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CENTRO UNIVERSITARIO UNIFANOR

ARTE TERAPIA: UMA FERRAMENTA NA


DIMINUIÇÃO DO SOFRIMENTO
PSICOLÓGICO NO PROCESSO
QUIMIOTERAPICO

Orientadora: M.S. Diva Rodrigues Daltro Barreto

FORTALEZA
2018
CENTRO UNIVERSITARIO UNIFANOR

ELAYNE BATISTA DE MELO


NATHALIA BARBOSA DE SOUSA

ARTE TERAPIA: UMA FERRAMENTA NA DIMINUIÇÃO DO SOFRIMENTO


PSICOLÓGICO NO PROCESSO QUIMIOTERAPICO

FORTALEZA
2018
ELAYNE BATISTA DE MELO
NATHALIA BARBOSA DE SOUSA

ARTE TERAPIA: UMA FERRAMENTA NA DIMINUIÇÃO DO SOFRIMENTO


PSICOLÓGICO NO PROCESSO QUIMIOTERÁPICO

Projeto de Intervenção apresentado


à Disciplina Ênfase II do Curso de
Graduação em Psicologia do Centro
Universitário Nordeste, como
requisito final de avaliação.

Orientadora: M.S. Diva Rodrigues Daltro Barreto

Fortaleza
2018
INTRODUÇÃO

Este projeto teve sua origem a partir de visitas de mapeamento realizadas no ICC
(Instituto do Câncer do Ceará), na unidade denominada Hospital Haroldo Juaçaba,
situada na Rua: Papi Júnior, 1222 - Bairro: Rodolfo Teófilo - Fortaleza/CE. Segundo o
site oficial o ICC é um complexo hospitalar de referência nacional, o maior centro
oncológico do Ceará e um dos principais complexos hospitalares do Norte e Nordeste
do Brasil, especializado no diagnóstico, tratamento integral, ensino e pesquisa do câncer
e em programas de responsabilidade social, que atende mais de 8800 novos casos de
câncer ao ano.
A primeira visita teve como objetivo, através da observação-não participante,
compreender e analisar questões psicológicas do paciente em processo de tratamento do
câncer. Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de cem doenças que têm em
comum o crescimento desordenado de células, que invadem tecidos e órgãos.
Dividindo-se rapidamente, estas células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis,
determinando a formação de tumores malignos ou benignos, que podem espalhar-se
para outras regiões do corpo. (Popin, 2008)

A visita ocorreu no setor verde, 5° andar, onde ocorre a aplicação de


quimioterapia, que consiste no emprego de substâncias químicas, isoladas ou em
combinação, com o objetivo de tratar as neoplasias malignas atuando em nível celular,
interferindo no processo de crescimento e divisão, contudo sem especificidade, não
destruindo seletiva ou exclusivamente as células tumorais. (Razera, 2014)

Um dos aspectos observados durante a visita, foram os aspectos organizacionais


da sala de espera e do salão de aplicação da quimioterapia, o complexo hospitalar possui
salas, na sua maioria grandes com capacidade para até dez pessoas por sessão
quimioterápica. As salas eram dividida de acordo com o tipo de quimioterapia sendo
esta de dois tipos “vermelha” e “branca”.

A do tipo vermelha, mais forte pois é utilizada no início da descoberta da doença,


agindo de uma forma mais agressiva no combate contra o câncer ou a “branca”
normalmente utilizada cerca de uns três meses após o início do tratamento de
quimioterapia com uma composição mais fraca e não pode ser utilizada no tratamento
de qualquer tipo de câncer, se destaca principalmente no combate do câncer de mama,
Segundo Artur Malzyner (2005) A quimioterapia "branca" tem sua denominação
baseada em contraposição à cor do líquido daquela conhecida como "quimioterapia
vermelha”.

A segunda visita realizada foi voltada a observação do clima ambiental em si. Foi
notável interação e cordialidade dos funcionários do hospital como um todo ao se
direcionar aos paciente, mas era perceptível o clima de questionamentos direcionados a
questões psíquicas e questionamentos acerca da vida, à doença e à morte muito
presentes, e esse suporte em específico não foi identificado.

