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Centro de Ensino Técnico Paulo Freire – CENTEC.

Neoplasia De Ovário: Práticas De


Enfermagem

A L U N O S ( A S ) : A PA R E C I D A N A S C I M E N T O D E O L I V E I R A ;
I R A N I L D A A LV E S D A S I LVA ; L U C R É C I A A PA R E C I D A
D O L O V E T; PA U L O I S R A E L D A R O C H A J A R A ; VA L D E C I R
DA ROSA JARA
PROFESSOR : ANA LUIZA
M AT E R I A : O N C O L O G I A
Introdução:
O câncer afeta uma grande parcela da população, principalmente a feminina, em nível mundial,
causando impacto na qualidade de vida dessas mulheres.
O mais comum é o Câncer de colo de útero e o de mama, mas não menos devastador que o de
ovário, pela dificuldade de diagnóstico, ainda nos dias atuais.
O Câncer de ovário é o mais letal dentre as neoplasias ginecológicas, ocupando a sétima
posição entre as causas de óbito em mulheres.
Diante disto neste trabalho vamos falar um pouco mais a respeito da neoplasia de ovário seu
diagnostico, tratamento e o papel desempenhado da enfermagem.
Objetivo:
Neste trabalho buscamos compreender as praticas da enfermagem na neoplasia de ovário,
tendo como objetivo, trazer o rastreamento para diagnostico, tratamento de paciente com
neoplasia, e ressaltar a atuação da enfermagem e o teu papel perante ao paciente com neoplasia
de ovário, assim com as dificuldades encontradas neste processo.
Foi utilizado para realização do trabalho, como fonte de pesquisa, a pesquisa de cunho
bibliográfico afim de uma melhor compreensão a cerca do assunto abordado.
Discussão:
Esta doença trás com ela alguns fatores de risco, que são levados em conta no rastreamento
da doença, como : Idade maior que 50 anos; Antecedente menstrual: menarca precoce (< 12
anos); menopausa tardia (> 55 anos); Nuliparidade; Obesidade; Antecedente familiar de câncer de
ovário, mama ou colorretal; Mutação dos genes BRCA-1 e BRCA-2: risco de desenvolver a
neoplasia de 40 a 50% até os 70 anos.
O Câncer ovariano, no início, é, em geral, assintomático. Os ovários por serem órgãos duplos
e pequenos situados na pélvis feminina, os tumores iniciais são difíceis de diagnosticar através do
exame clínico na consulta ginecológica.
A maioria dos pacientes tem um diagnostico quando a doença já esta em estado avançado,
assim limitando as opções de tratamento. Para cirurgias citrorredutoras e a quimioterapia, e em
muitos casos a maioria dos pacientes, apresentam recorrência e óbito.
O diagnostico precoce da doença é essencial, pois a descoberta na fase inicial torna o
tratamento mas assertivo, e a chance de cura se torna maior.
Para o diagnostico da doença é utilizado utilizados e estudados marcadores tumorais e a ultra
sonografia transvaginal.
Os marcadores tumorais, que é uma substancia macromolecular presente no tumor
encontrados no sangue ou em líquidos biológicos dos pacientes, portadores de neoplasia.
O marcador mais conhecido e utilizados nos pacientes com tumor de ovário é o CA125
conhecido também como MUC 16, este marcador é estudado para o rastreamento de mulheres
assintomáticas e detecção precoce de recorrência do tumor após tratamento.
O rastreamento da doença feito pelos marcadores tumorais passam por 5 fases,
1- fase pré-clinica exploratória para a identificação de direções promissoras;
2- Ensaios clínicos e fase de validação para avaliar a habilidade do teste para detectar uma dada
doença:
3- Fase retrospectiva/longitudinal para determinar a habilidade de um específico marcador para o
diagnóstico precoce de uma dada doença e definir o critério de positividade;
4- Fase de rastreamento prospectiva para identificar as características da doença detectada pelo
teste, assim como a taxa de resultados falso-positivos;
E a 5- Estudo definitivo (prospectivo e randomizado) para determinar o impacto do rastreamento
na redução da mortalidade e morbidade da doença na população geral.
Entres os marcadores apenas a CA 125 passou pelas quatro primeiras fases, a quinta fase está
sendo conduzida.
A ultra sonografia é utilizada como método naturalmente, nas tentativas de diagnósticos, porém
a experiencia com a ultra sonografia transvaginal é limitada, utilizando-se 8 cm como valor
máximo de volume ovariano.
A combinação da ultra sonografia com a combinação da CA 125, são os métodos mas
recomendados para o rastreamento e diagnostico da doença.
Apesar da elevada taxa de letalidade, há diversas formas de tratamento para a doença. A escolha
do tratamento vai depender do estágio da doença, da idade da paciente, tipo de tumor e do
estadiamento.
Entre os tratamentos estão:
• Cirurgia: A cirurgia é o tratamento mais eficaz e definitivo para eliminar o tumor, e, conforme
o estágio da doença, pode ser feita de várias formas: Remoção de um dos ovários; Remoção
de ambos os ovários; Remoção dos ovários e do útero; Cirurgia de câncer avançado.
• Quimioterapia: A quimioterapia é um tratamento que utiliza substâncias químicas que
eliminam as células de crescimento rápido no corpo, incluindo as células cancerígenas. De
maneira geral, a quimioterapia é administrada por via venosa, mas em alguns casos pode ser
administrada por via oral.
• Terapia Direcionada: Essa técnica usa medicamentos que visam atingir as vulnerabilidades
específicas presentes nas células cancerosas. Neste método, o médico testa as células
cancerígenas da paciente para determinar qual terapia-alvo causará, mais provavelmente, um
efeito sobre o câncer.
•Tratamento Paliativo: Este tratamento é focado na diminuição da dor e dos outros sintomas da
doença, visando melhorar a qualidade de vida das pessoas com câncer e suas famílias. Os
cuidados paliativos podem ser usados durante outros tratamentos agressivos, como cirurgia e
quimioterapia.
O papel e as dificuldades enfrentadas
pelos enfermeiros:
O enfermeiro tem um papel de suma importância neste processo engloba todas as etapas
diagnósticas e terapêuticas no câncer. A consulta e pós-consulta de enfermagem são essenciais,
pois possibilita a identificação das necessidades de cuidado, do plano de cuidados de enfermagem
e ainda favorece o vínculo entre os profissionais, pacientes e familiares.
Por meio do processo de enfermagem como método sistemático de prestação de cuidados
humanizados, o enfermeiro avalia continuadamente o estado biopsicossocial, planeja a assistência
individualizada, estabelece, entre outros resultados, o conforto e o bem-estar, assim como o apoio
à família.
A assistência de enfermagem inclui a promoção de ações preventivas, realizar consulta de
enfermagem, examinar e avaliar sinais e sintomas relacionados à neoplasia, solicitar e avaliar
exames de acordo com os protocolos locais; encaminhar e acompanhar nos serviços de referência
para diagnóstico e/ou tratamento; orientar a paciente quanto às reações adversas dos
medicamentos.
Assistir ao paciente com câncer vai além de uma prescrição de cuidados: envolve
acompanhar sua trajetória e de sua família, desde os procedimentos diagnósticos, tratamento,
remissão, reabilitação.

