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PARTO E

PUERPERIO
VIRGÍNIA XAVIER PEREIRA DA
SILVA

Enfermagem no cuidado à mulher e


ao RN
TRABALHO DE PARTO
A contratibilidade uterina é o fenômeno
essencial para o trabalho de parto;

Em toda a gravidez, a gestante apresenta


contrações;

Até 30 semanas de gestação, a atividade


uterina é muito pequena, inferior a 20
Unidades Montevidéu (UM);

Após 30 semanas, a atividade uterina


aumenta vagarosa e progressivamente;
TRABALHO DE PARTO
Nas últimas 4 semanas (pré-parto) a atividade é
acentuada, observando-se, em geral, contrações de
Braxton-Hicks mais intensas e frequentes;

Contrações de Braxton-Hicks = contrações de


treinamento, em que a barriga ou uma parte dela
fica momentaneamente muito dura.  Normalmente
indolores e curtas, durando apenas um minuto ou
dois. Elas podem ocorrer em toda a gravidez, mas
geralmente aumentam no último trimestre. Elas
tendem a ocorrer de maneira irregular e, embora
desconfortável, elas não incomodam muito.
CARACTERÍSTICAS DAS
CONTRAÇÕES UTERINAS
Frequência:
– na gravidez: pequenas contrações de até 30 seg.: 10
contrações/hora BRAXTON-HICKS : 1/ hora

– no final da gravidez: as pequenas contrações


diminuem de frequência e aumenta de intensidade e
as de BRAXTON-HICKS, aumentam de frequência

– no parto: dinâmica uterina = é o número de contrações


em 10 minutos; vai de 2 a 5 contrações dependendo do
estágio de evolução do parto
TRABALHO DE PARTO
O parto está associado ao desenvolvimento de
contrações dolorosas e rítmicas, que condicionam
dilatação do colo uterino.

Considera-se seu início quando a dilatação cervical


chega a 2 cm, estando a atividade uterina
compreendida entre 80 e 120 UM (em média 100
UM).

O início do trabalho de parto se verifica a queda


brusca dos níveis de progesterona e aumento da
produção de ocitocina (promove a contração da
musculatura uterina e a ejeção do leite), iniciando
assim as contrações uterinas.
FASES DO TRABALHO DE PARTO

Divide-se em 4 fases ou períodos:

Período de dilatação ou primeiro período


clínico (trabalho de parto)
Período de expulsão ou expulsivo ou
segundo período clínico (parto
propriamente dito)
Período de dequitação ou terceiro período
Período de Greenberg ou quarto período
PERÍODO DE DILATAÇÃO
Inicia-se com a dilatação do colo uterino, de 1 a 10 cm;

Este fenômeno ocorre pela ação das contrações


uterinas e suas consequências (pressão da
apresentação e aumento da pressão hidrostática da
bolsa amniótica)
PERÍODO DE DILATAÇÃO
PERÍODO DE DILATAÇÃO

Em primíparas, o período de dilatação é mais


demorado, chegando a 18 horas. Em multíparas, o
período de dilatação é mais rápido.
CUIDADOS NO PERÍODO DE
DILATAÇÃO
– Avaliar dilatação cervical e o esvaecimento
do colo
– Avaliar integridade da bolsa das águas
– Avaliar apresentação fetal
– Avaliar variedade de posição
– Avaliar altura da apresentação
– Avaliar BCF
FASE ATIVA DO TRABALHO DE PARTO
AMNIORREXE
No período de dilatação, deve ocorrer a
amniorrexe.

Amniorrexe = rotura espontânea da membrana


amniótica com liberação do líquido amniótico

Acontece por aumento da pressão intra-


amniótica contra a reduzida resistência das
membranas - geralmente no ponto mais central e
atinge as duas membranas
A amniorrexe pode também ser induzida
amniorrexe artificial.

Se a amniorrexe acontece antes da 38ª semana é


caracterizada como amniorrexe prematura e
deve-se avaliar a possibilidade de indução do
parto.
LÍQUIDO AMNIÓTICO
O líquido amniótico deve ser claro, levemente
esbranquiçado ou transparente, como odor
cetônico, parecido com “água sanitária”.

