospitalares, serviços clínicos de companhias seguradoras
ou outras entidades públicas ou privadas, que as devem prestar no
prazo máximo de 30 dias.
Esclarecimentos complementares
Na prestação de esclarecimentos
complementares posteriores à realização da
perícia e envio do respectivo relatório médico-
legal deverá prescindir-se, sempre que
possível, da presença do perito, devendo a
autoridade judicial que a solicita usar os meios
técnicos processualmente previstos.
 Nas situações previstas no n.º 4, excepcionalmente,
sempre que se verificar o impedimento do perito
médico de escala ou nas comarcas não compreendidas
na área de actuação das delegações ou dos gabinetes
médico-legais em funcionamento, pode a autoridade
judiciária nomear médico contratado para o exercício
de funções periciais ou médico de reconhecida
competência para a realização de perícias médico-
legais urgente
 O Instituto ou os médicos referidos no número
anterior podem cobrar, por cada perícia
médico-legal urgente efectuada, os preços
previstos em tabela aprovada por portaria do
Ministro da Justiça, valendo as quantias
arbitradas como custas do processo.
 Verificação e certificação dos óbitos
 A verificação e certificação dos óbitos é da
competência dos médicos, nos termos da lei.
 Óbito verificado em instituições de saúde
 Quando haja lugar ao exame do local, nos termos da alínea
c) do número anterior, é elaborada informação pelo perito
médico, a enviar à autoridade judiciária.
No caso das restantes situações de morte violenta ou de
causa ignorada e das referidas na alínea c) do n.º 1, que se
verifiquem em comarcas não compreendidas na área de
actuação das delegações do Instituto ou de gabinetes
médico-legais em funcionamento, compete à autoridade de
saúde da área onde tiver sido encontrado o corpo proceder à
verificação do óbito, se nenhum outro médico tiver
comparecido previamente e, se detectada a presença de
vestígios que possam fazer suspeitar de crime doloso,
providenciar pela comunicação imediata do facto à
autoridade judiciária.
 O disposto no número anterior aplica-se também perante
a manifesta impossibilidade de contactar o perito
médico em serviço de escala.

 O transporte do perito médico ou da autoridade de saúde


ao local é assegurado pela autoridade policial que tiver
tomado conta da ocorrência.
 Em todas as situações em que não haja certeza do óbito,
as autoridades policiais ou os bombeiros devem
conduzir as pessoas com a máxima brevidade ao serviço
de urgência hospitalar mais próximo.
 Na situação referida no n.º 1, compete às autoridades
policiais promover a remoção dos cadáveres, consoante o
local em que se tiver verificado o óbito, para a casa mortuária
do serviço médico-legal da área ou, na sua inexistência, para
a do hospital ou do cemitério mais próximos:

 Excecionalmente, perante a manifesta impossibilidade de


contactar o perito médico em serviço de escala, a autoridade
de saúde ou a autoridade judiciária competente, e existindo
substanciais prejuízos decorrentes da permanência do corpo
no local, pode a autoridade policial determinar e proceder à
sua remoção para os locais referidos no número anterior
 As autoridades policiais podem requisitar a colaboração dos bombeiros, dos
serviços médico-legais, dos serviços de saúde ou de agências funerárias.
 Nas situações previstas nos números anteriores em que existam dados
identificativos, compete, ainda, às autoridades policiais promover a
comunicação do óbito às famílias.
 As despesas inerentes às situações previstas nos números anteriores são
satisfeitas pelo Cofre Geral dos Tribunais, através da sua delegação junto do
tribunal territorialmente competente, e são consideradas custas do processo.
 As disposições previstas nos números anteriores aplicam-se, com as devidas
adaptações, em todas as situações de morte de pessoas detidas em
estabelecimentos prisionais, esquadras ou postos de autoridades policiais ou
outras forças de segurança.
 Os cadáveres que derem entrada nos serviços médico-legais devem ser
sujeitos a um exame pericial do hábito externo, cujo resultado será
comunicado por escrito no mais curto prazo à autoridade judiciária
competente, tendo em vista o estipulado no n.º 1 do artigo 18.º
 A autópsia médico-legal pode, ainda, ser dispensada nos
casos em que a sua realização pressupõe o contacto com
factores de risco particularmente significativo susceptíveis
de comprometer de forma grave as condições de
salubridade ou afectar a saúde pública.

