Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CURSO DE DIREITO
ARACAJU
2019
JOSÉ BARRETO CAVALCANTE
KELSON BRITO SANTOS SILVA
LARISSA HILLARY SILVA CAMPOS
PAULA MONIQUE RODRIGUES FERREIRA
ARACAJU
2019
A VIDA DE THOMAS MORE
Thomas More (1480 - 1535) nasceu em Londres. Filho de juiz, More acabou
seguindo os passos de seu pai. Desde cedo teve uma boa educação, estudando línguas,
matemática, astronomia e teologia. Era um lorde, talvez o primeiro lorde da história da
filosofia. Era um filósofo da filosofia moderna, escritor, advogado e defensor da igreja
católica. Representa uma das figuras mais importantes do humanismo renascentista.
Algum tempo depois, Henrique VIII, rei da Inglaterra o chamou para confirmar
sua posição com líder da Igreja que havia fundado, More recusou. Esse fato o levou a ser
considerado um traidor. Após esse evento, foi preso na Torre de Londres, julgado e
condenado a morte. Na manhã de 6 de julho de 1535 foi decapitado em sua cidade natal.
Diante de sua importância histórica e religiosa, Thomas More foi canonizado em 1935 pelo
Papa Pio XI.
A parte tais fatos lastimáveis, o nome de Thomas More está ligado a um romance
intitulado Utopia. Percebemos o quanto a ironia de T.M. ataca as falhas e os erros em que
estava envolvida a Igreja. No entanto, pouca gente leu ou conhece a obra de More - que é
também um santo da Igreja católica - a que faz referência ao usar o seu título como vocábulo.
Vale a pena começar analisando o próprio nome da obra, que se origina do grego: "u" é um
advébio de negação e "tópos" significa lugar. "Não lugar", portanto, ou lugar inexistente, é o
modo irônico com que o pensador batizou sua sociedade perfeita. Tradição platônica A ideia
de Morus de criar uma sociedade imaginária vem de uma tradição que remonta a Platão (427-
347 a.C) na obra “A República”. A "Utopia", de More, divide-se em dois livros: o primeiro,
de caráter negativo faz a crítica à Inglaterra da época em que o autor vivia; o segundo, em
contraponto, apresenta uma sociedade que lhe é alternativa. Em ambos os livros, Rafael
Hitlodeu - personagem que é o "alter-ego" de More - narra sua viagem a Utopia e descreve a
sociedade que viu.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Por conta de seu reconhecimento na posição de homem das leis, fez parte da Corte
inglesa a partir de 1520. Ao lado da família real, tornou-se embaixador, cavaleiro e chanceler
da Inglaterra. Todavia, Henrique VIII com o intuito de se casar novamente funda
o Anglicanismo em 1534 rompendo laços com a Igreja Católica de Roma. A intenção do Rei
era se divorciar de Catarina de Aragão e casar-se com a dama de companhia da rainha, Ana
Bolena. Esse episódio levou More a desconfiar cada vez mais dos interesses humanos,
abandonando seu cargo de Chanceler.
Além disso, se posicionou contra a Reforma Protestante defendendo os dogmas da
Igreja. Quando Henrique VIII, rei da Inglaterra o chamou para confirmar sua posição com
líder da Igreja que havia fundado, More recusou. Esse fato o levou a ser considerado um
traidor. Após esse evento, foi preso na Torre de Londres, julgado e condenado a morte. Na
manhã de 6 de julho de 1535 foi decapitado em sua cidade natal. Diante de sua importância
histórica e religiosa, Thomas More foi canonizado em 1935 pelo Papa Pio XI.
