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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE GAZA

DIVISÃO DE ECONOMIA E GESTÃO


CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS
PERÍODO: DIURNO / SEMESTRE I
DISCIPLINA: PTO
Conteúdo: Grupos e categorias sociais no contexto organizacional

Discentes: Código
Assucenia Rafael Mauelele …………………………………………………………. 20221026

Maida Cuna …………………………………………………………………………… 2022101

Maila Arnaldo Sitoe …………………………………………………………………... 20221017

Marlovia Martins Machirica …………………………………………………………... 20221019

Sarifa Abdul Somado ………………………………………………………………….. 20221030

Cheila Mirtice Alexandre ……………………………………………………………… 20221023

DOCENTE: Armando Ubisse

Lionde, Maio de 2023

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Sumário
Introdução...................................................................................................................................................3

Objetivos:................................................................................................................................................4

objetivo geral:......................................................................................................................................4

objetivos específicos............................................................................................................................4

Metodologia:...........................................................................................................................................4

Grupos e categorias sociais no contexto organizacional..............................................................................5

Definição e características dos grupos.....................................................................................................7

Definição e características dos grupos.....................................................................................................9

Motivação e expectativas do grupo...........................................................................................................11

Comunicação grupal..................................................................................................................................13

Conclusão..................................................................................................................................................14

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS.......................................................................................................15

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Introdução
Neste presente trabalho você encontrará um conjunto de informações relacionadas ao
funcionamento de grupos e equipes de trabalho, assim como às peculiaridades que caracterizam
o comportamento dos seus membros. Mais do que um roteiro de como trabalhar com grupos e
equipes deseja-se favorecer a sua reflexão a respeito da complexidade do comportamento
humano, quando inserido numa coletividade que, neste caso, desempenha as suas atividades num
cenário maior chamado “organização”. Portanto, é esperado que a sua leitura favoreça a
compreensão dos elementos que participam do direcionamento de comportamentos das pessoas
inseridas em grupos ou equipes, assim como comportamentos e desempenhos coletivos quando
eles ocorrem nas organizações. De maneira adicional, é esperado o aprendizado tanto da
especificidade que caracteriza o desempenho das equipes de trabalho, como dos elementos que
favorecem a sua efetividade. Para atingir os objetivos mencionados, o capítulo está dividido em
duas seções sendo que, na primeira, o foco recai sobre os grupos, enquanto que a segunda
enfatiza o estudo das equipes de trabalho. A primeira seção está organizada de maneira a guiar o
leitor, em primeira instância, através de uma parte introdutória na qual são apresentadas a
definição e características dos grupos, e destacada a importância do seu estudo. Em seguida é
discutida a influência do coletivo no comportamento individual, apontando os mecanismos a
partir dos quais esta influência ocorre. Num terceiro momento são apresentados alguns processos
específicos da vida dos grupos, como a motivação, comunicação e liderança.

A segunda seção também se inicia com uma breve introdução na qual as equipes são definidas e
as suas características são especificadas com o objetivo de estabelecer as diferenças entre grupos
e equipes de trabalho. Uma vez tendo remarcado as diferenças, serão apresentadas algumas
tipologias de equipes e as suas etapas de desenvolvimento. Nesta parte, também os elementos
que direcionam o comportamento dos seus membros serão discutidos. Finalmente são destacados
os critérios apontados pela literatura científica como indicadores legítimos da efetividade das
equipes de trabalho, e discute os elementos que favorecem o seu desempenho.

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Objetivos:
objetivo geral:

* realizar uma revisão sobre os grupos e categoria sócias nas organizações.

objetivos específicos

* Identificar os grupos e categorias sócias nas organizações.

* Definir e caracterizar os grupos sociais nas organizações.

* Conhecer as Motivação e espectativas dos grupos sócias nas organizações.

* Buscar identificar as formas pelas quais as pessoas podem agir de maneira mas inficaz.

* O foco se volta às interações interpessoais. E um processo que considera como os


colaboradores, em conjunto se comportam no que diz a comunicação e tomada de decisão, e
interação e convivência entre eles.

* Investigar como as organizações mantém a comunicação grupal.

Metodologia:
Para a elaboração do presente trabalho recorremos a consultas bibliograficas e via internet
através de livros e artigos publicados, de forma a obter mais informações sobre o trabalho.