Quando sua coloração se mostra esverdeada é


sinal de eliminação de mecônio e pode
caracterizar sofrimento fetal agudo ou crônico.

Se o odor verificado for fétido e coloração


acastanhada é sinal de infecção materno-fetal.
PERÍODO EXPULSIVO
Início: dilatação cervical total (10 cm)

Término: saída do concepto

as contrações uterinas atingem intensidade e


frequência máximas

o tônus uterino eleva-se

o efeito das contrações impele a apresentação para o


canal do parto
PERÍODO EXPULSIVO
a pressão intra-abdominal eleva-se até 100 mmHg, à
custa do abaixamento do diafragma e da prensa
abdominal

a impulsão do feto pelo canal do parto distende


passivamente as fibras musculares da vagina

a vulva fica entreaberta, o períneo distendido e


abaulado e o ânus entreaberto até que o feto é
expulso, descrevendo um mecanismo feto
PERÍODO DE DEQUITAÇÃO
Também chamado de secundamento/livramento;

Inicia-se com a saída total do bebê e termina com a


expulsão total da placenta e seus anexos;

Duração média: 5 – 20 min após a expulsão fetal.


Prolongada ultrapassa 30 min

A dequitação é acompanhada de contrações uterinas


indolores, de baixa frequência e alta intensidade e
duração.
QUARTO ESTÁGIO / PERÍODO DE
GREENBERG
Tradicionalmente, o trabalho de parto é dividido
em 3 estágios;

Porém, as 4 horas que sucedem o trabalho de


parto, quando o risco de sangramento é maior, é
chamado o 4º estágio do trabalho de parto.

HEMOSTASIA pós-parto: miotamponamento e


trombotamponamento
QUARTO ESTÁGIO / PERÍODO DE
GREENBERG
Miotamponamento - constitui a primeira linha
de defesa contra a hemorragia
- DU = 1-2/10’, intensa e duradoura (2-3 min.)
- ligadura dos vasos uterinos por retração das
fibras musculares (ligaduras vivas de Pinard)

trombotamponamento - formação de trombos


nos grandes vasos uteroplacentários,
constituindo um hematoma que recobre a ferida
placentária
QUARTO ESTÁGIO / PERÍODO DE
GREENBERG
IMPORTANTE AVALIAR:

revisão da placenta e membranas ovulares


integridade, forma e aspecto da placenta
inserção do cordão umbilical
presença do âmnio e cório
odor
TIPOS DE PARTO
TECNOLOGIAS DE CUIDADO
São técnicas que não utilizam remédios ou drogas.
O alívio da dor que proporcionam é menor do que o
obtido com as técnicas farmacológicas, mas,
geralmente, não tem contra-indicações ou efeitos
colaterais.

Favorecem:
⚫ O controle da dor;
⚫ a progressão da dilatação;
⚫ A prevenção de lacerações;
⚫ Na prevenção de distócias
MÉTODOS
Ambiente acolhedor;
Som “pacífico”;
Pouca luz;
Privacidade;
Aconchego;
Música.

CAMINHAR Deve ser estimulado, sobretudo no


início das contrações para que o trabalho de parto se
instale de vez, mantendo-se na vertical e agachando-
se quando chegarem as contrações.
MÉTODOS

Respiração
Respiração natural, relaxada e profunda;
Atenção na própria respiração;
Padrões de respiração;
Concentrar-se na própria respiração acalma a
mulher e oxigena o bebê;
Relaxa a musculatura pélvica;
Muda o foco de atenção da dor para a respiração.
MÉTODOS

Alimentação
Encoraje-a a beber fluidos e comer o suficiente.
Comer e beber ajudará a restaurar as energias
perdidas durante a maratona do trabalho de
parto
Dieta líquida.
MÉTODOS
Bola
A bola pode ser utilizada em qualquer fase do
trabalho de parto;
Favorece o relaxamento da musculatura perineal
e a dilatação cervical;
Diminui as sensações dolorosas das contrações;
Deve-se estimular a mulher a realizar
movimentos circulares sobre a bola;
Pode causar edema de colo uterino.
MÉTODOS
Banho de Água Morna
A água, por ter efeito relaxante pode estimular o
trabalho de parto. Pode ser banho de banheira,
no chuveiro, ou até de bacia com uma tigela. O
que importa é o contato com a água.

