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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Faculdade de Ciências Sociais e Políticas

Licenciatura em Administração e Gestão de Empresas – 1º ano

Haua Abdul

Manuela da Lúcia

Sadia Valy

Trabalho de Ética geral.

Tema:

 . FUNDAMENTOS DA ÉTICA ECONÓMICA

Docente:

Dr.Celestino Salgado

Quelimane

2022
Índice
1. Introdução..................................................................................................................3

1.2. Objectivos da pesquisa...........................................................................................3

1.2.1. Objectivo geral................................................................................................3

1.2.2. Objectivos específicos.....................................................................................3

1.3. Metodologia de pesquisa........................................................................................4

1.4. Estrutura do trabalho..............................................................................................4

2. Capitulo II: Revisão da literatura...............................................................................5

3. Fundamentos da ética económica...............................................................................5

3.1. Critérios básicos da moral económica....................................................................5

3.2. Noção......................................................................................................................5

3.3. Ética empresarial e sua Importância.......................................................................5

3.4. Responsabilidade Social.........................................................................................6

3.5. O Homem e a actividade económica social............................................................7

3.6. Sistemas económicos..................................................................................................7

3.6.1. Tipos de sistemas econômicos e suas características...........................................7

3.6.2. Capitalismo..........................................................................................................8

3.6.3. Socialismo............................................................................................................8

3.7. A moral e a economia da propriedade privada...........................................................9

4. Capitulo III: Considerações finais............................................................................11

4.1. Conclusão.................................................................................................................11

4.2. Referências bibliográficas....................................................................................12

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1. Introdução
A abordagem do trabalho é exatamente essa: no mundo empresarial e econômico há
uma grande diferença entre fazer o que é possível e fazê-lo com ética. Logo no primeiro
capítulo aprendemos que a ética é condição necessária para a sobrevivência humana em
sociedade e que o comportamento ético é sempre individual. Assim, mesmo que o
objeto do trabalho seja os fundamentos da ética empresarial e econômica, este visa
esclarecer sobre o caráter abstrato do “ente” empresa, uma vez que a empresa é formada
por indivíduos e, portanto, são os indivíduos que imprimem, ou não, um caráter ético à
organização.

Com a presente pesquisa poderemos perceber que tanto a política quanto a economia
estão subordinadas à ética, e que o comportamento ético leva à vida que vale a pena ser
vivida, ou seja, à vida feliz.

1.2. Objectivos da pesquisa


O vocábulo “objectivo”, tomado em seu sentido genérico, denota pretensão,
intencionalidade – finalidades sempre propostas quando se deseja buscar, descobrir e
realizar qualquer acção. Nestes termos, RAMOS e NARANJO, citado por VIDA
defende que os objectivos “permite precisar o fim da investigação e tem como
característica as especificidades orientadas para alcançar o que é central”, numa outra
perspectiva defende CERVO et all, quando defende que os objectivos (…) definem
muitas vezes, a natureza do trabalho, o tipo de problemas ser seleccionado e o material a
colectar. Assim o presente estudo desdobrasse em dos grandes objectivos,
nomeadamente: objectivo geral e objectivos específicos.

1.2.1. Objectivo geral


A presente pesquisa visa compreender os fundamentos da ética económica.

1.2.2. Objectivos específicos


 Analisar a relação existente entre o “homem” e a actividade económica moral;

 Compreender a moral e a actividade económica privada.

 Compreender os princípios básicos da moral económica;

 Descrever os dois tipos de sistemas económicos;

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 Identficar os tipos de sistemas económicos;

1.3. Metodologia de pesquisa


Para a presente pesquisa, optei em usar a pesquisa bibliográfica, tendo feito assim uma
coleta de dados a partir de artigos, livros e revistas científicas para utilizar como
citações.

1.4. Estrutura do trabalho


No capítulo introdutório é apresentada a introdução, os objectivos do estudo: geral e
específico que se esperam alcançar e a justificativa. Depois, é apresentada a definição
do problema de pesquisa, e a metodologia.

No segundo capítulo é apresentada a revisão da literatura, onde diferentes autores


apresentam os principais delineamentos acerca dos fundamentos da ética económica.

No último capítulo são apresentadas conclusões recomendações, referencia bibliográfica


utilizada para a elaboração do trabalho.

