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EXISTENCIALISMO NA
CLÍNICA
Profa. Miyako
Takano 5º Período
Semestre 2023/1
CALENDÁRIO ACADÊMICO:
Gestalt
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• Material do hibrido
O que é doença?
• A pessoa doente é antes de tudo uma pessoa que sofre, que precisa em primeiro
lugar ser compreendida a partir de seus sentimentos, sensações, emoções, enfim,
de tudo que por ela é vivenciado.
• A psicopatologia vai se manifestar por meio de uma vivência de sofrimento onde a
pessoa se sente vítima e presa a um destino sombrio e a uma existência destituída
de realizações gratificantes e prazerosas.
• Sem liberdade de escolha, a pessoa vive a sensação de estar encurralada pelas
circunstâncias da vida, sentindo-se impotente para modifica-las, submetendo-se a
elas, num sacrifício alienante e inevitável.
• Dentro da fenomenologia, o conceito de doença está diretamente ligado ao fato de
o ser humano ser visto pelos papéis que exerce na sociedade, a qual é criadora de
padrões. Quem foge a esses padrões se apresenta como um ser anormal e, com
isso, não é possível distinguir o normal do patológico, uma vez que a estrutura de
saúde está relacionada aos dois conceitos.
• Nesse sentido, a doença mental deve ser entendida como um produto da interação
entre as condições de vida social, a trajetória específica do indivíduo e sua
estrutura psíquica. Ela pode ser justificada de duas formas: por meio de um
processo orgânico; ou consequência de processo psicofuncional.
• Material do hibrido
• Atenta-se ainda à concepção sobre a corporeidade, especificamente
humana, que designa o corpo vívido ou existencial, sendo uma noção
criada por alguns teóricos da Psicologia. Também descrita como conflito
existencial, quando se compreende a ideia de corporeidade, pode-se
perceber a enfermidade como uma ruptura da unidade do corpo, que, para
a fenomenologia, não pertence ao ser humano.
• Material do hibrido
• De acordo com Augras (1986) grande parte da psicopatologia deveria ser
reconstituída a partir de um estudo a respeito da maneira como o indivíduo
se situa em relação à vivência do tempo e do espaço.
• Patológico é o momento em que o indivíduo permanece preso à mesma
estrutura, sem mudança e sem criação. Nessa perspectiva, estabelecer o
diagnóstico é identificar em que ponto desse processo se encontra o
indivíduo, destacar as eventuais áreas de parada ou de desordem, e avaliar
as suas possibilidade de expansão e de criação [...].
• Nesse processo de sofrimento, a pessoa perde o contato com as
possibilidades existentes no campo organismo/meio, percebendo a si
mesma e ao outro de forma distorcida. Com relação a este aspecto,
Romero (1977, p.
34) comenta:
Na depressão, o sentimento de falta de possibilidades é muito acentuado. Na
ansiedade o que emerge são possibilidades negativas ou conflitantes. O
possível e o impossível perdem seus limites na psicose e quando ingressamos
no plano do imaginário.
• A problemática do sofrimento psíquico está no fato de que ele pode se tornar patológico.
Isso ocorre pois ele pode levar a uma adaptação do indivíduo com relação a uma
determinada situação, impedindo o desenvolvimento de sua potencialidade de maneira
positiva e o estabelecimento de relações interpessoais de forma assertiva.
• Perante o sofrimento de uma pessoa que procura ajuda, existe uma perspectiva de que isso
ocorre devido a um desequilíbrio. Os sintomas apresentados estão, assim, diretamente
associados à maneira como o indivíduo mantém sua existência, aspecto que está em
desequilíbrio e pode levar a um desajustamento. Nesse sentido, o ajustamento é
necessário para que a centralidade seja mantida.
• Material do hibrido
• A psicopatologia também pode manifestar-se como uma desorganização da
cronologia existencial.
