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MANAUS / AMAZONAS
2023
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CENTRO DE ENSINO TÉCNICO - CENTEC
TÉCNICO EM LOGÍSTICA
MANAUS / AMAZONAS
2023
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Sumário
1. INTRODUÇÃO.....................................................................................................................4
2. POSTURA ÉTICA NO EXERCÍCIO PROFISSIONAL......................................................5
3. DIFERENÇAS ENTRE ÉTICA E MORAL.........................................................................5
4. BENEFÍCIOS DE INCENTIVAR A ÉTICA NO EXERCÍCIO DE TRABALHO.............6
5. ÉTICA: SUA ORIGEM E INFLUÊNCIA NO MUNDO DOS NEGÓCIOS.......................7
6. A CONDUTA ÉTICA NO TRABALHO.............................................................................9
7. ÉTICA INDIVIDUAL VERSUS ÉTICA PROFISSIONAL...............................................10
8. CONCLUSÃO.....................................................................................................................11
9. REFERÊNCIAS..................................................................................................................12
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1. INTRODUÇÃO
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2. POSTURA ÉTICA NO EXERCÍCIO PROFISSIONAL
Ética vem do grego ethos, que significa morada, lugar certo. São princípios universalizantes,
perenes. Ética é a parte da filosofia que se preocupa com a reflexão a respeito das noções e
princípios que fundamentam a vida moral. Moral vem do latim mos, moris, que significa o
modo de proceder regulado pelo uso ou costume. Moral é o conjunto de normas livres e
conscientemente adotadas que visam organizar as relações das pessoas na sociedade, tendo
em vista o certo e o errado.
A Ética é a teoria e a Moral é a prática. A ética tem a ver com os princípios mais abrangentes
e universais, enquanto a moral se refere à conduta humana. A primeira aparece como um
horizonte que inspira, atrai e define o ser humano, e a segunda seria o caminho que nos
possibilita agir com ética. Assim, um termo nasce do outro.
A ética, na maioria das vezes, é interpretada como um sinônimo de moral, sendo sempre
vinculada ao significado da palavra moral. Porém, a ética tem autonomia e também se apoia
em várias outras áreas do conhecimento, como a antropologia e a história, objetivando a
analise do conteúdo do que é moral.
Por oportuno, a ética também examina a responsabilidade de
todos os atos humanos vinculados a moral. Um problema
prático-moral está sempre vinculado a uma situação concreta
de agir, haja vista que sempre existem dois caminhos para agir
diante da ação, assim, conclui-se um problema teórico-ético,
situando a vértice da liberdade ou o determinismo em que a
ação está sujeita. (ARANHA; MARTINS, 2009, p. 321).
Manuel Velásquez (1998, p.51), salienta que uma pessoa absorve a prática ética quando está
frente à determinada situação, onde busca e questiona os padrões morais absorvidos durante o
desenvolvimento. É nesse momento que o indivíduo encontra argumentos que podem ir contra
ou a favor dos padrões que ele mesmo acredita, testando a possibilidade de segui-los ou não.
As normas são os meios pelos quais os valores morais que os grupos sociais procuram se
manifestar, adquirindo um caráter regulatório obrigatório.
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A palavra moral é originária do latim mos – mores,
significando
“costumes”, conjunto de hábitos e regras adquiridos durante o
tempo, pelas
convenções histórico-sociais (VÁSQUEZ, 2001, p.13).
Segundo Aristóteles, a virtude moral é adquirida como resultado do hábito, senão vejamos:
A virtude moral é adquirida em resultado do hábito, donde ter-
se formado o seu nome (ethiké) por uma pequena modificação
na palavra ethos (hábito). Por tudo isso, evidencia-se que
nenhuma das virtudes morais surge em nós por natureza.
(ARISTÓTELES, 2001, p. 39).