O diagnóstico de câncer traz alterações na vida do paciente e de sua família,


implicando uma reestruturação das expectativas e da vida diária para todas as
partes envolvidas. As mudanças podem ocorrer nas mais diversas dimensões,
tais como alterações físicas e nos relacionamentos interpessoais, bem como
na percepção que o indivíduo tem de si mesmo. O paciente começa a
vivenciar o medo da mutilação corporal, da dor, do futuro e da morte. Além
disso, seu equilíbrio psicológico passa a ser ameaçado por todas as vivências
e mudanças na vida cotidiana, necessárias durante a doença e o tratamento
(Gaviria, Vinaccia, Riveros & Quiceno, 2007; Ridder & Schreurs, 2001;
Todd, Roberts & Black, 2002 citados por Souza & Araújo, 2010).

Por se tratar de uma doença que nem sempre se resulta em cura, como é o caso
do câncer de próstata e de mama, identificados pelo surgimento de tumores
metastáticos, ou seja, se espalham a partir do seu local de origem e por não existirem
comprovações de que se pode inibir por completo a sua ação, torna-se assim as doenças
originárias desse tumor ainda incuráveis. Tendo nesse contexto da doença um olhar
voltado para cuidados paliativos.
Temos observado, a partir de alguns estudos baseados em nossa prática clínica,
que o processo artístico propiciado ao paciente com câncer pode favorecer a
ressignificação da própria vida, na medida em que facilita o encontro de algumas
diretrizes para se lidar com a difícil realidade vivenciada durante a trajetória de doença e
tratamento, num movimento de reconstrução da história pessoal e de contato com os
próprios sentimentos e fantasias (Vasconcellos, Perina & Vanni, 1996; Vasconcellos &
Perina, 2002; Vasconcellos & Giglio, 2003; Vasconcellos, 2004).
A intervenção tem por objetivo o uso da arte terapia como ferramenta para
proporcionar um maior “conforto e bem-estar” aos pacientes com câncer durante
sessões de quimioterapia, trabalhando aspectos psíquicos e assim produzir benefícios
nas dimensões físicas (melhorias no quadro da doença). Através de escuta, ferramentas
e técnicas embasadas na arte terapia visando a transformação e ressignificação em sua
proposta psicodinâmica.
PROBLEMATIZAÇÃO
Partindo do que é observado nas sessões de quimioterapia no instituto do câncer, foi
percebido uma falta de suporte para o enfrentamento da doença e apoio psicológico, o
presente projeto de intervenção reúne meios de promover a escuta e o suporte a esses
pacientes, no intuito de responder ao problema de pesquisa: Existe uma maneira menos
difícil de lidar com um dos momentos de grande sofrimento do tratamento?

As sessões de quimioterapia, segundo alguns relatos de pacientes do ICC, é uma das


piores coisas durante o enfretamento da doença, então se torna um desafio proporcionar
um amparo durante esse processo. Eles relataram que nem sempre encontram apoio
familiar suficiente ou uma melhor compreensão do seu sofrimento.

Se pôde observar que apesar dos funcionários (médicos, enfermeiros e etc) serem
bastante acolhedores, eles possuem uma visão sobre a qualidade de melhora ou piora do
paciente muito voltada para a questão física, uma vez que a psicológica é um fator que
anda lado a lado com a física e necessária para o enfrentamento da doença. Outro
problema relatado durante as visitas, para a apropriação do tema e elaboração do
projeto, foi a de quando durante as sessões de quimioterapia um paciente vem a óbito,
isso tem um peso muito grande na força para continuar o tratamento, e nada lhes é dito,
apenas o ocorrido se mantem escondido, como se os pacientes não tivessem consciência
do acontecido, acarretando assim como um impacto bastante negativo na sua crença de
que vai melhorar. Desta forma, também iremos trabalhar o seguinte questionamento: De
que maneira podemos intervir e oferecer suporte aos demais pacientes quando algum
vem a óbito durante a sessão de quimioterapia? De que modo podemos oferecer suporte
durante as sessões e uma escuta qualificada nesse momento especifico? Como a arte
terapia pode contribuir para a melhoria do paciente mesmo tendo e vista que algumas
das atividades requer um pouco de esforço?