• Para o melancólico, o tempo afigura-se parado, imóvel, sem nenhuma
perspectiva. As idéias de ruína, de culpabilidade surgem como tentativas
de justificar a modificação profunda da estrutura da vivência temporal.
• Neste sentido, a perturbação dentro do tempo do melancólico deixa de ser
sintoma, para ser causa. (Augras, 1986).
• Na psicose, a vivência do horizonte temporal desaparece.
• A esquizofrenia, em muitos aspectos, pode ser descrita como perturbação
essencial do espaço tempo.
• Uma doente declara: “Nada mais acontece, tudo parou nem eu mais vivo.
Sinto que o meu coração não bate. Ele parou como meus braços que são
de vidro. Não sei se hoje é ontem” (Augras, 1986).
• Os bloqueios neuróticos e até a desestruturação psicótica surgem, pelo
menos em parte, porque outras pessoas (figuras parentais, principalmente)
não foram capazes de entender, considerar e valorizar a experiência da
criança.
• Em conseqüência, ela não pode sentir-se confirmada e, portanto, não é
capaz de apreciar e valorizar sua própria experiência, tem de rejeitá-la,
alienando uma parte de si mesma, que vai tornar-se inconsciente (Hycner,
1995).
• Como a criança, por sua própria condição de imaturidade, dependência e
impotência com relação ao mundo adulto, possui uma estrutura de ego
frágil e vulnerável, é fundamental, para seu desenvolvimento saudável,
que esse mundo seja experienciado como sendo suficientemente confiável
e acolhedor, caso contrário, ela terá que lidar com uma realidade
insuportável e inevitável.
O diagnóstico e o fazer clínico
UNIDADE II
O diagnóstico na perspectiva fenomenológico-
Existencial
• O que é o diagnóstico psicológico?
• Etapas do diagnóstico psicológico
• O olhar do psicólogo existencialista na compreensão do diagnóstico
Introdução
• O diagnóstico é um dos principais passos para estabelecer o plano
terapêutico para uma pessoa submetida a processo de avaliação física ou
mental.
• Entender o diagnóstico auxilia na compreensão da enfermidade, da etiologia
e de quais os fatores inseridos no contexto individual.
• Nesse sentido, muito mais do que apenas classificar uma doença,
diagnosticar é um auxílio à própria atuação profissional.
• O diagnóstico psicológico aborda uma questão presente no campo da
psicologia, procurando, por meio de uma série de ferramentas, direcionar o
melhor caminho para uma questão, como uma doença que pode ter causa
mental ou emocional.
• Um primeiro ponto relaciona o fato do diagnóstico psicológico se pautar
por uma série de técnicas específicas, de modo a garantir uma avaliação
fidedigna e válida, no tocante ao que é apresentado, para melhor
interpretar as questões relacionadas ao diagnóstico de algo que se denota
como patologia.
• Entender o conceito e sua função são passos importantes, pois eles se
relacionam, ou seja, diagnosticar é identificar o estado em que um
indivíduo se encontra e descrever os principais sintomas apresentados.
• Outra questão que merece destaque é o delineamento do que é definido
como quadro clínico do sujeito para, de acordo com a percepção e
observação do terapeuta, abordar de forma mais realista e útil dentro da
intervenção.
• A grande diferença para os outros métodos, posto que o método
fenomenológico propõe outros pontos de vista para a compreensão da
questão exposta, está no principal objetivo da fenomenologia, que consiste
em olhar para o processo de saúde para além de uma mera classificação
que conceitua uma doença.
O que é diagnóstico?