A filosofia que compõe o conceito moral limita os conflitos de interesses humanos,
determinando que estes devam ser resolvidos e otimizados para melhorar a convivência dos
indivíduos no meio social. Portanto, conceitua-se moral como sendo a definição do
comportamento do homem diante da sociedade, podendo variar conforme sua cultura e o
período histórico vivenciado. Essas normas podem ser adquiridas pela educação, pela tradição
e pelo cotidiano. Já a ética, é o conjunto de valores que orientam o comportamento humano.
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“para que haja conduta ética é preciso que exista o agente
consciente, isto é, aquele que conhece a diferença entre bem e
mal, certo e errado, permitido e proibido, virtude e vício”
(CHAUÍ, 1997, p. 337).
Nos últimos tempos, o tema ética entrou no nosso cotidiano de forma mais acentuada.
Ouvimos falar em ética no governo, nas empresas, e em relação ao comportamento dos
indivíduos. Fazemos nós mesmos julgamentos sobre a ética das pessoas, dizendo que uma
pessoa é ética, ou um determinado comportamento é ético. Atualmente, é impossível nos
isolarmos desse conceito ou ignorarmos esse tema em nossas vidas tanto pessoais e
profissionais, como na sociedade em que vivemos.
Particularmente, não acredito que esse tema não fizesse parte da vida das pessoas no
passado. Acredito que com os meios de comunicação tão avançados, hoje se discute os temas
relevantes para a sociedade de forma mais ampla e fluida. O tema ética já é discutido há muito
tempo. Platão, que viveu de 428-348 a.C., é identificado como o primeiro grande filósofo
grego a tematizar em sua obra as principais questões éticas que chegaram até nossos dias. Em
seus diálogos iniciais, chamados “socráticos”, Platão denota que Sócrates levanta as questões
éticas fundamentais que a filosofia iria discutir e ainda discute hoje em dia, tais como o
entendimento dos conceitos de ética e moral e os critérios para a sua aplicação em situações
concretas com as quais nos confrontamos, nossa coerência na aplicação dessas idéias e as
razões e argumentos a que devemos apelar para justificá-las.
A ética desperta muito interesse nos dias atuais, sobretudo porque diz respeito diretamente à
nossa experiência cotidiana, levando-nos a uma reflexão sobre os valores que adotamos, o
sentido dos atos que praticamos e a maneira pela qual tomamos decisões e assumimos
responsabilidades. Hoje, por exemplo, a grande maioria das profissões tem seus códigos de
ética, numa tentativa de sistematizar os princípios de orientação para seus profissionais. No
entanto, sentimos que cada vez mais vivemos uma crise ética que vai desde
a situação política do país, passando por questões de corrupção na sociedade e no governo, até
problemas de relacionamento familiar.
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Quando fazemos um julgamento se um comportamento é ético ou não, estamos
avaliando, sobretudo, baseado na nossa formação familiar, social e profissional. Não temos
um código de ética familiar escrito; ele é implícito e observado pela nossa conduta. Não
temos um código de ética social amplo. Apesar de a família estar inserida na sociedade,
mesmo assim, nosso código de ética social tem tomado sua forma normativa através do nosso
cotidiano.
Observamos essa normatização nas convenções de condomínio, associações de bairro,
estatutos das igrejas, entre outros. Temos normas de condutas sociais amplas expressas nas
leis que regulamentam nosso país; assim como as expostas pelas instituições sociais como as
ONGs, que em muitos casos já evoluíram e foram adotadas por empresas e governos.
Entretanto, em relação à ética profissional propriamente dita, temos já há algum tempo
os códigos de ética profissional. Nesses casos, eles são referentes à ética e conduta, pois
prescrevem comportamentos a serem observados em certas circunstâncias. Como exemplo,
podemos citar o código de ética e disciplina da OAB, promulgado em fevereiro de 1995, e o
do Conselho Federal de Contabilidade, atualizado em outubro de 1996, entre tantos outros.
