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Assistência de enfermagem

ao parto normal

Profa. Caroline Kappaun


ENFERMEIRA OBSTÉTRICA
🞆Assistência de enfermagem à gestante,
parturiente, puérpera e recém-nascido;
🞆Acompanhamento da evoluçã o do trabalho de parto;
🞆Assistência à parturiente e ao parto normal;
🞆Execuçã o do parto sem distó cia;
🞆Identificaçã o das distó cias obstétricas e
tomada de providências necessá rias, até a chegada
do médico;
🞆Realizaçã o de episiotomia e episiorrafia
quando necessá rio.
NOVAS RECOMENDAÇÕES - CONITEC
⮚ Profissional que assiste ao parto:
🞆Assistência ao parto de baixo risco e dentro dos
limites de normalidade: médico obstetra ou
Enfermeira Obstétrica;
🞆Evidência mostram vantagens em relaçã o à reduçã o
de intervençõ es e maior satisfaçã o das mulheres com
o parto, quando assistidas por Enfermeira
Obstétrica.
RESGATE HISTÓRICO

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TRABALHO DE PARTO E PARTO

Processo de movimentaçã o do feto, placenta e


membranas, para fora do ú tero e através do canal de
parto.

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SINAIS QUE PRECEDEM O TRABALHO DE PARTO
🞆Queda do ventre;
🞆Retorno da polaciú ria;
🞆Lombalgia;
🞆Contraçõ es de Braxton Hicks mais forte;
🞆Perda de peso;
🞆Surto de energia;
🞆Perda do Tampã o Mucoso;
🞆Amadurecimento cervical;
🞆Possível rotura das membranas
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amnió ticas.
Diagnóstico do Trabalho de Parto
Síndrome

1. Contraçõ es dolorosas, ritmicas (2/10’)


duraçã o de 50 a 60”; com
2. Dilataçã o progressiva do colo uterino;
3. Formaçã o da bolsa das á guas;
4. Perda do tampã o mucoso.
DILATAÇÃO X APAGAMENTO

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PERÍODOS CLÍNICOS DO
PARTO

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1º Período Clínico do Parto

Aparecimento das
contrações uterinas Apagamento e
regulares dilatação completa

70% dor no hipogá strio


20% na regiã o sacra
10% em ambos os locais.
1º PERÍODO CLÍNICO DO PARTO

1ª Fase Latente (início das contraçõ es até 3cm);


2ª Fase Ativa (4 a 7cm);

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3ª Fase de Transiçã o (8 a 10 cm).
1º PERÍODO CLÍNICO DO PARTO
🞆Na fase de latência: NÃO
INTERNAR!!
🞆Deambulaçã o;
🞆Repouso e sono;
🞆Eliminaçõ es vesical e intestinal;
🞆Alimentar e hidratar;
🞆Dar orientaçõ es.
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1º PERÍODO CLÍNICO DO PARTO

🞆Na fase ativa: internar;


abrir partograma;
🞆Deambulaçã o;
🞆MNF ’s para alívio da dor;
🞆Posiçõ es verticalizadas;
🞆Informar sobre a evoluçã o do
TP;
🞆Presença do acompanhante;
🞆Acalmar a mulher.

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1º PERÍODO CLÍNICO DO PARTO
Trabalho de parto e parto – processo fisioló gico

Dor-sintoma subjetivo que pode permear o


processo de parturiçã o

Açõ es de saú de que propiciem o alívio da dor

O objetivo nã o é garantir a ausência da dor!


Mas dar apoio à mulher, aumentar o seu limiar para as sensaçõ es
dolorosas e contribuir para que o parto seja uma experiência
positiva.
Tem-se como
uma das
soluçõ es a
E da tentativa aplicaçã o dos
de resgatar a métodos nã o
humanizaçã o do farmacoló gicos
parto e para o alívio
nascimento da dor
Diante das
intervençõ es
desnecessá rias e
que podem ser
iatrogênicas no
parto
HIDROTERAPIA

Banho de Imersã o e Banho de Aspersã o


HIDROTERAPIA

Oferece alívio sem interferir na progressão


do parto e sem trazer prejuízos ao recém-
nascido!!
DEAMBULAÇÃO E MUDANÇAS DE POSIÇÃO
MASSAGEM
BOLA SUÍÇA E CAVALINHO
TÉCNICAS DE RELAXAMENTO
E DE RESPIRAÇÃO
MUSICOTERAPIA

AROMATERAPIA
POSIÇÃO VERTICAL

🞆Aumenta a
oxigenaçã o para mã e
e feto;
🞆Descomprime a
veia cava;
🞆Amplia a
dilataçã o
perineal;
🞆Aumenta a passagem
10
do sacro cerca de 2cm;
🞆Conta com a ajuda
ASSISTÊNCIA AO 1º PERÍODO
o Na fase de transiçã o: aumentar a
vigilâ ncia e a frequência do
monitoramento;
Sinais Vitais Dilataçã o e
BCF Altura da LA
Maternos
Apresentaçã o
o Estimular a posiçã o vertical;
o Informar sobre iminência do
nascimento;
🞆Garantir privacidade;
🞆Atençã o para higiene íntima.
ASSISTÊNCIA AO 1º PERÍODO
CONDIÇÕES ESPECIAIS OU
COMUNS:

✔ Vô mitos;
✔ Tricotomia e enema
de rotina: contra-indicados;
✔ Dieta líquida;
✔ Nã o estimular a
mulher a fazer puxo
voluntá rio.
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ASSISTÊNCIA AO 2º PERÍODO

Dilatação Completa Saída do Feto

✔ Fase latente: sem sensaçã o de puxo involuntá rio;


✔ Fase ativa: cabeça visível, contraçõ es de expulsã o
ou esforço materno ativo.

