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Cibelly Cristine maia da silva, Irwink Hállis Ferreira Fernandes, Erisson vieira dos santos, Jessica

dos Reis Cpsta, Ingrid souza da silva, Gecilda de Moraes Araújo, Alcineide Arlete Araújo Vargas,
Izandra Dassy Cruz da Silva, Juliane Lima Corrêa, Amanda Duque Martins, Darby Almeida da
Costa, Anderson robalino Alvarez.

Patologias do Sistema Digestório

Manaus – AM
2020
Cibelly Cristine maia da silva, Irwink Hállis Ferreira Fernandes, Erisson vieira dos santos, Jessica
dos Reis Cpsta, Ingrid souza da silva, Gecilda de Moraes Araújo, Alcineide Arlete Araújo Vargas,
Izandra Dassy Cruz da Silva, Juliane Lima Corrêa, Amanda Duque Martins, Darby Almeida da
Costa, Anderson robalino Alvarez.

Patologias do Sistema Digestório

Trabalho solicitado pela Professora,


Enfermeira: Miriam Ramos de Carvalho,
para a obtenção da nota de participação
do curso de enfermagem.

Manaus – AM
2020
Sumário

INTRODUÇAO. .............................................................................................................. 4
OBJETIVO ESPECIFICO ............................................................................................... 4
DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO (DRGE) ......................................... 4
CÂNCER GÁSTRICO .................................................................................................... 5
HEMANGIOMA HEPÁTICO......................................................................................... 5
ADENOMA HEPATOCELULAR .................................................................................. 6
COLELITÍASE (CÁLCULOS DA VESÍCULA BILIAR) ............................................. 7
CONCLUSÃO..................................................................................................................8
BIBLIOGRAFIA..............................................................................................................8
INTRODUÇÃO:

O sistema digestório é composto por órgãos que atuam juntos para permitir a absorção da
maior quantidade de nutrientes possível dos alimentos ingeridos. Ele é formado pelos
seguintes órgãos: boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso e
ânus. Além disso, está ligado a glândulas que lançam sua secreção no interior do tubo
digestório, são elas: glândulas salivares, pâncreas, fígado e vesícula biliar. Esse conjunto
de órgãos deve funcionar em sintonia, mas às vezes, condições e doenças atrapalham, e
muito. Algumas são relacionadas ao nosso modo de vida e ajustes na alimentação, por
exemplo, são suficientes para manter a saúde em dia, mas em algumas apenas reeducação
alimentar não é o suficiente. Das mais diversas formas de patologias do sistema
digestório algumas apresentam grande incidência dentro da sociedade, que podemos
classifica-las como as principais patologias deste sistema. São estas: Doença do refluxo
gastroesofágico (DRGE), Câncer gástrico, Hemangioma hepático, Adenoma
hepatocelular e Colelitíase (cálculos da vesícula biliar).

OBJETIVO ESPECIFICO

Este trabalho tem como objetivo informar sobre estas doenças para uma melhor
compreensão sobre as mesmas, bem como descrever os cuidados prestados pelos
profissionais de enfermagem.

DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO (DRGE)


A doença do refluxo é o resultado do fluxo retrógrado de parte do conteúdo
gastroduodenal para o esôfago. Aumenta progressivamente após os 40 anos e em ambos
os sexos. O principal sintoma é a pirose que é a sensação de queimação retroesternal e
ocorre entre 30 e 60 minutos após a refeição, especialmente alimentação gordurosa,
condimentada e ácida. A endoscopia digestiva alta é o principal exame para o
diagnóstico, é capaz de avaliar a gravidade e fazer biópsias. A endoscopia pode também
diagnosticar a hérnia de hiato que á a passagem da transição esofagogástrica (linha Z)
acima do pinçamento diafragmático. Um outra forma de diagnosticar a DRGE é o teste
terapêutico (alívio dos sintomas com medicações para DRGE). Normalmente o
tratamento é clínico. As medidas dietéticas (perder peso, alterar a alimentação),
comportamentais, antiácidos, inibidores de receptores H2, inibidor de bomba de próton e
procinético, apresentam bons resultados. A cirurgia está indicada para pacientes que não
melhoram após o tratamento clínico bem realizado, pacientes com esofagite severa e
hérnia de hiato maior que 3 cm, complicações da esofagite. A cirurgia é realizada por
videolaparoscopia e consiste em recolocação do esôfago na cavidade abdominal,
aproximação dos pilares do diafragma (hiatoplastia) e envolvimento do esôfago pelo
fundo gástrico (fundoplicatura).
No que se refere aos cuidados de enfermagem quanto ao portador de DRGE podemos
listar as seguintes interversões:
– Elevação de 15 cm da cabeceira da cama;
– Moderar a ingestão dos seguintes alimentos na dependência da correlação com
sintomas: cítricos, café, bebidas alcoólicas e ou gasosas, menta, hortelã, tomate,
chocolate;
– Cuidados especiais com medicamentos potencialmente “de risco” (que podem
piorar o quadro clinico): anticolinérgicos, teofilina, bloqueadores dos canais de cálcio,
alendronato;
– Evitar deitar-se nas duas horas posteriores às refeições;
– Evitar refeições copiosas;
– Suspensão do fumo;
– Redução do peso corporal em obesos.

