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Discente: Código:
2.1. Objetivos...............................................................................................................................4
2.1.1 Geral:...............................................................................................................................4
2.1.2. Específicos:....................................................................................................................4
2.2.1. O utilitarismo..................................................................................................................5
2.2.2. O deontologismo............................................................................................................6
3.3.3. Greenwashing.................................................................................................................7
4. Conclusão...................................................................................................................................11
5. Referencias Bibliográficas.........................................................................................................12
1. Introdução
2.1. Objetivos
2.1.1 Geral:
2.1.2. Específicos:
Para compreender a interação entre ética e responsabilidade social nas organizações, é crucial
primeiro estabelecer definições claras e conceitos fundamentais. Segundo Carroll (2016), a ética
empresarial pode ser definida como o conjunto de princípios e valores que orientam o
comportamento das organizações em suas interações com as partes interessadas. Já a
responsabilidade social corporativa, de acordo com Porter e Kramer (2011), refere-se ao
compromisso das empresas de agir de maneira ética e contribuir para o desenvolvimento
sustentável, considerando o impacto de suas atividades nas comunidades, meio ambiente,
colaboradores e outras partes interessadas.
Estabelecendo uma relação entre a definição de ética aprendida pelo grupo durante as aulas e a
definição de Carroll (2016), podemos considerar a ética empresarial um pratica reflexiva e critica
dos princípios e valores que orientam o comportamento das organizações em suas interações
com as partes interessadas. No que diz respeito da responsabilidade social corporativa tem como
base a ética deontológica que implica que as empresas têm uma obrigação moral intrínseca de
agir de forma ética e responsável, independentemente de como isso afetará seus resultados
financeiros. Isso significa que as empresas devem cumprir certos deveres éticos, como respeitar
os direitos humanos, promover a igualdade, proteger o meio ambiente e contribuir positivamente
para as comunidades em que operam.
Diversas teorias éticas fornecem fundamentos para a compreensão e prática da ética nos
negócios tais como:
2.2.1. O utilitarismo
Defende que as ações devem ser avaliadas com base em suas consequências para maximizar o
bem-estar geral (Freeman, 1984). Caracteriza-se pelos seguintes apectos:
De acordo com essa teoria, uma ação é considerada moralmente correta se produzir o
maior bem-estar ou felicidade para o maior número de pessoas possível.
O utilitarismo avalia as ações com base em sua utilidade, priorizando a maximização do
bem-estar geral sobre outros princípios éticos.
Por exemplo, uma empresa que segue uma abordagem utilitarista pode tomar decisões
que maximizem os lucros e o benefício para seus acionistas, desde que isso resulte em um
saldo líquido positivo de felicidade ou bem-estar para a sociedade como um todo.
2.2.2. O deontologismo
Se concentra nos deveres e obrigações morais inerentes às ações (Trevino & Nelson, 2016).
Detém as seguintes Características:
De acordo com essa teoria, algumas ações são intrinsecamente certas ou erradas,
independentemente das circunstâncias ou resultados.
Immanuel Kant é frequentemente associado ao deontologismo, defendendo que as ações
devem ser realizadas por respeito ao dever moral, derivado de princípios universais,
como o imperativo categórico.
Por exemplo, uma empresa que segue uma abordagem deontológica pode se recusar a
usar práticas enganosas de marketing, mesmo que isso resulte em maiores vendas, porque
mentir é considerado intrinsecamente errado.
Proposta por Bohnet (2016), destaca a importância do desenvolvimento do caráter moral e das
virtudes pessoais para a tomada de decisões éticas. São suas características as Seguintes.
A implementação da responsabilidade social pode ser complicada por uma série de desafios
éticos. Um exemplo é a pressão para maximizar os lucros em detrimento das preocupações
sociais e ambientais, conhecida como "dilema do lucro versus responsabilidade" (Carroll,
1979). Além disso, as empresas enfrentam dilemas éticos ao equilibrar as expectativas dos
acionistas com as demandas das partes interessadas e da sociedade em geral (Stiglitz, 2012).
3.3.3. Greenwashing
Ocorre quando as empresas tentam se apresentar como mais ambientalmente responsáveis do que
realmente são, através de práticas de marketing enganosas ou superficiais. As empresas
enfrentam dilemas éticos ao equilibrar a promoção de sua responsabilidade social com a
necessidade de transparência e autenticidade em suas ações.
3.3.4. Conflito de Interesses
As empresas enfrentam dilemas éticos ao decidir até que ponto devem cumprir as
regulamentações governamentais relacionadas à responsabilidade social e ambiental. Às vezes,
as empresas podem optar por cumprir apenas o mínimo necessário em termos de conformidade
regulatória, em vez de adotar práticas mais abrangentes e responsáveis.
Com a crescente globalização e avanços tecnológicos, surgem novos desafios éticos para as
organizações. Harari (2018) destaca questões como o impacto da automação no emprego e na
desigualdade econômica, bem como preocupações sobre privacidade de dados e manipulação de
informações. Em sua pesquisa destaca os seguintes desafios éticos:
Com o avanço de tecnologias emergentes, como inteligência artificia surgem questões éticas
sobre o desenvolvimento e uso responsável dessas tecnologias. Questões como o uso de
algoritmos de Inteligencia Artificial que têm o potencial de transformar radicalmente o
mercado de trabalho, automatizando tarefas repetitivas e até mesmo substituindo empregos
tradicionais.