 Compete ao presidente do conselho directivo do Instituto


autorizar a dispensa da realização de autópsia médico-
legal nos casos previstos no número anterior, mediante
comunicação escrita do facto, no mais curto prazo, à
entidade judiciária competente.
 Os exames periciais de tanatologia forense solicitados
pelas autoridades judiciárias de comarca
compreendida na área de actuação de delegação do
Instituto ou de gabinete médico-legal em
funcionamento são obrigatoriamente realizados nestes
serviços médico-legais, excepto se o presidente do
conselho directivo do Instituto, o director da
delegação ou o coordenador do gabinete médico-legal
decidir a sua execução em local diferente.
 Os exames e perícias de clínica médico-legal e forense
são realizados por um médico perito.
 Os exames de vítimas de agressão sexual podem ser
realizados, sempre que necessário, por dois médicos
peritos ou por um médico perito auxiliado por um
profissional de enfermagem.
 O disposto no n.º 1 não se aplica aos exames em que
outros normativos legais determinem disposição
diferente.
 Dado o grau de especialização dos médicos peritos e a
organização das delegações e gabinetes médico-legais
do Instituto, deverá ser dada primazia, nestes serviços,
aos exames singulares, ficando as perícias colegiais
previstas no Código de Processo Civil reservadas para
os casos em que o juiz, na falta de alternativa, o
determine de forma fundamentada.
 Os exames e perícias singulares de clínica médico-
legal e forense solicitados pelas autoridades
judiciárias de comarca compreendida na área de
actuação de delegação do Instituto ou de gabinete
médico-legal em funcionamento são obrigatoriamente
realizados por estes serviços médico-legais, nas suas
instalações, excepto se o presidente do Instituto, o
director da delegação ou o coordenador do gabinete
médico-legal decidir a sua execução em local
diferente.
 As juntas médicas que devam ser presididas
por juiz podem realizar-se em instalações do
tribunal quando as delegações do Instituto ou
os gabinetes médico-legais em funcionamento
não disponham de condições para tal, ou
mediante acordo previamente estabelecido com
o director da delegação ou coordenador do
gabinete médico-legal.
 Os exames de genética, biologia e toxicologia
forenses são obrigatoriamente solicitados à delegação
do Instituto da área territorial do tribunal ou da
autoridade policial que os requer.
 O disposto no número anterior não se aplica aos
exames de genética no âmbito da criminalística
biológica que podem ser também solicitados ao
Laboratório de Polícia Científica da Polícia Judiciária.
 Estes exames podem também ser directamente
solicitados pelos
 Após a realização do exame pericial de vestígios,
produtos biológicos ou peças anatómicas, o perito
procede à recolha, acondicionamento e selagem de uma
amostra susceptível de possibilitar a realização de nova
perícia no caso de os objectos e produtos examinados o
permitirem e à destruição do remanescente.
 A amostra fica depositada no serviço médico-legal
durante o período de dois anos, após o qual o serviço
médico-legal pode proceder à sua destruição, salvo se,
entretanto, o tribunal tiver comunicado determinação em
contrário.
 No caso de crimes da competência reservada de
investigação da Polícia Judiciária, pode o Laboratório
de Polícia Científica, sob sua exclusiva
responsabilidade, proceder ao transporte e conservação
das respectivas amostras
 Os objectos que sejam declarados perdidos a favor do Estado e as
peças anatómicas que devam ter o destino referido no artigo 25.º
podem ser afectos ao espólio museológico do serviço médico-
legal que tiver procedido ao seu exame sempre que se revistam de
interesse científico ou serem utilizados para fins de ensino e
investigação.

 No caso de peças anatómicas deve observar-se o estipulado na


legislação que regula a dissecação de cadáveres ou de parte deles,
bem como a extracção de peças, tecidos ou órgãos para fins de
ensino e de investigação científica.
 A declaração da utilidade relativa aos objectos que sejam
declarados perdidos a favor do Estado deve ser proposta ao
tribunal competente pelo serviço médico-legal que procedeu ao
exame, fazendo-o constar no respectivo relatório.
 Médicos a contratar para o exercício de funções periciais
 1 - A selecção de médicos a contratar para o exercício de
funções nas comarcas não compreendidas na área de
actuação das delegações e dos gabinetes médico-legais em
funcionamento é feita por concursos trienais abertos pelo
Instituto.
 2 - Até 15 de Junho do ano anterior a cada triénio, o Instituto
procede à abertura dos concursos referidos no número
anterior devendo as listas de classificação final ser
publicadas até 15 de Outubro.
 3 - Os factores a ponderar na selecção de candidatos são
definidos pelo conselho directivo do Instituto, ouvidos o
órgão consultivo do Instituto e o conselho médico-legal, e
constarão do respectivo aviso de abertura, podendo envolver
uma avaliação de conhecimentos.
 Os contratos para o exercício de funções periciais têm a
natureza de contratos de prestação de serviços nos
termos da lei geral, podendo prever o pagamento por
acto pericial e vigoram por um período de três anos.
 Para os efeitos do número anterior, os médicos das
diversas carreiras médicas que se encontrem em regime
de dedicação exclusiva ou de disponibilidade
permanente, incluindo os da carreira médica de
medicina legal, podem exercer funções periciais, sem
quebra do compromisso de renúncia e sendo as
remunerações daí decorrentes estabelecidas em norma
constante de diploma específico.
 Os candidatos podem ser contratados para mais de um
gabinete ou comarca, nos termos a definir no aviso de
abertura do concurso.