Atualmente, estamos vendo um movimento recente de adoção por parte das empresas e
corporações de códigos de ética próprios. Nitidamente, as leis de um país que regem uma
sociedade e os códigos de ética profissional não foram suficientes para que os
comportamentos dos indivíduos nas empresas refletissem atitudes éticas.
Atitudes imprópriasdentro de uma empresa, em nome da empresa, têm levado varias
companhias a situaçõesdesagradáveis e algumas vezes catastróficas. O tamanho dessas
empresas impossibilita oacompanhamento de todos de forma direta. Harmonizar o
comportamento dos profissionais deuma organização de acordo com seu crescimento é um
desafio muito grande, especialmente, sob a ótica da ética nos negócios.
Nos dias atuais, o comportamento ético dentro das empresas faz parte de um assunto
ainda maior e cada vez mais importante denominado governança corporativa. Cada vez mais,
as organizações estão sendo requeridas a adotarem boas práticas de governança que são
divididas em quatro componentes, sendo os três primeiros principalmente relacionados à
relação da empresa com seus acionistas. A prestação de contas pela administração; a
transparência das informações prestadas; a equidade no tratamento desses acionistas e, por
último, a responsabilidade corporativa; que objetiva a relação da empresa como uma entidade
inteira e completa, desde a sua relação com os próprios funcionários, bem como com os
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fornecedores, clientes, governo, entidades, instituições de classe, organizações não
governamentais, e até o próprio meio ambiente e a sustentabilidade.
Nesse contexto da governança corporativa é que a ética surge e toma vulto. As empresas
estão sendo influenciadas a adotarem uma governança corporativa forte; e a ética dos
profissionais é um dos seus principais componentes. Naturalmente, é impossível dissociar
qualquer elemento da governança dos seus agentes que são os próprios profissionais da
empresa. É dessa forma que o código de ética e conduta entra na vida das empresas, para
sustentar o comportamento dos indivíduos e conseqüentemente a governança corporativa
instituída.
Analisando de maneira mais abrangente, não somente as empresas, mas qualquer organização
deve ter um código de ética e conduta. Talvez, as empresas maiores, com maior
visibilidade ou de caráter público aparentem precisar mais de códigos, inclusive escritos.
Entretanto, isso não tira a necessidade de que organizações menores e até as familiares
também tenham seus códigos, mesmo que eventualmente não escritos, mas concebidos de
forma clara pelo seu fundador, proprietário ou gestor principal, para que os demais indivíduos
possam atuar de forma harmônica e em sintonia com uma conduta ética profissional.
A ética é daquelas coisas que todos sabemos o que é, mas que não é fácil de explicar
quando alguém nos pergunta. A ética não se confunde com a moral.
Ética significa:
- Reflexão crítica sobre a moralidade, sendo o termo moralidade entendido como juízos
morais, padrões e regras de conduta;
- Conjunto de princípios e disposições voltados para a ação, historicamente produzidos, cujo
objetivo é balizar as ações humanas;
- Espécie de cimento na construção da sociedade;
Ser ético é tudo aquilo que ajuda a melhorar o ambiente em que se vive tornando-o saudável.
A Constituição Federal direciona a sociedade sobre seus direitos e deveres, ratificando
–a como um dos mais belos textos sobre o respeito à dignidade da pessoa humana, aliás, a
Constituição tem como fundamentos: a soberania; a cidadania; a dignidade da pessoa humana;
os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; o pluralismo político. No entanto, o
cumprimento de tudo o que diz a Carta Magna não se faz por si só, nós somos o povo e o
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poder emana do povo, então cada um de nós tem a sua parcela de responsabilidade para nos
tornarmos uma sociedade ética, só assim ela será bem estruturada e organizada.
A ética, enquanto ramo base do conhecimento, tem por finalidade agregar o comportamento
humano no interior de cada sociedade. Qualquer sociedade enfrentará os dilemas atribuídos à
moral e à ética. Os dilemas morais fazem parte do reflexo das ações das pessoas, surgindo a
partir das consequências da ação e reação de um determinado indivíduo frente a um
acontecimento.
