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PRESSUPOSTOS

RECURSAIS GENÉRICOS
• Pressupostos subjetivos (ou intrínsecos)
• legitimidade, capacidade e interesse.

• A) LEGITIMIDADE
• Aquele que tenha participado, como parte, do processo em primeiro grau de jurisdição, ainda que revel, bem como: o sucessor ou
herdeiro (CLT, arts. 10 e 448); a empresa condenada solidária ou subsidiariamente (CLT, art. 2º, § 2º; TST, Súmula 331, IV); o
subempreiteiro, o empreiteiro principal ou o dono da obra (CLT, art. 455); os sócios de fato nas sociedades não juridicamente constituídas,
além das pessoas físicas e jurídicas por força de normas de direito civil, que se vinculem à parte que figurou na demanda (CCB, art. 265);
os litisconsortes (CPC, art. 118) e assistentes (simples ou litisconsorciais – arts. 121 e 124 do CPC); o substituto processual (CF, art. 8º,
III; CPC, art. 18; Lei n. 7.347/1985, art. 5º; CDC, arts. 81, 82, 91 e 92).
• Ministério Público do Trabalho
• Art. 898 da CLT :têm legitimidade para recorrer das decisões proferidas em dissídio coletivo que afetem empresa de serviço público ou,
em qualquer caso, das decisões proferidas em revisão, nos casos de dissídio coletivo, além das partes, o Presidente do Tribunal Regional
do Trabalho e o Ministério Público do Trabalho
• B) Capacidade
• Plenamente capaz.
• C) Interesse
• binômio utilidade-necessidade
• recurso deve ser útil ao recorrente
• Pressupostos objetivos (ou extrínsecos)
• a recorribilidade do ato, a adequação, a tempestividade, a representação, o preparo e a
inexistência de fato extintivo ou impeditivo do direito de recorrer.

• A) Cabimento
• É necessário verificar se o ato judicial atacado é recorrível.
• B) Adequação
• Necessário que o recurso utilizado esteja em conformidade com a lei que estabelece
determinados regramentos para possibilitar a impugnação da decisão judicial.
• Há prejuízo se o recurso interposto for inadequado?
• A questão não é pacífica.
• Má adequação do recurso - não pode prejudicar o recorrente, aplicação do princípio da
fungibilidade (ou conversibilidade), de um recurso inadequadamente interposto por outro
previsto em lei, salvo no caso de comprovada má-fé do recorrente ou erro grosseiro
(TST/OJ SBDI-2 n. 152)
• D) Tempestividade
• Os prazos são de oito dias (Lei n. 5.584/70, art. 6º; TST/IN n. 39/2016, art. 1º, § 2º), salvo
no caso dos embargos de declaração (cinco dias), contados da data da intimação da
sentença ou do acórdão.
• Quando a sentença é prolatada em audiência, conta-se da data da sua leitura com as partes
presentes.
• juntada da ata que contém decisão deve ser feita em 48 horas.
• Se não juntar a ata em 48 horas, as partes deverão ser intimadas, via postal, da decisão.
• Feriado local:
• Súmula 385 do TST: I – Incumbe à parte o ônus de provar, quando da interposição do recurso, a existência de feriado local
que autorize a prorrogação do prazo recursal. II – Na hipótese de feriado forense, incumbirá à autoridade que proferir a
decisão de admissibilidade certificar o expediente nos autos. III – Na hipótese do inciso II, admite-se a reconsideração da
análise da tempestividade do recurso, mediante prova documental superveniente, em Agravo Regimental, Agravo de
Instrumento ou Embargos de Declaração
• Litisconsortes com diferentes procuradores: o prazo de recurso deveria ser contado em dobro, a teor do art. 229 do CPC,
c/c o art. 769 da CLT.
• NÃO é o entendimento adotado pela OJ n. 310 da SBDI-1 do TST: LITISCONSORTES. PROCURADORES DISTINTOS.
PRAZO EM DOBRO. ART. 229, CAPUT E §§ 1º E 2º, DO CPC DE 2015. ART. 191 DO CPC DE 1973. INAPLICÁVEL
AO PROCESSO DO TRABALHO (atualizada em decorrência do CPC de 2015; Res. 208/2016, DEJT divulgado em 22,
25 e 26.04.2016).
• Prazo em dobro para recurso das pessoas jurídicas de direito público
• não se estende às empresas públicas e sociedades de economia mista por serem pessoas
jurídicas de direito privado, embora integrantes da administração pública indireta.