CÂNCER GÁSTRICO
O câncer do estômago no Brasil é o segundo mais frequente em homens e o quarto em
mulheres, sendo a segunda maior causa de óbito por neoplasia. Na maioria dos casos a
doença é diagnosticada em estádio avançado e a sobrevida em cinco anos na doença
localizada é superior a 50% enquanto que no paciente com metástase é 3%. O tipo
histológico mais comum é o adenocarcinoma, representando mais de 80% dos casos.
Os principais sintomas observados são a dor abdominal, geralmente epigástrica, perda de
peso, náusea, vômitos, anorexia, saciedade precoce e disfagia. Nos pacientes com doença
avançada pode ser observado massa abdominal, linfonodo umbilical (Irmã Maria José),
ascite (água no abdome), linfonodo supra-clavicular esquerdo (Virchow), fígado palpável
e implante para o ovário em mulheres (tumor de Krukenberg). O diagnóstico é realizado
através da endoscopia digestiva alta com biópsias múltiplas. Deve ser avaliada a
localização do tumor no estômago, a extensão da doença e o grau de invasão na parede. A
tomografia computadorizada de abdome deve ser realizada para verificar a presença de
doença avançada (linfonodos, ascite, metástase hepática). Os marcadores tumorais CEA,
CA 72.4 e CA 19-9 podem ser úteis no diagnóstico.
O tratamento consiste em gastrectomia total ou subtotal (dependendo da localização da
lesão), associado à linfadenectomia (retirada dos linfonodos) regional. A quimioterapia
está indicada e pode melhorar os resultados do tratamento cirúrgico. Os resultados do
tratamento paliativo não são bons, com o paciente apresentando sobrevida curta,
entretanto estão indicados em casos de obstrução e sangramento.
Os cuidados de enfermagem podem ser funcionalmente paliativos, durante o tratamento,
e de informação, dentre eles podemos listar.
– Reduzir a ansiedade
– Promover a Nutrição
– Aliviar da Dor
– Fornecer apoio psicossocial
– Promover o cuidado.

HEMANGIOMA HEPÁTICO
O hemangioma hepático é o tumor benigno mais comum do fígado, sendo observado em
2-7% da população geral. É mais comum em mulheres na relação de 5:1 a 6:1 e sua
incidência é maior entre a 3ª e 5ª década de vida. Seu desenvolvimento pode ter alguma
relação com níveis hormonais e a exposição a altos níveis de estrogênio e progesterona,
tais como ocorrem na multiparidade, gestação e uso de contraceptivos orais, que pode ser
a razão da frequência maior em mulheres. Entretanto sua patogênese ainda é
controversa. O uso frequente da ultrassonografia abdominal e tomografia
computadorizada para indicações variadas têm levado ao aumento no diagnóstico de
hemangiomas hepáticos.
O hemangioma hepático é normalmente assintomático e devido à ausência de sintomas o
tamanho do hemangioma pode variar muito quando descobertos. O hemangioma aumenta
de tamanho em 10-20% dos pacientes e, por ele ocupar espaço e deslocar outros órgãos,
pode tornar-se sintomático apresentando dor no quadrante superior direito do abdome,
náuseas e vômitos. Episódios de febre têm sido registrados naqueles pacientes com
hemangiomas gigantes, como resultado de trombose e necrose no hemangioma.
Hemangioma é definido como gigante quando apresenta tamanho igual ou superior a
quatro centímetros. Outros sintomas incluem sensação de compressão abdominal leve ou
até mesmo hemoperitôneo devido à ruptura do tumor. Apresentações incomuns como
icterícia obstrutiva, cólica biliar, torção de lesão pediculada e compressão gástrica podem
ser observadas. Complicações como trombose infarto e hemorragia têm sido registradas
nos hemangiomas gigantes e responsáveis por dor aguda severa. A ruptura traumática ou
espontânea de um hemangioma gigante é um achado incomum. Entretanto, quando
presentes, a mortalidade é elevada neste grupo de pacientes. O objetivo do tratamento
nestes casos é retirar o hemangioma, tornando a síndrome reversível. Em crianças a
presença de hemangiomas de pele no dorso e no tronco pode ser observado. Em algumas
situações pode contribuir para o diagnóstico de tumoração hepática inespecífica.
Os cuidados de enfermagem referente ao Hemangioma Hepatico, são em sua maioria
referente a alimentação e o controle da ansiedade pós cirurgia.

