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Enfa. Gisele Pereira de Carvalho, Enfa. Luciane Pons Di Leone, Prof. Dr. Algemir Lunardi
Brunetto
O diagnstico e o manejo do cncer infantil so um desafio para a equipe de cuidado
multidisciplinar. Particularmente, com crianas menores, este desafio ainda maior,
devido excepcional vulnerabilidade delas a complicaes agudas, decorrentes de
terapias multimodais agressivas e ao potencial de seqelas dos tratamentos
antineoplsicos no seu crescimento e desenvolvimento, a longo prazo.
O cncer infantil considerado uma doena rara e portanto pouco freqente. Os tipos
de cncer mais comuns em Pediatria esto descritos na Tabela 1. No Rio Grande do Sul,
estima-se que ocorra cerca de 300 casos novos de cncer por ano, em crianas e
adolescentes entre 0 e 19 anos. Os tumores peditricos diferem dos tumores adultos
quanto sua biologia e tratamento. Das neoplasias da infncia cerca de 70 % tm
cura.
NEOPLASIA
INCIDNCIA ANUAL
Leucemias
33 %
Tumores do SNC
22 %
Linfomas
13 %
Tumor de Wilms
6%
Neuroblastoma
8%
Retinoblastoma
3%
Osteossarcoma
5%
Sarcoma de Ewing
7%
Rabdomiossarcoma
4%
Quando a famlia (pai e/ou me) permanece junto criana hospitalizada, torna-se
importante a participao no cuidado e, portanto, a vivncia de programas educativos
atravs de grupos de pais auxilia e favorece esse processo.
Segundo Whaley e Wong 7 "a compreenso, a reao e o mecanismo para enfrentar e
superar doena e/ou hospitalizao de crianas so influenciados pela importncia
atribuda aos fatores estressantes individuais (eventos que produzem estresse) em
cada fase do desenvolvimento. Os principais fatores so: a separao, a perda do
controle e a leso corporal". Sabendo que cada criana responde de forma diferente a
fatores ou situaes estressantes, a enfermagem tem como maior desafio no s
compreender mas auxiliar nesse enfrentamento, buscando uma assistncia mais
humanizada, resgatando o lado sadio da criana hospitalizada. Na medida em que
recriamos o cuidar em enfermagem Oncolgica Peditrica, assistindo criana e
famlia, entendendo sua trajetria e auxiliando nas dificuldades, atravs de atividades
especializadas e principalmente do desejo real de restabelecimento ao tocarmos a
criana, que podemos dizer que transcendemos os limites entre sade e doena.