• Art. 775 da CLT: “Os prazos estabelecidos serão contados em dias úteis, com exclusão do
dia do começo e inclusão do dia do vencimento”.
RECESSO FORENSE

• Art. 220. Suspende-se o curso do prazo processual nos dias compreendidos entre 20 de dezembro e 20 de
janeiro, inclusive. § 1º Ressalvadas as férias individuais e os feriados instituídos por lei, os juízes, os
membros do Ministério Público, da Defensoria Pública e da Advocacia Pública e os auxiliares da Justiça
exercerão suas atribuições durante o período previsto no caput. § 2º Durante a suspensão do prazo, não se
realizarão audiências nem sessões de julgamento.
• Art. 775-A à CLT, in verbis: Art. 775-A. Suspende-se o curso do prazo processual nos dias compreendidos
entre 20 de dezembro e 20 de janeiro, inclusive. § 1º Ressalvadas as férias individuais e os feriados
instituídos por lei, os juízes, os membros do Ministério Público, da Defensoria Pública e da Advocacia
Pública e os auxiliares da Justiça exercerão suas atribuições durante o período previsto no caput deste
artigo. § 2º Durante a suspensão do prazo, não se realizarão audiências nem sessões de julgamento.
E) REGULARIDADE DE REPRESENTAÇÃO

• Súmula 425 TST: O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às Varas do
Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o
mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho (grifos nossos).
• “Dissídios coletivos é facultado aos interessados a assistência por advogado” (CLT, art. 791, § 2º).
• OJ 286 da SBDI-1 do TST: AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRASLADO. MANDATO TÁCITO.
ATA DE AUDIÊNCIA. CONFIGURAÇÃO. I – A juntada da ata de audiência, em que consignada a
presença do advogado, desde que não estivesse atuando com mandato expresso, torna dispensável a
procuração deste, porque demonstrada a existência de mandato tácito. II – Configurada a existência de
mandato tácito fica suprida a irregularidade detectada no mandato expresso.
• OJ n. 65: REPRESENTAÇÃO JUDICIAL DA UNIÃO. ASSISTENTE JURÍDICO. APRESENTAÇÃO
DO ATO DE DESIGNAÇÃO (DJe divulgado em 03, 04 e 05.12.2008). A ausência de juntada aos autos
de documento que comprove a designação do assistente jurídico como representante judicial da União
(art. 69 da Lei Complementar n. 73, de 10.02.1993) importa irregularidade de representação.
• Súmula 436 do TST estabelece os seguintes critérios: I – A União, Estados, Municípios e Distrito
Federal, suas autarquias e fundações públicas, quando representadas em juízo, ativa e passivamente, por
seus procuradores, estão dispensadas da juntada de instrumento de mandato e de comprovação do ato
de nomeação. II – Para os efeitos do item anterior, é essencial que o signatário ao menos declare-se
exercente do cargo de procurador, não bastando a indicação do número de inscrição na Ordem dos
Advogados do Brasil.
• SÚMULA 383. RECURSO. MANDATO. IRREGULARIDADE DE REPRESENTAÇÃO. CPC DE 2015,
ARTS. 104 E 76, § 2º (nova redação em decorrência do CPC de 2015; Res. 210/2016, DEJT divulgado em
30.06, 1º e 04.07.2016). I – É inadmissível recurso firmado por advogado sem procuração juntada aos autos até
o momento da sua interposição, salvo mandato tácito. Em caráter excepcional (art. 104 do CPC de 2015),
admite-se que o advogado, independentemente de intimação, exiba a procuração no prazo de 5 (cinco) dias após
a interposição do recurso, prorrogável por igual período mediante despacho do juiz. Caso não a exiba,
considera-se ineficaz o ato praticado e não se conhece do recurso. II – Verificada a irregularidade de
representação da parte em fase recursal, em procuração ou substabelecimento já constante dos autos, o relator ou
o órgão competente para julgamento do recurso designará prazo de 5 (cinco) dias para que seja sanado o vício.
• Data considerada é aquela em que o instrumento for juntado aos autos, conforme preceitua o art. 409, IV, do
CPC de 2015
• Súmula 395 (alterada pela Res. 211/2016), segundo a qual:
• I – Válido é o instrumento de mandato com prazo determinado que contém cláusula estabelecendo a prevalência dos
poderes para atuar até o final da demanda (§ 4º do art. 105 do CPC de 2015). II – Se há previsão, no instrumento de
mandato, de prazo para sua juntada, o mandato só tem validade se anexado ao processo o respectivo instrumento no
aludido prazo. III – São válidos os atos praticados pelo substabelecido, ainda que não haja, no mandato, poderes
expressos para substabelecer (art. 667, e parágrafos, do Código Civil de 2002). IV – Configura-se a irregularidade
de representação se o substabelecimento é anterior à outorga passada ao substabelecente. V – Verificada a
irregularidade de representação nas hipóteses dos itens II e IV, deve o juiz suspender o processo e designar prazo
razoável para que seja sanado o vício, ainda que em instância recursal (art. 76 do CPC de 2015).
• OJ n. 319 da SBDI-1/TST: “Válidos são os atos praticados por estagiário se, entre o substabelecimento e a
interposição do recurso, sobreveio a habilitação, do então estagiário, para atuar como advogado”.
• Nova redação à Súmula 456, in verbis: I – É inválido o instrumento de mandato firmado em nome de
pessoa jurídica que não contenha, pelo menos, o nome do outorgante e do signatário da procuração, pois
estes dados constituem elementos que os individualizam. II – Verificada a irregularidade de
representação da parte na instância originária, o juiz designará prazo de 5 (cinco) dias para que seja
sanado o vício. Descumprida a determinação, extinguirá o processo, sem resolução de mérito, se a
providência couber ao reclamante, ou considerará revel o reclamado, se a providência lhe couber (art.
76, § 1º, do CPC de 2015). III – Caso a irregularidade de representação da parte seja constatada em fase
recursal, o relator designará prazo de 5 (cinco) dias para que seja sanado o vício. Descumprida a
determinação, o relator não conhecerá do recurso, se a providência couber ao recorrente, ou determinará
o desentranhamento das contrarrazões, se a providência couber ao recorrido (art. 76, § 2º, do CPC de
2015).
F) PREPARO