PRINCIPAIS OBRAS
Thomas More estudou as línguas clássicas (grego, latim) sendo um grande erudito e
exímio escritor. Escreveu obras filosóficas e literárias, das quais se destacam:
-A Utopia
-A Agonia de Cristo
-A Apologia
-Os Novíssimos
-Epitáfio
O termo Utopia foi criado pelo inglês Thomas More para intitular um romance
filosófico em 1516. Para compor a palavra, Thomas More juntou duas palavras
gregas: "ου" (não) e "τοπος" (lugar), ou seja, se formos interpretar a palavra seguindo sua
etimologia, Utopia significa um lugar que não existe na realidade. No entanto, a obra tornou-
se tão célebre que o termo foi considerado uma espécie de gênero de escrita caracterizado por
conter como principal tema uma organização política e/ou social ideais, geralmente em
contraponto a uma organização política e/ou social atuais, por exemplo, se um autor vive sob
um regime totalitário e escreve uma obra sobre uma sociedade que não existe representando
por meio dela uma forma de governo considerada ideal, é possível que ele tenha escrito uma
utopia, mesmo que sua obra não esteja diretamente vinculada à filosofia.
Também pela definição posterior do termo, como gênero, podemos entender que a
obra “A República” de Platão, embora escrita antes da obra de More e, portanto, antes da
palavra ter sido inventada, trata-se de uma utopia, pois nela mostra-se a criação de uma cidade
governada por reis-filósofos para responder à questão “o que é justiça?”.uma das marcas que
indicam, em uma obra filosófica, a diferença entre uma utopia e uma Filosofia Moral ou
Política é a exposição do pensamento: em vez de o autor de uma utopia trabalhar com
conceitos e argumentos, ele expõe os conceitos aplicados a uma situação concreta. Por
exemplo, Thomas More cria uma ilha-reino, com a geografia descrita provavelmente a partir
de narrativas sobre a América, em que demonstra como seria aplicável uma sociedade sem
propriedade privada e sem intolerância religiosa, na qual a razão é o critério para estabelecer
condutas sociais e não o autoritarismo do Rei ou da Igreja – que, em seu contexto histórico, a
Inglaterra do século XVI, estavam reunidos na figura de Henrique VIII, chefe de Estado e da
Igreja Anglicana, criada por ele como forma de reverter a proibição da Igreja Católica ao seu
novo matrimônio com Ana Bolena.
Apesar de ter se oposto tão firmemente à Igreja Anglicana criada pelo rei, em
Utopia todos têm liberdade religiosa e apenas deveriam ser vistos com desconfiança aqueles
que não professavam nenhuma fé. Isso porque, na obra de Morus, a fé é consequência da
razão e instrumento para exercício da justiça: os utopianos acreditam em Deus porque, pela
razão, reconhecem que sua existência depende dele; a crença em um julgamento futuro faz
com que todos se apliquem a exercer a justiça e a não se entregarem a prazeres de forma
desregrada. Ou seja, aos utopianos é recomendada a fé em Deus, mas podem discordar a
respeito de sua identidade.
CONCLUSÂO
Thomas more nobre e membro da corte era conselheiro pessoal do Rei Henrique
VIII. Aquele tinha grande influência tanto com o povo como na corte, sua visão estratégica
ajudou o rei em inúmeras batalhas e na administração daquela sociedade.
Enquanto isso, o povo, cada vez mais oprimido pelo trabalho incessante, precisa
manter o exército, a corte e uma multidão de ociosos. A sede de dinheiro dos reis, dos nobres
e dos grandes burgueses cria a miséria da maioria, alarga cada vez mais o abismo entre as
classes sociais, transforma os juízes em carrascos e as penas em castigos pavorosos.
Com definições rígidas, tanto na estrutura territorial como no pessoal e seus
órgãos administrativos, a ilha da Utopia é retratada em um plano ideal de sociedade que More
desejava diante das decepções vividas no reino. A república, modelo de governo da Utopia,
junto com a diminuição do poder do príncipe e outras características confrontavam a estrutura
monárquica vigente.
Tendo a família como base, tanto na religião como nas principais decisões, vários
cargos dependiam de eleições. As tomadas de decisões que dependiam de um conselho
reduziam a autoridade do príncipe para, praticamente, só decidir o que a maioria determinava.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COLLINS, Mark Ian. A filosofia moral e política na Utopia de Thomas More. Fortaleza,
2010. Disponível em:
<http://www.uece.br/cmaf/dmdocuments/2010_a_filosofia_moral_e_pol%C3%ADtica_na_ut
opia.p>df. Acesso em: 05 de mai. 2019.