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Sinais de trabalho de parto

Prof. Ms Gláucio
Apresentação Pélvica (3 a 4 %)
Cefálica (96,5 %)

Córmica ou situação transversa (0,5%)


Partos
Existem vários tipos de
partos. Alguns deles são:
Parto Normal
Cesariana
Parto Leboyer
Parto de Cócoras
Cesariana
Parto Normal

O parto normal ou vaginal por ser mais parecido com


o fisiológico (parto natural) e tem vantagens sobre a
cesariana. O corpo da mulher foi preparado para
isso, a recuperação é muito mais rápida, há menor
chance de hematomas ou infecções, menor risco de
complicações para a mãe e menor chance de dor
pélvica crônica.
Períodos clínicos parto

Dilatação
Expulsão
Dequitação
Greemberg
Franco trabalho de parto

Contrações uterinas;
Apagamento da cérvice ou esvaecimento (incorporação do colo à
cavidade uterina –grosso, médio ou fino);
Dilatação do colo uterino (aumento do diâmetro de mm p/ até 10
cm);
Formação da bolsa das águas.
Período de dilatação
Finalidade formar o canal de parto, através do esvaecimento e da
dilatação cervical
Duração média primíparas 12 h e multíparas 8 h
Contrações uterinas início 2/10 min, fraca intensidade e duração
15 /30 seg
Contrações uterinas final 4 a 5/10 min, fortes e com duração 40/ 50
seg.
Pré-parto

 Exames

Portaria MS nº 569, de 1º de junho de 2000, a realização do exame

VDRL para todas as gestantes internadas (parto ou aborto)

 Realização do teste rápido do HIV para as gestantes com exame

anterior a mais de 3 meses


Pré-parto

 Controle de sinais vitais maternos (frequência cardíaca, pressão

arterial e temperatura): no momento da admissão e a cada 60 minutos.

 Realização de enema glicerinado: não deve ser realizado de rotina,

pois não se mostrou capaz de reduzir infecção materna ou fetal e traz

desconforto à paciente.
Pré-parto

 Tricotomia: não diminui a morbidade materna e aumento o risco de

contaminação do RN por HIV e Hepatite C.

 Punção venosa e infusão de líquidos: não deve ser rotineiramente

empregada, uma vez que cerca de 80% das pacientes admitidas em TP

terão tido parto dentro de 8 horas.


Pré-parto

Dieta: na fase ativa do trabalho de parto, os alimentos sólidos devem ser suspensos,

sendo permitido, para as gestantes de baixo risco, a ingestão de líquidos (água, suco de

frutas sem polpa, chá, café, refrigerante).

 as gestantes de maior risco para procedimentos anestésicos (obesas, diabéticas, com

vias aéreas de difícil acesso) ou para parto cirúrgico devem permanecer em jejum

durante todo o trabalho de parto, evitando-se inclusive a ingestão de líquidos.


Pré-parto

 Higiene da parturiente: Durante o trabalho de parto, a gestante perde secreções

pela vagina e frequentemente apresenta sudorese, devendo ser estimulada a se

higienizar. Além disso, a sensação de relaxamento físico e mental após um banho

pode contribuir para o bem estar das gestantes.


Pré-parto

 Posição de parturiente: Salvo raras exceções, a parturiente não deve ser

obrigada a permanecer no leito. Deambular, sentar e deitar são condições que a

gestante pode adotar no trabalho de parto de acordo com a sua preferência.


Pré-parto
 Partograma

 Toques vaginais: a cada hora nas primeiras três horas, e a cada 2 horas no período
subsequente.
 Uso da Ocitocina: diluir 10 U em 1000 ml de SG5% em bomba de infusão.

 Suspender:

• Mais de 5 contrações em 10 min

• Contrações com duração maior que 1 min

• Desaceleração nos BCfs


Sinais final período de dilatação

Aumento perda sanguínea (muco e sangue)


Sudorese peri-labial e boca seca
Vontade evacuar
Náuseas e vômitos
Ânus proeminente
Abaulamento períneo
Vulva entreaberta = ENCAMINHAR SALA PARTO.
Final período dilatação
Assistência ao segundo período
Sala de parto
 Posicionar paciente: para a maioria das pacientes decúbito dorsal com mesa de parto

verticalizada ao máximo e flexão e abdução dos membros superiores ou, se desejado, cócoras.