• Custas
• são taxas devidas ao Estado como contraprestação do serviço público de natureza jurisdicional.
• art. 24, IV, da CF que “compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre (...) IV
– custas dos serviços forenses”, deixando clara, a nosso sentir, a sua natureza de taxa.

• Obs.: no processo de execução as custas são pagas ao final, razão pela qual não constituem pressuposto de
admissibilidade de recursos interpostos contra decisões proferidas nessa fase processual (CLT, art. 789-A).
• Art. 789 da CLT: “dissídios individuais e nos dissídios coletivos do trabalho, nas ações e procedimentos de
competência da Justiça do Trabalho, bem como nas demandas propostas perante a Justiça Estadual, no
exercício da jurisdição trabalhista, as custas relativas ao processo de conhecimento incidirão à base de 2%
(dois por cento), observado o mínimo de R$ 10,64 (dez reais e sessenta e quatro centavos)”.
• Cálculo das custas, no processo de cognição, deverá observar as seguintes regras: I – quando houver acordo ou
condenação, sobre o respectivo valor; II – quando houver extinção do processo, sem julgamento do mérito, ou
julgado totalmente improcedente o pedido, sobre o valor da causa; III – no caso de procedência do pedido
formulado em ação declaratória e em ação constitutiva, sobre o valor da causa; IV – quando o valor for
indeterminado, sobre o que o juiz fixar. No caso de interposição de recurso no processo (fase) de conhecimento,
portanto, as custas serão pagas e comprovado o respectivo recolhimento dentro do prazo recursal.
• Não sendo líquida a condenação
• SE for omissa: embargos de declaração
• Outras despesas processuais, como honorários periciais, honorários advocatícios e emolumentos processuais, não
constituem pressupostos de admissibilidade dos recursos trabalhistas (art. 3º da IN TST n. 27/2005)
• RECURSO ORDINÁRIO. CUSTAS. RECOLHIMENTO EM GUIA IMPRÓPRIA. DESERÇÃO. A
autora procedeu o recolhimento das custas em guia imprópria, o que está em total desarmonia com o
previsto no Ato Conjunto TST/CSJT n. 21/2010 (TRT-1ª R., RO 14487120115010421, Rel. Des.
Mario Sergio Medeiros Pinheiro, 1ª T., DEJT 12-7-2012).
• RECURSO ORDINÁRIO. PREPARO. CUSTAS PROCESSUAIS. AUSÊNCIA DE JUNTADA DA
GUIA GRU. DESERÇÃO. O pagamento das custas processuais pela parte sucumbente é requisito
objetivo para o conhecimento de recurso ordinário. Em razão disso, deve-se observar o correto
preenchimento da respectiva guia de recolhimento, bem como sua devida comprovação nos autos,
sob pena de deserção, nos termos do Ato Conjunto n. 21/2010 – TST.CSJT.GP.SG (...) (TRT-15ª R.,
RO 2429120125150002, Rel. Des. Ana Paula Pellegrina Lockmann, DEJT 23-8-2013).
• Ausência do pagamento ou do recolhimento incorreto das custas, deverá observar o
disposto no parágrafo único do art. 932 do CPC: “Antes de considerar inadmissível o
recurso, o relator concederá o prazo de 5 (cinco) dias ao recorrente para que seja sanado
vício ou complementada a documentação exigível”.
ISENÇÃO DE CUSTAS

• Art. 790-A da CLT, são isentos do pagamento de custas: os beneficiários de justiça


