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Faculdade Morgana Potrich-FAMP

@kacastellil

03 fases:
Fases Clínicas do Trabalho de Parto:
 Quiescência
Sumário:  Ativação
 Estimulação
Parturiação  Involução
Período pré-parto QUIESCÊNCIA (1ª FASE):
Diagnóstico de trabalho de parto Quando o útero não responde a
esses estímulos.
Fases clinicas:
Útero com 17-20 semanas, em que
Dilatação
ainda não tem contração.
Expulsão
ATIVAÇÃO (2ª FASE):
Dequitação
Posteriormente, no início do
4o Período trabalho de parto teremos a
ativação que é a fase 2, a
Violência Obsetrica preparação do trabalho de parto.
Onde entra o período premunitório
do trabalho de parto. A gestante
O que é o trabalho de parto: começa ter a contração de Braxton-
Hicks, conhecida como contração
Trajeto que o feto vai exercer de de treinamento.
descer durante a pelve até o
nascimento. Contração de Braxton-Hicks: São
contrações que ainda não terão frequência de
trabalho de parto, ainda não possui ritmo
PARTURIAÇÃO (principal característica é não ser ritmada) e
são pouco dolorosas ou indolores.Dor é
.
relativo! Mas ainda sim serão pouco
Momento que se estende da dolorosas ou indolor. Principal
concepção até a parte de involução característica não tem ritmo.
desse útero.
Durante todo trabalho de parte o Ex: Paciente refere estar contando
útero passa por estímulos, como contração a cada 10min, mas ao
contração de treinamento ou examinar apresenta uma neste
contrações de Braxton-Hicks que momento exato, passa 30 min, tem
vão preparar esse útero para outra, passa 10 min,outra e a
dilatação e posteriormente expulsão próxima demora 01 hora. Perceba
do concepto. não ter ritmo.

As contrações sem ritmo não possuem


capacidade de gerar dilatação do colo
uterino.
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Nessa fase, perto de 37 semanas, o


feto começa ficar termo (termo: 37-
41 semanas), a gestante inicia as
contrações dolorosas. Entrando FIGURA 1: PARTURIAÇÃO. FONTE: ZUGAIB OBSTETRÍCIA
assim, nas contrações de
treinamento, e então o
esvaecimento do colo uterino
(começa a ficar mais fino e apagar).
Contrações de Braxton-Hicks são
capazes de gerar o esvaecimento
do colo, mas ainda não tem
dilatação.

ESTIMULAÇÃO (3ª FASE):

Começa os 03 períodos do trabalho


de parto.
1. Dilatação: quando o colo sai
de 0 cm (fechado) para 10
cm de dilatação.

*Dilatação latente
*Dilatação Ativa
2. Expulsão: Quando o colo já
está com 10 cm e terá
expulsão fetal (nascer).
3. Digitação: saída da placenta.
Termina a fase de estimulação e
entra a involução.

INVOLUÇÃO (4ª FASE):

Também chamado de período de


Bluinberg.

Período em que o útero fará alguns


mecanismos para começar a
involuir e tamponar esses
sangramento.

PERÍODO PREMONITÓRIO (pré-


parto)
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Caracterizada pela descida do


fundo uterino. Paciente relata
“minha barriga desceu”.

Realmente esse feto vai começar a E ai, diagnostica o trabalho de


descer na bacia, o fundo uterino parto.
medido na barriga diminui.

CLÍNICA:

Dores lombares: Paciente terá


muita dor lombar por esse feto estar
descendo para pelve, sentindo que
está “abrindo a pelve”, ao se
acomodar a pelve passa por
algumas modificações.

Paciente pode confundir o que é


contração e dor lombar,
principalmente as primigestas.

Saída do tampão mucoso:


secreção de muco produzido no
colo pelas glândulas cervicais, por
vezes mesclado com sangue.

Comum tampão mucoso sair com


um pouco de sangue.

Encurtamento da porção vaginal


do colo: junto com seu
amolecimento e esvaecimento. O
colo que era grosso começa a
afinar, ao ficar fino começa a dilatar.

