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AULA 1
- Princípios
Previstos nos artigos 5º, LV e 37 da Constituição e, em âmbito federal, na lei
9784/99.
CF/88
Art. 5º. [...]
[...]
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo,
e aos acusados em geral são assegurados o contraditório
e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
[...]
LEI 9784/99
Art. 2º A Administração Pública obedecerá, dentre outros,
aos princípios da legalidade, finalidade, motivação,
razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla
defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público
e eficiência.
- Contagem de prazos
- Início do processo
Relevância prática deste marco temporal: a partir deste momento, não há
espontaneidade do contribuinte.
- Condutas do autuado/notificado
Pagar, impugnar ou permanecer inerte.
- Suspensão da exigibilidade do CT
A impugnação suspende a exigibilidade do CT.
Neste sentido, AgRg no REsp 1236125.
- Recurso cabível
Recurso voluntário, no prazo de 30 dias.
- Recurso cabível
Recurso especial à CSRF, em caso de divergência jurisprudencial.
- Direito de ação
Contribuinte pode, a qualquer momento, ajuizar ação ao invés de aguardar o
desfecho do processo administrativo.
REFERÊNCIAS:
CARNEIRO, C. Processo Tributário Administrativo e Judicial. 5. ed. São Paulo:
Saraiva, 2018.
HARADA, Kyoshi. Direito financeiro e tributário. 27. ed. São Paulo: Atlas, 2018.
MAZZA, Alexandre. Manual de direito tributário. 6. ed. São Paulo: Saraiva
Educação, 2020.
1 – CONSULTA TRIBUTÁRIA
- Finalidade
Esclarecer dúvida a respeito do procedimento que será adotado pelo Fisco.
Decreto 70235
Art. 46. O sujeito passivo poderá formular consulta sobre
dispositivos da legislação tributária aplicáveis a fato
determinado. (Vide Lei nº 9.430, de 1996)
Parágrafo único. Os órgãos da administração pública e as
entidades representativas de categorias econômicas ou
profissionais também poderão formular consulta. (Vide Lei
nº 9.430, de 1996)
- Caráter vinculante
A decisão proferida em sede de consulta vincula o Fisco, em relação ao sujeito
passivo.
- Competência
Domicílio do contribuinte.
Decreto 70235
Art. 47. A consulta deverá ser apresentada por escrito, no
domicílio tributário do consulente, ao órgão local da
entidade incumbida de administrar o tributo sobre que
versa. (Vide Lei nº 9.430, de 1996)
- Efeitos
Obsta a incidência de juros e demais penalidades, se protocolizado no prazo
para pagamento do CT.
CTN
Art. 161. O crédito não integralmente pago no vencimento
é acrescido de juros de mora, seja qual for o motivo
determinante da falta, sem prejuízo da imposição das
penalidades cabíveis e da aplicação de quaisquer medidas
de garantia previstas nesta Lei ou em lei tributária.
§ 1º Se a lei não dispuser de modo diverso, os juros de
mora são calculados à taxa de um por cento ao mês.
§ 2º O disposto neste artigo não se aplica na pendência de
consulta formulada pelo devedor dentro do prazo legal para
pagamento do crédito.
Decreto 70235
Art. 48. Salvo o disposto no artigo seguinte, nenhum
procedimento fiscal será instaurado contra o sujeito
passivo relativamente à espécie consultada, a partir da
apresentação da consulta até o trigésimo dia subseqüente
à data da ciência: (Vide Lei nº 9.430, de 1996)
I - de decisão de primeira instância da qual não haja sido
interposto recurso;
II - de decisão de segunda instância.
Decreto 70235
Art. 52. Não produzirá efeito a consulta formulada: (Vide
Lei nº 9.430, de 1996)
I - em desacordo com os artigos 46 e 47;
II - por quem tiver sido intimado a cumprir obrigação relativa
ao fato objeto da consulta;
III - por quem estiver sob procedimento fiscal iniciado para
apurar fatos que se relacionem com a matéria consultada;
IV - quando o fato já houver sido objeto de decisão anterior,
ainda não modificada, proferida em consulta ou litígio em
que tenha sido parte o consulente;
V - quando o fato estiver disciplinado em ato normativo,
publicado antes de sua apresentação;
VI - quando o fato estiver definido ou declarado em
disposição literal de lei;
VII - quando o fato for definido como crime ou contravenção
penal;
VIII - quando não descrever, completa ou exatamente, a
hipótese a que se referir, ou não contiver os elementos
necessários à sua solução salvo se a inexatidão ou
omissão for escusável, a critério da autoridade julgadora.