Em um estudo feito por DA SILVA (2014) mostra que (...) tiveram


evidências de que a terapia expressiva pode oferecer conforto e produzir
benefícios nas dimensões física, emocional e mental a uma ampla gama de
pacientes com câncer e doenças autoimunes. A terapia expressiva foi aceita e
pareceu adequada, mesmo a pacientes com restrição de movimentos ou falta
de energia e motivação, mostrando-se factível de ser realizada durante
sessões de quimioterapia.

De acordo com o Ministério da Saúde (BRASIL, 2011b), o câncer é uma das


quatro principais doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) causadoras de morte no
mundo. O câncer de mama vem se destacando com a maior taxa de casos e maior
número de óbitos, ainda de acordo com o Ministério da Saúde. A estimativa para o
Brasil, em 2016-2017, é de ser o tipo de câncer mais frequente entre as mulheres,
excetuando a contagem do câncer de pele não melanoma (INCA, 2015).
JUSTIFICATIVA
A escolha do tema surgiu devido a elaboração de um projeto de intervenção
como requisito para à aprovação na disciplina de Ênfase II. A aproximação do tema
deu-se ao reencontrar e ouvir o relato de uma pessoa proxima a mim que havia
descoberto pela segunda vez um cancer, dessa vez na mama. Ao relatar o seu processo
mediante a descoberta e a luta contra o câncer, descreveu que estava vivenciando desde
a descoberta da doença e que a pior fase estava sendo a etapa da quimioterapia, que para
além dos sintomas físicos que sentia, os sofrimento psíquico era o que mais afetava. O
lidar com a doença que apesar de afetar fisicamente o seu corpo, estava cansando
esgotamento, pois as seções eram longas e naquele momento foi onde ela mais se
questionou sobre a sua existência e até onde valeria a pena a luta pela vida, visto que
essa doença afeta psicologicamente, as questões psiquicas ficam mais afloradas, como:
angustia, desmotivação, baixa auto-estima, medo da morte, entre outros. Diante do que
foi relatado pude perceber a necessidade de um suporte psicológico e a carência de uma
escuta especializada, sem julgamentos ou sentimentos de pena, através de estratégias
para o enfrentamento de situação de forma mais equilibrada e saudável “possível”, a fim
de proporcionar “conforto e bem-estar” dos pacientes durante sessões de quimioterapia.

Não existe um tratamento totalmente satisfatório para combatê-lo, muitas vezes,


tornando-se necessária a combinação de mais de um tipo de tratamento para a doença, e
oferecer uma melhor qualidade de vida ao paciente. No entanto, independentemente do
tipo, todas as formas de tratamento deixam marcas no paciente, principalmente pelo fato
do estresse emocional, decorrente de procedimentos terapêuticos, como a radioterapia e
quimioterapia (Porto, 2004).

O seguinte projeto de intervenção foi criado devido a carência de estudos e


práticas voltados a um suporte e apoio psicológico em pacientes com câncer em
tratamento, especialmente durante sessões de quimioterapia.

Sujeitos ao serem confrontados com a informação de que estão acometidos


com uma doença tão devastadora como o câncer, são levados a uma resiguinificação de
suas vidas, tanto em níveis físicos como psicológicos, nesse momento se releva a
importância desse trabalho. É no âmbito hospitalar que muitas vezes esse individuo não
é assistito como um todo, como um ser biopsicossocial, e torna-se necessário um
trabalho multidisciplinar (composto por diversos profissionais), com a finalidade de
promover um ambiente ameno. O Psicológo Hospitalar exerce um papel importante nas
intevenções com a equipe e principalmente com o sujeito, para intervir no
enfrentamento da doença, durante as seções de quimioterapia.

Uma área onde a arteterapia ganha cada vez mais espaço e reconhecimento é a
saúde, como mostra Valadares (2008), as contribuição são significativas no tratamento
de indivuduos hospitalizados, podendo ser empregadas de forma grupal ou individual.
Segundo Valares (...) a arteterapia pode auxiliar na humanização dos espaços de saúde,
em especial no contexto hospitalar.
OBJETIVO GERAL

Criar um projeto de suporte psicológico que reduza o sofrimento psicológico em


paciente no processo quimioterápico

OBJETIVOS ESPECIFICOS

● Analisar demandas psicológicas advindas do contexto hospitalar;