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Grupos e categorias sociais no contexto organizacional
Grupos sociais nas organizações de trabalho são agrupamento de pessoas na busca de objectivos
organizacionais comuns, onde o alcance é interessante para a empresa e para os colaboradores,
todos ganham. A empresa ganha a produtividade e colaborador ganha ao se sentir se importante
no processo de produção da empresa.Uma tendência natural do ser humano é a de procurar uma
identificação em alguém ou em alguma coisa. Quando uma pessoa se identifica com outra e
passa a estabelecer um vínculo social com ela, ocorre uma associação humana. Com o
estabelecimento de muitas associações humanas, o ser humano passou a estabelecer verdadeiros
grupos sociais Podemos definir que grupo social é uma forma básica de associação humana que
se considera como um todo, com tradições morais e materiais. Para que exista um grupo social é
necessário que haja uma interação entre seus participantes. Um grupo de pessoas que só
apresenta uma serialidade entre si, como em uma fila de cinema, por exemplo, não pode ser
considerado como grupo social, visto que estas pessoas não interagem entre si.

Os grupos sociais possuem uma forma de organização, mesmo que subjetiva. Outra característica
é que estes grupos são superiores e exteriores ao indivíduo, assim, se uma pessoa sair de um
grupo, provavelmente ele não irá acabar. Os membros de um grupo também possuem uma
consciência grupal (“nós” ao invés do “eu”), certos valores, princípios e objetivos em comum.
Os grupos sociais se diferem quanto ao grau de contato de seus membros. Os grupos primários
são aqueles em que os membros possuem contatos primários, mais íntimos. Exemplos: família,
grupos de amigos, vizinhos, etc. Diferentemente dos grupos primários, os secundários são
aqueles em que os membros não possuem tamanho grau de proximidade. Exemplos: igrejas,
partidos políticos, etc. Outro tipo de grupos sociais são os intermediários, que apresentam as
duas formas de contato: primário e secundário. Exemplo: escola, no trabalho, empresa.

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Ao longo de nossas vidas, fazemos parte dos mais diferentes grupos de pessoas, seja por escolha
própria, seja por circunstâncias que independem de nossa vontade. Assim, entramos e saímos de
vários grupos sociais, os quais certamente são importantes na conformação de nossa educação,
de nossos valores e visões de mundo. Na Sociologia, considera-se que os grupos sociais existem
quando em determinado conjunto de pessoas há relações estáveis, em razão de objetivos e
interesses comuns, assim como sentimentos de identidade grupal desenvolvidos através do
contato contínuo. Estabilidade nas relações interpessoais e sentimentos partilhados de pertença a
uma mesma unidade social são as condições suficientes. Além disso, é importante observar que o
grupo existe mesmo que não se esteja próximo dos componentes. Prova disso está no fato de que,
ao sairmos da última aula da semana, embora fiquemos longe daqueles que compõem nossa sala,
a classe por si só não se desfaz, ainda existindo enquanto grupo. Da mesma forma, podemos
pensar isso para nossas famílias, o que corrobora o fato de que o grupo é uma realidade
intermental, ou seja, mesmo que os indivíduos estejam longe, permanece o sentimento de
pertença dentro da consciência de cada um.

Podemos ter grupos sociais como os de participação e de Não participação isto é, aqueles que
temos vínculo ou não. A pertença ou não a determinado grupo será fundamental para determinar
nosso comportamento em relação aos outros (tomados como pares ou como diferentes), embora
saibamos que se por um lado temos o direito de nos identificar ou não com algum grupo, por
outro devemos fugir do preconceito e discriminação (em todos os aspectos possíveis) dos que
estão em outros grupos. Além desses, podemos ter outros grupos como os de referência (positiva
ou negativa), normativos e comparativos, todos servindo de norte ou parâmetro para nossas
relações sociais. Nossos grupos de referência positiva na maioria das vezes são os grupos dos
quais participamos. No entanto, podemos ter indivíduos que buscam aceitação em grupos que
não pertencem, como adolescentes que têm amizades com jovens de mais idade e passam a
imitar o comportamento em um período de crise de identidade e questionamentos tão comuns à
adolescência. No caso da referência negativa, o mesmo é válido. A família que deveria ser
positiva se torna negativa para o adolescente que deseja transgredir um conjunto de valores
defendidos por sua família.