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2. Capitulo II: Revisão da literatura

3. FUNDAMENTOS DA ÉTICA ECONÓMICA

3.1. Critérios básicos da moral económica

3.2. Noção
Numa definição bem geral, ética aceita a existência da história da moral, tomando como
ponto de partida à diversidade de morais no tempo, entendendo que toda sociedade tem
sido caracterizada por um conjunto de regras, normas e valores, não se identificando
com os princípios e normas de nenhuma moral em particular nem adoptando atitudes
indiferentes ou diante delas.

A história da ética é um assunto complexo e que exigem alguns cuidados em seu estudo.
Como disciplina ou campo de conhecimento humano, ética se refere à teoria ou estudos
sistemáticos sobre a prática moral. Dessa forma ela analisa e critica os fundamentos e
princípios que orientam ou justificam determinados sistemas e conjunto de valores
morais. É, em outras palavras, a ciência da conduta, a teoria do comportamento moral
dos homens em sociedade.

A ética também estuda e trata à responsabilidade do comportamento moral, a decisão de


agir numa dada situação concreta é um problema prático moral; investigar se a pessoa
pôde ou não escolher e agir de acordo com a decisão que tomou é um problema teórico -
ético, pois verifica a liberdade ou o determinismo ao quais nossos actos estão sujeitos.
Se o determinismo é total e vem de fora para dentro (normas de conduta pré-
estabelecidas às quais devemos nos ajustar) não há qualquer espaço para a liberdade,
para a autodeterminação e, portanto para a ética.

3.3. Ética empresarial e sua Importância


A empresa tem sido entendida, doutrinariamente, como uma atividade econômica
organizada, exercida profissionalmente pelo empresário, através do estabelecimento.
(BULGARELLI, WALDIRIO. 1993 p. 22).

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Para um melhor entendimento uma empresa é uma organização particular,
governamental, ou de economia mista, que produz e oferece bens e/ou serviços, com o
objetivo de obter lucros.

Ética empresarial diz respeito a regras, padrões e princípios morais sobre o que é certo
ou errado em situações específicas.

A sociedade contemporânea apresenta um novo modelo para que a empresa possa


progredir e o Estado evolua adequadamente, mediante a mobilização construtiva de
todos os participantes, não só do plano político, pelo voto, mas também no campo
econômico, mediante várias formas de parcerias, com base na confiança e na lealdade
que devem presidir as relações entre partes.

Neste contexto, a empresa abandona a organização hierárquica e apodera do mundo


empresarial, com os valores que lhes são próprio, como iniciativa, com
responsabilidade, comunicação, transparência, tranqüilidade, inovação, flexibilidade,
nas lúcidas lições.

Em outras palavras Denny (2001, p.134), tem uma visão de que a empresa abandonando
sua estrutura originária, sob o comando dos proprietários de companhia, e agora, terá
que aceitar novas regras. Já nos dizeres de Wald (1989, p.5), há uma nova forma de
governo, com maior poder atribuídos aos acionistas e empregados e até a própria
saciedade civil, passando a ter verdadeiros deveres, não só com os seus integrantes e
acionistas, mas também com os seus consumidores, clientes e até com o meio ambiente.

Nesse sentido, entende-se, assim, que um regime de completa liberdade para uma nova
ordem na qual a liberdade das partes importa responsabilidade, devendo inspirar-se em
princípios éticos, abandonando-se a igualdade formal para atender às situações
respectivas dos contratantes, ou seja, à igualdade material. (OURIVES, 2006, p.6).

3.4. Responsabilidade Social


É a obrigação que a empresa assume com a sociedade, que inclui responsabilidades
econômicas e legislação.

As responsabilidades éticas são definidas como comportamento ou atividades que a


sociedade espera das empresas, mas que não estão codificadas em leis.

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A responsabilidade social é também aplicada à gestão dos negócios e se traduz como
um compromisso ético voltado para a criação de valores para todos os públicos com os
quais a empresa se relaciona: clientes, funcionários, fornecedores, comunidade,
acionistas, governo, meio ambiente. A responsabilidade social empresarial é um
movimento crescente em Moçambique e no mundo, que tem na adesão voluntária das
empresas a sua maior força.

3.5. O Homem e a actividade económica social


Uma economia é um sistema consolidado de atividades humanas relacionadas
à produção, distribuição, troca e consumo de bens e serviços de um país ou outra área.

