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CANCÊR DE PÂNCREAS

•Edla Christie
•Isadora Ferreira
•Ledielda Ribeiro
•Victor Oliveira
Introdução

O câncer do pâncreas surge quando as células do pâncreas, (um órgão glandular atrás do
estômago) começam a multiplicar de forma descontrolada e formam um tumor.
Para entendermos mais sobre essa neoplasia, precisamos saber mais sobre a função desse
órgão. O pâncreas é responsável por secretar as enzimas que auxiliam na digestão e
hormônios que ajudam a regular os níveis de açúcar no metabolismo. Este tipo de câncer
costuma ser detectado tardiamente, se espalha rápido e tem um prognóstico ruim.
Fisiopatologia
O adenocarcinoma é o principal tipo de câncer do pâncreas. Ele normalmente não se
desenvolve antes dos 50 anos. A idade média no diagnóstico é de 55 anos e correspondi a 90%
dos casos diagnosticados. Podemos identificar fatores de risco hereditários e não hereditários
para o desenvolvimento do câncer de pâncreas. A menor parcela, algo em torno de 10% a 15%
dos casos, decorre de fatores de risco hereditários. Dentre esses podemos destacar as
síndromes de predisposição genética com associação ao câncer de pâncreas como:

Câncer de mama e de ovário hereditários associados aos genes BRCA1, BRCA2 e PALB2
Síndrome de Peutz-Jeghers
Síndrome de pancreatite hereditária
A maioria dos casos afeta o lado direito do órgão (a cabeça). As outras partes do pâncreas são
corpo (centro) e cauda (lado esquerdo). Pelo fato de ser de difícil detecção e ter
comportamento agressivo, o câncer de pâncreas apresenta alta taxa de mortalidade.

Os fatores de risco para câncer de pâncreas não hereditários:


Tabagismo
Pancreatite crônica
Obesidade
Ser do sexo masculino
Tipos raros de câncer de pâncreas • Ser da raça negra
Tipos raros de câncer de pâncreas
Adenocarcinoma pâncreas. Aproximadamente 95% dos casos de câncer de pâncreas
exócrinos são adenocarcinomas. Esses cânceres geralmente começam nos ductos
pancreáticos, mas às vezes se desenvolvem a partir das células que produzem as enzimas
pancreáticas (carcinomas de células acinares).

Tipos menos comuns de câncer exócrino. Os tipos menos comuns incluem carcinomas
adenoescamosos, carcinomas de células escamosas, carcinomas de células em anel de sinete,
carcinoma indiferenciado de células gigantes e carcinomas indiferenciados.

Carcinoma da ampola de Vater. Esse tipo de câncer começa na ampola de Vater, onde o ducto
biliar e o ducto pancreático se juntam antes de formar um conduto só e chegar ao intestino
delgado. Os cânceres ampulares não são tecnicamente cânceres de pâncreas, mas estão
incluídos neste tópico porque seus tratamentos são muito semelhantes ao desse tipo de
neoplasia. Esse câncer frequentemente bloqueia o ducto biliar, provocando icterícia (pele e olhos
amarelados). É normalmente diagnosticado em estágio mais inicial do que a maioria dos
cânceres de pâncreas, e geralmente tem um prognóstico melhor.

Nem todos os tumores no pâncreas são câncer. Alguns são benignos, enquanto outros podem se
tornar neoplasias se não forem tratados.

Neoplasias císticas serosas. Também conhecidas como cistoadenomas serosos, são tumores que
têm cistos preenchidos de líquido. Esses tumores são quase sempre benignos e a maioria não
precisa ser tratada, a menos que sejam grandes e estejam provocando sintomas.

Neoplasias císticas mucinosas. Também conhecidas como cistoadenomas mucinosos são tumores
que têm cistos preenchidos por uma substância gelatinosa, denominada mucina de crescimento
lento. Esses tumores quase sempre ocorrem em mulheres. Embora não seja propriamente um
câncer, algumas podem se tornar malignos se não forem tratados, por essa razão esses tumores
geralmente são retirados cirurgicamente.

Neoplasia mucinosa papilar intraductal. É um tumor benigno que cresce nos ductos pancreáticos.
Esse tumor produz mucina, e às vezes pode se tornar câncer se não for tratado. Algumas
neoplasias mucinosas podem apenas ser acompanhadas clinicamente, mas outras podem
precisar ser removidas cirurgicamente.

