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Docente:
Rénio Mahumane
1.1 Introdução.................................................................................................................... 1
1.4 Justificativa.................................................................................................................. 2
1.1 Introdução
O presente do trabalho da cadeira de Ética Deontologia, irei abordar acerca do tema Qualidade de
Vida no Trabalho e Responsabilidade Social, os dois temas são assuntos atuais e presentes nas
empresas, e há dificuldades em estabelecer seus limites. Esses temas ganharam destaque devido ao
atual contexto organizacional que demanda das empresas respostas rápidas ao ambiente que estão
inseridas, enquanto respondem sobre a Qualidade de Vida no Trabalho e a Responsabilidade Social.
Para Carrol e Shabana (2010) a Responsabilidade Social visa a melhoria da Qualidade de Vida no
Trabalho dos colaboradores. Coerentemente, emerge um elo que liga a responsabilidade social com
a Qualidade de Vida no Trabalho, pois conforme Schirrmeister e França (2012) a Qualidade de
Vida no Trabalho busca proporcionar ambiente de trabalho digno e agradável, com as mínimas
condições físicas, psicológicas e sociais para os trabalhadores.
Segundo Limongi-França (2003) a Qualidade de Vida no Trabalho - é uma noção criada com
o tempo, que tem sido relacionada e aproximada ao grau de satisfação e bem-estar encontrado
tanto no trabalho como na vida familiar, amorosa, social e ambiental. Ela pressupõe a
capacidade de efetuar uma síntese cultural de todos os elementos que determinada sociedade
considera como seu padrão de conforto e bem-estar.
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1.2 Objectivos do Estudo
1.3 Metodologia
1.4 Justificativa
Este estudo criou me curiosidade e motivação, para além do interesse pessoal do tema que
aborda acerca de Qualidade de Vida no Trabalho e Responsabilidade Social, hoje em dia as
organizações se diferenciam pelos benefícios e programa de bem-estar que oferecem para o
colaborador. Um atrativo muito importante, que mantem o funcionário motivado com a
autoestima alta e comprometido com a empresa.
Nas últimas duas décadas, a pesquisa sobre responsabilidade social vem sendo realizada nos
países emergentes e em desenvolvimento, seguindo as práticas de relatórios dos respectivos
negócios (FIFKA, 2013).
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2 CAPÍTULO II: REFERENCIAL TEÕRICO
O conceito de qualidade de vida tem sido avaliado, questionado e consolidado nos últimos
anos. Qualidade de vida tem se firmado não como um modismo passageiro, mas um processo
que consolida a busca do desenvolvimento humano e organizacional.
Richard Walton (1975) como uns dos pesquisadores pioneiros na sistematização dos
critérios e conceitos de Qualidade de Vida no Trabalho definiu a Qualidade de Vida no
Trabalho como algo além dos objetivos da legislação trabalhista. Surgiu no começo do
século XX, com a regulamentação do trabalho de menores, da jornada de trabalho e
descanso semanal e das indenizações por acidentes de trabalho.
Fernandes (1996) define Qualidade de Vida no Trabalho como a gestão dinâmica e
contingencial de fatores físicos, tecnológicos e sociopsicológicos que afetam a cultura
e renovam os climas organizacionais, refletindo-se no bem-estar do trabalhador e na
produtividade das empresas.
De acordo com Walton (1975), a qualidade de vida no trabalho vem recebendo destaque
como forma de resgatar “valores humanísticos e ambientais, que vêm sendo
negligenciados em favor do avanço tecnológico, da produtividade e do crescimento
econômico”. O autor não defende as práticas antigas de trabalho, mas alerta para os
impactos da automação na Qualidade de Vida do Trabalhador. Ainda segundo o autor:
A qualidade de vida no trabalho é resultante direta da combinação de diversas
dimensões básicas do desempenho das atividades, e de outras dimensões não
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dependentes diretamente das tarefas, capazes de produzir motivação e satisfação em
diferentes níveis, além de resultar em diversos tipos de atividades e condutas dos
indivíduos pertencentes a uma organização (WALTON, 1975).
Diante das várias conceituações para este estudo adota-se a definição de Albuquerque e
Limongi-França (2003, p. 2) para Qualidade de Vida no Trabalho:
2.1.1.1 Contextualização
De acordo com Albuquerque e Limongi (1998), a Qualidade de Vida no Trabalho pode ser
descrita como um conjunto de ações que a empresa desenvolve utilizando um método de
implantação de melhorias como inovações gerenciais, tecnológicas e estruturais, podendo ser
dentro ou fora do ambiente de trabalho, visando oferecer boas condições de desenvolvimento
humano durante a realização do trabalho.
Conforme Souza e Freitas (2009) e Alfenas e Ruiz (2015), a Qualidade de Vida no Trabalho
está relacionada diretamente com o comprometimento pessoal, a participação com o bem-estar
do colaborador nas tarefas da organização, objetivando metas da qualidade total. De acordo
França et al. (2002), a Qualidade de Vida no Trabalho pode ser interpretada de diversas
maneias, uma delas é descrita como um conjunto de ações desenvolvidas nas empresas com o
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objectivo de criar melhorias, inovações na gestão, melhorias tecnológicas e estruturais do
ambiente organizacional.
Dentre as empresas que optam por vantagens competitivas, a Qualidade de Vida no Trabalho
é indispensável pois a sua implementação garante o atendimento das expectativas dos
colaboradores, satisfação pessoal e profissional, gerando retorno para as partes envolvidas
(FREITAS; SOUZA, 2009).