gratuita, isto é, aqueles que litigam sob o pálio da assistência judiciária sindical (Lei n.
5.584/1970, art. 14) ou que tenham obtido o benefício da gratuidade (CLT, art. 790, § 3º);
as pessoas jurídicas de direito público, ou seja, a União, os Estados, o Distrito Federal, os
Municípios e respectivas autarquias e fundações públicas federais, estaduais ou
municipais que não explorem atividade econômica.
• não alcança as empresas públicas (exceto a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, por
força da OJ 147/SBDI-1/TST, item II), as sociedades de economia mista, as permissionárias e
concessionárias de serviço público e as entidades fiscalizadoras do exercício profissional
• Súmula 86:
• DESERÇÃO. MASSA FALIDA. EMPRESA EM LIQUIDAÇÃO EXTRAJUDICIAL. Não ocorre deserção de recurso da massa
falida por falta de pagamento de custas ou de depósito do valor da condenação. Esse privilégio, todavia, não se aplica à empresa
em liquidação extrajudicial. Tratando-se de empregado que não tenha obtido o benefício da justiça gratuita, ou isenção de
custas, o sindicato que houver intervindo no processo prestando-lhe assistência judiciária responderá solidariamente pelo
pagamento das custas devidas (CLT, art. 790, § 1º).
• OJ 269 da SBDI-1/TST prevê que “o benefício da justiça gratuita pode ser requerido em qualquer tempo ou grau de jurisdição,
desde que, na fase recursal, seja o requerimento formulado no prazo alusivo ao recurso” e se o requerimento formulado na fase
recursal for indeferido, “cumpre ao relator fixar prazo para que o recorrente efetue o preparo (art. 99, § 7º, do CPC de 2015)”.
• art. 1.026, § 2º, do CPC, no entanto, prevê que na hipótese de embargos protelatórios, o órgão judicial deve condenar o
embargante na multa não excedente de 2% (dois por cento) sobre o valor atualizado da causa. Esta multa também não é
pressuposto de admissibilidade recursal.
• Multa que pode ser exigida como pressuposto recursal é a prevista nos §§ 4º e 5º do art. 1.021 do
CPC: (...) § 4º Quando o agravo interno for declarado manifestamente inadmissível ou
improcedente em votação unânime, o órgão colegiado, em decisão fundamentada, condenará o
agravante a pagar ao agravado multa fixada entre um e cinco por cento do valor atualizado da
causa. § 5º A interposição de qualquer outro recurso está condicionada ao depósito prévio do valor
da multa prevista no § 4º, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça,
que farão o pagamento ao final.
• O não recolhimento da multa aplicada no caso de agravo interno declarado manifestamente
inadmissível ou improcedente em votação unânime (CPC, art. 1.021, §§ 3º e 4º; CPC/73, art. 557, §
2º) dentro do prazo alusivo a qualquer outro recurso subsequente implicará sua deserção.
• Depósito recursal
• Art. 899. Os recursos serão interpostos por simples petição e terão efeito meramente devolutivo, salvo as exceções previstas neste Título, permitida a
execução provisória até a penhora. § 1º Sendo a condenação de valor até 10 (dez) vezes o salário mínimo regional, nos dissídios individuais, só será
admitido o recurso inclusive o extraordinário, mediante prévio depósito da respectiva importância. Transitada em julgado a decisão recorrida, ordenar-se-á