A água morna também ajuda a circulação


sanguínea e no relaxamento dos músculos,
consequentemente, ajuda na dilatação.
MÉTODOS
Banho de Água Morna –Banheira
O banho de imersão comprovadamente alivia a dor,
deixa a parturiente mais relaxada e diminui a
necessidade de utilizar drogas analgésicas para o
alívio da dor;
Propicia movimentação livre e repouso entre as
contrações;
Não tem nenhum efeito colateral ou contra-indicação;
Na maioria dos hospitais do Brasil não há
disponibilidade de banhos de imersão.
Na prática clínica observa-se que o banho de chuveiro
também ajuda a aliviar a dor e relaxar a mulher em
trabalho de parto.
Massagem e Massageadores
Diversos tipos de massagens podem ser feitas
para alívio da dor no trabalho de parto. Em
pontos de acupuntura, com gelo, com compressas
quentes, no períneo, com óleos aromáticos;
Não há efeitos colaterais descritos. A prática
clínica mostra o grande efeito analgésico que a
massagem pode proporcionar;
Deve ser respeitado o desejo e a experiência
pessoal de cada gestante no momento de
aplicação da massagem;
Massagear o rosto da parturiente ajuda na
eliminação do stress, relaxando-a.
MÉTODOS

Toque –Carinho

Ouvir –Conversar

Acompanhante
MÉTODOS DESACONSELHADOS
Respiração cachorrinho;
Uso de ocitocina, ou outras medicações
desnecessariamente;
Se expressar com termos do tipo: “coitadinha”,
“esse sofrimento já vai acabar”, “é assim
mesmo”, entre outros.
A gestante não deve ficar muito tempo deitada
em decúbito dorsal;
Assistência no Período Pré-parto –
Parto e Puerpério – Hospitalar

Admissão da gestante no Centro Obstétrico


Informar a rotina do serviço para gestante seus
familiares;
Acolher e acompanhar a gestante até a sala do Pré
parto;
Orientar sobre a conduta da assistência conforme caso
clínico(ITU, TP, etc.).
Assistência no período Pré-Parto

Assistência de Enfermagem
Verificar dados vitais;
Proceder registro: referente do motivo da internação:
perda de líquido, contrações, dor em baixo ventre, etc.
Realizar exames de rotina: VDRL, HIV, etc.
Encaminhar exames.
Assistência no Período Pré-Parto
– Parto e Puerpério – Hospitalar
Promover um ambiente com privacidade,
tranqüilo e seguro para a parturiente e seu
acompanhante;
Estimular deambulação;
Promover técnicas de relaxamento(banho,
exercícios, etc);
Realizar massagens ou orientar acompanhante a
realizar;
Buscar técnicas para alivio da dor;
Manter diálogos durante os procedimentos.
Assistência no Período Pré-Parto
– Parto e Puerpério – Hospitalar
Monitorar:
Sinais Vitais – (PA, Pulso, Temperatura e FC)
Perda de líquido via vaginal (urina, líquido amniótico ou
sangramento);
Intensidade da queixa da dor;
Administração de medicamento (conforme prescrição
médica).
Assistência no período Pré-Parto
– Parto e Puerpério – Hospitalar
Período Expulsivo
Acompanhar a gestante para sala de parto;
Ficar ao lado da gestante – nunca deixá-la sozinha;
Manter a sala aquecida à 23 a 26ºC
Orientar a gestante quanto ao período expulsivo;
Assistência no Período Pré-Parto
– Parto e Puerpério – Hospitalar
Após o nascimento do RN realizar contato pele a pele;
Incentivar aleitamento materno.
Parabenizar a paciente;
Anotar as observações e procedimentos realizados;
Anotar horário de nascimento;
Assistência no Período Pré-Parto
– Parto e Puerpério – Hospitalar

Observar perda sanguínea;


Controlar venóclise e adminstração de
medicamento(ocitocina, methergin, etc.);
Manter aquecida a puérpera.
AS PRINCIPAIS
COMPLICAÇÕES DO
PUERPÉRIO
Hemorragias;

Infecção Puerperal;

Tromboflebites;

Mastite;

Infecções do Trato Urinário.