Metrossístoles intermitentes:
Contrações de Braxton-Hicks. Vem
e vão, sem ritmo.
DIAGNÓSTICO DO TRABALHO
Principal característica do DE PARTO:
trabalho de parto é o ritmo
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dessas contrações.
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Ainda não são contrações efetivas,


(está período premonitório), porque
Ocorrência de contrações precisa ser de 50-60 segundos para
espontâneas e rítmicas (pelo ser consideradas contrações
menos duas em 10 min) associada efetivas.
a, pelo menos, dois dos seguintes
sinais:

 Apagamento cervical (colo


uterino fino);
 Dilatação: colo dilatado para
03 cm ou mais.

Contração em trabalho de parto


é rítmica e dolorosa.

Contração: endurecimento da
barriga que gerará um vetor de
força no sentido da gravidade.

Ao ficar dura contar as


contrações.

Contrações efetivas: Ondas que


se estendem a todo útero e tem
duração de 50-60 segundos, ao
amolecer, passa mais 10min e
contrai novamente, com sensação
dolorosa concomitante do tipo
cólica.

Dinâmica uterina: na avaliação,


examinam-se o fundo de útero da
gestante e conta quantas
contrações em 10min, porque assim
determina o trabalho de parto.

Ex: 02 contrações em 10 min.


durando 30seg.
FASES CLÍNICAS

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Possui 02 momentos, divididos em:

Serão 04 fases: I. Dilatação latente:


II. Dilatação efetiva:
1) Dilatação;

2) Expulsão; Dilatação latente:


Período de dilatação antes de
3) Secundamento; internar a paciente, com 1-2cm
ainda, as contrações não estão
4) 4º Período; efetivas.
Muito confundido com pródromo,
mas nesse caso, estão mais
1) Dilatação: rítmicas do que no período
pródromo, mas ainda não esta na
Começa com as contrações rítmicas fase de dilatação. Ainda não interna
e termina com dilatação total do a paciente nessa fase, somente na
colo (10cm). ativa.
Mas porque não interna a paciente na 1ª
contração: porque essa paciente
pode parar as contrações e ser só
um treinamento, principalmente as
primigestas. E quanto mais cedo
interna, mais chance de evoluir para
procedimentos invasivos como
FIGURA 2: DILATAÇÃO DO COLO. FONTE: OBSTETRÍCIA REZENDE cesariana, uso de fórceps, uso de
vácuo extrator para acelerar esse
trabalho de parto.

Porque esse colo dilata:


As contrações fará com que o útero
contraia por inteiro no sentido do
vetor da gravidade e com isso, o
colo se esvaece.
O vetor de força é no sentido da
gravidade, por isso pede para
paciente quando está em trabalho
de parto para ela andar, fazer
exercício pélvico, para a gravidade
ajudar. Deixar a paciente deitada
demorará mais.
A dilatação começa com as
contrações rítmicas, inicio do MULTÍPARAS X PRIMÍPARAS:
trabalho de parto até a dilatação
completa (10cm);

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O apagamento do colo uterino na primípara


é antes da dilatação e na multípara ao
mesmo tempo da dilatação.

CURVA SIGMÓIDE DA
DILATAÇÃO:

FIGURA 3: ESVAECIMENTO E DILATAÇÃO. FONTE: ZUGAIB OBSTETRÍCIA

Primípara: parindo pela primeira


vez. Esse colo não sabe como
dilatar e está aprendendo agora.
Então irá primeiro esvaecer
(apagamento, afinar) e depois
dilatar. Fino é com 5-6 cm de FIGURA 4: CURVA SIGMOIDE DA DILATAÇÃO. FONTE: ZUGAIB OBSTETRÍCIA

expessura.  Fase latente

Multípara: Já passou por isso e o  Fase ativa:


colo já sabe como dilatar. Esse colo,  Aceleração
ele apaga e dilata ao mesmo
 Dilatação ou aceleração máxima
tempo. Colo apagado 50% e 6-7cm
de espessura.  Desaceleração

Como descrever em porcentagem: Colo


grosso apagou pouco (30%),
aproximando esse esvaecimento.

Mesma coisa na dilatação, todo


mundo deve medir o dedo em cm,
pois é com ele que vai conferir. Se
eu sei que meu dedo mede 01 cm,
ao entrar 2 dedos terá entrando no
2cm.