o levantamento imediato da importância de depósito, em favor da parte vencedora, por simples despacho do juiz. § 2º Tratando-se de condenação de valor
indeterminado, o depósito corresponderá ao que for arbitrado, para efeito de custas, pela Junta ou Juízo de Direito, até o limite de 10 (dez) vezes o salário
mínimo da região. § 3º (Revogado pela Lei n. 7.033, de 5.10.1982) § 4º O depósito recursal será feito em conta vinculada ao juízo e corrigido com os
mesmos índices da poupança. § 5º (Revogado pela Lei n. 13.467, de 13-7-2017) § 6º Quando o valor da condenação, ou o arbitrado para fins de custas,
exceder o limite de 10 (dez) vezes o salário mínimo da região, o depósito para fins de recursos será limitado a este valor. § 7º No ato de interposição do
agravo de instrumento, o depósito recursal corresponderá a 50% (cinquenta por cento) do valor do depósito do recurso ao qual se pretende destrancar.
(Incluído pela Lei n. 12.275, de 2010). § 8º Quando o agravo de instrumento tem a finalidade de destrancar recurso de revista que se insurge contra
decisão que contraria a jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do Trabalho, consubstanciada nas suas súmulas ou em orientação jurisprudencial,
não haverá obrigatoriedade de se efetuar o depósito referido no § 7º deste artigo. § 9º O valor do depósito recursal será reduzido pela metade para
entidades sem fins lucrativos, empregadores domésticos, microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte. § 10. São
isentos do depósito recursal os beneficiários da justiça gratuita, as entidades filantrópicas e as empresas em recuperação judicial. § 11. O depósito recursal
poderá ser substituído por fiança bancária ou seguro garantia judicial.
• Súmula 161 do TST: DEPÓSITO. CONDENAÇÃO A PAGAMENTO EM PECÚNIA. Se não há
condenação a pagamento em pecúnia, descabe o depósito de que tratam os §§ 1º e 2º do art. 899 da
CLT
• AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. DEPÓSITO RECURSAL.
CONSTITUCIONALIDADE. DESERÇÃO. A jurisprudência deste Tribunal é firme no sentido de
que a exigência do depósito prévio para a interposição de recurso, conforme impõe o art. 899,
parágrafos, da CLT, é compatível com a ordem constitucional vigente. Agravo de Instrumento
conhecido e desprovido (TST-AIRR 208740-06.2006.5.02.0055, Rel. Min. Maria de Assis Calsing,
4ª T., DEJT 30-9-2011).
• O depósito recursal não mais será feito em conta vinculada do FGTS do trabalhador,
• as empresas em recuperação judicial estão isentas do depósito recursal.
• O § 9º do art. 899 da CLT prevê que o “valor do depósito recursal será reduzido pela metade para
entidades sem fins lucrativos, empregadores domésticos, microempreendedores individuais,
microempresas e empresas de pequeno porte”.
• OJ 140, in verbis: DEPÓSITO RECURSAL E CUSTAS PROCESSUAIS. RECOLHIMENTO
INSUFICIENTE. DESERÇÃO (nova redação em decorrência do CPC de 2015, Res. 217/2017, DEJT
divulgado em 20, 24 e 25.04.2017).
• Em caso de recolhimento insuficiente das custas processuais ou do depósito recursal, somente haverá
deserção do recurso se, concedido o prazo de 5 (cinco) dias previsto no § 2º do art. 1.007 do CPC de
2015, o recorrente não complementar e comprovar o valor devido.
• Valores do depósito recursal
RENUNCIA

• Deve ser manifestada antes de interposição do recurso.