Com base nas tendências e demandas contemporâneas, é possível propor diretrizes para
fortalecer a integração da ética na responsabilidade social das organizações. Sen (2009) sugere
que as empresas devem adotar uma abordagem centrada na justiça e no bem-estar humano,
considerando os impactos de suas decisões em todas as partes interessadas. Porter e Kramer
(2011) argumentam que as empresas podem criar valor compartilhado ao alinhar seus interesses
comerciais com as necessidades da sociedade e do meio ambiente.
As diretrizes para fortalecer a integração da ética na responsabilidade social das organizações são
fundamentais para garantir que as empresas operem de maneira ética e responsável em todas as
áreas de suas atividades. Aqui estão algumas considerações adicionais sobre essas diretrizes:
1. Promoção da transparência e prestação de contas: As empresas devem adotar uma
cultura de transparência, divulgando informações relevantes sobre suas práticas de
responsabilidade social e ética. Isso inclui a divulgação de políticas, práticas e
desempenho relacionados à responsabilidade social e ética, permitindo que partes
interessadas internas e externas avaliem a conformidade e o impacto das atividades da
empresa.
2. Envolvimento das partes interessadas: As empresas devem envolver ativamente todas
as partes interessadas relevantes, incluindo funcionários, clientes, comunidades locais,
fornecedores e grupos de interesse, no desenvolvimento e implementação de iniciativas
de responsabilidade social e ética. Isso ajuda a garantir que as decisões da empresa levem
em consideração uma variedade de perspectivas e preocupações, promovendo uma
abordagem mais inclusiva e equitativa para a responsabilidade social.
3. Investimento em capacitação e educação: As empresas podem fortalecer a integração
da ética na responsabilidade social investindo em programas de capacitação e educação
para funcionários em todos os níveis da organização. Isso inclui treinamento sobre ética
nos negócios, diversidade e inclusão, práticas sustentáveis e responsabilidade social
corporativa, capacitando os funcionários a tomar decisões éticas informadas em seu
trabalho diário.
4. Inovação e colaboração: As empresas podem promover a integração da ética na
responsabilidade social por meio da inovação e colaboração com outras organizações,
instituições acadêmicas, governos e organizações da sociedade civil. Isso pode incluir
parcerias para desenvolver soluções inovadoras para desafios sociais e ambientais,
compartilhamento de melhores práticas e colaboração em iniciativas de responsabilidade
social em larga escala.
5. Avaliação e melhoria contínua: As empresas devem implementar sistemas robustos de
avaliação e monitoramento para medir o impacto de suas iniciativas de responsabilidade
social e ética e identificar áreas de melhoria. Isso envolve a definição de indicadores de
desempenho relevantes, coleta de dados, análise de resultados e feedback das partes
interessadas, permitindo que a empresa avalie sua eficácia e faça ajustes conforme
necessário para melhorar continuamente suas práticas e resultados.
4. Conclusão
A pesquisa realizada oferece uma análise abrangente e atualizada sobre a influência da ética na
responsabilidade social das organizações. Ficou claro que a ética e a responsabilidade social são
fundamentais para a sustentabilidade e o sucesso das organizações no cenário empresarial
contemporâneo. A interação entre ética e responsabilidade social molda as práticas
organizacionais e influencia o engajamento social das empresas com todas as partes interessadas,
incluindo funcionários, clientes, comunidades e o meio ambiente. Diante dos desafios éticos
apresentados, como o dilema do lucro versus responsabilidade, o conflito de interesses e o
greenwashing, destacamos a importância de diretrizes para fortalecer a integração da ética na
responsabilidade social das organizações. Isso inclui a promoção da transparência e prestação de
contas, o envolvimento das partes interessadas, o investimento em capacitação e educação, a
inovação e colaboração, e a avaliação e melhoria contínua. Concluímos que, ao adotar uma
abordagem centrada na justiça, no bem-estar humano e na criação de valor compartilhado, as
empresas podem contribuir de forma significativa para a sociedade e o meio ambiente, ao mesmo
tempo em que impulsionam seu próprio sucesso a longo prazo. Ao seguir essas diretrizes e
integrar a ética na responsabilidade social de forma holística e proativa, as organizações podem
construir relações comerciais duradouras e significativas, promovendo um impacto positivo e
sustentável em nosso mundo em constante evolução.
5. Referencias Bibliográficas
Porter, M. E., & Kramer, M. R. (2011). Criando Valor Compartilhado. Harvard Business
Review, 89(1/2), 62-77.
Bohnet, I. (2016). O que Funciona: Igualdade de Gênero por Design. Editora da Universidade de
Harvard.
Klein, N. (2014). Isso Muda Tudo: Capitalismo versus O Clima. Simon & Schuster.
Trevino, L. K., & Nelson, K. A. (2016). Gerenciando Ética nos Negócios: Conversa direta sobre
como fazer certo (7ª ed.). Wiley.