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O partograma é a representação gráfica do trabalho de parto que permite acompanhar a sua evolução,
documentar, diagnosticar alterações e indicar a tomada de condutas apropriadas para a correção de
desvios, evitando, assim, intervenções desnecessárias. Inclui os Batimentos Cardio-fetais (BCF),
integridade da bolsa das águas (ROTA ou ÍNTEGRA), características do líquido amniótico (CLARO
ou COM PRESENÇA DE MECÔNIO), dilatação do colo, descida da apresentação (plano de De
Lee), frequência das contrações e medicamentos e fluidos infundidos.
Cerca das 99% de mortes maternas anuais ocorridas em países em desenvolvimento, grande parte se
dá por conta de um TP prolongado devido a uma desproporção cefalo-pélvica que pode resultar em
um TP obstruído, desidratação da gestante, ruptura uterina e fistula obstétrica, e também, mas de
maneira indireta, em hemorragias pós-parto e infecção neonatal.
PREENCHIMENTO DO PARTOGRAMA
1. O primeiro registro do partograma deve ser feito no início da fase ativa (mínimo de 03 cm de
dilatação e contrações regulares – 2 a 3 em 10 min);
2. Após o primeiro registro de dilatação, traça-se a LINHA DE ALERTA (indica-se uma coluna
(1 hora) após a 1ª e 1 cm acima de dilatação);(ver imagem)
3. A LINHA DE AÇÃO é traçada imediatamente 4 horas após a linha de alerta; (ver imagem)
6. Os toques vaginais (TV) devem ser feitos de acordo com a progressão do parto (a cada 2 horas ou
mais), não sendo esquecido o seu registro com a hora correspondente.
7. Nos TVs devem ser avaliadas as condições do colo uterino (dilatação e esvaecimento), altura e
variedade da apresentação e integridade ou não da bolsa;
É essencial notar que o partograma só pode ser usado por trabalhadores da saúde com
treinamento adequado em obstetrícia e que sejam capazes de:
Observar e conduzir um TP normal e parto;
Acompanhar a dilatação cervical corretamente;
Anotar a dilatação cervical e a hora de maneira certa no gráfico.
O partograma não deve ser usado em partos domiciliares acompanhados por parteiras não treinadas
em obstetrícia. Quando usado em casas de parto ou hospitais, a introdução do partograma precisa ser
acompanhada por um programa de treinamento, sob supervisão apropriada e com seguimento.