● Criar um programa de atividades terapêuticas que abarquem a demanda
analisada a luz da arte terapia;
● Aplicar as atividades visando apoio e suporte aos pacientes em tratamento;

● Problematizar quais ações proporcionam bem estar e motivação para à vida;

● Coletar e analisar resultados das intervenções


METODOLOGIA
Local
O projeto será desenvolvido no ICC (Instituto do Câncer do Ceará), na unidade
denominado: Hospital Haroldo Juaçaba, situada na Rua: Papi Júnior, 1222 - Bairro:
Rodolfo Teófilo - Fortaleza/CE.
Considerações Éticas
Os funcionários, pacientes e cuidadores que participarão do projeto, serão esclarecidos
sob quanto aos riscos, benefícios, objetivos e de que se tratava de um projeto de
intervenção onde os participante não receberiam pagamentos financeiros algum, como
também não lhes trará custo, será então solicitado em especial que as que seja assinado
um termo de livre esclarecimento informando aos participantes que podem desistir ao
qualquer comento, após a conclusão da intervenção nada será divulgado sem
autorização e serão convidados a participar conforme o desejo e disponibilidade de cada
um.
Desenvolvimento do projeto de Intervenção
O projeto será desenvolvido em 4 etapas: pesquisa de campo, planejamento,
implantação/execução e acompanhamento. Os instrumentos utilizados serão através de
ferramentas e técnicas embasadas na arte terapia que visa a transformação e
ressignificação em sua proposta psicodinâmica.
1º Passo: Uma primeira visita através da observação-não participante, compreender e
analisar questões psicológicas do paciente em processo de tratamento do câncer.
2º Passo: Uma segundo momento observar aspectos organizacionais em si, como:
estrutura, clima psicológico e a relação dos pacientes e atendimento com o ambiente,
funcionários do hospital e cuidadores. As atividades lá realizadas não serão gravadas
visando o sigilo e resguardo dos participantes.
3º Passo: Uma segunda visita voltada apenas para observação do clima ambiental.
Observando a interação dos funcionários, cuidadores e paciente.
4º Passo: Desenvolver estratégias de intervenção com os pacientes. A seguir será
exposto um quadro com atividades de arte terapia que serão utilizadas durante as visitas:

OBJETIVO METODO Resultados

Resgatar momentos de Visualização criativa Visualizar a felicidade em


felicidade momentos marcantes, como estar
com a família, amigos, pessoas com
quem se sentem bem e momentos
que lembram com intensa alegria na
companhia dessa pessoa
significativas.

Promover relaxamento por Modelagem com massinha Estimular a motricidade, favorecer


meio de contato com o desenvolvimento psicomotor,
massinha de modelar afetivo, cognitivo e social.

Resgatar paz interior Meditação Proporcionar leveza e


tranquilidade, desconectando-os do
momento real vivido.

Relaxamento e reflexão Música Sentimentos positivos, resgatar


memórias de relações sociais e
momentos passados.

Redução do impacto ao Roda de conversa Ressignificação da vida.


óbito de outro paciente

Momento de acolhimento Roda de conversa Fechamento do ciclo das atividades


e reflexão realizadas.

4º Definir encontros. O projeto será dividido em quatro partes (quatro grupos) para
abranger todos os pacientes em tratamento de quimioterapia. Como são no total quatro
salas, o projeto final terá duração de 12 semanas, totalizando 24 encontros. Se iniciará
no mês Junho/2018 e se encerrará em Setembro/2018. Em cada etapa serão realizadas as
visitas duas vezes na semana com duração média de 50 minutos, em apenas uma sala de
quimioterapia pré-definida pelos funcionários da ala. Cada etapa terá duração de três
semanas, totalizando seis encontros.
5º Passo: analise dos resultados alcançados pelo projeto de intervenção: Diminuição do
sofrimento psíquico no processo quimioterápico.
CRONOGRAMA
Cronograma do desenvolvimento das etapas do projeto:

Cronograma das atividades 1ª Semana 2ª Semana 3ª Semana


(Dois dias de (Dois dias (Dois dias
encontros) de de
encontros) encontros)

Início das atividades X


(Roda de Conversa esclarecimento da
intervenção e assunto ressignificação da
vida como tema abordado).

Visualização criativa X
(Desenvolvimento do relaxamento).

Meditação X
(Objetivo de resgatar paz interior).