Segundo Mario Alencastro (1997, p.89), a ética profissional consiste em um conjunto de
normas de conduta que devem ser sugeridas e executadas durante o exercício profissional. As
ações reguladoras da ética atingem o desempenho profissional, fazendo com que o
profissional respeite à semelhança do próximo.
A ética individual consiste na construção continuamente
inacabada, pois persiste até o fim da vida. O ser humano, desde
seu nascimento, está sujeito à influência social, primeiramente
por intermédio da família, depois pela influência social na
escola, entre amigos, com os meios de comunicação, dentre
outros. Essas influências são adquiridas aos poucos, fazendo
com que se manifeste o aspecto moral social. Assim, o indivíduo
tem o livre arbítrio para acatar determinada norma devido sua
reflexão social, podendo ser chamada de interiorização.
(ALENCASTRO, 1997, p.90).
Aristóteles considera que a ausência de interiorização das normas gera comportamentos que
só podem ser regulados por medo das punições:
Com efeito, as pessoas em sua maioria não obedecem
naturalmente ao sentimento de honra, mas somente ao de
temor, e não se abstêm da prática das más ações por causa da
baixeza destas, mas por temer a punição, vivendo segundo os
ditames das emoções elas buscam seus próprios prazeres e
meios de chegar a eles, e evitam os sofrimentos contrários, e
não têm sequer uma noção do que é nobilitante e
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verdadeiramente agradável, já que elas nunca experimentaram
tais coisas. (ARISTÓTELES, 2001, p. 42).
8. CONCLUSÃO
O tema por hora abordado é bastante debatido nos meios organizacionais, tendo em vista a
necessidade de se manter a disciplina ética dentro das empresas. Dessa forma, o presente
artigo científico apresentou os conceitos atribuídos à ética e os princípios que a regem.
Com isso, o estudo demonstrou a necessidade atual gestão empresarial trazer profissionais
mais éticos para o mundo dos negócios, obtendo maiores vantagens competitivas. É
preciso que a organização dê o primeiro exemplo aos seus colaboradores, agindo de forma
honesta com todos aqueles que têm algum tipo de relacionamento com ela. Seus valores,
rumos e expectativas devem levar em conta todo esse universo. Acredita-se que bons
resultados profissionais e empresariais devem resultar de decisões morais ou éticas e que
ter padrões éticos pode significar bons negócios a longo prazo.
A ética, portanto, constitui o alicerce do tipo de pessoa que somos e do tipo de
organização que representamos. A reputação de uma empresa é um fator primário nas
relações comerciais, formais ou informais, quer estas digam respeito à publicidade, ao
desenvolvimento de produtos ou a questões ligadas aos recursos humanos.
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9. REFERÊNCIAS
DE SÁ, L. Ética profissional. 2. Ed. São Paulo: Atlas, 1998. SOARES, M.S. Ética e exercício social. Brasília:
Editora ABEAS, 1996. CAMARGO, M. Fundamentos de ética gerla e profissional. Petrópolis: Editora Vozes,
1999.
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. 12. ed. São Paulo: Ática, 199
VÁSQUEZ, Adolfo Sanchez. Ética. 21. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,
2001.
ALENCASTRO, Mario Sérgio Cunha. A importância da ética na formação de
recursos humanos. São Paulo: Fundação Biblioteca Nacional, n. 197.147, livro
339, 1997.
_______. Ética empresarial na prática. 1. Ed. Curitiba: Ibpex, 2010.
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; Martins MARIA Helena Pires. Filosofando:
Introdução à Filosofia. 4 ed. São Paulo: Moderna, 2009.
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. Tradução: Mário da Gama Kuriy. 4. ed. Brasília:
Editora Universidade de Brasília, 2001.
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