 Anti-sepsia e colocação de campos esterelizados

 Bloqueio, infiltração em leque se necessária a realização de episiotomia


Sala de parto

 Realização de episiotomia: deve ser realizada seletivamente, somente nos casos

em que exista indicação para seu uso. Realizar preferencialmente a episiotomia

médio-lateral.
Sala de parto

 Auscultar BCF: a cada 5 minutos durante o período expulsivo, imediatamente antes,

durante e após a contração uterina.


Sala de Contra indicada
parto

Desprendimento da
cabeça
Manobra de Ritgen
Período expulsivo

Início: dilatação completa colo do útero;

Término: saída concepto;

Duração média 5 a 30 min;

Contrações uterinas 5 a 6/10 min, fortes,


duração 60/70seg;
Sala de parto
 Assistência ao desprendimento dos ombros.
Período expulsivo

Presença esforços expulsivos associados à prensa


abdominal (ação conjugada contração musculatura
parede anterolateral abdome e diafragma)

Ocorre distensão perineal, abaulamento, coroamento


e desprendimento cefálico.
EXPULSÃO

 Dilatação completa e o desprendimento do feto

Primiparas

• Período de expulsão pode durar até 2 horas (média

50 minutos)

Multípara

• Período de expulsão pode durar até 1 hora (média

20 minutos)
Sala de parto
O clampeamento tardio é o modo fisiológico de tratar o cordão, a
"transfusão" de sangue da placenta para o recém-nascido, é fisiológica .

As indicações de clampeamento precoce de cordão:


• sensibilização Rh
• parto prematuro
• sofrimento fetal com depressão neonatal grave
• parto gemelar
• mulher HIV+ e HCV +
Assistência ao terceiro período
DEQUITAÇÃO
 Descolamento, descida e desprendimento da placenta e das
membranas

 Manejo ativo (diminui em 40% a hemorragia puerperal)


 Uso de ocitocina (10U IM ) após desprendimento dos ombros

 Tração controlada do cordão

• Período de expulsão de até 30 minutos

25% das mortes na América Latina são por hemorragia no pós-parto


Manobra de Jacobs

Rotação placenta para total retirada


das membranas fetais.
obs: verificar forma placentária,
inserção e comprimento do cordão
umbilical e n° vasos.
Período de Greenberg

Chamado de período das grandes hemorragias e puerpério imediato;


Compreende a 1ª hora após dequitação;
Hemostasia uterina  contrações indolores realizam oclusão vasos.
Globo de segurança de Pinard (retração uterina)
AU esperada 16 a 18 cm
Involução diária 1-2 cm (12 d intra pélvico)
Quarto período (Greenberg)

 Primeira hora após a saída da placenta

Manter observação

 Sinais vitais e sangramento

 Grau de contração uterina

 Sangramento por hipotonia uterina

• 1000ml de SG5% - 30 a 60U Ocitocina – 40gts/min


Período de Greenberg
Mecanismos hemostasia:
1. Contração fixa: útero firmemente contraído
2. Indiferença uterina: alterna fases contração e relaxamento
3. Miotamponamento: musculatura uterina contrai e  órgão
obliterando vasos(ligaduras de Pinard)
4. Trombotamponamento: trombos obliteram gdes vasos
uteroplacentários
Assistência Enfermagem admissão

anamnese (gestações, abortos, DUM, DPP e queixas)


exame físico geral (sinais vitais)
exame físico obstétrico (palpação abdominal, AU)
ausculta BCF
dinâmica uterina
toque vaginal e amnioscopia
cuidados de higiene
encaminhar p/ pré-parto
orientar familiares e acompanhantes
Modelo Padrão e Seu Preenchimento
• Momento para o internamento em
TP Dilatação de 3 cm e DU 2/40''/10'

• Iniciar registro com 5-6cm de


dilatação na presença de 2/10'
contrações efetivas

• Toques a cada 2h, no ápice da


contração. Necessário avaliar
dilatação, altura da apresentação,
variedade de posição, estado da
bolsa e cor do líquido