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ASSISTÊNCIA AO 2º PERÍODO
• Duraçã o do trabalho de parto normal:

Fase Latente Fase Ativa


Nulípara: 20 h Nulípara: 12h
Multípara: 14 h Multípara: 7
h

Expulsivo
Nulípara: 2h sem analgesia/3h com
Multípara: 1 h/2h
SEGUNDO PERÍODO: COROAMENTO
EXPULSÃO: SAÍDA DA CABEÇA FETAL
ASSISTÊNCIA AO 2º PERÍODO
Cuidados:
🞆Mecô nio;
🞆Monitorar BCF a cada 5’;
🞆Proteger o períneo para evitar laceraçõ es:
✔ Técnica de “mã os sobre” e “mã os prontas”;
🞆Nã o realizar episiotomia de rotina;
🞆Identificar se há circular de cordã o;
🞆Contato pele à pele imediato;
🞆Permitir o acompanhante no parto;
🞆Promover um parto ativo.
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ASSISTÊNCIA AO 3º PERÍODO
🞆Manejo Ativo x Passivo;
🞆Administrar ocitocina IM 10UI, no
vasto lateral da coxa e fazer traçã o controlada
do cordã o;
🞆Avaliar integridade da placenta e do cordã o;
🞆Avaliar a formaçã o do globo de segurança de Pinard;
🞆Monitorar hemorragias.
ASSISTÊNCIA AO 3º PERÍODO
🞆Manter o RN com a mã e na 1ª hora de vida, e
somente depois proceder nos primeiros cuidados
neonatais;
🞆Avaliar integridade do períneo, da vagina e do colo,
identificando a necessidade de sutura.

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ASSISTÊNCIA AO 4º PERÍODO:
PERÍODO DE GREENBERG
🞆1 a 2 horas apó s a saída da placenta: um momento
crucial para a mã e e recém-nascido;
🞆Durante esse momento os ó rgã os maternos realizam
seus reajustes iniciais para o estado nã o gravídico e
as funçõ es dos sistemas do corpo começam a se
estabilizar.

Risco de Hemorragia Pó s-Parto

16,17
QUAL O MODELO IDEAL PARA A ASSISTÊNCIA DE
ENFERMAGEM À MULHER NO PARTO?

🞆Assistência centrada
nas necessidades da
apenas
mulherem procedimentos,
e nã o
normas e rotinas
predeterminadas;

🞆Valorizaçã oda
individualidade: subjetividade;

🞆Inserçã o da família como unidade


do cuidado;
QUAL O MODELO IDEAL PARA A ASSISTÊNCIA DE
ENFERMAGEM À MULHER NO PARTO?

🞆Respeito à cultura: crenças, valores, costumes;

🞆Seguir as normas das Boas Prá ticas para o Parto


Normal, baseadas em evidências: evitar
intervençõ es desnecessá rias e medicalizadas;
QUAL O MODELO IDEAL PARA A ASSISTÊNCIA DE
ENFERMAGEM À MULHER NO PARTO?

🞆Valorizar o
processo fisioló gico do
parto;
🞆Humanizar a
assistência;
🞆Prevenir a
morbimortalidade
materna e
perinatal utilizando

recursos tecnoló gicos


disponíveis.
PRÁTICAS ÚTEIS E QUE DEVEM SER ESTIMULADAS
🞆Plano individual do parto;
🞆Comunicaçã o terapêutica;
🞆Livre escolha do acompanhante;
🞆Combater a violência obstétrica;
🞆Estimular na mulher o empoderamento e a
autonomia;
🞆Estimular o parto verticalizado;
🞆Oferecer dieta líquida;
🞆Ser o mínimo possível intervencionista;
🞆Tornar-se coadjuvante. A mulher deve ser ativa.
PRÁTICAS CLARAMENTE PREJUDICIAIS OU INEFICAZES
🞆Enema, tricotomia, dieta zero;
🞆Infusã o intravenosa de rotina no TP;
🞆Utilizaçã o de ocitocina e amniotomia
indiscriminadamente;
🞆Posiçã o supina durante o TP e pato;
🞆Estímulo ao puxo prolongado dirigido
e expulsivo; no
🞆Massagem e distensã o do períneo no
expulsivo.
IMPORTÂNCIA DO ENFERMEIRO OBSTETRA

O Enfermeiro Obstetra é o profissional de


saú de protagonista

Para implementar as açõ es que buscam


alcançar uma assistência Humanizada

Boas Prá ticas Obstétricas Baseadas em


Evidências
IMPORTÂNCIA DO ENFERMEIRO OBSTETRA

Participaçã o
Reforço da ativa da mulher Promovendo
autonomia da no processo um Parto
mulher parturitivo Humanizado
PARTO E A FAMÍLIA
PARTO FELIZ!

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