Atenção nas Hemorragias Pós
Parto
Hemorragia: É toda perda de sangue maior que 500ml no
parto normal ou maior 1000ml na cesariana após o parto.
Atenção à instabilidade hemodinâmica.

Causas da Hemorragias Pós Parto:


Atonia Uterina;
Lacerações de trajetos;
Restos Placentários;
Coagulopatias.
Prevenção nas Hemorragias Pós
Parto
Realizar higiene;
Encaminhar a puérpera para sala de recuperação;
Monitorar SSVV – 15 a 15 minutos;
Avaliar tônus uterino;
Observar sangramento: vaginal, incisão cirúrgica;
Prevenção nas Hemorragias Pós
Parto
Monitorar sangramento vagina (controle de forros
utilizados);
Solicitar avaliação da equipe especializada com urgência,
caso sangramento ativo.
Oferecer oxigênio por máscara/cateter (5 litros por
minutos);
Instalar 2 acesso venoso calibroso, 16G ou 18G;
Prevenção nas Hemorragias Pós
Parto
Coletar exames solicitados;
Encaminhar exames solicitados com urgências;
Realizar cateterismo vesical de demora;
Prevenir hipotermia;
Monitorar resposta clínica.
INFECÇÃO PUERPERAL
A Organização Mundial da Saúde – OMS, só considera infecção
puerperal o aumento de temperatura de 38º C, verificando pelo
menos 4 vezes ao dia durante 2 dias, isto contando aos 10 primeiros
dias do puerpério, com exceção das primeiras 24 horas.

- Streptococos; Gonococos Bacílos

Prevenção: Uso de técnicas assépticas, Acompanhamento pré-natal,


Uso de material estéril, Pessoal permanente na sala de parto e
cuidados específicos à gestantes com Bolsa Rota.
O QUE É ALOJAMENTO
CONJUNTO?
Segundo o Ministério da Saúde, Alojamento
Conjunto é o sistema hospitalar em que o recém-
nascido sadio, logo após o nascimento,
permanece com a mãe, 24h por dia, num mesmo
ambiente, até a alta hospitalar. Este sistema
possibilita a prestação de todos os cuidados
assistenciais, bem como a orientação à mãe sobre
a saúde de binômio mãe e filho.
OBJETIVOS DO ALOJAMENTO CONJUNTO

⚫ Aumentar os índices de Aleitamento Materno;


⚫ Estabelecer vínculo afetivo entre mãe e filho;
⚫ Permitir aprendizado materno sobre como
cuidar do RN;
⚫ Reduzir o índice de infecção hospitalar cruzada;
⚫ Estimular a participação do pai no cuidado com
o RN;
⚫ Possibilitar o acompanhamento da
Amamentação, sem rigidez de horário, visando
esclarecer às dúvidas da mãe e incentiva-lá nos
momentos de insegurança;
OBJETIVOS DO ALOJAMENTO CONJUNTO

⚫ Orientar e incentivar a mãe (ou pais) na


observação de seu filho, visando esclarecer
dúvidas;
⚫ Reduzir a ansiedade da mãe (ou pais) frente às
experiências vivenciadas ;
⚫ Favorecer troca de experiências entre as mães;
⚫ Melhorar a utilização das unidades de cuidados
especiais para RN;
⚫ Aumentar o n0 de crianças acompanhadas por
serviço de saúde.
Assistência de Enfermagem no
Puerpério

• Acolher puérpera no Alojamento Conjunto


(identificação mãe/bebe);
• Avaliar condições físicas e emocionais;
• Controle de sinais Vitais 6/6hs;
• Observar sangramento(vaginal e cicatriz
cirúrgica);
Assistência de Enfermagem no
Puerpério
• Monitor eliminações urinária e intestinal;
• Auxiliar no Aleitamento materno;
• Acompanhar higienização.
• Registrar procedimentos, queixas e
medicamentos.
• Manter mãe e RN aquecido;
Assistência de Enfermagem no
Puerpério

Orientar mãe sobre cuidados do RN em casa;

Ensinar á mãe medidas preventivas e os


sinais de perigos para retorno imediato ;

Orientar o testes: pezinho, olhinho, orelhinha


e coraçãozinho.
ATENÇÃO NO PUERPÉRIO
A atenção à mulher e ao recém-nascido no pós parto
imediato e nas primeiras semanas após o parto é
fundamental para a saúde materna e neonatal.

