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Belém/Pa
2019
LEONEL VICTOR JARDIM DA CUNHA
Belém/Pa
2019
LEONEL VICTOR JARDIM DA CUNHA
Banca Examinadora:
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Prof. – Instituição
Orientador
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Prof. – Instituição
Banca
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Prof. – Instituição
Banca
RESUMO
Faz-se necessário um aprofundamento dos estudos voltados para a atividade policial, no que tange
ao uso de algemas e o aspecto jurídico do emprego de algemas pelos agentes de segurança pública
no Brasil, de acordo com a Constituição Federal, Código Penal Militar, Código Penal, Código de
Processo Penal, Código de Processo Penal Militar, dentre outros, que possibilitem entende o papel de
cada uma das Instituições Policiais: Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Federal, Polícia Rodoviária
Federal e Polícia Rodoviária Federal. Principalmente no que concerne ao emprego legal da algema
na prática policial. Fato este que causa dúvidas quanto ao emprego do acessório (algema) por parte
dos agentes de segurança pública. Este trabalho inicia falando sobre: Introdução; 1 Dos agentes de
segurança pública; 2 Fatos e fatores que contribuíram à criação do Decreto Federal nº 8.858/16; 2.1
A interpretação do Supremo Tribunal Federal quanto ao uso de algemas; 3 O Código de Processo
Penal Militar e o Sistema de Privilégios contidos no art. 242 c/c art. 234, 1º, última parte; e
Considerações Finais.
It is necessary to deepen the studies focused on police activity, regarding the use of handcuffs and the
legal aspect of the use of handcuffs by public security agents in Brazil, according to the Federal
Constitution, Military Penal Code, Penal Code , Code of Criminal Procedure, Code of Military Criminal
Procedure, among others, that make possible understand the role of each of the Police Institutions:
Military Police, Civil Police, Federal Police, Federal Highway Police and Federal Highway Police.
Especially with regard to legal employment of handcuffs in police practice. This fact causes doubts as
to the use of the accessory (handcuff) by the public security agents. This paper begins by talking
about: Introduction; 1 Of public security agents; 2 Facts and factors that contributed to the creation of
Federal Decree 8.858 / 16; 2.1 The Federal Supreme Court's interpretation of the use of handcuffs; 3
The Code of Military Criminal Procedure and the System of Privileges contained in art. 242 c / c art.
234, 1st, last part; and Final Considerations.
INTRODUÇÃO...........................................................................................................01
CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................17
REFERÊNCIAS..........................................................................................................19
1
INTRODUÇÃO
mudanças na lei quanto ao uso de algemas, buscando compreender por que o art.
199 da Lei de Execução Penal direciona que a regulamentação do instrumento
algema deve ser feito por meio de Decreto federal; além do posicionamento do
Supremo Tribunal Federal, quanto à regulamentação do uso de algemas, por meio
da Súmula Vinculante nº 11, fato que originou mais discursões em torno do tema,
pois o tema só veio a tona em virtude de ações da Polícia Federal e das ordens de
prisão contra pessoas abastadas e com influência política, ou seja, com alto poder
aquisitivo; Que tornaram reflexo no debate quanto ao uso de algemas durante a
ação policial, fato que poderia desembocar na desrespeito aos princípios
constitucionais, da pessoa humana e da presunção de inocência.
ser exercida, principalmente pelos que estão na condição de presos ou sob a tutela
do estado.
[...] estamos cada vez mais convencidos de que o ideal da paz perpétua só
pode ser perseguido através de uma democratização progressiva do
sistema internacional e que essa democratização não pode estar separada
da gradual e cada vez mais efetiva proteção dos direitos do homem,
democracia e paz são três momentos necessários do mesmo movimento
histórico: sem direitos do homem reconhecidos e efetivamente protegidos
não existe democracia, sem democracia não existem as condições mínimas
para a solução pacífica dos conflitos que surgem entre os indivíduos, entre
grupos e entre as grandes coletividades tradicionalmente indóceis e
tendencialmente autocráticas que são os Estados, apesar de serem
democráticas com os próprios cidadãos. (BOBBIO, 1992, p. 93).