2 – DENÚNCIA ESPONTÂNEA
- Conceito
Ato do contribuinte que cientifica o Fisco a respeito da prática de fato gerador,
acompanhado do pagamento do tributo.
Art. 138. A responsabilidade é excluída pela denúncia
espontânea da infração, acompanhada, se for o caso, do
pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do
depósito da importância arbitrada pela autoridade
administrativa, quando o montante do tributo dependa de
apuração.
[...]
- Espontaneidade
Quando espontânea, a denúncia evita a aplicação de penalidades.
REFERÊNCIAS:
CARNEIRO, C. Processo Tributário Administrativo e Judicial. 5. ed. São Paulo:
Saraiva, 2018.
HARADA, Kyoshi. Direito financeiro e tributário. 27. ed. São Paulo: Atlas, 2018.
MAZZA, Alexandre. Manual de direito tributário. 6. ed. São Paulo: Saraiva
Educação, 2020.
1 – DÍVIDA ATIVA
- Conceito
Crédito inscrito em seção própria, depois de esgotado o prazo para pagamento
do valor devido pelo responsável tributário.
- Efeitos
- Presunção relativa
- Juros de mora
Requisitos.
Requisitos.
[...]
- Execução fiscal
Lei 6830/80.
- Nulidade da CDA
- Finalidade
10 dias.
REFERÊNCIAS:
CARNEIRO, C. Processo Tributário Administrativo e Judicial. 5. ed. São Paulo:
Saraiva, 2018.
HARADA, Kyoshi. Direito financeiro e tributário. 27. ed. São Paulo: Atlas, 2018.
MAZZA, Alexandre. Manual de direito tributário. 6. ed. São Paulo: Saraiva
Educação, 2020.
1 – EXECUÇÃO FISCAL
- Conceito
Procedimento judicial destinado à cobrança de créditos inscritos em Dívida Ativa
de todos os entes federados.
- Legislação aplicável
Lei 6830/80, com aplicação subsidiária do CPC.
Lei 6830/80
Art. 1º - A execução judicial para cobrança da Dívida Ativa
da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios
e respectivas autarquias será regida por esta Lei e,
subsidiariamente, pelo Código de Processo Civil.
Art. 2º - Constitui Dívida Ativa da Fazenda Pública aquela
definida como tributária ou não tributária na Lei nº 4.320,
de 17 de março de 1964, com as alterações posteriores,
que estatui normas gerais de direito financeiro para
elaboração e controle dos orçamentos e balanços da
União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal.
§ 1º - Qualquer valor, cuja cobrança seja atribuída por lei
às entidades de que trata o artigo 1º, será considerado
Dívida Ativa da Fazenda Pública.
§ 2º - A Dívida Ativa da Fazenda Pública, compreendendo
a tributária e a não tributária, abrange atualização
monetária, juros e multa de mora e demais encargos
previstos em lei ou contrato.
§ 3º - A inscrição, que se constitui no ato de controle
administrativo da legalidade, será feita pelo órgão
competente para apurar a liquidez e certeza do crédito e
suspenderá a prescrição, para todos os efeitos de direito,
por 180 dias, ou até a distribuição da execução fiscal, se
esta ocorrer antes de findo aquele prazo.
§ 4º - A Dívida Ativa da União será apurada e inscrita na
Procuradoria da Fazenda Nacional.
[...]
- Rito
Execução de título extrajudicial de natureza especial
Lei 6830/80
Art. 3º - A Dívida Ativa regularmente inscrita goza da
presunção de certeza e liquidez.
Parágrafo Único - A presunção a que se refere este artigo
é relativa e pode ser ilidida por prova inequívoca, a cargo
do executado ou de terceiro, a quem aproveite.
- Termo de inscrição em Dívida Ativa e CDA: requisitos
Lei 6830/80
Art. 2º. [...]
§ 5º - O Termo de Inscrição de Dívida Ativa deverá conter:
I - o nome do devedor, dos co-responsáveis e, sempre que
conhecido, o domicílio ou residência de um e de outros;
II - o valor originário da dívida, bem como o termo inicial e
a forma de calcular os juros de mora e demais encargos
previstos em lei ou contrato;
III - a origem, a natureza e o fundamento legal ou contratual
da dívida;
IV - a indicação, se for o caso, de estar a dívida sujeita à
atualização monetária, bem como o respectivo fundamento
legal e o termo inicial para o cálculo;
V - a data e o número da inscrição, no Registro de Dívida
Ativa; e
VI - o número do processo administrativo ou do auto de
infração, se neles estiver apurado o valor da dívida.