• Registrar também o BCF, a


qualidade/duração das contrações e
medicamentos infundidos
Assistência Enfermagem dilatação

deambulação
alimentação e hidratação
respiração e relaxamento
Banho quente / morno
Controle contrações (DU), BCF
Controle dilatação (toque vaginal)
Amniotomia
massagem sacro-lombar (conforto)

Orientar DLE.
Hipotensão supina

Decúbito lateral esq diminui


compressão veia cava
inferior e aorta abdominal


torna contrações mais
coordenadas e intensas


diminui compressão
pulmonar
Assistência Enfermagem expulsivo

Usar gorro, máscara e avental plástico

Escovação cirúrgica

Paramentação cirúrgica
Assistência Enfermagem expulsivo

Posição ginecológica ou outra preferência


Respiração do expulsivo
Controle BCF
Medidas de conforto
Antissepsia vulvo perineal (monte Vênus, face int coxa, gdes lábios, pequenos,
intróito vaginal e ânus)
Colocação dos campos (nádegas, pernas lateralmente e em cima de abdomen)
Assistência enfermagem expulsivo

Anestesia locorregional: nervos


pudendos originam-se raízes nervosas
sacrais inferiores (S2-S4) e inervam
vagina, períneo, reto e porções
bexiga.
Assistência enfermagem expulsivo

10ml lidocaína a 1% ou bupivacaína


(0,25 a 0,5%) aplicar 5 ml plano
profundo (pudendo) em direção espinha
ciática e restante em leque.
ASPIRAR P/ EVITAR ADMINISTRAÇAO EV.
Assistência enfermagem expulsivo

Episiotomia

Incisão pele, mucosa vaginal, aponeurose


superficial períneo, fibras bulbocavernoso e
transverso superficial períneo.
Iniciar pele bisturi e completar tesoura reta.
Tipos: lateral (não usada), médio-lateral (mais
usada) e mediana ou perineotomia.
Assistência enfermagem expulsivo

Proteção períneo (controle desprendimento cefálico);

Desprendimento cefálico, rotação externa e desprendimento córmico;

Pinçamento do cordão umbilical;

Parabenizar a mãe
Assistência Enfermagem dequitação

Observar perda sanguínea vaginal e incisional;


Controlar sinais vitais;
Verificar o tipo do descolamento;
Conferir placenta e membranas;
Proceder episiorrafia (quando realizada
episiotomia).
Assistência Enfermagem Greenberg

Retirar da posição ginecológica;

Massagem na panturrilha (área compressão);

Observar e controlar perda vaginal (tônus útero)

Controlar sinais vitais (perda de 500ml sangue);

Observar episiorrafia (edema, hematomas);


Assistência Enfermagem Greenberg

Proporcionar higiene, conforto e repouso;

Respeitar período sono;

Oferecer dieta leve e líquidos após parto;

Estimular e iniciar aleitamento materno.


EXISTE BENEFICIO EM SE REALIZAR A MONITORIZACAO
CARDIOTOCOGRAFICA CONTINUA INTRAPARTO EM GESTANTES
DE BAIXO RISCO?

A realização da cardiotocografia continua em gestações de


baixo risco pode aumentar a indicação de cesariana por
sofrimento fetal sem diferença estatisticamente significativa
nos resultados neonatais.
QUAL A IMPORTANCIA DE SE REALIZAR A CARDIOTOCOGRAFIA
EXTERNA NA AVALIACAO DA VITALIDADE FETAL NO INICIO DO
PERIODO DE DILATACAO?

Não existe evidencia suficiente para indicar ou abolir o exame de CTG na


admissão da gestante em trabalho de parto. Como alguns estudos apontam
para um seguimento do trabalho de parto mais tranqüilizador quando a
cardiotocografia da admissão e normal e também para resultados neonatais
desfavoráveis quando esta alterada, sugerimos que o exame seja realizado
onde haja facilidade para esse procedimento.
QUAL A IMPORTANCIA DO PARTOGRAMA NA CONDUCAO DO
TRABALHO DE PARTO?