Com 10cm é o mais fácil não


consegue palpar colo de um lado e
colo de outro e já toca a cabeça do
bebê. Fase ativa

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Aceleração:
Aquele colo sai de 2-3cm
chega por volta de 6- Prematuras: acontece antes do
7cm. Pode demorar até
10horas. inicio do trabalho de parto (34
semanas) e o médico segura essa
Dilatação ou aceleração gestação.
máxima:
Para ir de 7-9cm dilata
muito rapidamente, as Precoces: Rompe no período de
vezes, 01hora dilatação. Ex: paciente com 5-6cm
Desaceleração:
teve contração e a bolsa dela
Chega em 9cm, para rompeu.
chegar em 10cm demora
um pouco e a dilatação
começa a ficar mais Oportunas: A melhor. Quando a
enfraquecida. paciente está 10cm e começando o
período expulsivo, pois ajuda ainda
mais o bebê a descer.

Tardias: Partos empelicados, o


bebê nasce envolto da bolsa.

Espontâneas: sozinha.

Provocadas ou artificiais: médico


provocou quando quer acelerar o
parto, em caso de sofrimento fetal,
bradicardia fetal, não no bebê
empelicado.
Dentro da fase de dilatação pode ter
a ruptura da bolsa das águas: Ex: pode ser uma ruptura prematura
e espontânea. Ou uma precoce
Ruptura das membranas, a bolsa
provocada.
está rompendo, isso não é
obrigatoriedade. A bolsa da água
pode romper em vários períodos,
podendo ser: 2) Expulsão:
 Prematuras; Inicia-se quando a dilatação está
completa (10 cm) e se encerra com
 Precoces; a saída do feto, ou seja, só termina
o período expulsivo quando o bebê
 Oportunas; nasce.
 Tardias; Esse período é associação de:

 Espontâneas; 1. Contrações rítmicas;

 Provocadas ou 2. Força contrátil do diafragma


artificiais. (ajuda a empurrar);

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3. Força contrátil da parede reto, a bexiga, dará vontade de


abdominal. fazer força.
Aumenta cada vez mais as
contrações durante a dilatação,
quando chega no período expulsivo
terá 5 contrações em 10 minutos,
uma contração atrás da outra, são
mais dolorosas e duram 60 seg. Às
vezes a paciente nem lembra esse
período por ser muito exaustivo, por
fazer muito exercício pélvico,
doloroso.
A paciente esta no período
expulsivo, bebê esta descendo para
pelve e ele pressiona o reto, bexiga, FIGURA 6: EXPULSÃO FETAL.
junto com as contrações e faz com FONTE: OBSTETRÍCIA REZENDE
que a paciente tenha puxos
involuntários, tem vontade de Coroamento fetal, ou seja, esta
empurrar, fazer uma pressão aparecendo na vulva. Ao fazer força
abdominal, sem precisar falar. e prensa é possível ver o bebê.
Puxo dirigido: alguém estimula Tendo a falsa sensação que o bebê
verbalmente “força, força”, nasce de uma vez, mas tem vários
atualmente quase não se usa, pois momentos. O bebê vem até a vulva,
sabe-se que a paciente terá os mas volta, e isso é muito importante
puxos involuntários. na assistência (deixar que faça
As vezes a paciente nem lembra isso), porque é uma forma da
desse período por ser muito musculatura da pelve se adaptar a
exaustivo. esse bebê que vai nascer. O parto
rápido com menos de 4 horas de
trabalho de parto pode ocorrer
lacerações importantes, por não ter
o treinamento da musculatura.

Como treinar na academia, a


musculatura pélvica está treinando,
FIGURA 5 - FONTE: ZUGAIB por isso é interessa para paciente
OBSTETRÍCIA que quer parto normal ter uma
equipe multidisciplinar para fazer
E isso se da por causa dos fisioterapia pélvica, pilates para
ligamentos tanto o ligamento ajudar a preparar a musculatura do
redondo quanto o ligamento assoalho pélvico para o parto
uterossacro irão fixar o útero. No
normal.
trabalho de parto o utero fica fixo e
quando tem a contração empurra
para baixo e quando pressiona o

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DURAÇÃO NORMAL DO
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TRABALHO DE PARTO:
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 Fase latente: 20h nas


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primíparas e 14h nas gC e


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multíparas.
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Por isso não internar a paciente.

