Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
www.pantheonead.com.br
Sumário
Improbidade e Processo Administrativo Disciplinar ............................................................. 1
Comentários:
Nos termos do arts. 133, 139 e 140 da Lei n.º 8.112/90:
Art. 139. Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao serviço, sem causa
justificada, por sessenta dias, interpoladamente, durante o período de doze
meses.
(...)
Art. 140. Na apuração de abandono de cargo ou inassiduidade habitual, também
será adotado o procedimento sumário a que se refere o art. 133, observando-se
especialmente que:
(...)
Art. 133. Detectada a qualquer tempo a acumulação ilegal de cargos, empregos
ou funções públicas, a autoridade a que se refere o art. 143 notificará o servidor,
por intermédio de sua chefia imediata, para apresentar opção no prazo
improrrogável de dez dias, contados da data da ciência e, na hipótese de omissão,
Portanto, Sávio, servidor público federal, será submetido a um procedimento sumário, pela inassiduidade
habitual. Logo, o processo administrativo disciplinar será mais simples e célere.
Assim, a alternativa correta que deve ser marcada é: O processo administrativo disciplinar será
submetido a um procedimento sumário, mais simples e célere, composto pelas fases da
instauração, da instrução sumária - que compreende a indiciação, a defesa e o relatório - e do
julgamento.
Gabarito: Letra A
C) Apenas os agentes públicos estão sujeitos às ações de improbidade, de forma que terceiros, como é
o caso da sociedade empresária Vale Tudo Ltda., não podem ser réus da ação judicial e, por
consequência, imunes à eventual condenação ao ressarcimento do erário causado pelo
superfaturamento.
D) Por se tratar de ato de improbidade administrativa que causou prejuízo ao erário, os agentes públicos
envolvidos e a sociedade empresária Vale Tudo Ltda. estão sujeitos ao integral ressarcimento do dano,
sem prejuízo de outras medidas, como a proibição de contratar com o Poder Público ou receber incentivos
fiscais por um prazo determinado.
Comentários:
Questão literal. Vejamos o que nos ensina a Lei nº 8.429/92:
Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo
não sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de
improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta.
(...)
Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário
qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial,
desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das
entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente:
(...)
VIII – frustrar a licitude de processo licitatório ou de processo seletivo para
celebração de parcerias com entidades sem fins lucrativos, ou dispensá-los
indevidamente.
Art. 12. Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas
na legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às
seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de
acordo com a gravidade do fato:
II - na hipótese do art. 10, ressarcimento integral do dano, perda dos bens ou
valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta circunstância,
perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos,
pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do dano e proibição de
contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou
creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica
da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos;
Com base no exposto acima, nosso gabarito é: Por se tratar de ato de improbidade administrativa
que causou prejuízo ao erário, os agentes públicos envolvidos e a sociedade empresária Vale
Tudo Ltda. estão sujeitos ao integral ressarcimento do dano, sem prejuízo de outras medidas,
como a proibição de contratar com o Poder Público ou receber incentivos fiscais por um prazo
determinado.
Gabarito: Letra D
Comentários:
O art. 10, inciso IV, da Lei de improbidade administrativa (Lei n.º 8.429/92) dispõe que:
Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário
qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial,
desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das
entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente: (...)
IV - permitir ou facilitar a alienação, permuta ou locação de bem integrante do
patrimônio de qualquer das entidades referidas no art. 1º desta lei, ou ainda a
prestação de serviço por parte delas, por preço inferior ao de mercado; (...)
(grifo nosso).
No caso narrado na questão, houve lesão ao Erário, logo é permitida a modalidade culposa. Assim, a
opção correta é: É passível a caracterização da prática de ato de improbidade administrativa por
Felipe, pois a modalidade culposa é admitida para a conduta a ele imputada
Em síntese, quanto à prática de dolo ou culpa, os atos de improbidade são classificados da seguinte
forma:
- Art. 9º – Atos que importam enriquecimento ilícito => DOLO
- Art. 10 – Atos que causam prejuízo ao Erário (cofres públicos) => DOLO OU CULPA
- Art. 10-A – Concessão ou aplicação indevida de benefício financeiro ou tributário => DOLO OU CULPA
- Art. 11 – Atos que atentam contra os princípios da Administração Pública => DOLO.
Gabarito: Letra B
Comentários:
Gabarito: Letra C
Comentários:
Pessoal, para que a um particular seja imputado o crime de improbidade administrativa, necessariamente
deve haver a presença de um agente público na ação. Desta forma, a alternativa a ser assinalada é:
Eles não praticaram ato de improbidade administrativa, pois, no momento em que ocorreu a
fraude no concurso público, não houve a participação de agentes públicos.
