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ANATOMIA E FISIOLOGIA DO PARTO

Enfª Obstétrica: Ariana Santos


Casa de Parto David Capistrano Filho
Equipe de parto domiciliar planejado Coletivo de
Parteiras
ANATOMIA GESTACIONAL
PRINCIPAIS ESTRUTURAS

 Placenta – Troca gasosa e


Nutrição fetal
 Cordão Umbilical – Canal
que liga o feto à placenta
 Saco amniótico (bolsa
d’água) - Proteção
 Útero - Acolhe e protege
Feto/ Nutre a placenta/
Contrai
 Cérvix – proteção e
dilatação no trabalho de
parto
 Vagina – Canal para saída
do feto
PELVE
Estreito superior –
Limite superior da pelve obstétrica
Diâmetro transverso – 13 cm
Diâmetro oblíquo – 12 cm
Diâmetro ântero- posterior -11 cm

 Estreito Médio
Terço inferior do sacro, espinha isquiática, borda inferior da sínfise
púbica
Diâmetro Sacro médio púbico – 12 cm
Diâmetro biisquiático – 10,5 cm

 Estreito Inferior
Margem Inferior da sínfise púbica, ponta do cóccix , ramos ísquiopúbico
Diâmetro Transverso (Bituberoso) – 11 cm
Diâmetro ântero –posterior (Coccix- subpúbico) – 9,5cm
O PARTO E SEUS FATORES MECÂNICOS
FATORES MECÂNICOS

 Motor – Contrações

 Objeto – Feto

Trajeto
Duro - Pelve
Mole - segmento
inferior do útero,
cérvice, a vagina,
região vulvoperineal
CONTRAÇÕES - MOTOR

 Mudanças no colo uterino


 Apagamento (afinamento) do colo
 Dilatação (abertura)
 Descida do feto
 Expulsão do feto
POSIÇÕES FETAIS - OBJETO
Cefálico Transverso

Pélvico
DESCIDA DA APRESENTAÇÃO - TRAJETO

 Formas de nomear em que a altura a cabeça fetal


está na pelve materna .
 Utiliza-se os Planos de Descida de Hodge e ou de
De Lee)
APRESENTAÇÃO CEFÁLICA E VARIEDADE
DE POSIÇÃO
VARIEDADE DE POSIÇÃO -
OCCIPITAL EM RELAÇÃO À PELVE MATERNA
DILATAÇÃO E APAGAMENTO
Abertura e Esvaecimento do colo do útero
O QUE SE OBSERVA NO TOQUE VAGINAL?

Apresentação (cefálico, pélvico, transverso), plano de descida (Plano de


Hodge ou de De Lee), Variedade de posição , dilatação (em centímetros),
apagamento ( em porcentagem), bolsa amniótica (íntegra ou rota).
SACO AMNIÓTICO
 Rompimento da bolsa amniótica
 Pode acontecer antes, durante e após o nascimento
 Antes:
Aguardar TP espontâneo ou encaminhar para indução
ATB após 18 horas de bolsa rota
Evitar toque vaginal
Diagnóstico: clínico, Espéculo , amniosure entre outros

 Discutir Riscos: Metanálise de 2006


Rn UTI – 16,9% (expectante) versus 12, 6% (indução)
No entanto não houve diferenças nas taxas de infecção neonatal
Corioamonite – 9,8%
Endometrite – 8,3%

 Outros estudos:

Morte fetal 0,03 (1 em 1000) na conduta expectante versus 0,003 (1


em 10.000) indução
FATORES HORMONAIS PRINCIPAIS
SURFACTANTE

 Líquido que reduz de forma significativa a tensão


superficial dentro do alvéolo pulmonar,
prevenindo o colapso durante a expiração,
impedindo-os de colabarem.
 Começa a ser produzido na 32ª semana de
gestação, atingindo a concentração adequada a
partir da 36ª semana.
 Quando o pulmão do feto (último órgão a
amadurecer) fica pronto, começa a produzir
surfactante, que cai no líquido amniótico e
provoca uma reação em cadeia que faz a mulher
entrar em trabalho de parto.
PROSTAGLANDINAS

 Produzidas pelo miométrio e


pelas membranas fetais.
 No âmnio ativam e
promovem a degeneração do
colágeno, favorecendo sua
rotura
 No miométrio : preparo e
dilatação do colo.