Neoplasia pseudopapilar sólida. São tumores raros, de crescimento lento que quase sempre
ocorrem em mulheres jovens. Mesmo assim, eles podem, às vezes, se disseminar para outras
partes do corpo, por isso devem ser tratados cirurgicamente. O prognóstico para os pacientes
com esses tumores é normalmente muito bom.
Sinais e sintomas
A maioria dos casos de câncer no pâncreas não apresenta sintomas na fase inicial, ou
apenas muito leves, o que dificulta a sua identificação. Entretanto, quando estes
sintomas estão intensos ou quando outros sintomas surgem, é possível que se esteja
em uma fase avançada. Pelo fato de ser de difícil detecção, o câncer no pâncreas
apresenta alta taxa de mortalidade, por conta do diagnóstico tardio e de seu
comportamento agressivo.

O cigarro aparece como principal fator de risco para o surgimento desse tipo de
câncer. “Quem faz uso do cigarro e seus derivados tem três vezes mais chances de
desenvolver câncer no pâncreas do que os não fumantes. E quanto maior a quantidade
e o tempo de consumo, maior o risco. A doença também está relacionada ao consumo
excessivo de gordura, carnes e de bebidas alcoólicas, e à exposição a compostos
químicos, como solventes e petróleo, durante longo tempo”.
As pessoas que sofrem de pancreatite crônica ou de diabetes melitus, submetidas a
cirurgias de úlcera no estômago ou duodeno, que passaram pela retirada da vesícula
biliar, bem como com histórico familiar de câncer têm mais chances de desenvolver a
doença.
Os sintomas dependem da região onde está localizado o tumor. Os mais perceptíveis
são perda de apetite e de peso, fraqueza, diarreia e tontura. “O tumor que atinge a
cabeça do pâncreas provoca icterícia, doença que deixa a pele e os olhos amarelados.
Quando o tumor avança, um alerta comum é a dor na região das costas.
Dores no abdômen e nas costas, indigestão, perda de peso e cansaço podem ser
comuns e parecer inofensivos à primeira vista, mas em alguns casos podem indicar um
problema grave: o câncer no pâncreas. Esses sintomas podem demorar a surgir,
dificultar o diagnóstico precoce e, consequentemente, o tratamento. Atualmente,
apenas uma em cada 10 pessoas diagnosticadas com câncer no pâncreas sobrevive
mais do que cinco anos. Isso acontece principalmente porque os pacientes são
diagnosticados tardiamente, quando as opções de tratamento já são muito limitadas.
Os cânceres que começam na cabeça do pâncreas podem comprimir o ducto biliar, na
parte proximal, levando à icterícia. Quando o câncer de pâncreas se dissemina para o
fígado, também pode causar icterícia. Mas os cânceres que começam no corpo ou na
cauda do pâncreas não pressionam o ducto até que se disseminem pelo pâncreas. A
essa altura, o tumor geralmente já se disseminou além do pâncreas
Existem outros sinais de icterícia, bem como o amarelamento dos olhos e da pele:
 Urina escura: Às vezes, o primeiro sinal de icterícia é o escurecimento da urina
devido a bilirrubina;

 Fezes de cor clara ou oleosa: Se o ducto biliar estiver obstruído, as fezes


podem ser de cor clara ou acinzentadas. Além disso, se as enzimas biliares e
pancreáticas não conseguirem chegar aos intestinos as fezes podem ficar
gordurosas e com uma coloração mais clara;

 Coceira na pele: Quando a bilirrubina se acumula na pele, pode provocar


coceira, além de tornar a pele amarelada;
 Dor abdominal ou nas costas: Dor no abdome ou nas costas é comum no
câncer de pâncreas, uma vez que o crescimento do tumor pode comprimir os
órgãos vizinhos, provocando dor. O câncer também pode se disseminar para os
nervos ao redor do pâncreas, o que muitas vezes provoca dores nas costas;

 Perda de peso e falta de apetite: A perda de peso não intencional é muito


comum em pacientes com câncer de pâncreas. Esses pacientes têm pouca ou
nenhuma apetite;

 Náuseas e vômitos: Se o tumor estiver pressionando o estômago, pode


bloqueá-lo parcialmente, dificultando a passagem dos alimentos. Isso pode
causar náuseas, vômitos e dores que tendem a piorar após as refeições;

 Aumento da vesícula biliar ou aumento do fígado. Se o câncer bloqueia o


ducto biliar, a bile pode se acumular na vesícula biliar, provocando um
aumento da mesma.