• Psicodiagnóstico ou diagnóstico psicológico tem por objetivo colocar à
disposição da Psicologia Aplicada uma série de instrumentos capazes de:
registrar as características psicologicamente relevantes de determinados
"portadores de características" e suas mudanças e de integrar tais dados em
um quadro diagnóstico com o fim de oferecer uma base suficientemente
sólida para a previsão do desenvolvimento futuro de tais características,
servindo assim de auxílio na tomada de decisões e na avaliação destas;
• Diagnosticar é identificar o estado em que um indivíduo se encontra e
descrever os principais sintomas apresentados. Material do hibrido
• Delimitar os pressupostos de um diagnóstico não é uma tarefa tão simples, pois
requer domínio de técnicas e habilidades específicas, de modo a garantir uma visão
realista das condições de alteração física e mental.
• Numa abordagem fenomenológica que estuda a manifestação e a essência das
coisas tais como elas aparecem, em se tratando do diagnóstico, é necessário ter
atenção ao que o paciente manifesta, analisando e interpretando a forma como esse
ser enxerga os diversos fenômenos que aparecem e influenciam sua existência.
• Material do hibrido
• A avaliação de uma condição de fragilidade vai além da compreensão de
algo objetivo, pois entender a subjetividade e a construção de uma
experiência traz explicações sobre o comportamento das pessoas e como
elas constroem suas realidades, que, às vezes, podem se apresentar
distorcidas.
• Vários autores contribuem para a perspectiva de que a fenomenologia
explica a essência e a manifestação de determinados fenômenos, porém,
tal manifestação nem sempre se relaciona à interpretação que a pessoa tem
da realidade, uma vez que o significado da existência humana se dá pela
interpretação pura e única da própria experiência.
Intervenções Clínicas
• A psicoterapia e a prática fenomenológica
• A relação entre psicoterapeuta e o cliente
• Resultados da atuação fenomenológica-existencial
O processo diagnóstico
• O processo de diagnóstico pode estar ligado a eventos situacionais vivenciados pelas
pessoas em certas fases de sua vida.
• Por isso, avaliar significa olhar para o ciclo vital e compreender o que é esperado para cada
momento.
• O método de investigação fenomenológico identifica quais os pressupostos do contexto, na
tentativa de estabelecer um parecer realista e útil para traçar uma intervenção.
• Todavia, é importante uma análise numa perspectiva existencialista sobre qual o nível de
sofrimento em que a pessoa se encontra e até que ponto isso influencia, de maneira
negativa, a forma como ele enxerga a realidade a sua volta, promovendo uma visão
realista do evento.
• Fixar uma diferença entre quadro clínico e diagnóstico é vital numa intervenção
clínica eficaz e útil para a realidade do paciente, pois o quadro clínico nem sempre
reflete o diagnóstico, que abrange questões mais amplas.
• Ou seja, a queixa nem sempre reflete o que acontece de fato ou está relacionada à
questão existencial, pois é nesse aspecto que a fenomenologia existencial se
fundamenta.
• O diagnóstico psicológico também tem como premissa deliberar as diferenças
entre sintomas físicos e psicológicos presentes num quadro de adoecimento.
• Um dos pressupostos da existência humana consiste em se deparar com o dilema
de ser sujeito e objeto ao mesmo tempo. Isso se nota pela observação dos
pacientes nas vivências, com alguns se transformando em pacientes
psiquiátricos.
• Contudo, dentro dos termos de um diagnóstico, existe um organismo em situação
de desajustamento e há uma busca desse organismo para tentar se organizar em
maior ou menor extensão.
• Por isso, se faz necessário exercer a empatia na relação com o paciente,
independente do diagnóstico.
• Nessa perspectiva, é possível identificar a forma como o indivíduo
convive com essa doença e qual a relação estabelecida, isto é, a relação de
ganho nessa situação.
• Quando um paciente chega ao consultório em busca de um olhar para a
questão patológica que interfere na sua existência, causa um certo
desajustamento diante de uma situação muito particular, que tem como
conceito direto o modo de comportamento no mundo.
• O diagnóstico também é uma possibilidade de oportunizar o paciente a se conciliar
com a sua existência, resolvendo conflitos que não se tinha ideia da existência.