Essa classificação, podemos pensar tanto nos grupos informais como nos formais. É possível
dizer que os grupos informais são aqueles do qual que fazemos parte sem uma regra ou norma,
necessariamente, controlando o pertencimento. Somos pertencentes por vários fatores do ponto
de vista subjetivo, por motivos outros que podem não ser racionais ou por uma escolha aleatória.
Um bom exemplo são nossos grupos de amigos, como na escola, no trabalho, no clube, no bairro
em que moramos. Vejamos que, se por um lado podemos fazer parte de um mesmo grupo que
outro indivíduo apenas pelo fato de estudarmos na mesmo escola, por outro isso não significa
que de fato todos os alunos sejam amigos. Os grupos informais também podem ser entendidos
como grupos primários, isto é, são pequenos e dizem respeito a relações entre as pessoas dadas

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por semelhança e afinidade, sendo que o objetivo último da relação é ela em si, e não um meio
para se alcançar algo.

os grupos formais são pautados pela alta racionalidade, e o indivíduo que a ele pertence está
pautado por leis, por regras, por uma burocracia racional-legal, quando as relações sociais são
mediadas por dispositivos contratuais, como em uma empresa, por exemplo. Os grupos formais
também podem ser tomados por grupos secundários, pois são grandes e dizem respeito a relações
entre pessoas por interesses em comum, sendo o objetivo último da relação a interdependência.
As relações não têm o mesmo grau de permanência que nos grupos informais, já que as relações
são apenas um meio para atingir um objetivo em comum.

Vale dizer que com o desenvolvimento do capitalismo enquanto modo de produção ocorreu
uma maior divisão do trabalho, tendo como consequência um aumento dos grupos formais dados
a racionalização das relações humanas, pautadas fundamentalmente pela interdependência dos
indivíduos nesta lógica capitalista.

Vamos antes com esta pessoa tão agradável! O fato de estarmos em um ambiente novo faz com
que momentaneamente nos encontremos fragilizados e buscando formar um esquema conhecido
que nos permita sentir-nos outra vez em ambiente seguro. Imagine em situações de ambiguidade
ou nas quais o futuro está em jogo, como em um trabalho novo e verá a importância de
cuidarmos atentamente em entender as normas e regras de grupos, de maneira que possamos
auxiliar as pessoas a encontrarem e construírem circunstâncias que lhes sejam mais favoráveis,
gerando como consequência padrões de comportamentos que satisfaçam às normas
organizacionais.

Definição e características dos grupos


Embora todos conheçam grupos e pertençamos a vários deles, é mais fácil descrever um grupo
que defini-lo. Uma definição que tem se mostrado adequada é a de que um grupo é um conjunto
formado por duas ou mais pessoas que para atingir determinado(s) objetivo(s) necessita algum
tipo de interação, durante um intervalo de tempo relativamente longo, sem o qual seria mais
difícil ou impossível obter o êxito desejado. Ou dito de outro modo, um conjunto de pessoas se
caracterizará mais fortemente como grupo segundo as seguintes condições.

a) quanto menor for o número de seus membros;

b) quanto maior for à interação entre os seus membros;

c) quanto maior for a sua história;

d) quanto mais perspectiva de futuro partilhado seja percebida pelos seus membros.

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Como se vê, definições funcionais que pretendem apenas situar o leitor de forma que ele possa
compreender o processo que se estabelece em uma relação na qual se pode dizer que existe um
grupo. Talvez um contraponto sirva para aclarar as ideias. Pessoas esperando um chapa em uma
parada não constituem um grupo porque o objetivo a alcançar depende unicamente de cada uma
delas. Mesmo só a pessoa pode atingir seu objetivo de tomar a condução. Já amigos que se
reúnem nos finais de semana para jogar futebol, pode ser considerado um grupo na medida em
que necessitam um dos outros para poder se divertir. Podem até ser concorrentes em outras áreas
da vida profissional, mas ali naquele momento, formam um grupo sim. Desse modo, os grupos
possuem determinadas características como serem pequenos, ou seja, as pessoas se conhecem
entre si, existe uma relação face a face; compartilham objetivos e aceitam as normas construídas
pelo próprio grupo. Em relação às normas construídas pelo próprio grupo, cabe se remeter a
alguns estudos sobre construção de normas sociais. Geralmente pouca conta nos dá de que
partilhamos normas e ao mesmo tempo estamos contribuindo para a sua construção através dos
diversos encontros que temos com nossos companheiros, familiares, cônjuges, enfim, com quem
nos relacionamos socialmente. Quando fofocamos, estamos estabelecendo normas de
comportamento. Se fulano fez isto ou aquilo, passa por nosso comentário, maldoso ou não, a
aceitação do seu comportamento. Assim, estamos nesse.