§ 6º - A Certidão de Dívida Ativa conterá os mesmos
elementos do Termo de Inscrição e será autenticada pela
autoridade competente.
§ 7º - O Termo de Inscrição e a Certidão de Dívida Ativa
poderão ser preparados e numerados por processo
manual, mecânico ou eletrônico.
- Legitimidade ativa
Atenção para os conselhos de classe.
CTN
Art. 7º A competência tributária é indelegável, salvo
atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos,
ou de executar leis, serviços, atos ou decisões
administrativas em matéria tributária, conferida por uma
pessoa jurídica de direito público a outra, nos termos do §
3º do artigo 18 da Constituição.
§ 1º A atribuição compreende as garantias e os privilégios
processuais que competem à pessoa jurídica de direito
público que a conferir.
- Legitimidade passiva
Sujeito passivo da relação jurídico-tributária e/ou responsável tributário.
Lei 6830/80
Art. 4º - A execução fiscal poderá ser promovida contra:
I - o devedor;
II - o fiador;
III - o espólio;
IV - a massa;
V - o responsável, nos termos da lei, por dívidas, tributárias
ou não, de pessoas físicas ou pessoas jurídicas de direito
privado; e
VI - os sucessores a qualquer título.
- Juízo competente
Domicílio do devedor.
Não sofre os efeitos da vis atractiva.
CPC
Art. 46. [...]
§5º A execução fiscal será proposta no foro de domicílio do
réu, no de sua residência ou no do lugar onde for
encontrado.
Lei 6830/80
Art. 5º - A competência para processar e julgar a execução
da Dívida Ativa da Fazenda Pública exclui a de qualquer
outro Juízo, inclusive o da falência, da concordata, da
liquidação, da insolvência ou do inventário.
Lei 6830/80
Art. 6º - A petição inicial indicará apenas:
I - o Juiz a quem é dirigida;
II - o pedido; e
III - o requerimento para a citação.
§ 1º - A petição inicial será instruída com a Certidão da
Dívida Ativa, que dela fará parte integrante, como se
estivesse transcrita.
§ 2º - A petição inicial e a Certidão de Dívida Ativa poderão
constituir um único documento, preparado inclusive por
processo eletrônico.
§ 3º - A produção de provas pela Fazenda Pública
independe de requerimento na petição inicial.
§ 4º - O valor da causa será o da dívida constante da
certidão, com os encargos legais.
- Citação
a. Pagar
b. Garantir a execução
Lei 6830/80
Art. 8º - O executado será citado para, no prazo de 5 (cinco)
dias, pagar a dívida com os juros e multa de mora e
encargos indicados na Certidão de Dívida Ativa, ou garantir
a execução, observadas as seguintes normas:
[...]
- Garantias
Rol previsto no artigo 9º, LEF.
Lei 6830/80
Art. 9º - Em garantia da execução, pelo valor da dívida,
juros e multa de mora e encargos indicados na Certidão de
Dívida Ativa, o executado poderá:
I - efetuar depósito em dinheiro, à ordem do Juízo em
estabelecimento oficial de crédito, que assegure
atualização monetária;
II - oferecer fiança bancária;
II - oferecer fiança bancária ou seguro garantia;
(Redação dada pela Lei nº 13.043, de 2014)
III - nomear bens à penhora, observada a ordem do artigo
11; ou
IV - indicar à penhora bens oferecidos por terceiros e
aceitos pela Fazenda Pública.
[...]
Lei 6830/80
Art. 12 - Na execução fiscal, far-se-á a intimação da
penhora ao executado, mediante publicação, no órgão
oficial, do ato de juntada do termo ou do auto de penhora.
PROCESSO
TRIBUTÁRIO
CURSO: DIREITO
NOME DO DOCENTE: RAPHAEL NAVES
DEFESAS DO EXECUTADO
Lei 6830/80 - LEF
2
EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL
4
EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL
- Embargos sem garantia são extemporâneos
(art. 16, §1º, LEF);
- Efeito suspensivo:
a) Garantia;
b) Garantia + fumus boni iuris + periculum in mora.
6
EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL
- Sentença
- Recurso
- Destinação da garantia (art. 32, §2º, LEF). 7
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
- Incidente processual;
8
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
- Hipóteses de cabimento:
(BERRIEL apud MAZZA, 2020, p. 777-778)
- Hipóteses de cabimento:
(BERRIEL apud MAZZA, 2020, p. 777-778)
d) Pagamento;
g) Prescrição e decadência.