• O diagnóstico psicológico, na perspectiva fenomenológica, exige a compreensão
de que “ser doente” se está falando, além do sentido de sua existência.
• Um exemplo dessa questão é o entendimento de que o diagnóstico pode levar o
indivíduo ao autoconhecimento e ao desenvolvimento de formas de lidar com sua
situação de uma maneira mais positiva, trazendo uma melhoria no relacionamento
consigo e com os outros.
• No concernente ao diagnóstico na perspectiva fenomenológica
existencial, o método fenomenológico se baseia na descrição da
realidade como ela se apresenta.
• Antes de descrever como essa investigação acontece, no entanto, é
preciso compreender o que se define como “atitude
fenomenológica”. Logo, a etapa seguinte ao diagnóstico traça a
melhor abordagem para uma intervenção clínica adequada a cada
necessidade.
• Quando se investiga o fenômeno a partir da compreensão da atitude
fenomenológica, se tem como prerrogativa trazer respostas a situações de
inquietação.
• Nesse sentido, a atitude fenomenológica pode ser traduzida como aquilo
que se acumula como experiência até o presente momento e que causa, por
conta de algum evento, influências na maneira como um indivíduo avalia
suas ações e seu futuro.
• O processo de diagnóstico psicopatológico fenomenológico, calcado
na interpessoalidade, contempla cinco etapas:
• relato do sujeito e descrição psicopatológica;
• ressonância afetiva;
• terceiridade dual;
• intuição eidética e redução fenomenológica; e
• compreensão transcendental da estrutura;
O que é o “fazer clínico”?
• Nas primeiras consultas, o psicólogo ajuda a esclarecer o que preocupa e, a
partir daí, começa o trabalho para juntos chegarem a uma solução para as
dificuldades.
• Serão verificadas novas formas de pensar e de trabalhar sentimentos,
utilizando, inclusive, técnicas na realização de algumas tarefas do
cotidiano e adquirindo novas habilidades.
• Os resultados desses exercícios e diálogos serão avaliados para verificar se
estão sendo eficazes ou se necessitam de reformulação.
• Compreender a relação entre terapeuta e cliente é uma das premissas do
método fenomenológico, bem como os componentes da história do
terapeuta, aspectos presentes na sua existência e que servem de exemplo
do que o cliente produz com outras pessoas, embora esses aspectos sejam
considerados na relação de modo a não gerar atitudes equivocadas.
• Material do hibrido
• A intervenção clínica na Psicologia consiste em tratar o sofrimento e a dor presente
nos quadros de adoecimento. O sofrimento decorrente de quadros de desordens
psicológicas ou psiquiátricas necessita de uma intervenção psicológica e, dessa
forma, um trabalho terapêutico tem como princípio básico diminuir o sofrimento
de uma pessoa que busca mudança frente a uma situação.
• A intervenção clínica requer a capacidade de exercer a empatia, de forma
subjetiva, mesmo que a pessoa traga algo que foge de uma realidade concebida.
Não cabe ao terapeuta julgar o sofrimento ou a realidade apresentada, pois seu
papel é livre, uma vez que o diálogo com o outro acontece o tempo todo.
• Material do hibrido
• A escuta na abordagem fenomenológica existencial tem um papel primordial ao auxiliar o
terapeuta na compreensão da expressão do sofrimento humano, sendo a mais importante
ferramenta do terapeuta, que precisa desenvolver uma habilidade específica para facilitar
essa questão, o que exige treino e tempo para aprimorar essa habilidade.
• Tal atitude garante o alcance de bons resultados dentro de um processo terapêutico, tendo
em vista que ouvir é o primeiro ponto de intervenção e escutar vai além de avaliar
somente o que é dito. Quem fala, elabora o seu conteúdo por meio de uma linguagem
desorganizada, mas que traz conteúdos que se organizam de maneira muito singular.