Instante determinando se aquele comportamento é coerente com o que desejamos ou se pelo


contrário ele deve ser modificado, e estabelecemos sanções ou reforços destinados a manterou a
mudar a maneira como nosso colega comportou-se. Essas normas são conhecidas por todos os
membros do grupo. Não estão escritas, porém quase sempre são seguidas à risca. Pertencer ao
grupo implica em se submeter às suas regras e normas. Para isto são também estabelecidos
prêmios e castigos. Os prêmios em geral se dão na forma de aceitação e prestígio. As punições
variam desde as que se administram em forma de brincadeiras, passando por admoestações
explícitas, até a expulsão ou morte física do antigo companheiro. Exemplos diversos podem ser
identificados ao analisar o que ocorre muitas vezes nos grupos de delinquentes, de presos ou em
grupos terroristas.

A morte é sempre uma possibilidade a quem fugir de determinadas regras. A história é rica em
exemplos como estes, os jornais diários, infelizmente, também. As organizações não fogem à
regra, ali também os grupos existem e constituem a matéria prima do seu desenvolvimento. Em
duas organizações que têm mesmo objetivo, como dois colégios, duas lojas comerciais ou duas
fábricas de automóveis, muitas vezes o que vai diferenciar uma da outra é a maneira como as
normas grupais foram estabelecidas. Muito gerente ou administrador pensa que um roteiro de
normas a serem seguidas é suficiente para fazer com que as pessoas sigam ao pé da letra tudo
aquilo que ali está escrito.

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Este sempre é o grande sonho dos administradores mais autoritários, mais controladores. Ledo
engano! Nem nos quartéis as normas são respeitadas ao pé da letra. Ali vige a norma de que vale
não ser pego em flagrante. Isto ocorre porque os grupos têm um poder muito forte nas
organizações e este poder pode ser utilizado em favor da busca do cumprimento de objetivos
organizacionais ou contra esses objetivos. O administrador capaz é aquele que consegue lidar
com essas normas de tal maneira que elas se orientem para a consecução dos objetivos
organizacionais e não, contra. Como existe uma tensão constante nos grupos, pois as pessoas
possuem diferentes cognições e valores que devem compartilhar, distintas percepções estão
sempre presentes. A capacidade administrativa em lidar com as pessoas consiste fortemente em
lograr a superação dessas tensões canalizando as para objetivos grupais, que sejam concatenados
com os objetivos organizacionais.