A Equipe da Atenção Primária à Saúde deverá realizar


visita domiciliar na primeira semana após o parto e
nascimento (até o 5º dia), para acompanhamento da
puérpera e da criança;
ATENÇÃO NO PUERPÉRIO
Será realizada 1 consulta no puerpério, na primeira
semana pós-parto. A mulher deve ter acesso garantido às
ações do planejamento familiar;

Pacientes com abortamento e com interrupção prematura


de gestação também devem ser acompanhadas na
unidade de saúde de referência.
ATENÇÃO NO PUERPÉRIO
• Avaliar o estado de saúde da mulher e do recém-
nascido;

• Orientar e apoiar a família para a amamentação;

• Orientar os cuidados básicos com recém-nascido;

• Avaliar interação da mãe e do bebê;

• Identificar situações de risco ou intercorrências;

• Orientar o planejamento familiar.


ATENÇÃO NO PUERPÉRIO
É importante reforçar que boa parte das situações de
morbidade e mortalidade materna e neonatal acontecem na
primeira semana após o parto, o retorno dessa mulher e seu
bebê ao serviço de saúde deve acontecer logo nesse período. Os
profissionais devem estar atento e preparados para aproveitar a
oportunidade de contato com a mulher e ao bebê na primeira
semana após o parto para instituir todo o cuidado.

Outro fator importante é escutar o que a mulher tem a dizer,


dando valor para as queixas;
ATENÇÃO NO PUERPÉRIO
O profissional da enfermagem deve verificar a carteira da
gestante:

• Condições da gestação;

• Condições do atendimento ao parto e ao recém-nascido;

• Dados do parto (tipo de parto, se CST, PN);

• Se houve alguma intercorrência na gestação, no parto ou no pós-


parto (febre, hemorragia, diabetes, convulsões, sensibilização
Rh);

• Outras intercorrências.
ATENÇÃO NO PUERPÉRIO
• Avaliar o aleitamento materno (frequência das mamadas, dificuldades na
amamentação, satisfação do RN, condições das mamas);

• Alimentação, sono, atividades;

• Dor, fluxo vaginal, sangramento, queixas urinárias, febre;

• Planejamento familiar (desejo de ter mais filhos, deseja usar método


contraceptivo, método já utilizados, método de preferência);

• Condições psicoemocionais (estado de humor, preocupações, desânimo, fadiga,


outros;

• Condições sociais (pessoa de apoio, enxoval, condições para atendimento das


necessidades básicas).
AVALIAÇÃO DA PUERPERA
• Verificar SSVV;
• Avaliar o estado psíquico da mulher;
• Observar pele, mucosas, presença de edema, cicatriz (PN episiotomia,
ou laceração, CST avaliar cicatriz cirúrgica) e membros inferiores.
• Avaliar mamas, abdômen, períneo e genitália;
• Observar a formação de vínculo entre mãe e filho;
• Observar e avaliar a mamada para garantir um posicionamento
adequando;
• Identificar problema e necessidades da mulher do recém – nascido.
CONDUTA
• Orientar sobre: higiene, alimentação, atividade física,
atividade sexual, cuidados com as mamas, cuidados com o RN;

• Orientar sobre planejamento familiar;

• Orientar sobre vacinas;

• Tratar possíveis intercorrências;

• Registrar todas as informações na carteira da gestante e


prontuário;

• Agendar consulta de puerpério até 42 dias após o parto.


CUIDADOS AO RECÉM-
NASCIDO
• Verificar a Carteira da Criança (menina ou menino), caso não haja
providenciar abertura de carteira;

• Observar se carteira da criança está preenchida dados da


maternidade como peso ao nascer, comprimento, apgar, idade
gestacional e condições de vitalidade;

• Verificar condições de alta da mulher e do RN;

• Observar a criança no geral: peso, altura, atividade espontânea,


padrão respiratório, estado de hidratação, eliminações, pega,
caracteristica da pele;

• Identificar o RN de risco

• Se realizado a triagem neonatal


AMAMENTAÇÃO
BENEFÍCIOS DA AMAMENTAÇÃO
Aumento do laço afetivo entre mãe e filho;