• Material do hibrido
• A fenomenologia traz essas compreensões dentro de uma visão humanista, dando
sentido ao que o paciente expõe como realidade, olhando para essa pessoa e
entendendo qual seu sofrimento diante de uma situação. Desse modo, a abordagem
fenomenológica existencial afirma que se deve olhar para o ser humano e sua
natureza de homem dentro de uma visão ontológica.
• A ontologia se refere ao processo de reflexão de uma forma abrangente do ser,
numa perspectiva em que ele pode ter outras existências, não sendo algo limitado
e se opondo a uma questão física que limita a existência humana. Um dos
precursores desse termo dentro da filosofia foi o filósofo alemão Martin
Heidegger.
• Material do hibrido
• Essa visão também é importante para compreender a responsabilidade do
cliente no processo terapêutico, uma vez que o estabelecimento de uma
relação terapêutica saudável se dá por meio de uma atitude primordial do
indivíduo, dando margem à importância de identificar sua postura frente ao
processo interventivo.
• A fenomenologia existencial não descarta questões relacionadas ao processo
de resistência que é apresentado por um indivíduo.
• Material do hibrido
• A primeira questão levantada na intervenção está em compreender o que motiva a
pessoa, descrita como paciente ou cliente, na busca por um profissional que possa
direcioná-lo para um caminho de descobertas rumo à mudança esperada.
• A segunda questão diz respeito ao conhecimento do método que o profissional tem
como premissa, já que as expectativas da linha de abordagem são diferenciais,
assim como o profissional, que deve ter domínio da linha de atuação, a fim de que
o paciente se dê conta de que estar ali representa um encontro existencial entre
terapeuta e cliente.
• Material do hibrido
• A relação entre terapeuta e paciente, descrita como encontro, se estabelece
antes da ida ao consultório, logo, o encontro existe antes da sua
concretização, dada a expectativa que permeia todo o processo.
• O estudo dessa relação na abordagem fenomenológica existencial compõe
a busca por uma ajuda, descrita como um evento que causa, a princípio,
uma certa curiosidade em compreender a presença da pessoa, algo que
pode ter um significado muito particular.
• Material do hibrido
• Essa relação é o resultado de uma troca de saberes entre o profissional e
quem traz uma história carregada de emoção e, em muitos casos, uma
carga de sofrimento que interfere no modo de vida.
• Em muitos casos, a situação trazida na psicoterapia reflete um conflito
existencial que leva o indivíduo a um desajustamento e desorganização
diante da vida que o impede de agir com naturalidade e equilíbrio.
• Pensar em um método terapêutico é pensar no cuidado, e o cuidar, nesse sentido,
representa uma atitude de olhar para o outro, o que envolve impressões e ideias
acerca de um fenômeno.
• A atuação numa perspectiva fenomenológica existencial tem como premissa levar
o profissional da Psicologia a atuar de uma forma investigativa e não perder a
capacidade empática de entender o sofrimento dentro de uma atuação descritiva,
haja vista o processo de consciência intencional e a delimitação do que é de
responsabilidade do sujeito na relação estabelecida com o objeto.
• Material do hibrido
• O método fenomenológico descrito por Martin Heidegger traça a questão
Hermenêutica, que se refere à compreensão do ser no mundo, em que o ser
se relaciona à existência do que se é e das escolhas que se faz, porém, é
importante lembrar que a abertura para uma vivência só é possível
mediante um sentido estabelecido em dado momento.
• Pensar em um método terapêutico é pensar no cuidado, e o cuidar, nesse
sentido, representa uma atitude de olhar para o outro, o que envolve
impressões e ideias acerca de um fenômeno.
Finalizando...
• BOA PROVA !!!!!
Heidegger e as possibilidades
clínicas em psicologia
Introdução
• As características da Fenomenologia Existencial estão ligadas à retomada
de questões relacionadas à consciência, campo que necessita de um
método de abordagem muito peculiar.