Definição e características dos grupos


Poder e influência dos grupos Para compreender o funcionamento dos grupos são necessário
entender a natureza da influência social. As pressões para a uniformidade se exercem mediante a
interação social na qual os membros tentam modificar suas crenças, atitudes e ações
mutuamente, como foi vislumbrado antes. Surgem processos similares sempre que um grupo
tenta tomar decisão sobre metas a escolher ou sobre a maneira como alcançá-las. Coordenar as
atividades de grupo exige que a conduta de cada membro se ajuste a dos outros, e se efetue a
liderança mediante processo de influência sobre os demais. Conforme Moscovici (1985) “a
maioria dos objetos sociais são ambíguos e isto é o que os distingue dos objetos físicos.
Carecemos de critérios claros e precisos para julga-los. Assim, não temos critérios para avaliar a
verdade ou o erro em matéria de opiniões políticas ou religiosas, valores e normas culturais, e
símbolos em geral. Ante tais objetos, os indivíduos são presa da incerteza e não sabem que juízo
preciso fazer sobre eles. No entanto, necessitam de um. A fim de reduzir essa incerteza, uns se
apoiam sobre o julgamento dos outros e formam uma norma comum que decide, de maneira
arbitrária, o que é verdadeiro ou falso. Se supõe que esta norma representa a realidade. Como
resultado disto, a norma estabelecida em comum adquire força de lei para cada indivíduo. Os
indivíduos se conformam a ela e já não vê em as coisas através dos seus próprios olhos, e sim
através dos olhos do grupo Quer dizer que os grupos tendem a se ajustar entre seus membros
influenciando-se mutuamente para alcançar os seus fins. Você provavelmente já experimentou
este processo muitas vezes e se agora relembrar alguns momentos de trabalho com outros
companheiros verá que em um primeiro momento existe uma certa necessidade de definição do
que vai ser feito. Alguns não conseguem passar dessa fase, já outros se encontram e rapidamente
se organizam cuidando de distribuir tarefas e realizar o que é necessário para alcançar os
objetivos propostos. As vezes surge um que tenta organizar tudo muito ligeiro, outras vezes se
faz a coisa de forma mais conversada. Fundamentalmente, existe um jogo de papéis que podem
ser influenciados tanto pelos traços de personalidade quanto pelo tipo de tarefa a ser cumprido.
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Isto nos leva a que uma pessoa tenha influência sobre outra se algum comportamento dela gera
uma mudança no comportamento da outra. Agora, para especificar as propriedades do indivíduo
que podem servir como recursos de poder em um determinado grupo é importante saber quais
são as motivações dos Membros do grupo. Daí decorre que pesquisas sobre as expectativas dos
membros de uma organização são importantes fontes de conhecimento para conseguir a dinâmica
necessária a um bom funcionamento de grupo ou de equipe de trabalho. A correta percepção
sobre as aspirações dos outros pode levar a condutas que repercutem positivamente na
consecução dos objetivos organizacionais, porque nesses casos geram também realização de
objetivos individuais, havendo uma conjugação de esforços que pode ser muito benéfica para
todos.

Entretanto, sempre haverá uma dinâmica própria do poder que é a contradição entre a mudança e
a resistência à mudança. Em uma relação dialética, geralmente as mudanças encontram reações
nos membros dos grupos. E é necessário saber lidar com elas. A resistência será tanto maior
quanto for a diferença de informação que existir entre os membros do grupo; quanto menor for a
ameaça à sobrevivência do grupo e mais fácil se dará quando os objetivos individuais se realizem
através do grupo. Existem fortes correlações entre coesão e poder do grupo. Quanto mais coeso é
um grupo, mais poder ele exercerá sobre os demais e maior será a resistência interna às
mudanças no próprio grupo. Por isto, podemos falar de grupos majoritários e grupos minoritários
e sua relação de poder.

Os grupos majoritários são considerados aqueles que representam o poder formal, instituído ou
da maioria, mesmo que muitas vezes não guardem relação com o número de pessoas que os
compõem. Por exemplo, quando falamos que as mulheres formam uma minoria, estamos nos
referindo a que elas formam uma minoria em relação ao poder social, mesmo sendo maioria
populacional.

O mesmo ocorre com outros segmentos sociais, e é interessante salientar que uma pessoa pode
participar de vários grupos com posições diferentes. Pode participar de um grupo na posição
majoritária e em outro na posição minoritária. Nas organizações também acontece algo
semelhante. Grupos que são minoritários em um determinado momento, em outro passam a
exercer o poder. Uma das características dos grupos em relação ao poder, é que ele é exercido de
forma desigual entre os seus membros. Vai existir um núcleo central que detém maior poder, que
vai se diluindo a medida que se afasta desse núcleo. Quanto mais central, mais identificado com
o grupo, e mais resistente às mudanças. Essas discrepâncias de poder e consequentemente de
influência nos grupos e nos indivíduos geram divisões, rachas, que tendem a ir se transformando
ao longo do tempo e que podem gerar a constituição de novos grupos, muitas vezes antagônicos,
ou então modificações na própria estrutura de poder do grupo.