10
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
RECURSO CABÍVEL
EXCEÇÃO REJEITADA EXCEÇÃO ACOLHIDA
AGRAVO DE INSTRUMENTO APELAÇÃO
11
DEFESAS DO EXECUTADO
REFERÊNCIAS:
CARNEIRO, C. Processo Tributário Administrativo e Judicial. 5.
ed. São Paulo: Saraiva, 2018.
HARADA, Kyoshi. Direito financeiro e tributário. 27. ed. São
Paulo: Atlas, 2018.
MAZZA, Alexandre. Manual de direito tributário. 6. ed. São
Paulo: Saraiva Educação, 2020.
12
DEFESAS DO EXECUTADO
(24) 99930-9136
navesdireito@gmail.com
FUNDAÇÃO EDUCACIONAL ROSEMAR PIMENTEL
CENTRO UNIVERSITÁRIO GERALDO DI BIASE
PROCESSO
TRIBUTÁRIO
CURSO: DIREITO
NOME DO DOCENTE: RAPHAEL NAVES
PRESCRIÇÃO
INTERCORRENTE
Lei 6830/80 - LEF
2
RELAÇÃO JURÍDICO-TRIBUTÁRIA
HIPÓTESE DE OBRIGAÇÃO
INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA
HI OT
DECADÊNCIA PRESCRIÇÃO
FG CT
FATO CRÉDITO
GERADOR TRIBUTÁRIO
3
DECADÊNCIA
4
DECADÊNCIA
CTN
Art. 156. Extinguem o crédito tributário:
V - a prescrição e a decadência;
- Constituição do CT:
5
DECADÊNCIA
REGRA GERAL:
1º DIA DO EXERCÍCIO SEGUINTE (ART. 173, I)
ANTECIPAÇÃO:
DATA DO ATO TENDENTE A LANÇAR (ART. 173, § único)
TERMO INICIAL
DA DECADÊNCIA ‘INTERRUPÇÃO‘: 5 ANOS DA DATA DA ANULAÇÃO DO
LANÇAMENTO POR VÍCIO FORMAL (ART. 173, II)
- Prazo: 5 anos
- Termo inicial:
- Constituição definitiva do CT
- Imodificável em âmbito administrativo
CTN
Art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve
7
em cinco anos, contados da data da sua constituição definitiva.
PRESCRIÇÃO
PROTESTO JUDICIAL
CAUSAS DE
INTERRUPÇÃO
ATO JUDICIAL QUE CONSTITUA EM MORA
PRAZO RETORNA
DO INÍCIO CONFISSÃO DE DÍVIDA
8
PRESCRIÇÃO
ATÉ 1 ANO 9
PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE
REFERÊNCIAS:
CARNEIRO, C. Processo Tributário Administrativo e Judicial. 5.
ed. São Paulo: Saraiva, 2018.
HARADA, Kyoshi. Direito financeiro e tributário. 27. ed. São
Paulo: Atlas, 2018.
MAZZA, Alexandre. Manual de direito tributário. 6. ed. São
Paulo: Saraiva Educação, 2020.
12
DEFESAS DO EXECUTADO
(24) 99930-9136
navesdireito@gmail.com
ARROLAMENTO FISCAL
Lei 9532/97
1
ARROLAMENTO FISCAL
CAUTELAR FISCAL
HI OT
ARROLAMENTO EXECUÇÃO FISCAL
FG CT DÍVIDA
ATIVA
PAGAMENTO
IMPUGNAÇAO
2
ANULAÇÃO DO CT
ARROLAMENTO FISCAL
- Lei 9532/97:
- Medida administrativa;
- Garantia da garantia da garantia;
- Inexistência de:
- liquidez;
- Cabimento
- CT superior a R$ 500.000,00
- Comunicação ao Fisco
- Transferência, alienação ou oneração;
- Publicidade
- Comunicação aos órgãos de registro
- Extinção do arrolamento
- Liquidação
- Garantia em execução fiscal
- Ausência de bens
- Cautelar Fiscal
7
ARROLAMENTO FISCAL
- Órgãos registrais
- Gravame
REFERÊNCIAS:
CARNEIRO, C. Processo Tributário Administrativo e Judicial. 5.
ed. São Paulo: Saraiva, 2018.
HARADA, Kyoshi. Direito financeiro e tributário. 27. ed. São
Paulo: Atlas, 2018.