• Trazer à consciência os fenômenos obriga o “ser” a avaliar sua percepção
diante de um fenômeno, fazendo com que o método dê conta de questões
importantes e que necessitam de uma intervenção mais humanista da
situação apresentada.
• A questão principal é compreender quem é essa pessoa, muito mais do que
compreender o que é a pessoa. Nesse sentido, quando mudada a pergunta,
muda-se também o objetivo, que não é entender a origem da pessoa e, sim,
quem é essa pessoa na realidade compreendida por ela e diante da forma
como ela interpreta sua realidade.
• A prática clínica suscita considerações importantes sobre o cuidado, com
maior destaque para a escuta clínica, que tem como objetivo compreender
o sofrimento psicológico. O método fenomenológico, desenvolvido por
Heidegger, é o que mais se adequa na investigação da subjetividade
humana.
A SITUAÇÃO EXISTENCIAL
• O conflito existencial
• A visão dimensional do ser
• A abordagem existencial tem como premissa básica se ocupar do ser
humano, evidenciando suas experiências permeadas por fenômenos que
trazem sentido para a vida e que caracterizam sua existência.
• A experiência cotidiana requer uma análise minuciosa, na qual se
compreende que o ser apresenta aspectos individuais ou mesmo
intencionais que compõem a raça humana.
• Heidegger é um dos precursores em trazer a ideia de existência, que
precisa ser compreendida dentro de um espaço e de uma temporalidade,
aspectos descritos como contexto e desenvolvimento.
• De acordo com Heidegger (1998), o indivíduo não pode ser determinado
somente por um aspecto, questão presente nessa concepção, uma vez que a
existência é algo indefinido, pois há uma independência na forma de
atuação na relação com o objeto.
• Dentro da sua existência, o homem também é concebido como um ser
privilegiado, uma vez que possui o dom da existência. Nessa perspectiva,
se destaca que o ser possui traços característicos de ser-no-mundo.
• A partir disso, se define que o ser humano possui afetos e interesses que o
determinam como ser humano e, por isso, a ideia de privilégio. Ou seja, o
ser estabelece uma relação com o outro e esse fator, por si só, justifica a
existência.
• Os paradoxos humanos fazem com que o ser desenvolva conflitos
existenciais, portanto, compreender o conflito ajuda o profissional a
entender como surge a relação estabelecida com o outro.
• Essa questão é muito bem definida quando as dificuldades vivenciadas por
uma pessoa passam de experiências a conflitos e, após isso, o ser sadio
alcança as possibilidades de aceitar e enfrentar tais paradoxos e restrições
impostas pela existência.
• A fenomenologia existencial amplia o olhar para o cuidado clínico, no
qual o sofrimento requer que o profissional tenha uma atuação
diferenciada. Com isso, é importante entender que o psicólogo tem pela
frente um grande desafio, pois precisa ter a compreensão de que o
paciente apresenta um conflito existencial, que traz um sofrimento em
sua vivência como ser.
As três dimens,ões da nat ur ez,a do ser humano, de a,cordo com Heidegger
1
Os nív,eis de experiência
(,consci,ência
de motivaçõ,es existir)
paira
O ,esta do, d,e cuidado do (pre 0,cupa 1 ção ou angústia ieom o que lev, a o,
Ser nada 1
Tem,
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Papel de acolher
Profissional Cliente Proporcionar escuta ativa
Fornecer um ambiente para conhecer a subjetividade
HEIDEGGER, UM CAMINHO POSSÍVEL
diretiva ,expressa na atitude do terapeuta. Por m1 elo da c, om preens .ão empática, a visão
incondicionalmente positiva no contexto de congruência é transferida para o Cliente.
PSICOTERAPIA 1
PLANTÃO
ENCONTROS E DESENCONTROS DO
FAZER CLÍNICO COM O PENSAMENTO
HEIDDEGERIANO