Para Walton (1979), o objetivo de uma empresa que adota ações de Qualidade de Vida no
Trabalho é a geração de uma organização mais humanizada, nesse contexto, o autor apresenta
um dos modelos conceituais mais utilizados atualmente, o qual é formado por oito categorias
que buscam analisar e descrever de forma completa a Qualidade de Vida no Trabalho nas
organizações:
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8. Relevância social de vida no trabalho busca equilibrar os objetivos do colaborador com
os da organização, a empresa deve atender as necessidades sociais dos indivíduos
relacionados a saúde, comunicação, educação, transporte e higiene.
O modelo descrito por Walton (1973), é o modelo mais utilizado para descrever a Qualidade
de Vida no Trabalho, esse modelo é utilizado por diversos pesquisadores de administração e
da psicologia organizacional (TOLFO et al., 2009; FREITAS; SOUSA, 2009; BARROS, 2012;
RIBEIRO; SANTANA, 2015).
Para Gutierrez e Vilarta (2007) a Qualidade de Vida no Trabalho é descrita como uma gestão
dinâmica e contingencial de fatores sociais, psicológicos, tecnológicos e físicos que interferem
na cultura e clima organizacional da empresa e refletem diretamente no bem-estar do
colaborador, na sua produtividade, e na sua motivação.
A gestão presente nas organizações que consideram fatores físicos, sociológicos, psicológicos
e tecnológicos é capaz de oferecer um bom ambiente aos colaboradores da organização, essa
preocupação com o trabalho torna-se saudável e propicia o aumento de produtividade refletindo
no comportamento do colaborador no atendimento aos clientes e aos fornecedores (SOUZA;
FREITAS, 2009; RIBEIRO; SANTANA, 2015).
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2.2 Conceito da Responsabilidade Social
Apresenta uma mudança gradual ao longo das últimas décadas. O termo responsabilidade
social corporativa, Social Responsabilities of the Businessmen, foi criada em 1953 por Howard
Bowen. De acordo com Bowen a responsabilidade corporativa social refere-se “às obrigações
dos homens de negócios de adotar orientações, tomarem decisões e seguir linhas de ação, que
sejam compatíveis com os fins e valores da nossa sociedade”.
Até os anos 70, havia muita resistência por parte dos gestores das corporações em relação à
adoção da responsabilidade social, a mesma era vista como um custo pelos gestores e que não
representava um retorno em termos de lucros, foi à razão dos entraves judiciais do caso Ford
versus Dodge. No entanto, no fim de 1990, o tema da responsabilidade social tornou-se
universalmente estabelecido e promovido por todos os componentes da sociedade por parte dos
governos e corporações para as organizações não-governamentais e consumidores individuais.
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Com a evolução das abordagens referentes à Responsabilidade Social, o conceito a respeito do
tema tornou-se associado com os objectivos organizacionais mais amplos, como reputação e
gestão de stakeholders com um enfoque diferente do que era defendido no caso Ford. Além
disso, foi possível perceber uma relação positiva entre o comportamento socialmente
responsável e o desempenho econômico das organizações, representado por maior consciência
sobre as questões ambientais, culturais, pelo fato de antecipar, evitando que regulações
restritivas sejam impostas sob a ação empresarial e, por fim, pela diferenciação de seus
produtos diante de seus concorrentes menos responsáveis socialmente.
2.2.1.1 Contextualização
A responsabilidade social, por meio de suas normas e relatórios, como forma de transformar
essas declarações em ações propriamente ditas, promovem benefícios, contribuindo para o
desenvolvimento dos cidadãos, que podem ser alcançados pelas ações sociais, que além de
beneficiarem a sociedade, protegem a natureza e procuram compensar os possíveis efeitos
negativos da atuação da empresa (FORERO, 2011).
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Nesse contexto, a responsabilidade social pode estar atrelada tanto aos colaboradores, quanto
a comunidade na qual a empresa está inserida, visando as questões ergonômicas e a melhoria
da Qualidade de Vida no Trabalho dos funcionários (JAMALI, 2008; SABADIN; SEVERO;
GUIMARÃES, 2017). Consoante isso, diferentes empresas desenvolvem ações sociais que
beneficiam os funcionários, fornecedores e a comunidade (SARTOR et al., 2016; ZHU; LIU;
LAI, 2016; PANDA; MODAK; CÁRDENAS-BARRÓN, 2017).
Por meio dessas ações, busca-se identificar causas e propor soluções para questões sociais
como, por exemplo, saúde, assistência social, promoção da autoestima das pessoas, capacitação
dos cidadãos, defesa dos direitos, envolvimento da comunidade, entre outros (ANHEIER,
2007; FOSTER, 2009; SILVA; AGUIAR, 2011; MINZNER et al., 2014).
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3 CAPÍTULO III: CONCLUSÃO E REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
3.1 Conclusão
Neste presente trabalho concluí que, os resultados dos programas de responsabilidade social
devem ir além da postura legalista. Para sustentar-se devem entregar mudança de atitude, numa
perspectiva de gestão empresarial com foco na qualidade das relações com os stakeholders e
na geração de valor para todos.
A Responsabilidade Social deve ser vista como parte da cultura, da visão e dos valores da
empresa, requer uma filosofia e um compromisso articulados na afirmação da missão, manual
dos empregados, marketing e comunicação com todos.
A Qualidade de Vida no Trabalho parte do reconhecimento de que uma pessoa bem treinada e
bem posicionada na empresa está em melhor condição para identificar problemas dificilmente
localizáveis com relação à qualidade do produto ou como o trabalho deve ser feito.
Portanto, se a Responsabilidade Social faz parte integral dos negócios e do processo de tomada
de decisão, não basta apenas declarar em todos os documentos que expressam a missão, os
valores, os princípios e os objectivos sociais da empresa, estes devem ser postos em prática e
seguidos à risca.
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3.2 Referência Bibliográfica
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