Favorece o retorno do útero pós-parto a retornar


ao seu tamanho normal e evita hemorragias,
prevenindo a anemia materna e reduzindo o risco
de câncer de mama e ovários;

Bebê  Protege contra doenças, previne a


formação incorreta dos dentes e problemas na fala,
proporciona melhor desenvolvimento e
crescimento, além de ser um alimento completo,
dispensando água ou outras comidas até os seis
primeiros meses de vida do bebê.
BENEFÍCIOS DA AMAMENTAÇÃO
Diminuição do risco de morte de crianças
amamentadas exclusivamente até os 6 meses é
41% menor do que de crianças em aleitamento
materno predominante; em relação às crianças em
aleitamento materno parcial, a ameaça é 78%
menor, e 88% quando comparada aos bebês que
não são amamentados.
BENEFÍCIOS DA AMAMENTAÇÃO
Para o bebê:
Maior contato com a mãe
Melhora a digestão e minimiza as cólicas
Desenvolve a inteligência quanto maior o tempo
de amamentação
Reduz o risco de doenças alérgicas
Diminui as chances de desenvolver doença de
Crohn e linfoma
Estimula e fortalece a arcada dentária
Previne contra doenças contagiosas, como a
diarreia
BENEFÍCIOS DA AMAMENTAÇÃO
Para a mãe:
Diminui o sangramento no pós-parto
Acelera a perda de peso
Reduz a incidência de câncer de mama, ovário e
endométrio
Evita a osteoporose
Protege contra doenças cardiovasculares, como o
infarto
COMPOSIÇÃO DO LEITE MATERNO
Colostro
Líquido espesso, de coloração amarelada
devido a alta concentração de betacaroteno e alta
densidade, dura em média de 48 a 72 horas após
o parto, mas pode permanecer ainda por cerca de
7 dias. O volume, no início, varia de 2 a 20ml em
cada mamada, totalizando 50 a 100ml/dia, sendo
suficiente para satisfazer as necessidades do
lactente. O colostro apresenta alta concentração
de lgA e de lactoferrina que, juntamente com a
grande quantidade de linfócitos e macrófagos,
fornecem proteção ao recém-nascido. Além disso,
tem ação laxativa, que facilita a eliminação de
mecônio e auxilia na prevenção da icterícia
COMPOSIÇÃO DO LEITE MATERNO
Leite de transição
Líquido produzido durante a apojadura, que pode
persistir entre o 7° e 15° dia após o parto. O volume de
leite e a composição variam no decorrer dos dias
(BRASIL, 2001).

Leite maduro
Leite produzido como continuação ao leite de
transição. Este apresenta-se como um líquido branco e
opaco, com pouco odor, sabor ligeiramente adocicado e
seu volume médio é de 700 a 900ml/dia, durante os
primeiros seis meses. A partir do segundo semestre,
a quantidade média de produção diária é de 600 ml. O
leite materno tem 88% de água e possui uma
osmolaridade semelhante à do plasma sanguíneo; além
da água, é composto por proteínas, carboidratos,
lipídeos, minerais e vitaminas.
COMPOSIÇÃO DO LEITE MATERNO

Leite pré-termo
O leite pré-termo é a denominação para o
leite produzido pelas mães de crianças
prematuras, que difere do leite de mães de
crianças de termo por apresentar: maior teor de
proteína, lipídeos e calorias, atendendo à maior
necessidade de crescimento do pré-termo; menor
teor de lactose, o que torna a digestão facilitada;
maior quantidade de lgA e lactoferrina (BRASIL,
2001).
ORIENTAÇÕES SOBRE AMAMENTAÇÃO
O local para amamentar deve ser calmo e
confortável;

Amamentar em uma mama de cada vez;

LIVRE DEMANDA: tempo que o bebê quiser;

O intervalo entre as mamadas varia de criança a


criança, por isso a importância do esquema de livre
demanda.

O posicionamento adequado da puérpera e do bebê


favorecem a pega correta, a amamentação e evitam
lesões na aréola e bico do seio;
POSIÇÃO DA PUÉRPERA PARA AMAMENTAÇÃO
A mulher deve estar posicionada da forma que se sentir
mais confortável.

