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SAÚDE DA MULHER: Trabalho de parto e parto

TEMAS ABORDADOS

 Pré-Parto, Parto e assistência;

 Legislação do enfermeiro na atuação junto a gestante e a lei do acompanhante;

 Direitos da gestante;

 Conhecer TP Humanizado;

 Reconhecer as complicações durante o TP e formas de atendimento;

 Conhecer os passos do parto e assim programar a assistência pós-parto;

 Conhecer a importância do AC;

OBJETIVOS DE APRENDIZADO

 Saber identificar os sinais de TPV;

 Conhecer as legislações da gestante e de sua atuação profissional;

 Identificar fatores que amenizem o momento do TP da gestante;

 Entender o seu papel profissional nessas fases e assim criar maneiras de programar o
trabalho da equipe, praticando o Parto Humanizado.

Direitos das Gestantes

 Na Gravidez:

 Nenhuma maternidade pode recusar a fazer o parto, pois este é considerado


atendimento de urgência;

 Na UBS se não puder atender, deve ser encaminhada;

 Transferência somente se com tempo e houver vaga garantida.


TRABALHO DE PARTO

 Trabalho de parto ativo é a fase em que ocorrem:

 Contrações uterina regulares;

 Emissão de mucosidades;

 Dilatação cervical;

 Descida e expulsão do feto.

TIPOS DE PARTO

 Parto espontâneo – sem interferência;

 Parto normal ou natural – fisiologicamente por via vaginal

 Cesárea – com intervenção, abdominal

 Parto eutócito – evolui em condições normais;

 Parto distócito – evolui com anormalidade um ou mais fatores;

 Parto induzido – provocado antes da manifestação espontânea;

LEGISLAÇÃO DO ENFERMEIRO

 Art. 11: II - Como integrante da equipe de saúde:

g) Assistência de enfermagem á gestante , parturiente e puérpero;

h) Acompanhamento da evolução e do trabalho de parto;

i) Execução do parto sem distócia;

LEGISLAÇÃO DO ENFERMEIRO OBSTETRA

 Parágrafo único – ás profissionais referidas no inciso II – o titular do diploma ou


certificado de obstetriz ou de enfermeira obstétrica, conferidos nos termos da lei:

a) Assistência a parturiente e ao parto normal;

b) Identificação das distócias obstétricas e tomada de providências até a chegada do médico;

c) Realização de episiotomia e episiorrafia e aplicação de anestesia local, quando necessária.

FASES DO PARTO NORMAL

 1º Período – Dilatação: Inicia com o TP e vai até a dilatação completa(24h);

 2º Período – Expulsão: Inicia com a dilatação completa até saída do feto (min/h.);

 3º Período – Dequitação: Inicia com a expulsão do feto até a expulsão da placenta e


membranas(5 a 30’);

 4º Período – Greenberg: Inicia na dequitação e até a 1ª hora após o parto.


PERÍODOS MECÂNICOS DO PARTO

 Insinuação: encaixe da cabeça do feto (útero desce, facilidade respiratória, aumento


da frequência urinária;

 Eliminação Vaginal: Tampão mucoso com raias de sangue;

 Falso trabalho de Parto: A atividade uterina aumenta,mas com contrações sem


coordenação, indolores;

EVENTOS DO TRABALHO DE PARTO

 Ruptura da membrana amniótica

 Apagamento Cervical:

 Dilatação Completa:

 Contração Uterina:

Contração

 É o estímulo que as células do útero recebem para contraírem-se, propagando-se


para todo o útero;

 Cada contração é seguida de relaxamento entre elas;

 Frequência: Início do TP a cada 20’ e no final 2-3’ ;

Papel do Enfermeiro na avaliação pré-internação

 Conhecer e identificar o tipo de trabalho de parto;

 Reconhecer as condições materno-fetal;

 Acalmar a gestante/familiar quanto aos sinais e sintomas do TPV;

Direitos das Gestantes


 No Pré-Parto, Parto e Pós-Parto: Lei do Acompanhante nº 11.108 (07.04.2005):

 Contar com a presença do acompanhante no TP de sua escolha, como pai da criança,


parente ou pessoa amiga, que deverá ser escolhido preferencialmente antes do parto.

 Durante TP:

 Suas reclamações deverá ser esclarecida;

 Tem liberdade de rir, chorar , gritar (reações no TP) e não pode ser recriminada por
nenhum profissional;

 Roupas fornecidas não podem causar-lhe constrangimento e ser confortável;

 Parto Humanizado: Boas Práticas

 Banho Morno, Caminhar, Acompanhante.

