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GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ


CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
CURSO DE MEDICINA

ASSISTÊNCIA AO TRABALHO DE PARTO

ALUNO:MATEUS ARAÚJO VALENTE


9º SEMESTRE

Belém-PA
2021
INTRODUÇÃO
• Conceitos
• Trabalho de Parto: O diagnóstico de trabalho de parto é um processo dinâmico,
e compreende o período que vai desde o início das contrações uterinas regulares,
associadas ao apagamento e à dilatação cervical, até a expulsão do concepto e da
placenta
• Parto normal:
• “aquele cujo início é espontâneo e sem risco identificado no início do trabalho,
assim permanecendo até o parto. A criança nasce espontaneamente, em posição
de vértice, entre 37 e 42 semanas completas de gestação. Após o parto, mãe e
filho estão em boas condições” (OMS)
• Trabalho de Parto x Assistência ao Trabalho de Parto
• Dividido em Períodos
LOCAL E ASSISTÊNCIA AO PARTO

• A Escolha do Local;
• Parto domiciliar não é coberto pela saúde pública do país nem pela
saúde suplementar;
• Parto domiciliar aumenta riscos;
• Todas devem ser informados sobre o local:
• Equipe Médica e cuidados tomados no parto;
• Métodos de alívio da dor;
• Probabilidade de ser transferida para uma maternidade.
LOCAL E ASSISTÊNCIA AO PARTO

• Profissional:
• Médico obstetra;
• Enfermeira obstétrica;
• Obstetriz;
• Cuidados no acolhimento;
• Oferecer informações necessárias:
• Indução do parto;
• Manejo da dor;
• Organização do local de assistência ao parto;
• Diferentes estágios do parto
LOCAL E ASSISTÊNCIA AO PARTO
• Dieta:
• Ingerir soluções isotônicas;
• Se não estiverem sob efeito de opioides, DIETA LEVE;
• Assepsia:
• Água potável para limpeza íntima (se necessário);
• EPI’s necessários;
• Avaliação do Bem-Estar Fetal:
• Realizar a ausculta imediatamente após uma contração, por pelo menos 1
minuto e a cada 30 minutos, registrando como uma taxa única.
LOCAL E ASSISTÊNCIA AO PARTO
• Manejo da Dor:
• Levar em consideração experiência e desejo individual;
• Métodos Não Farmacológicos:
• Imersão em água, massagens, acumpuntura, hipnose, etc.;
• Analgesia Inalatória (óxido nitroso 50%);
• Analgesia IM ou EV (remifentanil);
• Analgesia Regional (deve ser discutida anteparto);
PERÍODOS
• Premonitório:
• Caracteriza-se por adaptações fisiológicas, com duração extremamente
variável, que antecedem o trabalho de parto.
• Aumento gradual e irregular da atividade uterina;
• Amadurecimento do colo uterino;
• Acomodação do polo fetal ao estreito superior da pelve;
• Aumento de secreções cervicais: perda de tampão mucoso;
• Descida do Fundo Uterino: 2-4 cm;
• Fase Latente: Corresponde ao final do período premonitório e início do trabalho de
parto, quando as contrações, embora rítmicas, são incapazes de promover a dilatação do
colo uterino;
PERÍODOS
• Trabalho de Parto:
• Contrações Uterinas Regulares: 2 a cada 10 minutos, duração 15-20 seg, mantidas por
pelo menos 30 min no leito;
• Colo uterino dilatado para, no mínimo 2 cm, centralizado e com apagamento parcial ou
total, com modificação progressiva.

• Internação;
• Acesso Venoso;
• Sinais Vitais
• Exame Obstétrico Detalhado
PERÍODOS
• Primeiro Período (Dilatação):
• Caracterizado pela presença de contrações e ao processo de dilatação do colo do
útero e do canal de parto até que atinja 10 cm.
• Latente: dilatação do colo do útero é menor que 5 cm e é caracterizada pelo
aumento gradual da atividade uterina, presença de contrações uterinas irregulares
e aumento das secreções cervicais, havendo perda do tampão mucoso;
• Ativa: Dilatação é superior a 5 cm e a mulher já começa a apresentar contrações
regulares e dolorosas.
PERÍODOS
• Primeiro Período (Dilatação):
• Cuidados:
• Alimentação;
• Atividade e Posição Materna Confortável;
• Hidratação se necessária;
• Analgesia Peridural Contínua (após adequada evolução do trabalho de parto);
• Progressão do Trabalho de Parto:
• Avaliar o grau de dilatação e apagamento, altura da apresentação, variedade de
posição, estado da bolsa amniótica e perdas vaginais;
• As informações devem ser anotadas em um gráfico horário – Partograma.
• Acompanhamento da Vitabilidade Fetal:
• Avaliar presença de mecônio, Ausculta a cada 15-30 min;
PERÍODOS
• Segundo Período (Expulsivo):
• Começa quando o colo do útero já atingiu a dilatação máxima;
• Ao ser verificada dilatação adequada, a mulher deve começar a fazer força para a
descida da apresentação fetal;
• A posição para realização do parto pode ser escolhida pela gestante, desde que
esteja confortável e que favoreça a segunda fase do trabalho de parto;
• Fase Inicial: dilatação total do colo sem sensação de puxo involuntário ou
• parturiente com analgesia e a cabeça do feto ainda relativamente alta na pelve
• Fase Ativa: dilatação total do colo, cabeça do bebê visível, contrações de
expulsão ou esforço materno ativo após a confirmação da dilatação completa do
colo do útero na ausência das contrações de expulsão.
PERÍODOS
• Segundo Período (Expulsivo):
• Cuidados:
• Ausculta a cada 5 min;
• Assepsia perineal;
• Anestesia locorregional – caso a paciente não tenha sido submetida à analgesia
peridural ou se ainda sentir dor perineal;
• Puxos e Manobra de Krsteller:
• Deve-se apoiar a realização de puxos espontâneos;
• Se puxos ineficazes, oferecer opções como troca de posição;
• A manobra de Kristeller não deve ser realizada no segundo período do trabalho de
parto;
PERÍODOS
• Segundo Período (Expulsivo):
• Desprendimento do Polo Cefálico;
• Após o desprendimento do pólo cefálico, nas apresentações de vértice,
aguardar que se complete espontaneamente a rotação fetal e auxiliar no
desprendimento do ombro – abaixamento da cabeça para o ombro anterior e
elevação do pólo cefálico para o ombro posterior.
• Clampeamento do cordão umbilical 8 a 10 cm de sua inserção abdominal.
Em parto sem intercorrências, o momento ideal é entre 1 e 3 minutos após o
desprendimento fetal.
PERÍODOS
• Terceiro Período (Dequitação):
• O terceiro período do parto é o momento desde o nascimento da criança
até a expulsão da placenta e membranas.
• Manejo Fisiológico:
• sem uso rotineiro de uterotônicos
• o clampemento do cordão após parar a pulsação
• o expulsão da placenta por esforço materno
• Manejo Ativo:
• uso rotineiro de drogas uterotônicas
• o clampeamento e secção precoce do cordão umbilical
• o tração controlada do cordão após sinais de separação placentária.
PERÍODOS
• Terceiro Período (Dequitação):
• Considerar terceiro período prolongado após decorridos 30 minutos de manejo
ativo ou 60 minutos de manejo fisiológico.
• Manejo Ativo:
• Imediatamente após a expulsão fetal, administrar agente úterotônico: ocitocina – 10 a 20 UI em
500 ml de solução salina endovenosa, ou 5 a 10 UI IM. Não havendo resposta ou em caso de
sangramento persistente, usar metilergonovina 0,2 mg IM ou misoprostol 1000 mcg via retal.
• Procedimentos indicados na condução do secundamento:
• Tração controlada do cordão associada à sustentação do útero através da parede abdominal.
• o Procedimento de Harvey – quando houver demora na dequitação.
• o Artifício de Jacob-Dublin: facilita o desprendimento das membranas, após a expulsão placentária
PERÍODOS
• Terceiro Período (Dequitação):
• Manejo Ativo:
• Revisão sistemática do colo uterino e da cavidade vaginal com sutura de lacerações
porventura existentes;
• Episiorrafia por planos com fios absorvíveis naturais ou sintéticos;
• Certificar-se de que o útero se encontra firmemente contraído;
• A puérpera deverá ser mantida em observação por no mínimo uma hora após o parto;
REFERÊNCIAS

• Diretriz Nacional de Assistência ao Parto Normal. Disponível em:


http://conitec.gov.br/images/Consultas/2016/Relatorio_Diretriz-
PartoNormal_CP.pdf.-
• ASSISTÊNCIA AO PARTO. Universidade do Rio de Janeiro. Disponível em:
http://www.me.ufrj.br/images/pdfs/protocolos/obstetricia/assistencia_ao_parto.p
df.

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