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Câncer de Pâncreas

Jaqueline Lima
Hayala Fraga
Enilza Maria
Glaucia Santos
Rozilane Azevedo
Fabiana Alves
Josiane Cristina
Davidson Padilha
Braulio Sena
Liliane Serafim
Priscila Lima
Isaquel dos Santos
Linette Gomes
INTRODUÇÃO

O câncer de pâncreas é uma doença altamente agressiva e de difícil


diagnóstico, apresentando uma taxa de sobrevivência geralmente baixa.
Com o pâncreas desempenhando um papel vital na digestão e regulação dos
níveis de açúcar no sangue, o surgimento de células malignas nesse órgão é
motivo de preocupação significativa.
OBJETIVO

Este trabalho tem como objetivo fornecer uma visão abrangente do


câncer de pâncreas, abordando sua etiologia, fatores de risco,
sintomas, métodos de diagnóstico e opções de tratamento. O
objetivo é aumentar a compreensão dessa doença complexa,
contribuindo para estratégias mais eficazes de prevenção,
diagnóstico precoce e desenvolvimento de terapias.
JUSTIFICATIVA

A importância deste estudo reside na gravidade do câncer de


pâncreas e nos desafios associados ao seu diagnóstico e tratamento.
Ao fornecer informações atualizadas sobre a doença, espera-se que
este trabalho ajude a aumentar a conscientização sobre o câncer de
pâncreas, incentivando pesquisas futuras e a busca por melhores
abordagens terapêuticas.
METODOLOGIA

Este estudo adotou uma abordagem


de pesquisa documental, utilizando
exclusivamente artigos científicos e
sites confiáveis como fontes de
informação. Após uma busca
criteriosa, os dados foram analisados
e organizados de forma lógica e
coerente.
O que é?
O câncer de pâncreas é um tipo de
câncer que se origina nas células
do pâncreas, um órgão localizado
na parte superior do abdômen,
atrás do estômago. O pâncreas
desempenha um papel crucial na
digestão dos alimentos,
produzindo enzimas e hormônios,
incluindo insulina, que regula os
níveis de açúcar no sangue.
Causas
As causas específicas do câncer de pâncreas não são totalmente
compreendidas, mas existem alguns fatores de risco associados ao seu
desenvolvimento. Esses fatores incluem:

1. Idade: O câncer de pâncreas é mais comum em pessoas com mais de 60


anos. A idade avançada é considerada um fator de risco significativo.

2. Tabagismo: O tabagismo é um fator de risco bem estabelecido para o


câncer de pâncreas. Os fumantes têm um risco maior de desenvolver a
doença em comparação com os não fumantes.
3. Histórico familiar: Ter um parente de primeiro grau (como pai, mãe ou
irmão) com câncer de pâncreas aumenta o risco de desenvolver a doença.
Alguns genes herdados também podem aumentar a suscetibilidade ao
câncer de pâncreas.

4. Obesidade e dieta pouco saudável: A obesidade e uma dieta rica em


gorduras saturadas, carne vermelha e alimentos processados foram
associadas a um maior risco de câncer de pâncreas.

5. Pancreatite crônica: A inflamação crônica do pâncreas, conhecida como


pancreatite crônica, pode aumentar o risco de câncer de pâncreas.
É importante ressaltar que ter um ou mais
fatores de risco não significa
necessariamente que alguém desenvolverá
câncer de pâncreas. Por outro lado,
algumas pessoas podem desenvolver a
doença sem apresentar nenhum fator de
risco conhecido. A interação entre fatores
genéticos e ambientais desempenha um
papel complexo no desenvolvimento do
câncer de pâncreas.
Sinais e Sintomas
O câncer de pâncreas nem sempre apresenta sinais e
sintomas evidentes nas fases iniciais da doença, o que
torna o diagnóstico precoce desafiador. No entanto, à
medida que a doença progride, podem ocorrer alguns
sinais e sintomas, como:

 Dor abdominal: A dor abdominal é um sintoma


comum do câncer de pâncreas. Pode ser localizada
na região superior do abdômen ou irradiar para as
costas.
 Perda de peso inexplicada: Muitas pessoas com
câncer de pâncreas experimentam perda de peso
sem motivo aparente. Isso ocorre porque o tumor
pode afetar a capacidade do corpo de digerir e
absorver nutrientes adequadamente.
• Icterícia: A icterícia é uma condição em que a pele e os olhos
adquirem uma coloração amarelada. É causada pelo acúmulo de
bilirrubina, um pigmento produzido pelo fígado, devido à
obstrução do ducto biliar pelo tumor pancreático.
• Mudanças no sistema digestivo: O
câncer de pâncreas pode afetar o
processo digestivo, causando sintomas
como perda de apetite, náuseas,
vômitos, diarreia e fezes claras e
gordurosas.