Acolhimento

 Receber gestante e familiar apresentando-se;

 Esclarecer as dúvidas caso haja;

 Falar sobre as normas da instituição;

 Acompanhar a gestante até o leito;

 Orientar o acompanhante quanto a forma de ajuda no TP;

 Mostrar locais como banheiro, chuveiro, massageador, bola, cavalinho, banco e outros
específicos do serviço;

 Realizar o primeiro exame físico, atentando-se para qual o horário do último feito;

 Orientar a gestante o acompanhante quanto ao momento e fases do TP;

 Montar o prontuário com anotações;

ESTÁTICA FETAL

 Posição (dorso fetal em relação ao lado materno):

 Direita;

 Esquerda;

PERÍODOS CLÍNICOS DO PARTO

 1º Período – Dilatação

 2º Período – Expulsão

 3º Período – Dequitação

 4º Período – Greenberg
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM DURANTE O PERÍODO DE DILATAÇÃO

 Informar sobre a evolução do TP;

 Responder prontamente à perguntas;

 Utilizar palavras de fácil compreensão, calmas e de encorajamento;

 Reconhecer o esforço da mulher;

 Relação de ajuda com a mulher;

 Controles maternos;

 Controles obstétricos;
 Registros dos controles;

Cuidados de enfermagem pós dequitação

 Apresentar-se;

 Chamar sempre pelo nome;

 Ouvir com atenção;

 Encorajar a presença do acompanhante;

 Informar sobre a unidade;

 Avaliar o cordão ( 02 artéria e 01 veia);

 Pesar a placenta e aspecto geral;

 Monitorar sangramento;

PARTO HUMANIZADO

 Idealizado: Dr. José Galba de Araújo;

 Praticado com respeito á mãe e ao bebê, visando um atendimento integral ás suas


necessidades;

 1999, instituído um Prêmio para as maternidades que implantam;

CONTROLES MATERNOS

Controlar sinais vitais

 Oferecer dieta leve

 Líquidos à vontade

 Incentivar e orientar a movimentação

 Quando a parturiente desejar o repouso no leito, orientar sempre que possível o DLE

 Manter a mulher em ambiente limpo e calmo e sempre higienizada

 Orientar o acompanhante nas massagens

Vantagens da posição vertical durante o TP

 Favorece a insinuação;

 Contrações são mais intensas e eficientes;

 Diminui a duração do TP.

Desvantagens da posição vertical durante o TP

 Redução do canal de parto;

 Perda do fator gravidade;


 Dificuldade para a

 Retropulsão cóccica;

 Contratilidade incoordenada |TP prolongado

Cuidados de Enfermagem durante o TP

 Orientar quanto aos procedimento;

 Providenciar material aos procedimentos e exames;

 Avaliar regularmente BCFs (100 bpm indica Sofrimento Fetal);

 Observar dinâmica Uterina;

 Orientar a gestante as formas de relaxamento(respirar profundamente e


pausadamente nos intervalos das contrações);

 Manter a gestante em DLE;

 Estar atento ás infusões;

 Observar e controlar as secreções vaginais(quantidade e aspecto);

 Anotar horário de rompimento da bolsa;

 Atentar para alterações uterinas;

 Monitorar eliminação de mecônio;

 Observar sangramentos;

CONTROLES OBSTÉTRICOS

 Dinâmica uterina - a cada 30 ou 60 minutos ;

 Ausculta dos BCFs a cada 30 ou 45 minutos;

 Toque vaginal quando necessário( 4/4 – 2/2);

 Permitir a rotura espontânea das membranas;

 Registrar os dados.

Complicações no TP e Parto e Pós-Parto

 Ruptura Prematura das Membranas x infecção; Cuidados Frente a Rotura das


membranas fetais: Registrar a hora, o volume e o aspecto do LA (cor, odor e
grumos ); Presença de mecônio, infecção

 TPP ;

 Posição do feto (distócia);

 Sofrimento Fetal;

 Fratura de clavícula
Hemorragia Uterina ( Pós-Parto: Perda no parto 500ml e após a detectação, a contração
uterina auxilia o fechamento dos vasos; ) (Causas: pedaço da placenta ou laceração vagina ou
colo do útero;)

Atonia uterina

 Tratamento

 Infusão de ocitócitos (ocitocina, ergotamina);

 Hidratação;

 Massagem uterina;

 Hemotransfusão.