MAZZA, Alexandre. Manual de direito tributário. 6. ed. São
Paulo: Saraiva Educação, 2020.
9
ARROLAMENTO FISCAL
(24) 99930-9136
navesdireito@gmail.com
AÇÃO CAUTELAR FISCAL
Lei 8397/92
1
AÇÃO CAUTELAR FISCAL
Art. 1° O procedimento cautelar
fiscal poderá ser instaurado
após a constituição do crédito,
- Lei 8397/92: inclusive no curso da execução
judicial da Dívida Ativa da
União, dos Estados, do Distrito
- Regula a cautelar fiscal em todos os entes Federal, dos Municípios e
federados; respectivas autarquias.
- Cabimento:
- Constituição do CT;
- Devedor pratica ou pretende praticar atos
tendentes a fraudar o pagamento. 2
AÇÃO CAUTELAR FISCAL
4
AÇÃO CAUTELAR FISCAL
7
AÇÃO CAUTELAR FISCAL
- Indisponibilidade de bens
- Ativo permanente (§1º)
- Ampliação (§2º)
- Bens adquiridos
- Capazes de frustrar a execução 9
AÇÃO CAUTELAR FISCAL
10
AÇÃO CAUTELAR FISCAL
REFERÊNCIAS:
CARNEIRO, C. Processo Tributário Administrativo e Judicial. 5.
ed. São Paulo: Saraiva, 2018.
HARADA, Kyoshi. Direito financeiro e tributário. 27. ed. São
Paulo: Atlas, 2018.
MAZZA, Alexandre. Manual de direito tributário. 6. ed. São
Paulo: Saraiva Educação, 2020.
11
AÇÃO CAUTELAR FISCAL
(24) 99930-9136
navesdireito@gmail.com
PROCESSO TRIBUTÁRIO
- Fundamento legal:
Art. 19, I, CPC.
- Objetivo:
Obter a certeza jurídica sobre a existência ou inexistência de obrigação tributária.
- Marco temporal
Ação deve ser ajuizada ANTES do lançamento.
Se algum ato administrativo já foi praticado, este deverá ser ANULADO.
Não há prazo previsto lei para o ajuizamento.
- Interesse qualificado
Exigência futura deve ser objetivamente delimitada. Indicativos concretos da
futura ocorrência. Vedada interpretação de lei em tese.
- Rito processual
Procedimento comum - CPC
- Tutela provisória
Poderá se fundamentar na urgência ou na evidência (art. 294 do CPC).
A tutela de evidência poderá ser deferida nas hipóteses previstas no artigo 311
do CPC e independe da demonstração da urgência – perigo de dano ou risco ao
resultado útil do processo.
Já a tutela provisória de urgência poderá ser pleiteada em caráter antecedente
ou incidental, ou seja, antes ou durante o processo.
Nesta hipótese, deverão estar presentes os requisitos da probabilidade do direito
e, a depender da espécie de tutela de urgência pleiteada, exige-se o perigo de
dano (tutela de urgência satisfativa) ou risco ao resultado útil do processo (tutela
de urgência cautelar).
O deferimento da tutela impedirá que o Fisco constituía o crédito tributário no
decorrer da ação declaratória.
- Previsão legal:
Art. 38, LEF
LEI 6830/80
Art. 38 - A discussão judicial da Dívida Ativa da Fazenda Pública
só é admissível em execução, na forma desta Lei, salvo as
hipóteses de mandado de segurança, ação de repetição do
indébito ou ação anulatória do ato declarativo da dívida, esta
precedida do depósito preparatório do valor do débito,
monetariamente corrigido e acrescido dos juros e multa de mora
e demais encargos.
- Objetivo:
Anular o ato administrativo por meio do qual o Fisco constituiu o crédito em seu
desfavor.
- Depósito prévio
O artigo 38 da LEF determina que o contribuinte deve “realizar depósito
preparatório do valor do débito, monetariamente corrigido e acrescido dos
juros e multa de mora e demais encargos”.
Jurisprudência entende que é mera faculdade do contribuinte, em prestígio ao
princípio da inafastabilidade das decisões judiciais.
- Suspensão da exigibilidade do CT
Contribuinte pode depositar, o que suspenderá a exigibilidade do crédito
tributário combatido, na forma do artigo 151, II, CTN.
Também será possível, nesta hipótese, que seja formulado pedido de tutela
provisória, que poderá se fundamentar na urgência ou na evidência (art. 294 do
CPC), conforme já exposto.