Diagnóstico
Entre os exames que podem ser solicitados estão os de sangue, fezes, urina,
ultrassonografia abdominal, tomografia, ressonância nuclear de vias biliares e da
região do pâncreas. A confirmação se dá por biópsia de tecido do órgão.

Tratamento para câncer


O câncer no pâncreas tem chances de cura se for descoberto na fase inicial. Nos casos
onde a cirurgia é uma opção, o mais indicado é a retirada do tumor. “Há, ainda, os
procedimentos de radioterapia e quimioterapia, associados ou não, que podem ser
utilizados para redução do tamanho do tumor e alívio dos sintomas

Tratamento Cirúrgico
A cirurgia potencialmente curativa só deve ser realizada se houver a possibilidade de
que todo o tumor seja removido. Já que a sobrevida não aumenta com a remoção de
apenas uma parte do tumor.
Ainda assim, a cirurgia para câncer de pâncreas é uma das mais difíceis de ser
realizada. Porque a recuperação pós-cirúrgica é lenta e existem grandes chances de
que ocorram complicações. Sendo assim, o paciente, juntamente à equipe médica,
cirúrgico.
No momento do diagnóstico, estima-se que 20% dos cânceres pareçam estar
confinados ao órgão. Entretanto, não é em todos os casos que estes são operáveis.
Grande parte das vezes, o cirurgião só terá como constatar que o tumor cresceu
demais para ser completamente removido após deve avaliar os potenciais riscos e
benefícios antes de optar pelo procedimento o início da cirurgia.
Quando isso acontece, o profissional deve decidir entre interromper o procedimento
ou continuá-lo, com a finalidade de aliviar ou prevenir os sintomas. Pois dificilmente a
doença seria curada com a cirurgia planejada, além de poder causar importantes
efeitos colaterais. E, ainda, estender o período de recuperação no pós-cirúrgico que,
consequentemente, atrasaria o início de outras alternativas de tratamentos.

A cirurgia pode curar o câncer de pâncreas?


A única chance real para que o câncer de pâncreas exócrino seja curado
completamente é por meio de uma cirurgia. Contudo, nem sempre leva à cura. O fato
é que algumas células cancerígenas remanescentes podem já ter se disseminado para
outras partes do corpo, ainda que todo o tumor seja removido. Eventualmente, essas
células podem vir a se transformar em novos tumores mais difíceis de serem tratados.
As taxas de sucesso a longo prazo são melhores para cirurgia em tumores
neuroendócrinos do pâncreas. Uma vez que a susceptibilidade destes tipos de câncer
serem curados cirurgicamente é maior.
Vale mencionar, ainda, que a maioria das cirurgias curativas são indicadas quando o
tumor é localizado na cabeça do pâncreas. Por se encontrar próximo ao conduto biliar,
esse tumor provoca icterícia, o que favorece um diagnóstico mais precoce para ser
removido.

Existem três tipos de cirurgia usadas para remoção de tumores do pâncreas que são:

 Duodenopancreatectomia (cirurgia de Whipple): Considerando que 90% dos


tumores se localizam na cabeça do órgão, a cirurgia de Whipple é a mais
comum para tratar o câncer de pâncreas. Nela, é removido o duodeno (cabeça
do pâncreas), a parte final da via biliar e a vesícula biliar. Sua duração é de
quatro a seis horas e é considerada uma das maiores cirurgias do aparelho
digestivo;

 Pancreatectomia Distal: Quando o tumor fica localizado na cauda do pâncreas,


a cirurgia a ser feita é a pancreatectomia distal. Nesse procedimento, é comum
que o baço seja removido juntamente com o pâncreas. Portanto, antes da
cirurgia, o paciente precisa receber vacinas para meningite e pneumonia – já
que o baço tem grande importância no combate dessas infecções;

 Pancreatectomia Total: Este tipo de cirurgia para câncer de pâncreas é


raramente utilizado e tem como principal efeito colateral o aparecimento de
diabetes no pós-operatório. É a cirurgia para remoção do pâncreas inteiro.
Neste caso, quando o pâncreas é completamente removido, os pacientes ficam
sem qualquer célula que produza a insulina. Porém, existem modernas terapias
com novas insulinas que ajudam a controlar as consequências. Além de
dispositivos implantáveis, como as bombas de insulina.