• Desistência do recurso caracteriza fato impeditivo ao direito de recorrer.
• Na renúncia não existe o recurso,
• Na desistência, o recurso já fora formalmente interposto
REGULARIDADE FORMAL

• Regularidade formal
• o art. 899, caput, da CLT dispõe que os “recursos serão interpostos por simples petição”
REMESSA NECESSÁRIA (OU EX OFFICIO)

• Art. 1º, V, do Decreto-Lei n. 779/69 dispõe: Nos processos perante a Justiça do Trabalho,
constituem privilégio da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e das
autarquias ou fundações de direito público federais, estaduais ou municipais que não
explorem atividade econômica: (...) V – o recurso ordinário ex officio das decisões que
lhe sejam total ou parcialmente contrárias.
JUNTADA DE DOCUMENTOS NA FASE RECURSAL

• Art. 435 do CPC, é lícito às partes, em qualquer tempo, juntar aos autos documentos novos, quando destinados a fazer prova de fatos
ocorridos depois dos articulados ou para contrapô-los aos que foram produzidos nos autos
• Parágrafo único do mesmo artigo admite também a juntada posterior de documentos formados após a petição inicial ou a contestação,
bem como dos que se tornaram conhecidos, acessíveis ou disponíveis após esses atos, cabendo à parte que os produzir comprovar o
motivo que a impediu de juntá-los anteriormente e incumbindo ao juiz, em qualquer caso, avaliar a conduta da parte de acordo com o
art. 5º do CPC.
• Art. 436 do CPC dispõe que a parte, intimada a falar sobre documento constante dos autos, poderá: I – impugnar a admissibilidade da
prova documental; II – impugnar sua autenticidade; III – suscitar sua falsidade, com ou sem deflagração do incidente de arguição de
falsidade; IV – manifestar-se sobre seu conteúdo.
• Sumula 8 TST: “A juntada de documentos na fase recursal só se justifica quando provado o justo impedimento para sua oportuna
apresentação ou se referir a fato posterior à sentença”. Justo impedimento se daria na hipótese em que a ré provar que não pôde juntar
determinado documento, que comprovava certo pagamento ao autor, por ter o fundado receio de ter sido ele destruído em um
incêndio.
RECURSO INTERPOSTO POR FAC-SÍMILE OU POR
MEIO ELETRÔNICO
• Supremo Tribunal Federal: não admitia o recurso apresentado por meio de fac-símile.
• Depois aceitou e uniformizou o entendimento para aceitar a petição recursal interposta via fax, desde que a
peça original fosse protocolada dentro do prazo alusivo ao recurso. Vejamos:
• FAX – INTERPOSIÇÃO DE RECURSO POR INTERMÉDIO DE FAC-SÍMILE – Esta Corte, em vários
precedentes (assim, no MS (AgRg) 21.230, no AI (AgRg) 142.522 e no MI (AgRg) 372), já firmou a
orientação de que só é válida a interposição de recurso por meio de fac-símile (fax), se o original der
entrada no protocolo do Tribunal dentro do prazo do recurso, uma vez que esse sistema, além da pouca
duração da reprodução, não assegura a autenticidade do ato processual. No caso, o original do agravo em
causa não deu entrada no protocolo da Corte no prazo para a interposição desse recurso. Agravo regimental
não conhecido (STF AgRg em E-RE n. 116694/SP, TP, Rel. Min. Moreira Alves, DJU 18-6-1993).
• Art. 50 da Resolução CSJT n. 136/2014, a “partir da implantação do PJe-JT em unidade
judiciária, fica vedada a utilização do e-DOC ou qualquer outro sistema de
peticionamento eletrônico para o envio de petições relativas aos processos que tramitam
no PJe-JT”.
RECURSO INTERPOSTO POR MEIO ELETRÔNICO

