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ESTUDO CLÍNICO DO PARTO II:


FASES CLÍNICAS DO PARTO
Prof. Marcelo Melo
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Elementos Mecanismos Períodos do
do parto do parto parto

Trajeto Insinuação Dilatação

Objeto Descida Expulsão

Força Desprendimento Delivramento

Greenberg
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INTRODUÇÃO
• Parturição pode ser dividido em 4 etapas:

• Ausência de resposta a agentes que


Quiescência determinam contratilidade uterina

• Preparação do útero e canal cervical


Ativação para o TP, dura cerca de 6 a 8 semanas

• Clinicamente dividida em 3 períodos:


Estimulação dilatação, expulsão, dequitação

Involução • Retorno ao estado pré-gravídico


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FASE PRÉ-MONITÓRIA DO PARTO


• PERÍODO DE PRÉ-PARTO: Pródromos de Trabalho de Parto (TP)
• Contrações uterinas mais frequentes, não rítmicas, relativamente
dolorosas assimétricas, podem estar associadas a movimentos fetais
→ Braxton Hicks
• Desconforto pélvico
• Descida do fundo uterino (“queda do ventre”)
• Eliminação do tampão muco-sanguíneo
• Centralização, abaixamento e apagamento do colo uterino
(“amadurecimento do colo”).
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DIAGNÓSTICO DE TRABALHO DE PARTO

• Divergência na literatura!

• Diretriz Internacional: presença de


contrações uterinas espontâneas,
pelo menos duas em 15 minutos e
pelo menos dois dos seguintes sinais:
apagamento cervical, colo dilatado
3cm ou mais, ruptura espontânea das
membranas
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DIAGNÓSTICO DE TRABALHO DE PARTO

• Presença de contrações uterinas, de pelo


menos 2 em 10 min., associado a dilatação
cervical de pelo menos 2cm, esvaecimento
cervical e/ou modificações progressivas do
colo uterino (Zugaib, 2012)
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FASE DE DILATAÇÃO
• 1º PERÍODO DO PARTO
• Denomina-se por conta do colo uterino que
se abre e se esvanece, simultaneamente,
tornando-se “maduro” para o parto.

• Compreende desde o diagnóstico de TP


com as primeiras modificações do colo até
a dilatação completa (10cm)
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FASE DE DILATAÇÃO
PRIMIPARAS MULTIPARAS
• A dilatação ocorre por tração das
fibras longitudinais do corpo e a
convergência da bolsa das águas e a
apresentação fetal;

•O apagamento compreende a
incorporação do colo ao segmento
uterino inferior e decorre de alterações
bioquímicas que levam a redisposição
das fibras de colágeno e mudança na
concentração de glicosaminoglicanas,
estimulado pelas PGs.
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FASE DE DILATAÇÃO

• Representada por uma curva


sigmoide dividida em fase
latente e fase ativa
(aceleração, acelaração
máxima, desaceleração)
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FASE DE DILATAÇÃO
• Fase latente: caracteriza-se por contrações
eficazes sem, contudo, levar a modificações
cervicais significativas, dura em média 8h,
velocidade 0,35 cm/h, até
aproximadamente 4 cm.

• Fase ativa: caracteriza-se obrigatoriamente


pela presença de contração rítmica e
dolorosa: 2 a 4 contrações em 10 min, com
duração média de 30 a 40 seg., dura em
média 6h, com velocidade 1,2 cm/h em
primíparas, e 3h, com velocidade de 1,5
cm/h em multíparas
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FASE DE EXPULSÃO
• 2º PERÍODO DO PARTO
• Denomina-se por conta da expulsão do
feto através do canal de parto
• Inicia-se quando a dilatação está
completa e finda com a eliminação fetal;
• Caracteriza-se por distensão do assoalho
pelviperineal, e contrações uterinas em
torno de 4 a 5 contrações em 10 min
• Tem duração média de 1h em primíparas
e 30 minutos em multíparas
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FASE DE EXPULSÃO
• A expulsão ocorre por associação sincrônica das
metrossístoles, da força contrátil do diafragma e parede
abdominal (PUXOS);
• Imobilização do útero por meio de seus ligamentos, com vetor
de força em direção ao canal de parto.
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FASE DE DELIVRAMENTO

• 3º PERÍODO DO PARTO
• Decedura, secundamento, dequitadura ou dequitação;

• Denomina-se por conta da expulsão placentária

• Inicia-se após a expulsão fetal e finda ao término da


eliminação dos anexos fetais (placenta, cordão e
membranas);
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FASE DE DELIVRAMENTO

• Decorre pela diminuição do volume uterino,


e pelas contrações indolores

• Tipos de descolamento: Baudelocque-


Schultze e Baudelocque-Duncan

• Tem duração média de 20 minutos;


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FASE PÓS PARTO: PRIMEIRA HORA


PÓS PARTO
• 4º PERÍODO DO PARTO: PERÍODO DE GREENBERG
• Corresponde a primeira hora após a expulsão dos anexos
ovulares

• Denomina-se em alusão aos 3 períodos anteriores;

• Fundamenta-se na necessidade de conhecer o mecanismo


de retração uterina e formação de coágulo no sitio
placentário e pelo risco de hemorragias
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FASE PÓS PARTO: PRIMEIRA HORA


PÓS PARTO
• São fases do quarto período:
• miotamponagem,
• trombotamponagem,
• indiferença miouterina
• contração uterina fixa

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