Tratamento conservador (medicamentoso)


Existem três tipos de conversador medicamentoso:

 Quimioterapia: reações indesejadas a medicamentos administrados com


a finalidade de matar células cancerosas;

 Radioterapia: pode ser usada antes da cirurgia para diminuir o tamanho do


tumor, ou depois da cirurgia para eliminar as células cancerígenas restantes;

 Droga quimioprotetora: reduz os efeitos colaterais do tratamento de


quimioterapia.
A quimioterapia geralmente faz parte do tratamento do câncer de pâncreas e pode ser
usada em qualquer estágio da doença:

 Tratamento neoadjuvante: É administrada antes da cirurgia para tentar reduzir


o tamanho do tumor, para que ele possa ser removido com uma cirurgia menos
extensa;

 Tratamento adjuvante: É administrada após a cirurgia para destruir as células


cancerígenas remanescentes para diminuir a chance da recidiva;

 Tratamento de metástases: É administrada na doença avançada na qual os


tumores não podem ser completamente removidos cirurgicamente.
Quando a quimioterapia é administrada junto com a radioterapia é conhecida como
quimiorradiação e potencializa a radioterapia, entretanto pode apresentar mais efeitos
colaterais.
Na maioria dos casos (especialmente como tratamento adjuvante ou neoadjuvante), a
quimioterapia é mais eficaz quando administrada em combinações de dois ou mais
medicamentos. Para os pacientes que apresentam um bom estado de saúde
geralmente são administrados dois ou mais medicamentos simultaneamente. Para os
pacientes que não apresentam um bom estado geral de saúde para receber
tratamentos combinados, um único medicamento, geralmente gemcitabina, 5-FU ou
capecitabina, é administrado.
Os medicamentos mais comuns usados para a quimioterapia adjuvante e
neoadjuvante incluem: Gemcitabina, 5-fluorouracilo (5-FU), oxaliplatina, paclitaxel
(ligado à albumina), capecitabina, cisplatina, irinotecano e quimioterapia.
Para câncer de pâncreas avançado: Gemcitabina, 5-fluorouracil ou capecitabina,
irinotecano ou irinotecano lipossomal, Agentes de platina: cisplatina e oxaliplatina,
taxanos: paclitaxel, docetaxel e paclitaxel (ligado a albumina).
A quimioterapia é administrada em ciclos, com cada período de tratamento seguido
por um período de descanso, para permitir que o corpo possa se recuperar. Cada ciclo
de quimioterapia dura em geral algumas semanas.
A quimioterapia adjuvante e neoadjuvante é frequentemente administrada por um
período total de 3 a 6 meses, dependendo dos medicamentos utilizados. A duração do
tratamento para o câncer de pâncreas avançado é baseado na resposta do tratamento
e nos efeitos colaterais que o paciente possa estar apresentando.
Possíveis efeitos colaterais os quimioterápicos não destroem apenas as células
cancerígenas, danificando também algumas células normais, o que pode levar a
diversos efeitos colaterais. Esses efeitos dependem do tipo de medicamento utilizado,
dose administrada e tempo de tratamento, podendo incluir:
Náuseas e vômitos, perda de apetite, perda de cabelo, inflamações na boca, diarreia
ou constipação, infecção (devido a diminuição dos glóbulos brancos), hematomas ou
hemorragia (devido a diminuição das plaquetas), fadiga (devido a diminuição dos
glóbulos vermelhos).
Estes efeitos colaterais são geralmente de curto prazo e desaparecem após o término
do tratamento. Se ocorrerem efeitos colaterais graves, a quimioterapia pode ter que
ser reduzida ou suspensa por um período de tempo.
Alguns medicamentos quimioterápicos podem provocar outros efeitos colaterais, por
exemplo,
Os medicamentos como cisplatina, oxaliplatina e paclitaxel podem danificar nervos,
levando à chamada neuropatia periférica;
A cisplatina pode provocar problemas renais. Os médicos tentam evitar isso,
prescrevendo a ingestão de líquidos antes e depois da administração da medicação;
A cisplatina pode afetar a audição. O médico pode perguntar se você tem algum
zumbido nos ouvidos ou perda auditiva durante o tratamento.
DADOS ESTATÍSTICOS

O câncer de pâncreas é responsável por cerca de 3% de todos os tipos de


cânceres nos EUA, representando 7% das mortes por câncer no país. É
ligeiramente mais comum em homens que em mulheres. O risco médio de
uma pessoa desenvolver câncer de pâncreas durante sua vida é de cerca de 1
em 64.