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Quanto mais periférico o indivíduo, mais facilidade ele tem em mudar de comportamento em
relação ao grupo ou ao poder exercido pelo grupo. Em consequência, o seu poder de influência é
pequeno. No entanto, ele pode servir de aliado a outros inconformados para pressionar mudanças
na estrutura de poder. Esse movimento muitas vezes deságua na ruptura do grupo, ou na
modificação do poder antigo, cujos membros que permanecem no grupo, passam agora a
representar o que chamamos de grupo minoritário e começa tudo outra vez. Todos já assistimos a
isso, e vamos assistir sempre. Se olharmos a política e os comportamentos dos políticos, veremos
que aulas práticas eles nos dão sobre essas relações de poder. Às vezes, nas organizações, por
não haver mudança na estrutura de poder, elas morrem, quebram, entram em falência. Essa
dinâmica é fundamental, tanto para preservar a democracia política, quanto para garantir a
flexibilidade necessária a sobrevivência das organizações. A comparação entre grupos foi
estudada e desenvolvida teoricamente por Tajfel (1981) a partir do paradigma do grupo mínimo,
permitindo concluir que a formação do grupo e da conduta intergrupal se desenvolve como
resultado doprocesso de categorização social. Foi demonstrado que toda interação intergrupal se
baseia na valorização negativa do exogrupo frente a uma valorização positiva do endogrupo,
mesmo quando não existe nenhum determinante externo para tal. Escolhidos, aleatoriamente,
dois grupos, pares e impares de uma classe, por exemplo, os membros do primeiro tendem a se
sentir diferentes dos do outro grupo! Desta forma, a identidade social de cada indivíduo é
formada a partir dos seus grupos de referência e cada um se comporta de acordo com essas
normas e expectativas, introjetadas pelos grupos de referência. Ou seja, quando se diz que a
família é a base da formação das pessoas, está se confirmando o que foi demonstrado e estudado
por Tajfel.

Quando analisamos os conflitos entre grupos ou entre nações, esse conceitos podem ser de
grande ajuda. Um dos possíveis motivos para que o Brasil continue inteiro, sem guerras
separatistas, possivelmente reside no fato de sermos uma mistura de raças e etnias, falarmo oo
mesmo idioma, sermos religiosos, mas não dogmáticos e constituirmos uma nação única, embora
tudo isto deva ser matizado. Se formos analisar minuciosamente veremos que existem mais de
100 idiomas, várias nações e etnias variadas. Entretanto, aqui o que importa é que de modo
global, nosso grupo de referência enquanto país é de uma grande homogeneidade. Nas
organizações, devemos ter em mente esses fatores quando formos instados a introduzir
modificações em procedimentos de desenvolvimento organizacional.

Cuidar do todo e saber que os diversos grupos podem estar enfrentados ou trabalhar a favor de
um mesmo projeto é de fundamental importância na hora de planejar mudanças organizacionais.
As diversas equipes formam um conjunto, mas podem ser competitivas e destrutivas umas com
as outras. O psicólogo organizacional deve estar atento para evitar rupturas desnecessárias.