 Os contratos são celebrados entre os médicos e o


Instituto, podendo este contratar médicos directamente
sempre que se verifique a impossibilidade de celebrar
contrato com os médicos constantes das listas referidas
no n.º 2 do artigo 28.º ou venham a ficar vagos lugares
previamente ocupados.
 Aos médicos contratados pelo Instituto para o exercício
de funções periciais são vedadas, no âmbito da
actividade pericial do tribunal ou tribunais da comarca
da área de actuação do serviço médico-legal relativo ao
contrato, nesses tribunais, outras intervenções periciais,
nomeadamente como peritos representantes de
seguradoras ou de sinistrados.

 Excepcionalmente, pode o conselho directivo do


Instituto autorizar o afastamento do impedimento
referido no número anterior, em casos devidamente
fundamentados.
 O acesso à informação genética ou biológica
bem como o tratamento dos respectivos dados
são regulados em legislação específica que
salvaguarde os direitos fundamentais das
pessoas, nos termos da Constituição e do
direito internacional aplicável.
 O primeiro triénio a que se refere o n.º 1 do artigo 28.º
tem início a 1 de Janeiro de 2005, considerando-se
automaticamente denunciados e rescindidos a partir
desta data todos os contratos para o exercício de funções
periciais médicas em vigor, nomeadamente nos tribunais
do trabalho.

 Consideram-se automaticamente denunciados e


rescindidos os contratos para o exercício de funções
periciais médicas, nomeadamente nos tribunais de
trabalho, em vigor nas comarcas que passem a estar
abrangidas na área de actuação dos gabinetes médico-
legais, a partir do momento em que estes são instalados.
 O Instituto pode celebrar contratos nos termos do artigo
17.º do Decreto-Lei n.º 41/84, de 3 de Fevereiro, com
médicos especialistas ou outros de reconhecida
competência em áreas específicas, enquanto não
estiverem preenchidos os lugares dos quadros da
carreira médica de medicina legal e da carreira médica
hospitalar.

 O disposto no número anterior aplica-se aos médicos


que se encontrem em regime de dedicação exclusiva,
sem que a percepção das remunerações decorrentes do
contrato envolva quebra do compromisso de renúncia.
 Avaliação do dano corporal (exame singular ou
de revisão) - 1 UC;
 Juntas médicas - 1 UC;
 d) Outras perícias de clínica médico-legal
(em função da complexidade e de acordo com
tabela a definir pelo Instituto Nacional de
Medicina Legal) - 0,4 a 2 UC;
 Perícia tanatológica:
 Autópsia médico-legal (com intervenção de um
só perito) - 3,2 UC;
 Autópsia médico-legal (com intervenção de dois
ou mais peritos) - 2,5 UC;
 Exumação (com ou sem autópsia) - 4 UC;
 Embalsamamento (com ou sem autópsia) - 8 UC;
 Exame do hábito externo (sem autópsia) - 0,4
UC.
 Os auxiliares de perícias tanatológicas são
remunerados, por cada uma delas, nos termos
seguintes:
 Autópsias médico-legais - 0,7 UC;
 Exumações e embalsamamentos - 0,9 UC.
 Os enfermeiros que intervenham em perícias de
clínica médico-legal são remunerados, por cada
uma delas, com 0,2 UC.
 Identificação genética para investigação biológica de
filiação (por pessoa) ou identificação de
desconhecidos (por amostra), efectuada através de
comparação com amostras provenientes dos
progenitores:
 Em amostras de sangue ou saliva - 5,5 UC;
 Em amostras de cabelos, dentes, ossos ou outros
tecidos - 7 UC.
 Identificação genética para investigação
biológica de filiação (por pessoa) ou
identificação de desconhecidos (amostra),
efectuada através de comparação com amostras
provenientes de outros familiares:
 Em amostras de sangue ou saliva - 6 UC;
 Em amostras de cabelos, dentes, ossos ou
outros tecidos - 7,5 UC.
 Identificação genética de vestígios em casos de investigação
criminal (por amostra em função da sua natureza) - 3 a 7
UC.