Sobrevida média de pacientes com câncer


de pâncreas que atinge Steve Jobs é de
cinco anos

O câncer de pâncreas, doença que fez Steve Jobs pedir afastamento e controle
da apple, segunda empresa mais valiosa do planeta, é um dos tipos do mal
com maior índice de mortalidade. O motivo que levou ao afastamento de
Jobs ainda não foi publicamente explicado, mas tudo indica que tenha
relação com os sérios problemas de saúde vividos pelo americano há quase
oito anos. Desde 2003, Jobs enfrenta um subtipo raro da doença: o carcinoma
neuroendócrino de pâncreas. Segundo a Organização Mundia de Saúde, todos
os anos são registrados quase 145.000 novos casos de câncer de pâncreas e
cerca de 139.000 mortes. Sem um diagnóstico precoce eficiente, a doença
chega a vitimar, em até cinco anos, 95% dos pacientes que desenvolvem o
tumor.
A doença de Steve Jobs
1. • 2003: Steve Jobs é diagnosticado com um câncer no pâncreas. Antes de se
render aos tratamentos convencionais, ele tenta terapias alternativas durante
nove meses
2. • 2004: O empresário passa por uma cirurgia para a remoção do tumor e chega
a afirmar que o câncer havia sido exterminado. À época, Jobs afirmou não ter
feito quimioterapia e radioterapia
3. • 2009: O empresário passa por um transplante de fígado. A operação poderia
ter sido realizada para tentar reverter os danos causados pela metástase do
tumor. Jobs, no entanto, nunca fez uma declaração pública explicando os
motivos do transplante
4. • 2010: Jobs afasta-se temporariamente da direção da Apple, deixando Tim
Cook no controle dos negócios
De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), no Brasil o
câncer de pâncreas é responsável por cerca de 2% de todos os tipos de câncer
diagnosticados e por 4% do total de mortes por câncer. Esse câncer é mais
comum após os 50 anos de idade, e é quase duas vezes mais frequente em
homens do que em mulheres. E de duas a três vezes mais frequente entre
fumantes. A doença é costumeiramente subdividida em dois grupos: os
tumores exócrinos, que crescem nos dutos responsáveis pela produção
enzimas que ajudam na digestão, e os endócrinos, que se formam em células
especializadas na produção de hormônios, como a insulina.

Entre os exócrinos, está o adenocarcinoma, tipo responsável por cerca de 95%


dos casos de câncer de pâncreas no mundo. “Esse tipo tem um prognóstico
muito ruim, a sobrevida do paciente pode ser de menos de um ano”, diz
Raquel Riechelman, oncologista especializada em câncer gastrointestinal do
Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp). Isso acontece por dois
agravantes: além das células cancerígenas tenderem a se multiplicar de
maneira rápida, não há exames preventivos para detecção precoce do tumor.
Como a cirurgia para remoção do tumor não é indicada para cerca de metade
dos casos de adenocarcinoma, o tratamento da doença é feito com
quimioterapia e/ou radioterapia.

Apesar de raro, o tumor do empresário Steve Jobs é um tipo menos agressivo


da doença. Classificado entre os endócrinos, o carcinoma neuroendócrino de
pâncreas costuma ter um desenvolvimento mais lento, o que acaba
aumentando a sobrevida do paciente. Como tem origem nas células
especializadas do órgão, ele pode interferir diretamente na produção de
hormônios como a insulina e o glucagon (ambos relacionados ao diabetes).
Nesses tipos de tumor, o tratamento geralmente tem origem com o
procedimento cirúrgico, para tentar a remoção completa do tumor – e não
costuma ser seguido de quimioterapia. Em geral, o procedimento depois da
cirurgia é paliativo – com o objetivo de aliviar a dor do paciente. O protocolo
é variado.

Entre os sintomas do câncer de pâncreas estão, de maneira mais comum, a


icterícia (olhos e pele ficam amarelados), que pode levar à coceira pelo corpo
e a casos de infecções; vômitos; perda de peso sem causa aparente; falta de
apetite; dores de cabeça; sudorese; mal-estar; e uma dor abdominal que pode
ser irradiada para as costas. “Em casos mais raros, o paciente pode ter ainda
diabetes, em função da obstrução do fluxo de substâncias”, diz Daniel
Herchenhorn, chefe da Oncologia Clínica do Inca.