- Prazo:
Prescricional de 5 (cinco) anos, nos termos do artigo 1º do Decreto 20.910/32.
Pode ser ajuizada até mesmo depois de iniciada a execução fiscal.
Depois de iniciada a execução fiscal, deve-se analisar o que será mais efetivo
(ação anulatória, embargos à execução ou exceção de pré-executividade).
LEI 6830/80
Art. 38 – [...]
Parágrafo Único - A propositura, pelo contribuinte, da ação
prevista neste artigo importa em renúncia ao poder de
recorrer na esfera administrativa e desistência do recurso
acaso interposto.
REFERÊNCIAS:
CARNEIRO, C. Processo Tributário Administrativo e Judicial. 5. ed. São Paulo:
Saraiva, 2018.
HARADA, Kyoshi. Direito financeiro e tributário. 27. ed. São Paulo: Atlas, 2018.
MAZZA, Alexandre. Manual de direito tributário. 6. ed. São Paulo: Saraiva
Educação, 2020.
- Alcance
Proteção de direito líquido e certo, não amparado por HC e HD.
Busca impugnar ato já praticado ou que poderá ser praticado em tempo futuro.
Súmula 625/STF
Controvérsia sobre matéria de direito não impede concessão de
mandado de segurança.
- Legitimidade ativa
Pessoas físicas, jurídicas, órgãos públicos despersonificados e universalidades
de direito.
Ordinária: titular do direito violado ou sob ameaça de lesão.
Extraordinária: substituição processual que ocorre no MS coletivo.
- Legitimidade passiva
Ente público ao qual se vincula a autoridade coatora.
- Autoridade coatora
Agente público vinculado à autoridade coatora que detenha poder de decisão
para desfazer o ato ou para praticá-lo.
- Objeto
Previnir ou impugnar ação ou omissão, que tenha sido praticada ou que venha
a ser.
- Prazo
Decadencial: 120 dias.
Não pode ser suspenso e nem interrompido.
- Procedimento
a) Petição inicial
b) Notificação da autoridade coatora: 10 dias para prestar informações.
c) Citação da PJ: 15 dias para apresentar defesa.
d) Apreciação do pedido liminar
e) Vista ao Ministério Público
f) Sentença
Art. 7º. Ao despachar a inicial, o juiz ordenará:
I - que se notifique o coator do conteúdo da petição inicial,
enviando-lhe a segunda via apresentada com as cópias dos
documentos, a fim de que, no prazo de 10 (dez) dias, preste as
informações;
II - que se dê ciência do feito ao órgão de representação judicial
da pessoa jurídica interessada, enviando-lhe cópia da inicial sem
documentos, para que, querendo, ingresse no feito;
III - que se suspenda o ato que deu motivo ao pedido, quando
houver fundamento relevante e do ato impugnado puder resultar
a ineficácia da medida, caso seja finalmente deferida, sendo
facultado exigir do impetrante caução, fiança ou depósito, com o
objetivo de assegurar o ressarcimento à pessoa jurídica.
- Honorários sucumbenciais
Não há condenação em sucumbência no MS.
Súmula 105/STJ
Na ação de mandado de segurança não se admite condenação
em honorários advocatícios.
Súmula 512
Não cabe condenação em honorários de advogado na ação de
mandado de segurança.
- Efeitos pecuniários
Sentença produz efeitos para o tempo futuro.
Valores indevidamente pagos anteriormente à impetração do MS devem ser
cobrados em ação própria.
Súmula 269/STF
O mandado de segurança não é substitutivo de ação de
cobrança.
- MS Coletivo
Legitimado extraordinário. Não há necessidade de autorização dos substituídos.
Lei 12016/09
Art. 21. O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado
por partido político com representação no Congresso Nacional,
na defesa de seus interesses legítimos relativos a seus
integrantes ou à finalidade partidária, ou por organização
sindical, entidade de classe ou associação legalmente
constituída e em funcionamento há, pelo menos, 1 (um) ano,
em defesa de direitos líquidos e certos da totalidade, ou de
parte, dos seus membros ou associados, na forma dos seus
estatutos e desde que pertinentes às suas finalidades,
dispensada, para tanto, autorização especial.
Súmula 266/STF
Não cabe mandado de segurança contra lei em tese.
Súmula 213/STJ
O mandado de segurança constitui ação adequada para a
declaração do direito à compensação tributária.
Súmula 460/STJ
É incabível o mandado de segurança para convalidar a
compensação tributária realizada pelo contribuinte.