Gabarito: Letra D
Comentários:
Conforme estabelece o art. 41, § 2º, da Constituição Federal: invalidada por sentença judicial a
demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável,
reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em
disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço (Grifo nosso).
Portanto, do caso hipotético temos o instituto da reintegração, que é disciplinado pelo art. 28, da Lei n.º
8.112/90, vejamos:
Art. 28. A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo
anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, quando
Sendo assim, Maria será reintegrada e Alfredo reconduzido ao cargo de origem. Logo, devemos marcar
como correta a alternativa: Em decorrência da invalidade do ato demissional, Maria deve ser
reintegrada ao cargo que ocupava e Alfredo deverá ser reconduzido para o cargo de origem.
Gabarito: Letra D
Comentários:
Em relação à prescrição, o art. 23, I, da Lei nº 8.429/92, assim dispõe: Art. 23. As ações destinadas a
levar a efeitos as sanções previstas nesta lei podem ser propostas: I - até cinco anos após o término do
exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de confiança;
Diante do exposto, devemos assinar a alternativa: Cinco anos, tendo como termo inicial o término
do exercício do mandato (dezembro de 2012); logo, como a ação foi ajuizada em setembro de
2015, não ocorreu a prescrição no caso concreto.
Gabarito: Letra C
Comentários:
Conforme o art. 143, da Lei n.º 8.112/1990:
Assim, como afirma o caput da questão, foi aberto um processo administrativo disciplinar sem abertura
de sindicância, o que é permitido pela Lei n.º 8.112/1990. Não havendo o que se falar de nulidade do
processo.
Portanto, devemos marcar como correta a alternativa: A hipótese não apresenta qualquer nulidade
que contamine o processo administrativo disciplinar instaurado contra Ricardo.
Gabarito: Letra D
Comentários:
De acordo com o artigo 2º da Lei nº 8.429/92, reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo
aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação,
designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego
ou função nas entidades mencionadas no artigo 1º, quais sejam:
Entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público bem como
daquelas para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com menos de cinquenta por
cento do patrimônio ou da receita anual
Gabarito: Letra D
Em ação civil pública por atos de improbidade que causaram prejuízo ao erário, ajuizada em desfavor de
José, servidor público estadual estável, o Juízo de 1º grau, após os devidos trâmites, determinou a
indisponibilidade de todos os bens do demandado, cujo patrimônio é superior aos danos e às demais
imputações que constam na inicial.
Apresentado o recurso pertinente, observa-se que a aludida decisão
A) não merece reforma, na medida em que José deve responder com todo o seu patrimônio,
independentemente do prejuízo causado pelos atos de improbidade que lhe são imputados.
B) deve ser reformada, considerando que somente podem ser objeto da cautelar os bens adquiridos
depois da prática dos atos de improbidade imputados a José.
C) deve ser reformada, pois não é possível, por ausência de previsão legal, a determinação de tal medida
cautelar em ações civis públicas por ato de improbidade.
D) deve ser reformada, porquanto a cautelar somente pode atingir tantos bens quantos bastassem para
garantir as consequências financeiras dos atos de improbidade imputados a José.
Comentários:
Vejamos o que nos ensina o artigo 7º da Lei nº 8.429/92 (que dispõe sobre as sanções aplicáveis aos
agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou função
na administração pública direta, indireta ou fundacional):
Desta forma, em relação à decisão ora proferida no caput da questão, a alternativa a ser assinalada é:
deve ser reformada, porquanto a cautelar somente pode atingir tantos bens quantos bastassem
para garantir as consequências financeiras dos atos de improbidade imputados a José.
Gabarito: Letra D
Carlos Mário, chefe do Departamento de Contratos de uma autarquia federal descobre, por diversos
relatos, que Geraldo, um dos servidores a ele subordinado, deixara de comparecer a uma reunião para
acompanhar a tarde de autógrafos de um famoso artista de televisão. Em outra ocasião, Geraldo já se
ausentara do serviço, durante o expediente, sem prévia autorização do seu chefe, razão pela qual lhe
fora aplicada advertência. Irritado, Carlos Mário determina a instauração de um processo administrativo
disciplinar, aplicando a Geraldo a penalidade de suspensão, por 15 (quinze) dias, sem a sua oitiva, em
atenção ao princípio da verdade sabida.