Prevenção – No Brasil, estima-se que haja todos os anos mais de 9.000 novos
casos e quase 7.000 mortes. Segundo Antônio Carlos Buzaid, coordenador
geral do Centro Avançado de Oncologia do Hospital São José, a doença é
silenciosa e apresenta sintomas apenas quando já está em estágio avançado.
“É muito difícil curar um paciente com câncer no pâncreas, porque, quando se
descobre a doença, ela já está desenvolvida e até em metástase”, diz.
A taxa de sobrevida global no primeiro ano após o diagnóstico de
adenocarcinoma é de 26%, com uma taxa de sobrevida de apenas 6% em
cinco anos. Quando a doença consegue ser identificada em seu estágio inicial,
no entanto, com a remoção do tumor ainda viável, a taxa de sobrevivência
sobe para 23% no mesmo período. A sobrevida média de pacientes com
câncer de pâncreas costuma ser de um ano para casos de adenocarcinoma e de
até cinco anos para o carcinoma neuroendócrino – caso de Jobs.
Metástase – À medida que cresce, já em estágios avançados, o câncer de
pâncreas pode atingir outros órgãos do corpo. Os primeiros afetados
costumam ser o fígado e sistema linfático do paciente. “Em casos muito
específicos e selecionados, o transplante de fígado pode ser benéfico”, diz
Herchenhorn. Os especialistas afirmam, no entanto, que a técnica ainda pouco
usual também traz riscos ao paciente. “Pode-se acabar colaborando com a
metástase, porque no transplante você suprime o sistema imunológico do
paciente”, diz Buzaid.

Prognóstico do câncer de pâncreas


Uma vez que o adenocarcinoma do pâncreas geralmente já se disseminou a
outras partes do corpo antes de ser descoberto, o prognóstico para o câncer de
pâncreas é muito ruim. Menos de 2% das pessoas com adenocarcinoma do
pâncreas têm uma sobrevida superior a cinco anos após serem diagnosticadas.
CURIOSIDADE SOBRE O CANCÊR DE
PÂNCREAS

Gene poderia explicar razão do câncer de pâncreas ser tão


agressivo

O câncer de pâncreas é uma doença com uma taxa de sobrevivência muito baixa. Uma das
razões é por ser notoriamente difícil a sua detecção nas fases inicias, o mesmo quando é
diagnosticado precocemente, mata mais de um terço dos pacientes. Agora, um novo estudo
pode ajudar a explicar as razões do câncer de pâncreas ser tão mortal.

O estudo, que foi publicado na revista Genes and development, sugere que um gene
chamado ATDC –também conhecido como TRIM29 –desempenha papel fundamental para
ajudar os tumores pancreáticos pré-invasivos progredirem para um estado metástico
atingindo outras partes do corpo.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), no Brasil, o câncer de pâncreas é


responsável por cerca de 2% de todos os tipos de câncer diagnosticados e por 4% do total
de mortes por essa doença. Raro antes dos 30 anos, torna-se mais comum a partir dos 60
anos. Segundo a União Internacional Contra o Câncer (UICC), os casos da doença
aumentam com o avanço da idade: de 10/100.000 habitantes entre 40 e 50 anos para
116/100.000 habitantes entre 80 e 85 anos. A incidência é mais significativa em homens.

“ Nós sabemos que os pacientes em estágio inicial de câncer de pâncreas tem uma taxa de
sobrevivência de apenas 30%. Isto sugere que, mesmo nessa fase muito precoce, já
existem células cancerígenas que se espalharam para partes distantes do corpo.” Segundo
Dra. Diane M. Simeone, diretora do Centro de Câncer do Pâncreas da Universidade de
Michigan, que participou da elaboração dos estudos.