 4 - Outro tipo de exames periciais de identificação


genética (pessoa/amostra) - 15 UC.

 5 - Pesquisa de esperma/espermatozóides - 0,7 UC.

 6 - Colheitas de material biológico (a cobrar apenas nos


casos em que o exame não se realize no serviço):
 Sangue - 0,5 UC;
 Outras - 0,5 UC.
 Análise de ADN:
 Extracção simples - 0,3;
 Extracção complexa - 1;
 Identificação de polimorfismos de DNA por PCR
(por marcador/amostra) - 1;
 DNA mitocondrial (por marcador/amostra) - 3;
 Outro tipo de análise no âmbito da biologia
forense (por amostra) - 0,5.
 Os auxiliares de perícias tanatológicas são
remunerados, por cada uma delas, nos termos
seguintes:
 Autópsias médico-legais - 0,7 UC;
 Exumações e embalsamamentos - 0,9 UC.

 3 - Os enfermeiros que intervenham em perícias de
clínica médico-legal são remunerados, por cada uma
delas, com 0,2 UC.

 Identificação genética para investigação biológica de
filiação (por pessoa) ou identificação de
desconhecidos (por amostra), efectuada através de
comparação com amostras provenientes dos
progenitores:
 Em amostras de sangue ou saliva - 5,5 UC;
 Em amostras de cabelos, dentes, ossos ou outros
tecidos - 7 UC.
 Identificação genética para investigação biológica de
filiação (por pessoa) ou identificação de desconhecidos
(amostra), efectuada através de comparação com
amostras provenientes de outros familiares:
 Em amostras de sangue ou saliva - 6 UC;
 Em amostras de cabelos, dentes, ossos ou outros
tecidos - 7,5 UC.

 3 - Identificação genética de vestígios em casos de
investigação criminal (por amostra em função da sua
natureza) - 3 a 7 UC.

 Outro tipo de exames periciais de identificação
genética (pessoa/amostra) - 15 UC.

 5 - Pesquisa de esperma/espermatozóides - 0,7
UC.

 6 - Colheitas de material biológico (a cobrar apenas
nos casos em que o exame não se realize no serviço):
 Sangue - 0,5 UC;
 Outras - 0,5 UC.
 Exames de psiquiatria forense:
 Entrevista e exame clínico, com relatório - 4 UC;
 Entrevista familiar - 0,5 UC;
 Participação em perícias colegiais ou juntas
médicas (ver nota *) - 2,5 UC.
 Exames de psicologia forense:
 Entrevista clínica - 0,5 UC;
 Aplicação de bateria de testes standard - 0,6 UC;
 Aplicação de testes especiais (por teste) - 0,2 UC;
 Relatório psicológico - 2 UC.

 Exames de histologia normal (biópsia/peça) - 1,3 UC.
 2 - Exame de citologia normal (Papanicolau, urina,
LCR, punção aspirativa, líquido pericárdico, líquido
pleural, etc.) - 0,6 UC.
 3 - Exame ultrastrutural (microscopia electrónica) - 5
UC.
 4 - Estudo imuno-histocitoquímico - 4,5 UC.
 5 - Técnicas especiais - 0,4 UC.
 6 - Exame histológico extemporâneo (embolia gorda)
- 3,5 UC.
 7 - Consulta com revisão de registos ou repetição de
estudos em material enviado a outro serviço ou
laboratório, com elaboração de relatório final - 4 UC.
 Autópsias médico-legais, incluindo relatório:

 Autópsia médico-legal (com intervenção de um só perito)
- 7 UC;
 Autópsia médico-legal (com intervenção de dois ou mais
peritos) - 9 UC;
 Autópsia médico-legal em casos de exumação - 11 UC.