ADENOMA HEPATOCELULAR
O adenoma hepatocelular é um tumor de origem epitelial mais comum em mulheres na
idade fértil, tem associação com o uso de estrogênios, principalmente do uso de
contraceptivos orais e que pode complicar com sangramento por ruptura tumoral ou
transformação maligna. Pode estar associado à gravidez, uso de esteroides anabolizantes,
doença do depósito de glicogênio e anomalias vasculares. Quando existe dez ou mais
adenomas, denominamos adenomatose hepática. A suspensão do contraceptivo oral pode
reduzir o tamanho da lesão. São mais comumente observados no lobo direito.
Podem ser classificados em Grupo 1, adenomas do gene HNF1α (Fator nuclear
hepatocitário 1 alfa), observado em 35-40% dos adenomas e menos de 5% de
transformação maligna. O sangramento é a maior complicação. Grupo 2, adenomas com
mutação do gene β-Catenina, observado em 10-15% dos adenomas, apresentando maior
predisposição para transformação maligna. Grupo 3, adenomas inflamatórios, representa
25-35% dos adenomas. Observado em obesos, sinais de síndrome metabólica e consumo
de bebidas alcoólicas. Apresenta menor risco para transformação maligna, sendo o
sangramento a principal complicação. Grupo 4, adenomas não classificados,
representando 5-10% dos adenomas.
Normalmente são assintomáticos ou apresentam dor e desconforto no epigastro. Podem
apresentar sinais de hemorragia como complicação. Considerar que acometem
principalmente mulheres, entre a terceira e quinta décadas em uso de contraceptivo oral
por tempo geralmente superior a cinco anos. Geralmente são achados incidentais. A
função hepática está normal. O exame de imagem (tomografia computadorizada de
abdome, com contraste) se caracteriza por lesão hipervascular, na fase arterial.
Os cuidados de enfermagem nestes casos são em sua prioridade no tratamento da dor e na
qualidade de vida do paciente.

COLELITÍASE (CÁLCULOS DA VESÍCULA BILIAR)


Os cálculos da vesícula biliar são formados principalmente de colesterol, pigmentos
biliares e mistos. Os principais fatores envolvidos na formação dos cálculos são os fatores
genéticos, ambientais, idade, sexo e hormônios, paridade, obesidade, hiperlipidemias,
diabetes, cirurgias, doenças hemolíticas, parasitoses. Os pacientes podem não apresentar
sintomas ou cursarem com dor abdominal, geralmente contínua, no quadrante superior
direito do abdome, na região epigástrica, durando mais de meia hora, podendo irradiar
para as costas ou ombro direito. Pode estar relacionada com a ingestão de alimentos
gordurosos. O diagnóstico geralmente é feito utilizando a ultra-sonografia de abdome
superior. Podem ser observados cálculos múltiplos ou apenas um único cálculo. Os
microcálculos e a lama biliar (ou barro biliar) podem ser sintomáticos e apresentar
complicações.
As principais complicações da presença de cálculos na vesícula biliar são a colecistite
(inflamação da vesícula), coledocolitíase (migração do cálculo para o ducto colédoco),
colangite aguda (inflamação da via biliar comum, com dor, febre com calafrio e icterícia),
pancreatite aguda (inflamação do pâncreas) e câncer da vesícula biliar.
O tratamento é através de cirurgia. A cirurgia é a colecistectomia videolaparoscópica,
procedimento minimamente invasivo. Com três ou quatro incisões de 5 mm e 10 mm, a
vesícula biliar contendo os cálculos é retirada. O curso pós-operatório geralmente é sem
intercorrências e o paciente recebe alta hospitalar entre 12 e 24 horas após o
procedimento cirúrgico.
Podemos dividir os cuidados de enfermagem entre pré e pós operatório, dentro do pré,
podemos listar:
- Ingesta hídrica abundante
- Controle medicamentoso da dor
- Dieta
- Qualidade de vida.

Quando se refere aos cuidados pós operatórios consideramos os seguintes:


- Auxiliar o paciente em mudanças de decúbito;
- Auxiliar deambulação;
- Administrar medicamentos quando prescritos;
- Controlar sinais vitais;
- Higienização da ferida cirúrgica;
- Avaliar intensidade da dor;
- Colocar paciente em posição de Fowler baixa;
CONCLUSÃO

Podemos observar como as doenças do sistema digestório tem suas diversas


particularidades, tanto em sua forma de atacar o corpo humano, quanto em seus
tratamentos e nos cuidados de enfermagem. A participação no profissional de
enfermagem é a garantia de uma melhor qualidade de tratamento e na vida do paciente,
mesmo com os cuidados comuns e com os cuidados mais específicos.

BIBLIOGRAFIA

https://enfermagemnovidade.wordpress.com/2017/02/27/cancer-gastrico-e-os-cuidados-de-
enfermagem/

http://www.drorlandotorres.com.br/doencas-do-aparelho-digestivo/

https://www.biologianet.com/anatomia-fisiologia-animal/sistema-digestorio.htm

https://www.tuasaude.com/hemangioma-no-
figado/#:~:text=Normalmente%2C%20o%20tratamento%20mais%20utilizado,necess%C3%A1ria
%20radioterapia%20ou%20transplante%20hep%C3%A1tico.

https://sboc.org.br/noticias/item/1217-pacientes-com-carcinoma-hepatocelular-carecem-de-
linha-de-cuidados-no-brasil

https://enfermagemilustrada.com/colecistite/

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