A atividade económica gera riqueza mediante a extração, transformação e distribuição


de recursos naturais, bens e serviços, tendo como finalidade a satisfação
de necessidades humanas, como educação, alimentação, segurança, entre outros.

A composição de uma dada economia é inseparável da evolução tecnológica,


da história da civilização e da organização social, assim como da geografia e
da ecologia do planeta Terra, e.g. eco-regiões que representam diferentes oportunidades
de extração de recursos e de agricultura, entre outros fatores. A economia se refere
também à medida de como um país ou região está progredindo em termos de produção.

3.6. Sistemas económicos


Sistemas econômicos é a forma como uma sociedade se organiza em termos de modelo
de produção, de distribuição e de consumo dos bens e serviços.

Assim sendo, o sistema de produção é formado por todos os agentes – pessoas,


instituições, meios de produção, etc – e pela forma como eles se organizam e se
relacionam.

Ao longo da História, vários sistemas econômicos existiram, cada um com


características próprias. Houve desde o comunismo primitivo até modelos de
mercantilismo.

Na Idade Média, prevaleceu o sistema feudal, baseado na agricultura de subsistência e


de posse de terras. Houve ainda modelos amparados na escravidão, entre outros.

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3.6.1. Tipos de sistemas econômicos e suas características
Atualmente, existem dois tipos de sistemas econômicos vigentes.

O capitalismo é adotado na maior parte do mundo, ganhando status de sistema


dominante com o fim da Guerra Fria. Por outro lado, o socialismo resiste em alguns
poucos países. Cuba e Coreia do Norte são dois exemplos clássicos.

3.6.2. Capitalismo
Trata-se de um sistema econômico baseado na propriedade privada dos meios de
produção. Visa o lucro e a acumulação de riquezas.

O capitalismo prega a livre iniciativa e o livre mercado, com nenhuma ou pouca


intervenção do Estado. A teoria neste sistema é que a economia se autorregula graças à
lei da oferta e procura.

No sistema econômico capitalista, a presença do Estado é mínima. Ela deve se restringir


a poucos aspectos, em geral para garantir a propriedade privada e a estabilidade da
economia.

No capitalismo, existe a divisão em duas classes: os capitalistas, que são os donos dos
meios de produção – empresas, máquinas, terras produtivas, etc – e os proletários.
Nesse grupo, formado pela maioria da população, as pessoas vendem sua força de
trabalho em troca de um salário.

Este sistema econômico tem algumas vantagens. Devido à livre iniciativa e a busca por
lucro, ele permitiu muitos avanços tecnológicos. A produção de bens e produtos, além
de ampla e diversificada, é mais eficiente.

Há, porém, consequências negativas. O sistema capitalista é marcado por grande


desigualdade social, visto que a busca por acúmulo de bens é constante.

Em resumo:

 Propriedade privada;
 Livre mercado;
 Livre iniciativa.

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3.6.3. Socialismo
Em contraste com o capitalismo, no sistema econômico socialista os bens de produção
seriam coletivos e não mais propriedade privada. Defende a transformação de uma
sociedade que visa o lucro e a acumulação em uma sociedade igualitária

No socialismo, a presença do Estado é forte. A economia é planificada e totalmente


controlada pelo Governo. Assim, o Estado detém o poder de controlar salários, regular
produção e estoque.

Como resultado, não há divisão de classes. Afinal, se a economia é planificada e a


sociedade controla os bens de produção, não existem patrões e empregados.

Há duas vertentes do sistema econômico socialista. Uma delas é o socialismo utópico, e


foi a primeira linha de pensamento do modelo.

Os teóricos do socialismo utópico eram considerados reformadores, uma vez que


basicamente se detinham a mudar o capitalismo.

Em resumo:

 Não há propriedade privada;


 Economia planificada;
 Sem diferenciação dos trabalhos.

3.7. A moral e a economia da propriedade privada


A idéia da propriedade privada, além de estar de acordo com a nossa intuição moral e
ser a única solução justa para o problema da ordem social, representa algo ainda maior:
a instituição da propriedade privada é também a base da prosperidade econômica e do
"bem-estar social". Se as pessoas agirem de acordo com as regras que fundamentam a
instituição da propriedade privada, o bem-estar social será optimizado.