Fonte: https://brasil.babycenter.com/a1500013/posi%C3%A7%C3%B5es-para-amamentar
POSIÇÃO DA PUÉRPERA PARA AMAMENTAÇÃO
A mulher deve estar posicionada da forma que se sentir
mais confortável.

Fonte: https://brasil.babycenter.com/a1500013/posi%C3%A7%C3%B5es-
para-amamentar
POSIÇÃO DA PUÉRPERA PARA AMAMENTAÇÃO
A mulher deve estar posicionada da forma que se sentir
mais confortável.

Fonte: https://brasil.babycenter.com/a1500013/posi%C3%A7%C3%B5es-
para-amamentar
Fonte: https://www.unifesp.br/reitoria/dci/edicao-atual-entreteses/item/2279-nova-terapia-alivia-dores-de-
puerperas
Fonte: https://www.google.com/
url?sa=i&source=imgres&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwix8OjPg4bmAhUcK7kGHbjkDWkQjB16BAgBEAM&url=https%3A%2F%2Fsacadademae.com.br%2Fcomo-
amamentar-gemeos-dicas-dificuldades-e-posicoes-de-amamentacao%2F&psig=AOvVaw2y8OQ8rb6S3Yu7kXIxTDvW&ust=1574793687137834
ORIENTAÇÕES SOBRE AMAMENTAÇÃO
Verificar a flexibilidade das aréolas antes da
mamada, através da apreensão desta região com os
dedos e movimentos de flexão em todas as direções;
⚫ Aréola flexível: permite a pega adequada
⚫ Aréola endurecida: deve ser esvaziada por ordenha
manual antes da amamentação

Posicionamento do bebê correto para mamar


ORIENTAÇÕES SOBRE AMAMENTAÇÃO
Ao retirar o bebê da mama, não tracionar a
mama;

Cuidados com as mamas: usar sutiã com boa


sustentação e alças curtas e reguláveis para
manter as mamas em posição anatômica;
orientar sobre o banho de sol nas mamas (até
às 10h e após às 16h) e lubrificar a região
aréola-mamilar com o próprio leite/colostro.
POSICIONAMENTO DO BEBÊ PARA MAMAR
O posicionamento correto do bebê favorecerá a pega
correta, a boa sucção e a amamentação de
qualidade.

Pega correta
⚫ A mãe deve estimular o bebê a abrir bem a boca,
colocando o mamilo no lábio inferior da criança;
⚫ Após a etapa acima, a mãe deve introduzir o mamilo e a
maior parte da aréola na boca do bebê;
⚫ O queixo e o nariz da criança devem estar em contato
direto com a pele da mama e os lábios inferior e
superior, voltados para fora;
⚫ Durante a sucção, as bochechas do bebê permanecem
arredondadas;
PRÁTICAS NÃO RECOMENDADAS
Higienização da região aréola-mamilar com água
ou qualquer outro produto antes e depois de
amamentar;

Aplicação de compressas quentes e frias;

Utilizar mamadeiras, chupetas e bicos artificiais


(favorecem o desmame);

Introdução de água, chá ou complementos na


alimentação da criança menor de 6 meses;
Aleitamento materno cruzado;
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. UNASUS. Linhas de cuidado em
enfermagem: saúde materna, neonatal e do lactente. Disponível em:
https://unasus2.moodle.ufsc.br/pluginfile.php/11609/mod_resource/
content/1/un02/top02p02.html. Acesso em 18 nov. 2019.
Montenegro, Carlos Antonio Barbosa, 1914- Rezende obstetrícia
fundamental/Carlos Antonio Barbosa Montenegro; Jorge de Rezende
Filho. – 13. ed. – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.
SAITO, E. Fisiologia do Parto: Contratilidade Uterina e Períodos
Clínicos do Parto. Disponível em: . https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.
php/3907858/mod_resource/content/1/
Contratilidade%20Uterina%20%2B%20Per%C3%ADodos%2 nov.
0Cl%C3%ADnicos%20Parto%203%20agosto%202017.pdf>. Acesso em
18 nov. 2019.
SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DO PARANÁ. Assistência
no pré-natal, parto e puerpério. Disponível em: http://www.saude.
pr.gov.br/arquivos/File/ASSISTENCIAPREPARTO.ppt. Acesso em 18
nov. 2019.

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