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UNIVERSIDADE ZAMBEZE

FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANIDADE

CURSO DE LINCENCIATURA EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

CADEIRA: DIREITO ADMINISTRATIVO II

TEMA: RESUMO DE DIREITO ADMINISTRATIVO II COROLÁRIOS DO


PODER ADMINISTRATIVO

Descente:

Paulo Fernando Zandamela

Docente:

dra. Nazia Masquine

Beira

Maio, 2020
O PODER ADMINISTRATIVO E SEUS MODOS DE EXERCÍCIOS

Diogo Freitas do Amaral dos vários modos de exercício para as entidades que integram a
Administração Pública.destaca 4 tipos de Poder Administrativo a se exercer:

1. Regulamentos Administrativos: Referindo que os órgãos administrativos


competentes são frequentemente confrontados com a necessidade de desenvolver
os comandos genéricos contidos na lei, com vista a possibilitar a sua aplicação às
situações concretas que ocorrem diariamente.
2. Acto administrativo: Exemplificando, a Administração por vezes também é
solicitada a resolver situações específicas, problemas individuais e casos
concretos e para isso tem de tomar decisões.
3. Contrato Administrativo: Referindo os casos em que as entidades
administrativas, em vez de atuarem unilateralmente impondo pela via de
autoridade as suas decisões, celebram acordos bilaterais entre si ou com entidades
privadas.
4. Prática de Meras Operações Materiais: Aqui a Administração Pública pode
atuar através da prática de meras operações materiais, cuja caraterística comum
reside no fato de não produzirem alterações na ordem jurídica.

COROLÁRIOS DO PODER ADMINISTRATIVO

a. Independência da Administração perante a Justiça: Significa que o tribunal


não pode criar embaraço nas actividades da AP, não pode condicionar o seu
exercício, isto é, a AP não precisa de pedir autorização para o tribunal para poder
praticar actos próprios das suas atribuições.

Porem, existem vários mecanismos jurídicos para o assegurar:

1) Tribunais Comuns são incompetentes para se pronunciarem sobre questões


administrativas.
2) O regime dos Conflitos de Jurisdição permite retirar a um Tribunal Judicial, uma
questão administrativa que erradamente nele esteja a decorrer.
3) Devemos Mencionar aqui a chamada garantia Administrativa, consiste no
privilégio conferido por lei às autoridades administrativas de não poderem ser
demandadas criminalmente nos Tribunais Judiciais, sem prévia autorização do
Governo.

São três os corolários do princípio da separação dos poderes:

i. A Separação dos Órgãos Administrativos e Judiciais: Isto significa que têm


de existir órgãos a ministrativos dedicados ao exercício da função administrativa,
e órgãos dedicados ao exercício da função jurisdicional.
ii. A Incompatibilidade das Magistraturas: Não basta porém, que haja órgãos
diferentes é necessário estabelecer, além disso, que nenhuma pessoa possa
simultaneamente desempenhar funções em órgãos administrativos e judiciais.
iii. A Independência Recíproca da Administração e da Justiça: A autoridade
administrativa é independente da judiciária: uma delas não pode sobrestar na
acção da outra, nem pode pôr lhe embaraço ou limite. Este princípio, desdobra se
por sua vez, em dois aspectos:
a) Independência da Justiça perante a Administração, significa ele que a autoridade
administrativa não pode dar ordens à autoridade judiciária, nem pode invadir a
sua esfera de jurisdição. Para assegurar este princípio, existem dois mecanismos
jurídicos: o sistema de garantias da independência da magistratura, e a regra legal
de que todos os actos praticados pela Administração Pública em matéria da
competência dos Tribunais Judiciais, são actos nulos e de nenhum efeito, por
estarem viciados por usurpação de poder.
b) Independência da Administração perante a Justiça, que significa que o poder
judicial não pode dar ordens ao poder administrativo, salvo num caso excepcional,
que é o do habeas corpus.

Fiscalização das Actividades do Aparelho Judiciário

 Na CRM está previsto um mecanismo jurisdicional para a resolução de conflitos


entre os diferentes braços do Governo, através do C.C.36. Mas como a acção do
C.C. depende do impulso do Presidente da República37, tal não se verifica.
b. Foro Administrativo: ou seja, a entrega de competência contenciosa para julgar
os litígios administrativos não já aos Tribunais Judiciais mas aos Tribunais
Administrativos.

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