A equipe já sabia que o ATDC está envolvido em cerca de 90% dos canceres de pâncreas,
promovendo crescimento e a propagação dos tumores. O que não estava claro era como
funcionava esse mecanismo. A descoberta lança nova luz sobre essa área.
Para o estudo ratos utilizados pela equipe foram criados de forma desenvolverem câncer
pancreático semelhante ao que surge nos seres humanos. Eles também estudaram amostras
de tecidos de pâncreas e lesões pancreáticas pré-invasivas.
Os pesquisadores descobriam que o gene ATDC foi expresso em um grupo de células pré-
invasivas e também ajudou a desenvolver células tronco do câncer de pâncreas – um
pequeno grupo de células do tumor de pâncreas que estimula seu crescimento e
disseminação. Descobriram também que o ATDC parece estar envolvido em ajudar células
cancerígenas a mudarem de estado - um processo denominado “ transição para epitelial –
mesenquimal”, ou EMT, o que resulta em células que migram mais facilmente. Portanto,
eles sugerem que ATDC incentiva o tumor invasivo a se espalhar precocemente no curso
do câncer de pâncreas.
Os autores concluem que seus resultados são a prova de uma nova via molecular para
promoção da EMT no desenvolvimento do câncer de pâncreas, com o ATDC sendo um
regulador próximo ao EMT.
Atualmente não à drogas que atacam esse caminho molecular e os pesquisadores propõem
que o ATDC poderia ser um alvo importante para frear a doença. Eles já estão trabalhando em
uma maneira de fazer isso através da criação de uma estrutura em 3D que pode ser usada
como modelo para o desenvolvimento de novas drogas.
A equipe diz que dados preliminares também sugerem que o ATDC pode desempenhar uma
papel semelhante em outros tipos de câncer, tais como do ovário, bexiga, colo-retal e do
pulmão, bem como mieloma múltiplo.
No entanto, a Dra. Simeone diz que importante se concentrar em câncer de pâncreas, pois
novas opções de tratamento são extremamente necessárias em função das taxas de sobrevida
associadas a doença. O câncer de pâncreas esta prestes a se tornar a segunda maior causa de
morte por câncer nos Estados Unidos em 2030, observa a pesquisadora.

Complicações
Dentre as complicações mais comuns, estão: formação de pseudocístos em 10% (cistos no
pâncreas); obstrução do duodeno ou das vias biliares em 5 a 10% (canal biliar); ascite e derrame
pleural (líquido livre no interior do abdômen e em volta do pulmão, respectivamente); trombose
da veia esplênica (veia do baço que passa junto ao pâncreas); formação de pseudoaneurismas ; e
câncer de pâncreas. O risco de vir até um câncer parece ser maior em pacientes com história de
pancreatite crônica. Outra complicação são episódios recorrentes de pancreatite aguda,
principalmente em pacientes alcoólatras que continuam ingerindo bebida alcoólica.
O papel da enfermagem paliativista

O papel da enfermagem é atuar em prol da comunicação com eficácia, aberta e adaptada ao


contexto terapêutico, que visa à negociação de planos assistenciais com o paciente e sua
família de modo a coordenar o cuidado planejado. O planejamento das ações está em
conformidade com a família, o paciente e a equipe assistencial, privilegiando a comunicação
adequada, garantindo apoio aos envolvidos e permitindo flexibilidade nas visitas e, se possível,
um acompanhante . Para o atendimento dos acompanhantes do doente ser completo, é
importante que seja reconhecido como familiar todo aquele que demonstra um vínculo
afetivo ao participar do processo final da vida do paciente . Deve ser uma preocupação dos
gestores a garantia da privacidade no espaço físico e nas relações entre os que estão
morrendo e seus familiares. Deve- se, também, reconhecer e respeitar os valores culturais e
as crenças de cada doente. Contudo, o enfrentamento da doença na família depende de
alguns fatores que estão intimamente relacionados ao estágio da vida em que a família se
encontra. É essencial a análise do papel desempenhado pelo acompanhante do doente
quanto às implicações que o impacto da enfermidade causa e o modo como se organizam
durante o período da doença. Ressaltando a importância da inclusão nos cuidados paliativos
da assistência aos familiares após a morte do paciente. ~

Diagnósticos e Intervenções de enfermagem.

A NANDA definiu, em 1990, o diagnóstico de enfermagem como sendo um julgamento


clínico das respostas do indivíduo, da família ou da comunidade aos processos vitais ou
aos problemas de saúde atuais ou potenciais, que fornecem a base para a seleção das
intervenções de enfermagem para atingir resultados pelos quais o enfermeiro é
responsável. Portanto, o uso dos diagnósticos de enfermagem beneficia a ambos,
porque direciona a assistência de enfermagem para as necessidades de cada cliente,
facilita a escolha de intervenções mais adequadas, registra de forma objetiva as
reações do cliente e permite subsequente avaliação dos cuidados de enfermagem.