Todo acto de apropriação original melhora o bem-estar do apropriador (pelo menos ex


ante); caso contrário, tal acto não seria executado. Ao mesmo tempo, ninguém fica em
situação pior por causa desse acto.

Qualquer outro indivíduo poderia ter apropriado esses mesmos bens e territórios caso
ele tivesse reconhecido-os como escassos - logo, valiosos. Entretanto, considerando-se

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que nenhum outro indivíduo faz tal apropriação, ninguém mais pode ter sofrido uma
perda de bem-estar decorrente da apropriação original.

Portanto, o chamado critério de Pareto (que alega ser cientificamente legítimo dizer que
haverá uma melhora do "bem-estar social" somente se uma determinada mudança
aumentar o bem-estar individual de uma pessoa e não causar uma piora no bem-estar de
qualquer outra pessoa) está cumprido. Um ato de apropriação original satisfaz essa
condição.

Ele aumenta o bem-estar de uma pessoa, o apropriador, sem diminuir a riqueza física
(propriedade) de nenhuma outra. Todas as outras pessoas seguem tendo a mesma
quantidade de propriedade que tinham antes, exceto o apropriador, que ganhou uma
propriedade nova e previamente inexistente. Um ato de apropriação original sempre
aumenta o bem-estar social.

Finalmente, toda troca (transferência) voluntária de propriedade - seja ela uma


propriedade adquirida ou produzida - entre duas pessoas, também aumenta o bem-estar
social. Uma troca de propriedade só é possível se ambos os proprietários preferem
aquilo que irão obter àquilo de que estão abrindo mão. E com isso ambos esperam se
beneficiar da troca. Duas pessoas melhoram seu bem-estar após cada troca de
propriedade, enquanto que a propriedade sob o controle de todas as outras pessoas
permanece inalterada.

Em um contraste marcante, qualquer desvio da instituição da propriedade privada


necessariamente levará a perdas no bem-estar social.

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4. Capitulo III: Considerações finais

4.1. Conclusão
Finda pesquisa, chegamos a conclusão de que o comportamento considerado normal em
uma cultura pode ser inaceitável em outra. Nesse sentido, as práticas e processos de
comunicação adotados pelas empresas que atuam globalmente devem ser criticamente
analisados para não causar danos aos negócios.

Levantando questionamentos sobre quem ganha e quem perde com a inflação, o


crescimento econômico e a distribuição de renda, entre outros. Uma interessante
discussão em torno da finalidade da acção do homem introduz o conteúdo sobre a
relação entre ética e economia. Mais uma vez recorrem aos filósofos gregos, como
Sócrates, Platão e Aristóteles, para explicar a função da ética na vida do homem,
deixando claro que este tem uma finalidade e recebe uma moral que pode ou não seguir,
pois é livre para escolher. No entanto, as normas morais, ou seja, a ética é a chave da
sua felicidade. Assim, dizem os autores “agir desonestamente não torna feliz o homem,
pois vai contra a sua finalidade”.

Em nossa opinião é preciso que o mundo empresarial se conscientize cada vez mais de
que a ética empresarial é imprescindível para o seu desenvolvimento e crescimento no
campo dos negócios, e que só o lucro não faz a empresa andar e preciso que se aja de
forma ética. As empresas devem valorizar mais os clientes sem enganá-los, agindo de
forma ética, tendo responsabilidade, moral e um bom caráter apesar de que às vezes, ou
seja, em alguns momentos utilizamos do método antiético para sermos justos com nos
mesmos não deixando que algumas pessoas tentem nos enganar, só não podemos querer
passar por cima de tudo e todos para alcançar o que queremos. Ética Empresarial é a
alma do negócio.

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4.2. Referências bibliográficas
BULGARELLI, Waldírio. Sociedades comerciais. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1993, p. 22.

DENNY, Ercílio A. Ética e sociedade. Capivari: Opinião E., 2001, p. 134.

ALMEIDA, Guilherme. Sistemas económicos. https://www.certifiquei.com.br/sistemas-


economicos. Acesso em 04 de Outubro de 2022.

MARCONI, Maia de Andrade; LAKATOS, Eva Maria (2010), Fundamentos de


Metodologia Cientifica, 7ª ed. Editora atlas, são Paulo.

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