A utilização do partograma apresenta-se como ferramenta


extremamente barata, de fácil utilização e apresentação gráfica para
anotação da evolução do trabalho de parto, funcionando como
orientador para a formação dos profissionais de saúde e facilitando
transferências hospitalares, não devendo ser o seu uso desestimulado
EXISTE BENEFICIO EM SE REALIZAR A AMNIOTOMIA PRECOCE PARA
A ABREVIACAO DO PERIODO DE DILATACAO?

Não existem evidencias de que a amniotomia praticada durante o


trabalho de parto esteja relacionada a abreviação do período de
dilatação. Embora alguns estudos observem redução da duração do
trabalho de parto, outros, de semelhante forca de evidencia, não
observam tais achados.
EXISTE VANTAGEM NA REALIZACAO DA EPISIOTOMIA DE ROTINA
COMO NORMA DE CONDUTA NO PARTO, DURANTE O PERIODO
EXPULSIVO?

A realização da epsiotomia de rotina demonstra estar relacionada


a maior frequência de dor perineal e dispareunia, não
demonstrando benefícios quando da indicação materna ou fetal.
EXISTE BENEFICIO PERINEAL EM LONGO PRAZO NA REALIZACAO
DA EPISIOTOMIA DE ROTINA DURANTE O PERIODO EXPULSIVO?

A realização da episiotomia medio-lateral-direta não determina


proteção contra o surgimento da incontinência urinaria de esforço,
incontinência fecal e prolapso genital apos o terceiro mês pos-parto,
estando associada a maior freqüência de dispareunia e dor perineal.
EM RELACAO A MORBIDADE FETAL, QUAL SERIA A SEGURANCA DA
INDUCAO DO TRABALHO DE PARTO NO POS-DATISMO?

Quando o trabalho de parto e induzido a partir das 41 semanas


de gestação, a morbidade neonatal apresenta-se reduzida, sem
aumentar a taxa de cesárea ou a permanência hospitalar.
A ANALGESIA DE CONDUCAO REALIZADA ANTES DE 3,0 CM DE
DILATACAO CERVICAL AUMENTA A CHANCE DE CESAREA?

A administração de analgesia peridural no inicio do trabalho de


parto em nulíparas na primeira solicitação materna, comparado a
sua utilização apenas com dilatação cervical de pelo menos 4,0
cm, não resulta em aumento nas taxas de cesarea11
Referências
Martins-Costa SH, Ramos JGL, Brietzke E. Assistência ao Trabalho de Parto. Projeto
Diretrizes. Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina, 2001.

Brasil. Ministério da Saúde. Parto, Aborto e Puerpério: Assistência Humanizada à


Mulher. Brasília, 2001.

Camano L, Souza E. Assistência ao Parto e Tocurgia. Federação Brasileira das


Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia , 2002.
Referências
Zugaib M, Bittar RE. Protocolos Assistenciais – 3ª Edição, Cap 74, Página 677-682.
Leveno KJ, et al. Manual de Obstetrícia de Williams – Complicações na Gestação. 22ª Edição,
Cap 14, Página 120-139.
Ministério da Saúde.
http://www.saude.pr.gov.br/arquivos/file/SPP_arquivos/comite_mort_mat_infant/partograma/
5partograma.pdf
Guias de Atenção Continuada da Mulher e do Recém Nascido da CLAP/SMR
Referências
FESCINA, R. H., LASTRA, L. G. L., MARTINEZ, M. H. Z; BERTONE, A. G., SCHWARCZ, R C.: Evaluacion de
diferentes métodos para estimar la edad gestacional. Obst. Ginecol. AN. JUL. AGO. 1984:237.
FESCINA, R. H: Controvérsias en la definición y classificación del retardo en el Crescimiento Intra-
Uterino. Pub. Cient. Nº 1112, CLAP/OPS, 1986.
MARGOTTO, P. R. Crescimento Intra-Uterino: Percents de peso, estatura e perímetro cefálico ao nascer
de RN únicos de gestações normais e seus correspondentes pesos
placentários em diferentes períodos gestacionais. Tese de doutorado - CLAP/OMS, 1991.
JÁCOMO, A. J. D, JOAQUIM M. C. M, LISBOA, A. M. J.: Assistência ao Recém- Nascido: Normas e
Rotinas, Atheneu, 2a edição, Rio de Janeiro, 1986.

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