Estimula contrações de
primeira fase do Trabalho de
Parto
SISTEMA LÍMBICO X NÉOCORTEX

 Para parir a mulher precisa


liberar um coquetel de
hormônios entre eles:
ocitocina, endorfina,
prolactina, catecolaminas.
 Sistema límbico ativo (cérebro
primitivo) – Centro das
emoções
 Neocórtex - Racionalidade
 Hormônio do amor: Ocitocina

Estímula as contrações da
segunda fase do Trabalho de
parto
 Outros hormônios que são liberados durante o
trabalho de parto:

 Relaxina – Relaxamento estruturas ósseas


 Endorfina – Analgésicos naturais

 Adrenalina - Transição/ Expulsivo


TRABALHO DE PARTO

 Desenvolvimento de contrações dolorosas e rítmicas que


condicionam a dilatação do colo uterino , descida e
expulsão do feto
 Na Prática : 2 a 3 contrações em 10 minutos com duração
maior que 30 segundos, que não melhorem com banho
quente, buscopam, etc e duram 2 a 3 horas sem ficarem
irregulares - Momento de avaliação
 Dilatação e apagamento do colo uterino (Maior que 6 cm)

 Descida e rotação do bebê através dos estreitos superior,


médio e inferior da pelve.
SINAIS DE PRESUNÇÃO
 Perda de tampão mucoso (pode sair muito antes
do Trabalho de parto ou durante o mesmo)
 Contrações irregulares (pródromos)

 Diversas Evacuações no mesmo dia


FASES DO TRABALHO DE PARTO
PRÓDROMOS =
ANUNCIAÇÃO

 Pode durar dias antes de começar o trabalho de parto


 Incômodos na lombar
 Cólicas
 Contrações irregulares e curtas
 Gestante conversa e racionaliza bem nos intervalos (em
alguns casos até durante as contrações )
 Pode perder o tampão
 Não há sangramento
 Orientar sobre a durabilidade e importância da
manutenção das atividades diárias
NÃO É TRABALHO DE PARTO!!!
FASE LATENTE

 Geralmente tem dilatação.


 Dilatação menor que 6 cm
 Contrações irregulares , dando
sinais de que irão regular (Ex:
7 em 7 minutos), porém
contrações mais dolorosas que
no pródromos
 Conversa entre as contrações
 Pode haver pequeno
sangramento e perda de
tampão.
 Vômitos e evacuações também
podem acontecer nessa fase.
 Recomendação: Aguardar em
casa o início da fase ativa
ESTÁGIOS DO TRABALHO DE PARTO – FASE
ATIVA
 1º Estágio:
Dilatação e descida
 2º Estágio:

Expulsão
 3º Estágio:

Dequitação
 Pós parto imediato ou
período de Greenberg
FASE ATIVA
 Dilatação maior que 6 cm
 Contrações regulares (2 ou
3 a cada 10 min)
 Mudança de
comportamento
 Sangramento (na maioria
dos casos)
 Suor
 Gemidos
 Vômitos
 Evacuações
 Recomendação:
Encaminhar ao hospital
para monitorização
materna e fetal
FASE DE TRANSIÇÃO
 Geralmente com
8 cm
 Covardia??
 Vômitos
 Desespero
 Choro
 Raiva
 Após a explosão
, dorme entre as
contrações
 Preparação para
o expulsivo
EXPULSIVO E MECANISMO DO NASCIMENTO

 Encaixamento (entrada na pelve – transverso ou oblíquo)


 Descida
 Rotação Interna da cabeça
 Desprendimento
 Rotação externa da cabeça e externa dos ombros
 Desprendimento de espáduas
 Nascimento

 Consideramos período expulsivo:


Dilatação total + puxos involuntários

Se houver dilatação total sem puxos, não iniciar puxos


dirigidos. Aguardar a descida do bebê na pelve e os puxos
se iniciarão de maneira involuntária.
DEQUITAÇÃO
PÓS PARTO IMEDIATO OU PERÍODO DE
GREENBERG
PARTOGRAMA

 O partograma é uma representação gráfica da


evolução do trabalho de parto.
 Com versões diferenciadas, ele registra,
principalmente, a frequência das contrações
uterinas, os batimentos cardíacos fetais e a
dilatação cervical materna.
 Partograma de Friedman – 3 cm (1 cm por hora)

 Partograma de Zhang – 6 cm

 Com estes registros o médico consegue avaliar se


o trabalho de parto está dentro dos padrões
considerados normais
PARTOGRAMA FRIEDMAN
PARTOGRAMA ZHANG
PRÁTICAS DESNECESSÁRIAS

 Pedir para a mulher fazer força


 Orientar posições

 Kristeller

 Episiotomia

 Amniotomia

 Toque vaginal horário

 Toque vaginal no expulsivo


OBRIGADA!

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