Música X
(Resgatar memorias e proporcionar
relaxamento e reflexão).
Modelagem com massinha X
(Promover relaxamento psíquico e
estimulação da motricidade).
Roda de conversa X
(Finalizando o ciclo de atividades com
um assunto de interesse do grupo e com
feedback dos participantes, para
encerramento).

Cronograma da duração do projeto e suas datas como um todo.

Data dos 1° Grupo 2° Grupo 3° Grupo 4° Grupo


encontros

Mês de Julho X
Dias: 2 e 4

Mês de Julho X
Dias: 9 e 11

Mês de Julho X
Dias: 16 e 18

Mês de Julho X
Dias: 23 e 25

Mês Agosto X
Dias: 6 e 8

Mês Agosto X
Dias: 13 e 16

Mês Agosto X
Dias: 20 e 22

Mês Agosto X
Dias: 27 e 28

Mês Setembro X
Dias: 4 e 5
Mês Setembro X
Dias: 10 e 12

Mês Setembro X
Dias: 17 e 19

Mês Setembro X
Dias: 24 e 26

RECURSOS NECESSÁRIOS
Recursos Humanos
Recursos Materias
RESULTADOS ESPERADOS
RESUMO
REVISÃO DE LITERATURA
Segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer) O câncer afeta meio milhão de
brasileiros. A vida média de uma pessoa com câncer é de 5 anos e a cada 88 pessoas 1
possui câncer. Há 200 tipos de câncer relatados, porém os mais comuns são 10 tipos:
Pele não melanoma, próstata, mama, cólon e reto, traqueia (brônquio, pulmão,
estômago), cavidade oral, tireóide, esôfago, linfomas não Hodgkin.
Além da predisposição genética o câncer também está muito relacionado com os hábitos
alimentares, cuidados com a saúde e a qualidade de saneamento ambiental. De acordo
com o Hospital AC Camargo na sua revista Prevenção e Saúde observa-se que no
consumo de 100% dos alimentos na região Nordeste, 19,6% é de carnes vermelhas,
33,9% de açúcar e derivados e 46,5% de peixes. Já na região Sul onde a incidência de
câncer é muito maior 32,7% é a porcentagem de pessoas que consomem carne
vermelha, 61,4% de açúcar e derivados e apenas 5,9% de peixes. Observa-se então que
nas regiões onde o consumo de peixe é maior como no Nordeste, há menos casos de
câncer, enquanto no Sul onde o consumo é menor, há mais casos.
O Brasil tem uma política onde é comum e recorrente a descontinuidade de programas
culturais, sociais e etc., com isso ao invés de haver uma melhora nesses programas de
combate ao câncer há cortes o que acaba prejudicando a população. Existem também
muitos meios de fazer o diagnóstico precoce, mas não existem recursos suficientes
sendo aplicados, o que é crítico no sistema público. Sendo assim, a melhor forma de
evitar o câncer ou vence-lo é conhece-lo.
O ICC (Instituto do câncer do ceará) é o de maior de referência em tratamento do câncer
no estado e também um dos maiores centros de assistência de alta complexidade em
oncologia (cancon) do Brasil e observa-se essa escassez dos recursos tal como
aconteceu no ano de 2017 onde todas as atividades foram paradas devido a falta de
repasse de verbas. O Instituto havia suspendido os procedimentos de iodoterapia,
cirurgia de tumor ósseo, hematologia e cirurgia abdominal que só foi retomado após a
prefeitura efetuar o pagamento da dívida.
Arteterapia é uma área de atuação profissional que utiliza recursos artísticos com
finalidade terapêutica (Carvalho, 1995) ou seja, a arteterapia é um método terapêutico
que usa a arte para permitir que o sujeito se expresse de forma mais livre e espontânea
comunicando isso ao terapeuta sem utilizar a forma verbal. Nela não há técnicas ou
regras, como já dito, é livre e naturalmente os conteúdos que são escondidos na
linguagem verbal costumam aparecer. Apesar do foco não ser o conteúdo verbal e zero
obrigatório, caso ele apareça não será descartado, pois irá ajudar o terapeuta a obter um
maior entendimento e ajudará também a organizar e trazer para o consciente o que foi
expressado através da arte.
RESUMO

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