 2 - Exumação para colheita de material biológico - 8
UC.
 3 - Exames de antropologia forense (em função da
complexidade da perícia) - 2 a 6 UC.
 4 - Embalsamamento - 20 UC.
 Exame do hábito externo do cadáver (sem autópsia) - 0,8
UC.
 6 - Exame do local - 1,2 UC.
 Perícia de clínica médico-legal em direito penal:
 Avaliação do dano corporal - 0,7 UC;
 Elaboração de relatório e resposta a quesitos sem
exame (ver nota *) - 0,3 UC;
 Aditamento a relatório ou prestação de
esclarecimentos - 0,2 UC;
 Avaliação do «estado de toxicodependência» - 2
UC;
 Exame sexual - 2 UC;
 Outros exames clínicos - 2 UC;
 Actos urgentes - 2 UC.
 Perícia de clínica médico-legal em direito civil:
 Avaliação do dano corporal - 3 UC;
 Elaboração de relatório e resposta a quesitos sem
exame (ver nota *) - 1,5 UC;
 Aditamento a relatório ou prestação de
esclarecimentos - 1 UC;
 Exame de sexologia forense - 1,5 UC;
 Perícias colegiais (ver nota **) - 2 UC;
 Outros exames - 1 UC.
 Perícia de clínica médico-legal em direito do trabalho:
 Avaliação do dano corporal (exame singular ou de
revisão) - 2 UC;
 Juntas médicas (ver nota *) - 2 UC.

 (nota *) Incluindo observação clínica, elaboração
de relatório e resposta a quesitos.

 d) Outras perícias de clínica médico-legal (em função
da complexidade e de acordo com tabela definir pelo
Instituto Nacional de Medicina Legal) - 0,4 a 2 UC.

 Tabela de custos das perícias de toxicologia forense

 1 - Ensaios imunológicos de triagem por grupo (ver
nota a) - 0,6 UC.
 2 - Cromatografia em camada fina (TLC) (ver nota b)
(ver nota c) (ver nota d) - 0,4 UC.
 3 - Cromatografia gasosa/head-space
(doseamento de álcool etílico e outros produtos voláteis)
- 0,6 UC.
 4 - Cromatografia gasosa (GC) (ver nota a) (ver
nota b) (ver nota c) - 1,9 UC.
 5 - Cromatografia líquida de alta resolução
(HPLC) (ver nota b) (ver nota c) - 1,9 UC.

 6 - Cromatografia gasosa/espectrometria de massa
(GC/MS) (ver nota b) (ver nota c) (ver nota d) - 3,2
UC.
 7 - Espectrofotometria de absorção molecular
(ver nota e) - 0,8 UC.
 8 - Espectrofotometria por absorção atómica
(ver nota f) - 1,1 UC.
 9 - Método de doseamento de aniões e catiões
por reacções químicas - 0,6 UC.
 10 - Pesquisa de substâncias pouco usuais
requerendo técnicas complexas - (ver nota g).
 Anfetaminas, barbitúricos, benzodiazepinas, canabinóides,
metabolitos da cocaína, metadona, opiáceos e outros.
 (nota b) Pesticidas: insecticidas organofosforados, insecticidas
organoclorados, insecticidas carbamatos, rodenticidas, herbicidas e
outros.
 (nota c) Medicamentos: antidepressivos, ansiolíticos,
anticonvulsionantes, barbitúricos, benzodiazepinas, neurolépticos,
vasodilatadores, b-bloqueantes, ritmizantes e outros.
 (nota d) Estupefacientes: opiáceos, cocaína e seus metabolitos,
anfetaminas, canabinóides e outros.
 (nota e) Arsénio, cianeto, paraquato, carboxi-hemoglobina e
outros compostos.
 (nota f) Metais e metalóides.
 (nota g) Calcular de acordo com a(s) técnica(s) utilizada(s).
 Tabela de custos para outros exames periciais
 1 - Exame clínico de especialidades médicas (ortopedia,
neurologia, neurocirurgia, etc.), com relatório completo - 2 UC.
 2 - Exame clínico complementar de especialidades médicas
(ortopedia, neurologia, neurocirurgia, etc.), com relatório sumário
- 1 UC.
 3 - Trabalho de enfermagem - 0,2 UC.
 4 - Exames de serviço social:
 Entrevista social - 0,5 UC;
 Relatório social - 1 UC.
 5 - Diligências em tribunal:
 Depoimentos em audiência de julgamento (consoante o
número de horas despendidas) - 1 a 4 UC;
 Junta médica não realizada por falta de comparência do
perito de companhia de seguros - 1 UC.

 As perícias de natureza clínica ou exames
complementares não contemplados nestas
tabelas serão cobrados de acordo com a tabela
de custos do Ministério da Saúde

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