Porém a equipe de enfermagem ao longo deste percurso, lida com desafios constantes, ao
lidar com um prognóstico ruim de um paciente, pode apresentar sentimentos de impotência, os
quais são de frustração e resignação frente à impossibilidade de evitar o óbito ou aliviar o
sofrimento do cliente.

Considera-se como desafios enfrentados pela equipe de enfermagem atuante em um setor de


quimioterapia: mitos e crenças relacionados ao câncer como doença fatal; ansiedade, tristeza e
desespero do paciente com o diagnóstico inicial de câncer e a necessidade de tratamento.
Há grandes barreiras na comunicação da equipe com o paciente e dificuldades na compreensão
durante o processo de cuidar. Essa dificuldade aparecem quando são pacientes oncológicos sem
possibilidade de cura e jovens acometidos pelo câncer, visto que os profissionais não sabem lidar
com pacientes cujo prognóstico pode ocasionar sentimentos de tristeza e impotência.
Ao dar assistência a pacientes terminais ou em tratamento do câncer, a equipe também
experimenta o luto e perda, pois perdem muitos pacientes, alguns dos quais prestam cuidados por
um longo tempo.
Ah Algumas outras dificuldades fácil de serem encontradas também, como o número
insuficiente de profissionais pode afetar negativamente a qualidade do cuidado prestado aos
pacientes, A carga excessiva de trabalho e o número reduzido da equipe em relação ao número de
pacientes atendidos. Estes fatores podem conduzir à exaustão e à insatisfação profissional.
Considerações Final :
Em suma, nenhuma doença é fácil muitos paciente passam por tratamentos invasivos ainda
mais quando o assunto em pauta é referente a neoplasia, aonde muitas vezes os resultados não
saem como o esperado, e o tratamento pode ser longo.
Ao longo do trabalhos fica claro que a medicina tem muito a evoluir tanto no rastreamento
para um diagnostico certeiro, quanto no tratamento, e que na maioria dos caos o diagnostico
precoce é um grande aliado no neste processo.
E que a enfermagem tem um papel fundamental, e sofre impacto imediato e total,
que é gerado através do contato direto com pessoas doentes. Sendo assim se faz
necessário um treinamento especializado na área de atuação de uma equipe é fundamental
para todos os profissionais de saúde que lidam com pacientes em situações críticas.
O contato com o paciente oncológico muitas das vezes, pode representar um choque para o
profissional de enfermagem, pois é um momento em que o profissional se depara com a
fragilidade humana e a complexidade dos problemas que envolvem a pessoa portadora do
câncer.
Os seres humanos são organismos complexos passíveis de serem influenciados pelo ambiente
interno e externo. Um acompanhamento para esses profissionais que lidam com tamanha
responsabilidade se faz necessário.
Todo e qualquer profissional da área de saúde tem que se preocupar com consigo, para então
ter condições de cuidar do outro.
Referencias:
Albernaz, F., & Schunemann Júnior, E. (2015). Câncer no ovário ou do ovário? O grande dilema atual.
Feminino, 43(4).
OLIVEIRA, Laryssa Leite Santos de. LIMA, Thiago Oliveira Sabino, SILVA, Raylton Aparecido
Nascimento. SILVA, Robson Mariano Oliveira. ABREU, Vitor Pachelle Lima, FERREIRA Ruhena Kelber
Abrão. Atuação do enfermeiro na assistência a mulher com câncer de ovário. Research, Society and
Development, v. 9, n. 9, e43996962, 2020 (CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i9.6962
PIZZATO, Bruna Dalsasso; ZUGNO,Paula Ioppi. DESAFIOS ENFRENTADOS PELA EQUIPE DE ENFERMAGEM
NA ASSISTÊNCIA AOS PACIENTES EM TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICO. RIES, ISSN 2238-832X, Caçador,
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REIS, Francisco José Candido dos Rastreamento e diagnóstico das neoplasias de ovário – papel dos marcadores
tumorais. Rev Bras Ginecol Obstet. 2005; 27(4): 222-7

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