 Fase ativa: Muito variável. Duração expulsivo:


-Dilatação: 12h em
primíparas e 7h em - Primíparas: 60 minutos até 03
multíparas horas
- Expulsiva: diferença se a
- Multíparas: 30 minutos até 02
paceinte estará com
horas.
analgesia ou não.
. Analgesia pode acrescentar até 01
*Com analgesia peridural: hora a mais.
3h em primíparas e 2h em
multíparas. Se a vitalidade fetal estiver
Passa o cateter e o preservada (cardiotopografia estiver
anestesista fica repicando a bom) o período explosivo pode
analgesia durante o trabalho prolongar e não tem período
de parto, porque a peridural máximo para trabalho de parto.
não irá tirar o movimento da
paciente, ela consegue
andas, fazer exercícios e só
alivia a dor e não tira
totalmente.

*Sem analgesia: 2h em
primíparas e 1h em
multíparas. INTERVENÇÕES
A analgesia prolonga o
trabalho de parto e aumenta
ANTEPARTO:
as chances de distócias. É interessante uma gestante ter
uma associação com equipe
multidisciplinar.

 Exercícios do assoalho
pélvico: Fortalece o local
alem de evitar incontinência
urinária.

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 Massagem perineal: Iniciada  Fluidos intravenosos: somente


a partir de 34 semanas para de necessidade, como
dimunuição de ocorrrencias medicação e hidratação.
de lacerações perineais.

Assistência ao Primeiro
Período:
 Local: Ter atendimento
hospitalar, sabendo que o
domiciliar pode ter riscos para o
bebê.

 Profissionais: equipe
multidisciplinar, com enfermeira
obstétrica, dola, acompanhante
(direito da família) durante todo
período, pediatra.

 Cuidados iniciais: Aferir sinais


FIGURA 7: POSIÇÕES
vitais, suporte para paciente.
MATERNAS. FONTE: ZUGAIB
 Sinais vitais maternos: Aferir. OBSTETRÍCIA
 Alimentação: paciente com
No primeiro período a paciente não
poucas chances de ir para
precisa ficar andando o tempo todo,
cesária e trabalho de parte
pode ficar sentada, por exemplo. E
evoluindo bem, pode oferecer
tentar ao máximo não deixar a paciente
líquido e alimentos leves.
deitada porque o decúbito dorsal faz
 Apoio continuo: Acompanhante com que tenha compressão desses
desde do pré-parto. vasos e o bebê pode entrar em
sofrimento.
 Posição: pode parir em
qualquer posição que ela Toque vaginal:
queira. Mas podemos orientar.

 Toque vaginal

 Ruptura das membranas

 Vitalidade do concepto:
monitorização fetal intraparto,
ausculta de BCF (batimento
cardíaco fetal): 15 min na 1º
fase e 5 min na 2° fase, no
período expulsivo. Prolapso de cordão: emergência
obstétrica.
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 Puxos e respiração: não é


necessário orientar, pois a
paciente faz
involuntariamente. Se caso,
Assistência à expulsão:
necessário acelerar o parto
 BCF: a cada 5min; pode sim auxiliar
 Posição materna: verbalmente, mas só em
alguns casos. Na respiração,
pedir pra respirar
tranquilamente, entre uma
contração em outra.
 Proteção perineal: Manobra
de Ritaen, pede uma
compressa para proteger o
FIGURA 8: POSIÇÕES QUE períneo. Protege o períneo
AMPLIAM A BACIA MATERNA. em baixo e com a outra mão
FONTE: OBSTETRÍCIA REZENDE fica de apresentação para o
feto não vir de uma vez.
A que ela prefere parir e somente Segura e controla a saída do
orientar. feto.

A- Litotômica:Mas ainda sim


levanta a cabeceira.
B- Sentada em banqueta:
paciente de cócoras, com
auxilio do acompanhante
atrás.
C- Com apoio
D- Na banheira
E- Quatro apoios

Não deixar em decúbito dorsal, pois


pode dificultar o retorno venoso no
bebê e causar uma bradicardia.

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 Episiotomia: “Pique”. Faz


quando necessita acelerar o
parto. Não é violência
obstétrica. Indicações:
- Sofrimento fetal;
- Se julgar laceração pior

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