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Motivação e expectativas do grupo
Muitos experimentos já foram realizados mostrando como somos influenciados pelos outros.
Destacamos, por haver marcado uma etapa no pensamento organizacional, um que foi levado a
cabo em uma fábrica do Western Eletric Company, nos Estados Unidos, por um Professor da
universidade de Havard, Elton Mayo, e que ficou conhecido como a experiência de Hawthorne,
transformando-se em um estudo clássico da área. Este trabalho foi constituído por uma série de
pesquisas, entre os anos de 1927 a 1933, em que se procurou estudar em princípio, os efeitos da
iluminação em trabalhadoras de uma linha de montagem de relês, sob condições controladas.
Queria se verificar a influência da luminosidade na produtividade delas. Partia-se do princípio
que deveria haver um ponto ótimo de iluminação que permitiria às mulheres trabalharem com
melhor disposição, posto que se cansasse menos e enxergariam melhor as pequenas peças de que
se compunham os relês. O interessante é que este estudo fracassou, porque independentemente
da quantidade de luz aportada, as mulheres sempre produziam mais. Ou seja, era esperado que a
produtividade variasse de acordo com as condições de luminosidade, quando variasse a
luminosidade a partir de um determinado ponto, para mais ou para menos, a produtividade
deveria acompanhar a diferença da iluminação. Nesse momento importa a genialidade dos
pesquisadores, que não conformados com os resultados, buscaram as respostas para esse
fenômeno. De pronto foi descartada a primeira hipótese, a de que a luz tinha um efeito sobre a
produção! Deveria haver outra variável que estivesse causando o aumento da produtividade. É aí
que está a riqueza da pesquisa. Foi entendido que a produção aumentava não devido a fatores
físicos como a luminosidade, mas sim por fatores psicológicos, como a própria presença dos
investigadores e pelo interesse que os trabalhadores demonstravam por estarem participando de
uma pesquisa. Não se sentiam apenas como trabalhadoras comuns, mas como pessoas que
estavam ajudando pesquisadores da universidade a descobrir coisas novas. Então, uma nova
pesquisa foi estruturada para verificar se realmente isto era verdadeiro, ou seja, se as condições
psicológicas, as expectativas das trabalhadoras influenciavam de fato na produtividade. Para
realizar a pesquisa, foi criada uma réplica das condições que havia na esteira de montagem, e
escolhidas ao acaso Cinco moças para participar da experiência. Nesta nova sala havia um
controle da luminosidade e os pesquisadores podiam contar às peças que cada moça produzia.
Introduziram certos melhoramentos nas condições funcionais, como períodos de descanso,
menos horas de trabalho por dia, lanches etc. O resultado foi um aumento tanto na produtividade,
quanto na satisfação das trabalhadoras com respeito ao trabalho. Outra vez, foram surpreendentes
para os pesquisadores que, quando em uma determinada etapa da pesquisa, suspenderam todas as
melhorias anteriormente introduzidas, as trabalhadoras continuaram satisfeitas e aumentando a
produtividade. A atitude das trabalhadoras com relação as suas tarefas e a atenção que recebiam
dos supervisores e dos pesquisadores eram, pelo menos tão importantes quanto as condições
materiais de melhoria do trabalho. Como estavam em um ambiente no qual a pesquisa era
entendida, esse evento gerou um conjunto posterior de experimentos que durou 6 anos, e que
redundou na criação de uma escola teórica de administração que até hoje influencia o modo

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como se gerencia, trata-se especificamente Escola das Relações Humanas. A pesquisa
evidenciou que a mudança comportamental foi provocada pelo sentimento e não pela luz. O fato
de sentir-se parte importante de um processo poder construir um grupo com quem se
compartilhava trabalho assim como objetivos comuns gerou o dinamismo que desaguou no
aumento da produtividade. Está claro que a esteira de montagem foi desfeita e criados grupos de
trabalho pequenos, mudaram as condições ambientais e sociais, foram introduzidos lanches,
clubes de recreação, proporcionadas condições para que os trabalhadores interagissem entre si,
enfim, tudo isso que hoje alguns ainda apresentam com ares de modernidade, vem dali, de uma
fábrica nos anos 20-30 do século passado. Foi a descoberta prática do quanto variáveis
psicológicas podiam influenciar na produtividade. O sentimento de pertença, de ser importante,
de ter um grupo de amigos com objetivos comuns, é provavelmente o conjunto de variáveis que
pode influenciar definitivamente entre o êxito ou o fracasso de um empreendimento. E isso deve
ser levado em conta na hora de administrar pessoas.
Outro aspecto que merece a pena chamar a atenção é o que trata da possibilidade de realizar
pesquisas aplicadas nas organizações. Aqui no Brasil existe pouca tradição nesse sentido, é uma
pena porque sem pesquisas ficamos na dependência do achismo daqueles que mais poder detém
no momento.