Considerando o exposto, assinale a afirmativa correta.
A) A penalidade aplicada é nula, em razão de violação às garantias constitucionais da ampla defesa e do
contraditório, razão pela qual o princípio da verdade sabida não guarda compatibilidade com a ordem
constitucional vigente.
B) A penalidade aplicada é nula, pois a ausência do serviço sem autorização do chefe é hipótese de
aplicação da penalidade de advertência e jamais poderia dar ensejo à aplicação da penalidade de
suspensão.
C) A penalidade aplicada é correta, pois a ausência do servidor no horário de expediente é causa de
aplicação da penalidade de suspensão, e o fato era de ciência de vários outros servidores.
D) A penalidade aplicada contém vício sanável, devendo ser ratificada pelo Diretor-Presidente da
autarquia, autoridade competente para tanto.
Comentários:
Nas palavras da professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro, “verdade sabida é o conhecimento pessoal e
direto da falta pela autoridade competente para aplicar a pena”. A verdade sabida, todavia, é vedado
pela Constituição Federal e pela Lei n.º 8.112/90, justamente por violar o contraditório e a ampla defesa.
Vejamos na Lei n.º 8.112/90, in verbis:
Sendo assim, devemos marcar como correta a alternativa: A penalidade aplicada é nula, em razão de
violação às garantias constitucionais da ampla defesa e do contraditório, razão pela qual o
princípio da verdade sabida não guarda compatibilidade com a ordem constitucional vigente.
Gabarito: Letra A
Comentários:
Conforme vimos em aula, a Lei de Improbidade Administrativa – Lei nº 8.429/92, no art. 1º e parágrafo
único, estabelece que incidirá as sanções dessa lei contra os atos de improbidade praticados contra:
(i) - a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal, dos Municípios, de Território;
(ii) - empresa incorporada ao patrimônio público;
(iii) - entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de 50%
do patrimônio ou da receita anual, serão punidos na forma desta lei;
(iv) - entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público
bem como daquelas para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com menos
de 50% do patrimônio ou da receita anual, limitando-se, nestes casos, a sanção patrimonial à
repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos.
Portanto, entidade que receba recursos públicos pode ser sujeito passivo de ato de improbidade
administrativa. Logo, devemos marcar como correta a alternativa A.
Alternativa C. Incorreta. Os atos praticados contra o patrimônio de entidade que receba subvenção,
benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de ente público, se sujeitam às penalidades previstas na lei
de improbidade administrativa.
Alternativa D. Incorreta. Uma organização da sociedade civil, por ser entidade privada sem fins lucrativos,
pode receber recursos públicos, razão pela qual pode ser sujeito passivo de ato de improbidade
administrativa.
Gabarito: Letra A
Comentários:
Aquele que, em razão do exercício de mandato realize atos de improbidade administrativa que importem
no enriquecimento ilícito, está sujeito às sanções, dentre outras, a perda dos bens ou valores acrescidos
ilicitamente ao patrimônio, ao ressarcimento integral do dano e à suspensão dos direitos políticos de oito
a dez anos (arts. 9º c/c 12, I, da Lei nº 8.429/92).
Portanto, conforme o caput da questão, o ex-governador está sujeito àquelas sanções. Logo, a
alternativa correta é: O ex-governador está sujeito, dentre outras sanções, à perda dos bens ou
Gabarito: Letra A
Comentários:
Item I: CERTO. “Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda que
transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer
outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas
no artigo anterior” (art. 2º, Lei nº Art. 8.429/92).
Item II: INCORRETO. O art. 37, IX, da Constituição Federal, autoriza a contratação por tempo
determinado para atender à necessidade temporária de excepcional interesse público. Todavia, os ditos
temporários não são servidores públicos civis federais, assim, não são regidos pela Lei n.º 8.112/1990.
Item III: CERTO. Nos termos do art. 135, da Constituição Federal, integrantes da Advocacia-Geral da
União, os procuradores dos estados e do DF e os defensores públicos são de fato remunerados por
subsídios.
Item IV: CERTO. ao militar são proibidas a sindicalização e a greve (art. 142, § 3º, IV, CF/1988)
Gabarito: Letra D
Comentários:
Nos termos do art. 1º, da Lei nº 8.429/92 – Lei de Improbidade Administrativa:
Portanto, o ato do perito judicial de receber um bem para elaborar um laudo é enquadrado como
improbidade administrativa. Assim, devemos marcar que: Sim, por se tratar de desvio ético de
conduta de agente público no desempenho de função pública.
Gabarito: Letra B