REFERÊNCIAS:
CARNEIRO, C. Processo Tributário Administrativo e Judicial. 5. ed. São Paulo:
Saraiva, 2018.
HARADA, Kyoshi. Direito financeiro e tributário. 27. ed. São Paulo: Atlas, 2018.
MAZZA, Alexandre. Manual de direito tributário. 6. ed. São Paulo: Saraiva
Educação, 2020.
- Fundamento
Vedação ao enriquecimento ilícito.
Princípio da legalidade tributária (HARADA).
- Legitimidade ativa
Sujeito passivo da relação jurídico-tributária. O contribuinte de fato não é
legitimado ativo.
- Conceito
Carta de sentença remetida pelo juízo natural ao presidente do Tribunal, a quem
caberá requisitar o pagamento do valor devido pela entidade de direito público.
- Ordem cronológica
Pagamento dos precatórios deverá obedecer uma fila, de acordo com a ordem
pela qual as comunicações chegam à Presidência do Tribunal e são
encaminhadas ao ente.
- Procedimento
Depois que o ente público é comunicado, deve-se incluir o respectivo valor na
proposta orçamentária.
As solicitações de pagamento realizadas até o dia 01/07 deverão ser incluídas
na proposta orçamentária do exercício financeiro seguinte, para nele serem
quitadas.
- Encargos da mora
Dentro deste prazo, não incidem os encargos da mora, pois o ente público está
dentro do prazo para pagamento (até o final do exercício financeiro seguinte ao
comunicado).
- RPV no Estado RJ
Limite: 20 salários mínimos, por força da Lei Estadual 7507/2016.
A Lei Estadual 7781/2017 aumentou para 40 salários mínimos o teto para
obrigações de natureza alimentícia, mas a inclusão do artigo 4º se deu por
emenda parlamentar, considerada inconstitucional por decisão liminar proferida
nos autos da Representação de Inconstitucionalidade nº 0050617-
32.2018.8.19.0000, por impertinência temática.
REFERÊNCIAS:
CARNEIRO, C. Processo Tributário Administrativo e Judicial. 5. ed. São Paulo:
Saraiva, 2018.
HARADA, Kyoshi. Direito financeiro e tributário. 27. ed. São Paulo: Atlas, 2018.
MAZZA, Alexandre. Manual de direito tributário. 6. ed. São Paulo: Saraiva
Educação, 2020.
PISCITELLI, Tathiane. Direito financeiro. 6. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2018.
- Pagamento
Causa extintiva do crédito tributário.
CTN
Art. 156. Extinguem o crédito tributário:
I - o pagamento;
- Legitimidade ativa
O sujeito passivo da relação jurídico-tributária poderá consignar judicialmente o
valor exigido.
- Cabimento
CTN
Art. 164. A importância de crédito tributário pode ser
consignada judicialmente pelo sujeito passivo, nos casos:
Sujeito ativo:
a. se recusa a receber;
b. vincula o pagamento de um tributo ao pagamento de outro;
c. vincula o pagamento de um tributo ao de uma penalidade;
d. vincula o pagamento de um tributo ao cumprimento de obrigação
acessória.
II - de subordinação do recebimento ao cumprimento de
exigências administrativas sem fundamento legal;
- Objeto
A ação somente poderá tratar do crédito tributário que o sujeito passivo de dispõe
a pagar.
CTN
Art. 164. [...]
§ 1º A consignação só pode versar sobre o crédito que o
consignante se propõe pagar.
- Efeitos
Se julgada procedente, o pagamento considera-se efetuado e o crédito tributário
é extinto.
Se julgada improcedente, o sujeito ativo cobrará o crédito tributário, acrescido
das penalidades cabíveis.
CTN
Art. 164. [...]
§2º Julgada procedente a consignação, o pagamento se
reputa efetuado e a importância consignada é convertida
em renda; julgada improcedente a consignação no todo ou
em parte, cobra-se o crédito acrescido de juros de mora,
sem prejuízo das penalidades cabíveis.
- Procedimento
Procedimento especial previsto nos artigos 539 a 549 do CPC.
- Petição inicial
Depósito deve ser realizado no prazo de cinco dias, a contar do deferimento pelo
juízo. Em seguida, citação do réu para dizer se concorda ou não (levantar o
depósito ou contestar).
A realização do depósito é essencial para o prosseguimento do feito.
CPC
Art. 542. Na petição inicial, o autor requererá:
I - o depósito da quantia ou da coisa devida, a ser efetivado
no prazo de 5 (cinco) dias contados do deferimento,
ressalvada a hipótese do art. 539, § 3º ;
II - a citação do réu para levantar o depósito ou oferecer
contestação.