VANTAGENS PARTO NORMAL

 Ocorre naturalmente sem intervenções;

 Recuperação mais rápida;

 Menores riscos;

 A mãe pode ficar com o filho;

 A mãe participa ativamente.

 Mãe pode ficar com o filho mais rápido;

 Respiração do Rn facilitada;

 Menos desconforto pós-parto;

 Facilita descida do leite;

Quando:

 Laceração;

 Dor no parto?

 Dor no períneo se laceração;

 Possível incontinência urinária ou fecal.

 Má condução

CESÁREA

 Indicações

 Desproporção cefalo-pélvica;

 Apresentação pélvica ou córmica;

 Doença materna (dm, ha, etc.);

 Falha de dilatação;
 Sofrimento fetal;

 2 ou mais cesáreas;

 Placenta Prévia ou DPP.

 Vantagens

 Programação do Parto;

 Menor tempo de espera;

 Não laceração;

 Sem dor durante procedimento?

 Desvantagens

 Recuperação mais lenta;

 Maior desconforto para bebês respirar;

 Necessita de retirada de pontos;

 Não há participação ativa do parto;

 Atraso na lactação;

 Maior risco de mortalidade(mãe e filho);

 Risco de infecção;

 Desconforto de proc.cirúrgico.

 RISCOS

 Maior probabilidade de Depressão PP;

 Complicação operatória;

 Anestesia (choque anafilático);

 Trombose MMII;

 Maior probabilidade hemorragia;

 Problemas respiratórios no RN;

RECUPERAÇÃO DA MULHER

 RECUPERAÇÃO

 1 hora na “SRPA”;

 Anestesia vai passando (6 horas);

 Sangramento (lóquios) até 40 dias.

 Controlar dados vitais;

 Sangramento vaginal;
 Globo de segurança de Pinard;

 Massagem uterina;

 Ocitocina ou ergometrina.

 DIETA

 Alimentação normal pós Parto Normal;

 Restrições se for cesárea;

 RETORNO DO ORGANISMO

 Didaticamente o puerpério pode ser dividido como imediato, que vai do 1° ao


10° dia, tardio, do 11° ao 45° dia, e remoto sendo a partir do 45° dia pós-parto
(CURITIBA, 2012).

 Retorno da atividade sexual:

 15 a 20 dias se for cesárea;

 40 dias se for parto normal;

 método anticoncepcional final do puerério;

 Retorno da fertilidade:

 Variável (em geral 60 dias se não amamentar)

 Depressão pós parto:

 Comum – alteração hormonal e histórico;

 Intensidade Leve a Severa;

 Medicamento é variável.

CUIDADOS NO CENTRO OBSTÉTRICO

 Colocar o Rn junto á mãe para o contato pele a pele( 1 passo do Aleitamento


Materno);

 Deixar a mãe e os familiares ficar junto ao Rn;

 Orientar a mãe quanto á amamentação;

 Avaliar se o Rn suga no primeiro momento;

Gravando.....

 Papel do enfermeiro no atendimento á gestante;

 Ações de enfermagem nas complicações;

 Dinâmica do Parto.

REZENDE, J. Obstetricia Fundamental. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan. 2008.


• ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Gravidez, parto, pós-parto e cuidados com o
recém-nascido: guia para prática fundamental. São Paulo. Rocca. 2006.

• Ricci, Susan Scott. Enfermagem Materno-Neonatal e Saúde da Mulher. Rio de Janeiro.


Guanabara Koogan.2013.

• FERNANDES, Rosa Aurea Quintella; NARCHI, Nádia Zanon. Enfermagem e saúde da


mulher.2. ed. Ver. E ampl. - Baureri, SP : Manole, 2013.

• Rede Cegonha - file:///C:/Users/Paulo/Downloads/manual-pratico-rede-cegonha-[444-


090312-SES-MT].pdf

• Parto Humanizado -
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderno_humanizasus_v4_humanizacao_
parto.pdf e http://static.hmv.org.br/wp-content/uploads/2014/07/OMS-Parto-
Normal.pdfhttp://static.hmv.org.br/wp-content/uploads/2014/07/OMS-Parto-
Normal.pdf

• ARAUJO, Enfermagem na prática materno-neonatal. Rio de Janeiro, Guanabara


Koogan, 2012

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