Comunicação grupal
A comunicação não é uma tarefa fácil, mesmo sob as melhores condições. Nossa capacidade de
nos relacionarmos com os demais e de trabalhar de forma eficaz com os outros depende em
grande medida de nossas habilidades de comunicação. No terreno dos grupos isto se complica
mais ainda dado o número e variações de inter-relações que se estabelecem. A comunicação é
entendida como o processo pelo qual as pessoas criam e enviam mensagens que são recebidas,
interpretadas e respondidas por outras pessoas. O propósito desse processo é desenvolver
significados que seriam compartilhados por membros do grupo. O processo de comunicação
consta dos seguintes elementos: emissor, receptor, mensagem e codificação. Como somos seres
interativos, conforme vimos acima, interferimos e criamos nossa realidade ao mesmo tempo em
que captamos por nossos sentidos o que vem do exterior. O processo de comunicação passa por
esse entendimento, de forma que a comunicação não é pura, no sentido de que ela sai do emissor
e chega ao receptor da mesma forma. Na verdade, ela é reinterpretada por cada um dos
receptores. Um teste simples pode aclarar esta questão. Quando estudamos em conjunto, lemos
objetivamente o mesmo texto, entretanto você deve estar bem lembrado das numerosas
discussões sobre se o autor disse isto ou aquilo. Ou seja, mesmo com uma fonte escrita, a
possibilidade de que a comunicação seja reinterpretada é muito elevada. Imagine o que ocorre
em nosso cotidiano, quando além da comunicação oral, incluímos a corporal, as emoções, o tom
da voz, o poder e toda a sutileza de um idioma! Um dos aspectos que mais deveria ser cuidado
nas organizações seria o das comunicações entre as pessoas, as equipes, os grupos.

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Entretanto, frequentemente é muito descuidado, gerando como consequências fortes resistências,
conflitos e muitas vezes prejuízos que poderiam ser evitados. Nesse sentido, foram estudas as
diversas redes comunicação, de forma a sabermos que devemos cuidar do modo como dispomos
as pessoas, por exemplo, quando queremos que elas participem mais ou menos em uma
discussão. Uma comunicação mais franca e aberta, deve se dar sempre em condições em que as
pessoas no grupo possam todas se olhar face a face. Mesas de reunião em linhas paralelas
significam que o diretor da reunião pouca opinião deseja de seus colegas, está mais interessado
em passar a informação do que em recebê-la. O problema é que geralmente não se tem a certeza
de que foi bem entendido e depois advém comportamento inesperado. Por outro lado, novas
formas de comunicação estão na ordem do dia. Os membros dos grupos não precisam estar
presentes para realizar as tarefas, compartilhar informações ou socializar-se. Portanto, surgiram
novas formas de grupalidade que podem ser as equipes virtuais nas organizações e os grupos de
apoio social na internet. Tecnologias da comunicação como videoconferência, fax, escâner, bases
de dados de informação, correio eletrônico, internet, estão permitindo formar equipes virtuais nas
organizações que separados temporal e espacialmente, fazem com que seus membros colaborem
e compartilhem conhecimentos de forma mais rápida apesar da distância, do tempo e dos limites
organizacionais. Um exemplo é este livro que foi escrito por autores que se encontram distantes
uns dos outros, às vezes em outros países, e nem todos se conhecem pessoalmente.

Conclusão
Durante a realização do presente trabalho concluímos que deve-se entender que os Grupo social
no contexto organizacional é uma forma básica de associação entre seres humanos que estão
mutuamente em interação. A Sociologia define grupo social como sendo toda reunião mais ou
menos estável de duas ou mais pessoas associadas pela interação. Devido à interação social, os
grupos têm de manter alguma forma de organização ao realizar ações conjuntas de interesse
comum. Pessoas numa fila para entrar num cinema não constituem um grupo social, pois não há
interação entre elas.

Os grupos sociais possuem alguma forma de organização. Eles compartilham normas, hábitos,
valores, costumes próprios e objetivos. Os grupos sociais se diferem quanto ao grau de contato
entre seus membros. Os principais grupos sociais são o grupo familial (família), o grupo vicinal
(vizinhança), o grupo educativo (escola, faculdade), o grupo religioso (instituição religiosa), o
grupo de lazer (clubes, associações), o grupo profissional (escritórios, empresas, loja) e o grupo
político (partido ou organização política).

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REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
Álvaro, J.L., & Garrido, A.L. (2003). Psicología Social: perpectivas psicológicas y sociológicas.
Madrid, McGraw-Hill.

Arrow,H., & McGrath, J. (1995). Membership dynamics in groups at work: a theoretical


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17, pp. 373-411). London: JAI Press Inc.

Buchanan, D., & Huczynski, A. (1985). Organizational behavior: an introductory text. London:
Prentice-Hall International.

Gladstein, D. (1984). Groups in context. A model of task group effectiveness. Administrative


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