Atuação do enfermeiro
As ações do enfermeiro compreendem, em sua essência, o cuidado em si,
independente do objetivo do tratamento ser preventivo, curativo, de reabilitação ou
paliativo. A enfermagem é a arte de cuidar de doentes, com compromisso, sinceridade
e conhecimento técnico-científico, necessária a todo ser humano em algum momento
ao longo da sua vida. Nos cuidados paliativos o enfermeiro desenvolve ações de
diferentes abrangências quando o paciente encontra-se internado ou em domicílio
onde, na maioria das vezes, ele é acompanhado por cuidadores - familiares ou não - ou
técnicos de enfermagem. Neste ambiente ele traça o plano de cuidados, orienta o uso
das medicações, de acordo com a prescrição médica, para facilitar a sua administração
a intervalos, faz e orienta a realização de curativos, coloca sondas e cateteres -
orientando sobre o seu manuseio diário – aplica hidratação parenteral e subcutânea,
entre outros. Orienta sobre a adequação da residência para facilitar a mobilização do
doente e sobre os cuidados de higiene a serem oferecidos e mostra a importância de
proporcionar-lhe um ambiente agradável e organizado. Apesar das diversas limitações
e incapacidades que o paciente apresenta nessa fase da doença, o enfermeiro, por
meio da demonstração e da educação, procura estimular e promover as adaptações
necessárias ao auto-cuidado, em respeito à preservação da autonomia e da dignidade
humana, favorecendo o desenvolvimento das suas habilidades que possam contribuir
para o bem estar. Para tal, ele orienta o paciente e o cuidador, na prática das ações,
apoiando-os física e psicologicamente, sempre que necessário, tendo como principal
objetivo o cuidado integral. Em determinadas situações, promover as condições e
estimular o auto-cuidado pode ser um processo árduo e negado pelo próprio paciente
e seus familiares, porque as sequelas da doença ou das terapêuticas instituídas
previamente podem provocar alterações na autoconfiança, na auto-imagem e na auto-
estima do doente, que perde a vontade de lutar. Muitas vezes, ele tem que ser
estimulado e educado a cuidar de uma colostomia, ou de uma traqueostomia,
situações desconhecidas e adversas à sua condição prévia de saúde e bem-estar.
Muitos pacientes se lamentam pelo fato de sempre terem usufruído de uma vida
saudável, e hoje encontrarem-se em situação de dependência de outros. O
enfermeiro, assim como toda a equipe de cuidados paliativos, tem uma sensibilidade e
conhecimentos especiais, necessários para lidar com estas situações. Ele precisa amar
a sua profissão e amar ao próximo,“de gostar de gente” e sua recompensa vem
quando, diante das experiências com estas pessoas, evolui espiritualmente como ser
humano, valorizando a vida e lutando por ela.
REFERÊNCIAS

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sistema- digestivo/c%C3%A2ncer-de-p%C3%A2ncreas

https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-pancreas

https://www.hcor.com.br/imprensa/noticias/setembro-roxo-mes-de-combate-ao-cancer-no-
pancreas/

https://www.google.com/search?q=imagens+c%C3%A2ncer+de+p%C3%A2ncreas+sintomas&tb
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1Cd6KoBWNuPqwFgyZWrAWgAcAB4AIABb4gBqQOSAQMwLjSYAQCgAQGqAQtnd3Mtd2l6LWltZ
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https://guilhermenamur.com.br/cirurgia-para-cancer-de-pancreas/

http://www.oncoguia.org.br/conteudo/quimioterapia-para-cancer-de-pancreas/2053/219/

http://www.oncoguia.org.br/conteudo/sinais-e-sintomas-do-cancer-de-pancreas/684/218/.

https://veja.abril.com.br/saude/sobrevida-media-de-pacientes-com-cancer-de-pancreas-que-
atinge-steve-jobs-e-de-cinco-anos/

https://setorsaude.com.br/gene-poderia-explicar-razao-do-cancer-de-pancreas-ser-tao-
agressivo/#:~:text=O%20estudo%2C%20que%20foi%20publicado,atingindo%20outras%20part
es%20do%20corpo.

https://dreduardoramos.com.br/especialidades/pancreas/doencas/linfoma-de-pancreas/
http://www.oncoguia.org.br/conteudo/sobre-o-cancer/678/145/
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-digestivos/tumores-dosistema-dig
estivo/c%C3%A2ncer-de-p%C3%A2ncreas

https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-pancreas

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