• Fadiga e fraqueza: Muitos pacientes


com câncer de pâncreas relatam fadiga
persistente e fraqueza, que podem ser
atribuídas à doença em si, ao
tratamento ou a ambas.
Tipos do Câncer de Pâncreas
Existem diferentes tipos de câncer de pâncreas, que podem variar em termos
de origem celular e características específicas. Os principais tipos são:

1. Adenocarcinoma ductal pancreático:


É o tipo mais comum de câncer de
pâncreas, representando cerca de 90%
dos casos. Ele se origina nas células
que revestem os dutos pancreáticos. O
adenocarcinoma ductal pancreático
geralmente se espalha rapidamente
para outros órgãos e é frequentemente
diagnosticado em estágios avançados.
2. Tumores neuroendócrinos pancreáticos:
Representam aproximadamente 5% dos
casos de câncer de pâncreas. Esses
tumores se desenvolvem a partir das
células produtoras de hormônios no
pâncreas, chamadas de células
neuroendócrinas. Os tumores
neuroendócrinos pancreáticos podem ser
funcionais, produzindo hormônios em
excesso e causando sintomas relacionados,
ou não funcionais, não produzindo
hormônios em excesso.
3. Carcinoma de células acinares: É um tipo raro de câncer de
pâncreas, representando menos de 1% dos casos. Esse tipo de
câncer se origina nas células acinares do pâncreas, que são
responsáveis pela produção de enzimas digestivas. O carcinoma
de células acinares tende a ter um prognóstico melhor do que o
adenocarcinoma ductal pancreático.
Existem também subtipos menos comuns de câncer de pâncreas,
como tumores císticos, tumores de células dos ilhéus e tumores
mistos. Cada tipo de câncer de pâncreas pode ter características
distintas em termos de progressão, tratamento e prognóstico. O
diagnóstico preciso do tipo específico de câncer de pâncreas é
importante para determinar a abordagem terapêutica mais
adequada.
Diagnóstico
O diagnóstico do câncer de pâncreas geralmente
envolve uma combinação de exames e testes para
avaliar os sintomas, identificar possíveis tumores e
determinar o estágio da doença. Alguns dos
principais métodos de diagnóstico incluem:

• Exames de imagem: São realizados exames


como tomografia computadorizada (TC)
abdominal, ressonância magnética (RM) e
ultrassonografia abdominal para obter
imagens detalhadas do pâncreas e identificar
possíveis tumores.
• Exames de sangue: Certos
marcadores tumorais podem ser
analisados no sangue, como o
antígeno carcinoembrionário (CEA)
e o antígeno CA 19-9. Embora esses
testes não sejam específicos para o
câncer de pâncreas, níveis anormais
desses marcadores podem indicar a
presença da doença.
• Biópsia: A biópsia é a remoção de uma pequena amostra de tecido
do pâncreas para análise em laboratório. Pode ser realizada por
meio de uma punção guiada por imagem (por exemplo, por
ultrassonografia) ou durante uma cirurgia. A biópsia permite a
identificação precisa do tipo de células cancerígenas presentes e
ajuda a confirmar o diagnóstico.

• Laparoscopia exploratória: Em alguns casos, uma laparoscopia


pode ser realizada para avaliar a extensão do câncer de pâncreas e
determinar se é possível realizar uma cirurgia curativa. Durante o
procedimento, um pequeno tubo com uma câmera é inserido no
abdômen para visualização dos órgãos.
Tratamentos
O tratamento do câncer de
pâncreas depende do estágio da
doença, da localização do tumor, da
saúde geral do paciente e de outros
fatores individuais. Geralmente,
uma abordagem multidisciplinar é
adotada, envolvendo diferentes
modalidades de tratamento, como
cirurgia, radioterapia,
quimioterapia, terapia-alvo e
imunoterapia.
Alguns dos principais tratamentos para o câncer de pâncreas
incluem:

• Cirurgia: A cirurgia é geralmente


considerada a melhor opção para a
remoção completa do tumor,
especialmente quando o câncer está
localizado apenas no pâncreas. As opções
cirúrgicas incluem a pancreatectomia
(remoção parcial ou total do pâncreas), a
duodenopancreatectomia (remoção do
pâncreas, parte do estômago, duodeno,
vesícula biliar e ducto biliar) e a cirurgia de
bypass para aliviar a obstrução do ducto
biliar.
• Radioterapia: A radioterapia envolve o uso de radiação de alta
energia para destruir as células cancerígenas ou impedir seu
crescimento. Pode ser administrada antes da cirurgia
(radioterapia neoadjuvante) para reduzir o tamanho do tumor,
após a cirurgia (radioterapia adjuvante) para eliminar células
cancerígenas remanescentes, ou como um tratamento paliativo
para aliviar sintomas.
• Quimioterapia: A quimioterapia utiliza
medicamentos anticancerígenos para
destruir as células cancerígenas. É
frequentemente administrada em
combinação com a cirurgia ou
radioterapia, antes ou após o
procedimento, para eliminar células
cancerígenas restantes e reduzir o risco
de recorrência. A quimioterapia
também pode ser usada como
tratamento paliativo para controlar os
sintomas e melhorar a qualidade de
vida.
• Terapia-alvo: A terapia-alvo é um tipo de tratamento que utiliza
medicamentos para atacar especificamente as alterações genéticas
ou proteínas específicas presentes nas células cancerígenas.
Alguns medicamentos de terapia-alvo podem ser usados no
tratamento do câncer de pâncreas, especialmente em casos de
tumores com mutações genéticas específicas.

• Imunoterapia: A imunoterapia é uma abordagem inovadora que


estimula o sistema imunológico do próprio paciente a reconhecer
e destruir as células cancerígenas. Embora a imunoterapia ainda
esteja em estudo para o câncer de pâncreas, algumas opções
estão sendo investigadas e podem ser utilizadas em casos
selecionados.
É importante ressaltar que o tratamento do câncer de pâncreas é
altamente individualizado, e cada paciente é avaliado cuidadosamente
para determinar a melhor abordagem terapêutica. É fundamental
discutir as opções de tratamento com uma equipe médica
especializada para tomar decisões informadas e personalizadas.
Prevenção

A prevenção do câncer de pâncreas envolve a adoção de hábitos


saudáveis e a conscientização sobre fatores de risco. Um dos
principais passos é evitar o tabagismo, já que o tabaco é um dos
principais responsáveis pelo aumento do risco de desenvolver a
doença. Além disso, seguir uma alimentação equilibrada, baseada
em frutas, legumes, grãos integrais e alimentos com baixo teor de
gordura, é recomendado. Evitar o consumo excessivo de alimentos
processados, gorduras saturadas e carnes vermelhas também é
importante.
Outro aspecto relevante é manter um peso saudável, já que a
obesidade está associada a um maior risco de câncer de pâncreas.
Para isso, é recomendado adotar um estilo de vida ativo, com prática
regular de atividades físicas. Além disso, é necessário moderar o
consumo de álcool, pois o consumo excessivo também pode
aumentar o risco.

É fundamental ter consciência do histórico familiar da doença e


síndromes genéticas hereditárias relacionadas ao câncer de pâncreas.
Se houver casos na família ou suspeita de síndromes genéticas, é
importante discutir com um médico sobre a possibilidade de testes
genéticos e estratégias de monitoramento adequadas.
Cuidados de
Enfermagem

Os cuidados de enfermagem no câncer de pâncreas abrangem uma


variedade de aspectos físicos, emocionais, educacionais e de coordenação
do cuidado. A equipe de enfermagem desempenha um papel essencial na
administração de medicamentos, monitorando e gerenciando os efeitos
colaterais, além de fornecer suporte na avaliação e manejo da dor. Eles
também desempenham um papel crucial na educação do paciente e de
seus familiares, fornecendo orientações sobre o câncer, tratamentos e
cuidados domiciliares.
Além disso, a equipe de enfermagem
fornece suporte emocional, coordena
o cuidado multidisciplinar e trabalha
em colaboração com outros
profissionais de saúde para garantir
uma abordagem integrada e
personalizada. Seu objetivo é
proporcionar assistência abrangente,
melhorar a qualidade de vida e
promover o bem-estar global do
paciente.
CONCLUSÃO
Em conclusão, o câncer de pâncreas é uma doença complexa e
desafiadora, com prognóstico geralmente desfavorável. É crucial
promover a conscientização sobre os fatores de risco, sinais e
sintomas precoces, para possibilitar um diagnóstico precoce e,
consequentemente, um tratamento mais eficaz.

Além disso, é fundamental o papel da equipe de enfermagem na


prestação de cuidados abrangentes, desde a administração de
tratamentos até o suporte emocional e educacional para os
pacientes e seus familiares.
Referências

https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/tipos/pancreas
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32593337/
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30085538/
https://aps-repo.bvs.br/aps/pacientes-com-historia-familiar-de-
cancer-de-pancreas-necessitam-algum-seguimento-ou-
rastreamento/

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