Parágrafo único. Não realizado o depósito no prazo do
inciso I, o processo será extinto sem resolução do mérito.
CPC
Art. 544. Na contestação, o réu poderá alegar que:
I - não houve recusa ou mora em receber a quantia ou a
coisa devida;
II - foi justa a recusa;
III - o depósito não se efetuou no prazo ou no lugar do
pagamento;
IV - o depósito não é integral.
Parágrafo único. No caso do inciso IV, a alegação somente
será admissível se o réu indicar o montante que entende
devido.
- Bitributação
Devem ser citados todos os entes envolvidos.
CPC
Art. 547. Se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente
receber o pagamento, o autor requererá o depósito e a
citação dos possíveis titulares do crédito para provarem o
seu direito.
- IPVA
Controvérsia sobre o sujeito ativo da relação jurídico-tributária.
Caso clássico de consignação em pagamento.
http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=5107147
https://www.conjur.com.br/2020-jun-17/stf-decide-locadoras-pagar-ipva-estado-onde-carro-
circula
REFERÊNCIAS:
CARNEIRO, C. Processo Tributário Administrativo e Judicial. 5. ed. São Paulo:
Saraiva, 2018.
HARADA, Kyoshi. Direito financeiro e tributário. 27. ed. São Paulo: Atlas, 2018.
MAZZA, Alexandre. Manual de direito tributário. 6. ed. São Paulo: Saraiva
Educação, 2020.
1 – SUSPENSÃO DE SEGURANÇA
- Origem
Direito Romano: intercessio. Magistrado de grau superior poderia suspender a
execução de decisão proferida por instância inferior, quando houver interesse público
envolvido.
- Previsão legal
Artigo 15 da Lei 12.016/2009.
§ 5o As liminares cujo objeto seja idêntico poderão ser suspensas em uma única
decisão, podendo o presidente do tribunal estender os efeitos da suspensão a
liminares supervenientes, mediante simples aditamento do pedido original.
- Conveniência política
A parte beneficiária da decisão suspensa pode ter o direito, mas por um critério
político, a eficácia da decisão será supensa. Não há juízo de mérito acerca da decisão
proferida, ainda que não seja vedado ingressar no mérito.
- Institutos equivalentes
Suspensão de liminares deferidas em face do Poder Público.
Lei 8437/92
Art. 4° Compete ao presidente do tribunal, ao qual couber o conhecimento do
respectivo recurso, suspender, em despacho fundamentado, a execução da
liminar nas ações movidas contra o Poder Público ou seus agentes, a
requerimento do Ministério Público ou da pessoa jurídica de direito público
interessada, em caso de manifesto interesse público ou de flagrante ilegitimidade,
e para evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas.
Lei 7347/85
Art. 12. Poderá o juiz conceder mandado liminar, com ou sem justificação prévia,
em decisão sujeita a agravo.
§ 1º A requerimento de pessoa jurídica de direito público interessada, e para evitar
grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia pública, poderá o
Presidente do Tribunal a que competir o conhecimento do respectivo recurso
suspender a execução da liminar, em decisão fundamentada, da qual caberá
agravo para uma das turmas julgadoras, no prazo de 5 (cinco) dias a partir da
publicação do ato.
- Limite temporal
A suspensão permanecerá vigente até o trânsito em julgado da decisão de mérito da ação
principal.
- Casos relevantes
REFERÊNCIAS
MARINO, Aline Marques; NAVES, Raphael de Andrade. A suspensão de segurança como
óbice à efetividade do mandado de segurança. In: PESSOA, Flávia Moreira Guimarães;
SIQUEIRA, Natéria Sampaio; SILVA, Paulo Roberto Coimbra (Orgs.). Processo, jurisdição
e efetividade da justiça. Florianópolis: CONPEDI, 2015. Disponível em:
<http://conpedi.danilolr.info/publicacoes/c178h0tg/2vbeg275/M0MtfHlbR62q0fSR.pdf>.
Acesso em: 14 jun. 2020.
1 – RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
CF
Art. 150. [...]
§ 7º A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária
a condição de responsável pelo pagamento de imposto ou
contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente,
assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga,
caso não se realize o fato gerador presumido.
i) Solidariedade
ii) Sucessão
iii) Terceiros
- Solidariedade (responsabilidade por transferência)
Coobrigados ao pagamento do tributo.
REFERÊNCIAS: