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1 – Saúde da Mulher 2
ASSISTÊNCIA CLÍNICA AO PARTO mulher não ter nenhum sangramento que ponha em risco a
vida dela.
Fases Clínicas do Parto
A primeira parte do parto é o período premonitório ou pré- Existe o tampão mucoso que é produzido pelas glândulas
parto, nessa etapa a mulher pode sentir incômodos e do canal cervical, esse tampão é espesso devido a ação da
procurar a emergência, mas esse ainda não é o trabalho de progesterona e é uma forma de isolamento mecânico do
parto. útero em relação ao meio externo. Esse tampão pode se
desprender momentos antes do parto ou pode se
desprender dias antes da mulher entrar em trabalho de
parto.
Fase de Dilatação
1º Período
§ Início: contrações uterinas dolorosas que começam a
modificar ativamente a cérvice
§ Fim: dilatação máxima da cérvice (10 cm)
§ Queixa de dor:
o 70% no hipogástrio
o 20% na região sacra
o 10% em ambos os lugares
§ Apagamento e dilatação da cérvice
o Nulíparas X multíparas Na imagem acima conseguimos notar a fase latente (2/3 do
tempo) e a fase ativa (1/3 do tempo – até dilatação
Como dito anteriormente, o apagamento e a dilatação da completa).
cérvice é diferentes em nulíparas e multíparas. O esquema
abaixo representa essa diferença. Na direita está o colo de Formação da bolsa das águas
uma nulípara e a esquerda de uma multípara. § Ruptura da bolsa (amniotomia)
§ 80% final da dilatação/início expulsão
o Prematura: sem trabalho de parto (TP)
o Precoce: início TP
o Oportuna: final dilatação
o Tardia: feto empelicado
§ Espontânea / Provocada
Formação da Bolsa
cesárea que em parto normal. É indicado tentar manter essa que ser feita junto com a contração, pois com isso ocorrerá
membrana, quando em parto cesárea, em casos de mães HIV um somatório de força (100 – 120mmHg) que colaboram
positivas, pois isso minimiza a exposição fetal às secreções e para a expulsão do bebê. Se a força é feita fora da contração
sangue materno. não é eficaz.
A força da prensa abdominal que ajuda o bebê a sair é a
O líquido amniótico é a urina fetal. Um feto com mesma realizada para evacuação.
malformação renal, malformação da bexiga, entre outros, A mulher pode respirar fundo e prender a respiração no
pode cursar com oligoamniodraminia. Qualquer momento da força também, pois isso aumenta a pressão
impedimento na formação da urina ou no escoamento dessa abdominal.
pode cursar com oligoamniodraminia. Serão necessários vários puxos abdominais para levarem o
nascimento do bebê.
Uma mulher com ruptura prematura da bolsa (se antes de
34 semanas de IG), pode aguardar até 34 semanas para o O período expulsivo é muito rápido, principalmente em
parto, pois o apesar de ter ocorrido redução da bolsa, o bebê casos de multíparas.
continuará produzindo o líquido à medida que ele urina.
Após expulsão do feto:
A bolsa pode romper espontaneamente ou provocada. § fundus uterino em altura de cicatriz umbilical
Num TP provocamos a rotura da bolsa quando achamos que § “repouso clínico”
está demorando muito (ex. mulher com 8cm de dilatação e
em horas de TP), podemos fazer isso ao invés de dar
ocitocina para a mulher, pois essa rotura leva a uma Duração do Trabalho de Parto
liberação local maior de prostaglandina, que acelera a Fase LATENTE (1º período – Dilatação)
dilatação e o TP. Só fazemos isso quando há bastante § Primíparas: 20h
dilatação e devemos ter cuidado para fazer no momento da § Multíparas: 14h
contração (para evitar prolapso de cordão).
Fase ATIVA (2º período – Dilatação)
Fase de Expulsão § Primíparas: 12h
2º Período § Multíparas: 7h
Início: dilatação completa
Fim: saída do feto Período EXPULSIVO (2º período)
§ Primíparas: 50 min
§ Metrossístoles (contrações) mais intensas e frequentes § Multíparas: 20 min
§ 5 contrações em 10 min
§ Puxos abdominais A internação deve ser feita preferencialmente quando a
mulher tiver maior dilatação (4-5cm) e mais contrações,
Descida do feto pelo canal vaginal sendo o melhor momento a fase ativa, salvo os casos
específicos que podem ter complicação.
Assistência à Dilatação
Higiene corporal
o Banheiro para mulher tomar banho.
o Salas de pré-parto – individual – para dar privacidade
Nesse momento, as contrações vêm com uma frequência para a mulher.
muito maior e cada contração dessa empurra cada vez mais
a cabeça do bebê em direção ao canal de parto. A mulher vai Vestuário apropriado
ter muita dor nesse momento do parto. o A mulher precisa de conforto durante o parto.
Os puxos abdominais nesse momento vão ajudar a saída do
bebê e devem ser feitos quando a mulher atingir 10 cm de Presença do acompanhante
dilatação, ou seja, quando em dilatação total. Essa força tem o Toda mulher em TP tem direito a um acompanhante
o Se parto normal, o acompanhante permanece até o final
Roxanne Cabral – M6 – 2019.1 – Saúde da Mulher 2
Altura da apresentação
§ Alta (acima do plano zero de DeLee)
§ Insinuada (exatamente no plano zero de DeLee)
§ Baixa (abaixo do plano zero de DeLee)
§ Cateterismo vesical
Bolsa das águas Não é feito de rotina.
§ Ruptura espontânea Podemos fazer para alívio quando a mulher faz
§ Amniotomia (quando o obstetra promove a rotura bexigoma devido a pressão da cabeça do feto na pelve.
da bolsa com um instrimento adequado).
§ Faixas abdominais
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Fórceps
Fórceps de Alívio
Ombros
§ Manobra de Kristeller
Após expulsão do pólo cefálico avalia-se a região cervical
o expressão do fundo uterino
o Desfazer/seccionar eventuais circulares de cordão
o risco de sofrimento fetal
o Aguarda-se a finalização da rotação externa da cabeça
É feita em partos com dificuldades de passar a cabeça,
mesmo que em alguns casos já tenha sido feita a
§ Expulsão dos ombros
episiotomia.
o Anterior (puxamos a cabeça para baixo)
Ela é feita por uma pessoa que apoia o antebraço no fundo
o Posterior (puxamos a cabeça para cima)
uterino, quando vier uma contração, ela pressiona e
empurra esse fundo uterino em direção inferior para
empurrar o bebê.
Isso não é bom, pode causar sofrimento fetal, lesão de
crânio, laceração em canal vaginal, etc.
§ Mc Roberts
Essa manobra resolve a grande maioria das distócias de
ombros. Ela se baseia na hiperflexão das pernas da mulher
em cima do abdômen.
§ Rubin
§ Woods
Podemos adicionar essa manobra à manobra de Mc Roberts.
o Rotação de ombro e extração de ombro
Na manobra de Rubin, pressionamos a região púbica para
posterior
baixo.
Primeiro fazemos só o Mc Roberts, depois tentamos Mc
Roberts associado a Rubin.
Secundamento
3º Período
Após o nascimento do feto.
Placenta:
§ Descolamento (ou dequitação)
§ Descida
§ Expulsão
Mecanismos:
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§ Baudelocque-Shultze
A placenta descola do fundo uterino em direção a
periferia e sai como um guarda-chuva invertido.
Observamos primeiro a saída da face fetal
(brilhante, azulada).
A maioria ocorre nesse modelo.
§ Baudelocque-Duncan
A placenta nesse caso é aderida a lateral do útero e
sai ao mesmo tempo a face materna e fetal da Manobra de Jacob-Dublin
placenta.
4 Período
O mecanismo explica como foi a dequitação (descolamento) Período de Greenberg
da placenta. É a 1ª hora após a saída da placenta.
Período de Greenberg
Manobra de Jacob-Dublin
Essa manobra consiste em rotacionarmos de forma suave
para a placenta que está saindo pelo canal de parto. Isso tem
o objetivo de descolar as membranas que ainda estão
revestindo o útero, evitando que elas rompam.
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Promove contrações:
§ Fora da gravidez
o Dismenorreia primária, orgasmo
§ Durante a gestação
§ No trabalho de parto
§ No puerperio
o Útero contraído para evitar sangramentos.
Frequência de 3 contrações em 10 minutos, intensidade de 40mmhg
Funções da contratilidade uterina
§ Manutenção da gestação É importante notar que o útero tem um tônus basal, ou seja,
§ Dilataçãodo istmo e colo uterino a contração não inicia em zero de pressão e também não
§ Descida e expulsão do feto retorna a zero de pressão.
§ Descolamento da placente A intensidade da contração é a diferença do tônus para o
§ Hemostase puerperal pico da contração, no exemplo acima a intensidade é de
40mmHg (50 – 10).
Disposição das fibras musculares
As fibras musculares do miométrio são intercaladas e isso No período expulsivo normalmente a mulher tem 5
dar capacidade ao útero distender durante a gravidez e contrações em 10 minutos e cada contração alcança 50 a
promover contrações aos 9 meses de gestação, mesmo com 60mmHg (exemplo abaixo).
a parede uterina totalmente distendida.
Características
Frequência: Diferentes fases do parto x contração uterina
É o numero de contrações ocorridas em 10 minutos.
§ Menor número no início do TP Triplo Gradiente Descendente
§ Maior número no período expulsivo Esse é o nome técnico dado as contrações uterinas efetivas
que ocorrem da seguinte maneira:
Duração Começam na parte superior do útero e são aí mais intensas
§ Forma indireta clinica de avaliar a intensidade e duradouras do que nas partes inferiores
§ Variando entre 40 e 60 segundos
Tonus uterino
§ Pressão constante intrauterina
§ 6-8mmHg durante a gestação
§ 8-10mmHg no TP
Ondas Peristálticas
Mecanismos:
§ Tração do istmo para cima
§ Pressão exercida pela cabeça ou bolsa das águas
atuando em forma de cunha
Hipertonia
à Hipóxia à acidose à hipercapnia à sofrimento fetal
Causas:
§ Taquissistolia Sofrimento Fetal – etiologia
o Pode ser devido a excesso de ocitocina
§ Autêntica ou essencial
§ Iatrogênica
§ Sobredistensão
§ incoordenação
Sofrimento Fetal
A hipóxia ocorre porque as arteríolas e artérias da parede
uterina elas são contraídas junto com a contração do
miométrio, com isso, a quantidade de sangue oxigenado que
alcança a interface parede uterina – placenta é reduzida,
aumentando assim a hipóxia durante a contração.
BCF
DIP I – Cefálico