• Art. 2º da Lei n. 11.419/2006, o envio de petições, de recursos e a prática de atos processuais em


geral por meio eletrônico serão admitidos mediante uso de assinatura eletrônica, sendo, porém,
obrigatório o credenciamento prévio no Poder Judiciário, conforme disciplinado pelos órgãos
respectivos.
• Art. 3º da Lei n. 11.419/2006: “Quando a petição eletrônica for enviada para atender prazo
processual, serão consideradas tempestivas as transmitidas até as 24 (vinte e quatro) horas do seu
último dia”.
• Resolução CSJT n. 136/2014, a interposição recursal encaminhada para o PJe será considerada
tempestiva quando enviada, integralmente, até às 24 (vinte e quatro) horas do dia em que se encerra
o prazo processual.
JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE E O ART. 932 DO CPC (AMPLIAÇÃO
DOS PODERES DO RELATOR)

• 1) autoridade judicial que proferiu a decisão recorrida


• 2) Pelo órgão competente para julgar o recurso (juízo ad quem).
• O art. 932, III a V, do CPC ampliou consideravelmente a competência do relator, incumbindo-lhe, dentre
outras atribuições: (...) III – não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha impugnado
especificamente os fundamentos da decisão recorrida; IV – negar provimento a recurso que for contrário a: a)
súmula do STF, do STJ ou do próprio tribunal; b) acórdão proferido pelo STF ou pelo STJ em julgamento de
recursos repetitivos; c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de
assunção de competência; V – depois de facultada a apresentação de contrarrazões, dar provimento ao recurso
se a decisão recorrida for contrária a: a) súmula do STF, do STJ ou do próprio tribunal; b) acórdão proferido
pelo STF ou pelo STJ em julgamento de recursos repetitivos; c) entendimento firmado em incidente de
resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência (...).
• Parágrafo único. Antes de considerar inadmissível o recurso, o relator concederá o prazo de 5
(cinco) dias ao recorrente para que seja sanado vício ou complementada a documentação exigível.
• Súmula 435 do TST: DECISÃO MONOCRÁTICA. RELATOR. ART. 932 DO CPC DE 2015.
ART. 557 DO CPC DE 1973. APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA AO PROCESSO DO TRABALHO
(atualizada em decorrência do CPC de 2015; Res. 208/2016, DEJT divulgado em 22, 25 e
26.04.2016).
• Constitui ônus da parte recorrente, sob pena de deserção, depositar previamente a multa aplicada
com fundamento nos §§ 4º e 5º do art. 1.021 do CPC de 2015 (§ 2º do art. 557 do CPC/73), à
exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de justiça gratuita, que farão o pagamento ao final
SITUAÇÃO HIPOTETICA

• Em reclamação trabalhista movida por empregado contra o exempregador, o pedido foi


julgado procedente em parte e a sociedade empresária pretende recorrer. Nesse sentido,
apresentou a petição com o recurso no 5º dia da publicação da sentença e o comprovante das
custas e do depósito recursal 15 dias após, mas explicou na peça que havia recolhido o
preparo no prazo de oito dias, conforme chancela bancária, e que a demora na juntada do
preparo se deveu a um problema interno do escritório. Na hipótese retratada, de acordo com a
CLT e a jurisprudência consolidada do TST, responda ao item a seguir. Como advogado do
autor da demanda, informe o que você sustentaria em contrarrazões sobre o aspecto
processual, ou seja, no que diz respeito aos pressupostos, apresentado na questão?
Fundamente
• Segundo a legislação processual trabalhista, a respeito dos Recursos na Justiça do Trabalho,
assinale a alternativa INCORRETA.
• a)Os recursos são interpostos por simples petição.
• b)A interposição do Recurso permite a execução provisória até a penhora, salvo exceções legais.
• c)O depósito recursal poderá ser substituído por fiança bancária ou seguro garantia judicial. d)Os
beneficiários da justiça gratuita, as entidades filantrópicas e as empresas em recuperação judicial
devem proceder o depósito recursal.
• e) Os recursos têm efeito meramente devolutivo, salvo exceções previstas em lei.
PESQUISA SOBRE A POSSIBILIDADE DE SUBSTITUIÇÃO
DE DEPÓSITO RECURSAL POR SEGURO GARANTIA

• Forme grupos de até 5 pessoas para pesquisar jurisprudências que autorizam e não
autorizam a substituição.

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