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O PACIENTE

ONCOLÓGICO
Prof. Fernando M. Cortelo
CÂNCER
Definição
■ Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em
comum o crescimento desordenado (maligno) de células que invadem os
tecidos e órgãos, podendo espalhar-se para outras regiões do corpo. Dividindo-
se rapidamente, estas células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis,
determinando a formação de tumores (acúmulo de células cancerosas) ou
neoplasias malignas.

■ De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o câncer é a segunda


maior causa de morte do mundo.
Causas
■ De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), as causas de câncer são
variadas, podendo ser externas ou internas ao organismo, estando ambas inter-
relacionadas.
■ Não existem pesquisas que afirmem, de forma definitiva, os reais motivos para
o desenvolvimento da doença.
■ Fatores de risco para o câncer:
 História familiar
 Atividade física
  Riscos ambientais e ocupacionais
  Tipos de personalidades*** (olhar crítica)
  Tabagismo
  Alimentação
  Álcool
PSICO-ONCOLOGIA
Breve Histórico
■ A história da Psico-oncologia está relacionada com a história da Psicologia
Hospitalar. No Brasil, o trabalho da Psicologia em hospitais gerais começou em
torno da década de 50. Anos mais tarde, na década de 70, houve um aumento na
procura do trabalho da Psicologia por oncologistas, estes tinham dificuldades na
hora de revelar ao paciente o diagnóstico do câncer bem como transmitir
informações necessárias sobre a doença.
■ A Psico-oncologia começou a surgir como área de conhecimento quando
profissionais da saúde passaram a reconhecer que o desenvolvimento do câncer e
também o processo do tratamento sofriam influências de variáveis sociais e
psicológicas que estavam além da circunscrição médico-biológica.
Conceituação
■ Campo interdisciplinar da saúde que estuda influências psicológicas sobre o
desenvolvimento, tratamento e cura ou terminalidade de pacientes oncológicos.
(Costa Júnior, 2001)

■ A Psico-oncologia busca abordar os pacientes com câncer e seus familiares,


com a intenção de minimizar seu sofrimento, esclarecer suas dúvidas e ajudá-
los a encontrar estratégias para enfrentar a angústia de estar com a doença.

■ A Psico-oncologia busca promover qualidade de vida por meio do enfretamento


da doença, redução do estresse, controle das oscilações de humor,
conscientização sobre a importância da motivação para uma resposta positiva
ao tratamento do câncer.
O Câncer e as Emoções
■ Sabe-se que o câncer assusta a maioria das pessoas. Ele remete à perda, morte e sofrimento. O
tratamento da pessoa com câncer é um processo muito doloroso. Começa desde o momento em
que se descobre a doença. No primeiro momento, o paciente nega-se a entender e enfrentar o
que está acontecendo com ele e reage como se fosse uma doença qualquer. Depois vem o medo
da morte e a insegurança quanto ao processo de tratamento.
■ Principais sintomas emocionais experimentados pelo doente de câncer:
 Angústia;
 Medo;
 Desespero;
 Fé;
 Sentir-se perdido;
 Negação;
 Aceitação;
 Desapontamento.
■ É preciso acreditar na recuperação, lutar para viver e expor seus sentimentos, suas angústias e
suas dúvidas, para que assim, os profissionais preparados para trabalhar com estes pacientes
possam ajudá-los.
Áreas de Atuação
■ A Psico-oncologia promove a melhora da qualidade de vida de todas as pessoas
envolvidas no processo da doença, atuando com:
 Pacientes,
 Familiares
 Profissionais envolvidos.
■ O psico-oncologista atua em:
 Prevenção do câncer,
 Momento do diagnóstico,
 Período do tratamento,
 Cura
 Terminalidade do paciente.
Psicológo e o Paciente:
■ Dá suporte emocional no momento do diagnóstico;

■ Esclarece dúvidas sobre a doença e seus tratamentos, facilitando a


comunicação médico paciente;

■ Ajuda o paciente no enfrentamento da doença, incentivando o mesmo a


participar de maneira mais ativa e positiva do tratamento;

■ Promove adaptação do paciente no ambiente hospitalar;

■ Trabalha com psicoterapia individual e em grupo auxiliando durante períodos


de depressão e ansiedade.
Paciente Internado

Diversos fatores numa internação são estressantes:

 Quebra da rotina do paciente.


 Queda de autonomia.
 Necessidade de adaptação a rotina hospitalar.
 Perda de Privacidade.
 O sistema público de saúde também não facilita na questão das visitas e
acompanhantes no leito. As visitas têm horários determinados e acompanhantes
só são permitidos a crianças e idosos.
Psicólogo e Familiares:
■ Auxilia desde o momento do diagnóstico até a resolução;

■ Prepara a família para lidar com todas as mudanças que a doença


acarreta, desde mudanças do comportamento do paciente até alterações
na rotina familiar;

■ Facilita a comunicação dos familiares com o paciente e com a equipe


profissional.
Psicólogo e ■ Ajuda identificar o comportamento dos
pacientes, acolhendo seu sofrimento e o
Equipe ajudando a lidar com situações adversas;
Interdisciplina
r ■ Trabalha questões que geram angústia e
estresse nos profissionais;

■ Auxilia a lidar com a morte e o morrer.


Bibliografia

■ Silva, Lucia Cecília da. (2005). Vozes que contam a experiência de viver com
câncer. Psicologia Hospitalar, 3(1), 1-17. Recuperado em 18 de novembro de 2020, de
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-
74092005000100002&lng=pt&tlng=pt.

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