Art. 28. Além do que está disposto nos arts. 12 e 13 da lei, a autoridade
que ordenar ou requisitar a prisão e o executor dela observarão o
seguinte:
O preso não será conduzido com ferros, algemas ou cordas, salvo o caso
extremo de segurança, que deverá ser justificado pelo condutor; e quando
não o justificante, além das penas em que incorrer, será multado na
quantia de 10.000 a 50.000 mil réis pela autoridade a quem for
apresentado o mesmo preso.
esta ação pode ser caracterizada como o crime de constrangimento ilegal, ferindo
consequentemente o princípio constitucional da presunção de inocência.
Segundo Barroso (2004), o Código penal brasileiro faz referência ao uso de
algemas de forma indireta quando veda de maneira expressa o emprego da força,
salvo se somente indispensável nos casos de resistência ou tentativa de fuga do
preso (art. 284). Quando o agente de segurança pública vai além destes casos, o
mesmo pode agir criminosamente, pois o uso indiscriminado desse instrumento
(algema) pode caracterizar abuso de autoridade e /ou crime de tortura quando o
instrumento caracteriza satisfação de prazer ao condutor da ação ao impor
sofrimento físico ou mental da pessoa.
Diante da discussão acalorada sobre o uso de algemas, o Supremo Tribunal
Federal (STF) se manifestou acerca do assunto e editou a súmula vinculante nº 11
que impõe sobre o uso de algemas somente quando:
CONSIDERAÇÕES FINAIS
dever de se prevenir e fazer uso da algema visando não sofrer qualquer tipo de
ação que resulte na perda da sua vida ou de terceiros, bem como violência contra
o mesmo, terceiros ou pelo preso.
Diante do estudo feito neste trabalho (TCC) é possível afirmar que
constitucionalmente o uso de algemas: Aspecto jurídico do emprego de algemas
pelos agentes de segurança pública no Brasil. Há a necessidade do debate
constante, estudo e respeito às instituições policiais, pois a judicialização do uso de
algemas e a falta de compreensão prática dos legisladores e operadores do direito
para editar leis sobre o assunto é clara, baseada sobre tudo em efeitos políticos e
midiáticos que remontam à súmula vinculante nº11 do Supremo Tribunal Federal, e
que colocam em dúvida o trabalho de policiais que são responsáveis por manter a
ordem; quanto ao abuso de autoridade quando do emprego das algemas, cabe aos
órgãos correcionais zelar pela manutenção da legalidade durante a atuação policial,
e sobretudo pelo estado democrático de direito.
19
REFERÊNCIAS
- ASSIS, Jorge César de. Comentários ao Código Penal Militar: parte geral. 1. ed.
Curitiba: Juruá, 1999.
- ASSIS, Jorge César de. Comentários ao Código Penal Militar. Parte Geral. 3ª
edição. Curitiba: Ed Juruá, 2002.
- ASSIS, Jorge César de. Direito Militar: aspectos penais, processuais penais e
administrativos. 2.ed. Curitiba: Juruá, 2008. p. 157.
- Direito Constitucional Esquematizado / Pedro Lenza – 14. Ed. Ver. Atual. E ampl. –
São Paulo: Saraiva, 2010.
- https://jus.com.br/artigos/6811/a-justica-militar-e-a-emenda-constitucional-n-45
- https://rop.emnuvens.com.br/rop/article/download/28/28.
- https://www.jusbrasil.com.br
- LOBÃO, Célio. Direito penal militar. 3.ed. atual. Brasília: Brasília Jurídica, 2006.
- LOBÃO, Célio. Direito processual penal militar. São Paulo: Método, 2009.