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Geralmente, os principais sintomas de que

um parto normal está iniciando ou em curso


são:

 Queda do ventre;
 Contrações uterinas dolorosas e frequentes;
 Alterações no colo do útero (dilatação);
 Rompimento da bolsa d'água.
 Saída de sangue ou tampão mucoso pela
vagina
O tampão mucoso é uma secreção de
consistência gelatinosa que tem a função de
proteger o útero
 Existem dois tipos de parto: o parto cirúrgico
(a cesárea/ cesariana) e o parto vaginal (ou
natural).
 A cesariana é um procedimento cirúrgico
(operação) para a extração do feto
(nascimento do bebê) por via abdominal
através da realização de um pequeno corte ..
 Com a raquianestesia, o intestino fica mais
lento e há distensão do abdômen, explica.
"Ao falarmos, ingerimos ar, o que poderá
provocar a formação de gases e dores. Por
isso, é recomendado evitar ao
máximo falar nas primeiras 12 horas após o
parto.
A cicatriz da cesárea pode levar de 6 a 10
semanas para cicatrizar completamente,
sendo importante lavar a região diariamente
durante o banho, evitando molhar o curativo.

A incisão de uma cesariana normalmente tem


cerca de 12cm e o médico cortará a pele e as
camadas de tecido abaixo dela (são 7) até o
acesso ao útero, onde é realizada a incisão
pela qual o bebê será retirado. Após a saída
do bebê é retirada a placenta e feita uma
sutura em cada camada aberta na cirurgia.
A sua recuperação é imediata, pois, logo após o
nascimento, poderá levantar-se e atender seu filho. As
complicações próprias do parto normal são menos graves
quando comparado com as complicações do parto cirúrgico.
(COREN SP, 2019).
 O conceito de atenção humanizada é amplo e
envolve um conjunto de conhecimentos,
práticas e atitudes que visam a promoção do
parto e do nascimento saudáveis e a
prevenção da morbimortalidade materna e
perinatal. Inicia-se no pré-natal e procura
garantir que a equipe de saúde realize
procedimentos comprovadamente benéficos
para a mulher e o bebê, que evite as
intervenções desnecessárias e que preserve
sua privacidade e autonomia.
 A gravidez e o parto são eventos sociais que
integram a vivência reprodutiva de homens e
mulheres. Este é um processo singular, uma
experiência especial no universo da mulher e
de seu parceiro, que envolve também suas
famílias e a comunidade. A gestação, parto e
puerpério constituem uma experiência
humana das mais significativas, com forte
potencial positivo e enriquecedora para todos
que dela participam.
 Saúde no contexto sócio-cultural A saúde
não deve se restringir ao tradicional conceito
de prevenção, diagnóstico, tratamento e
reabilitação, mas deve ser abordada também
no contexto cultural, histórico e
antropológico, onde estão os indivíduos que
se querem ver saudáveis ou livres de
doenças.
 Essa abordagem é fundamental ao se analisar
a questão da saúde da mulher brasileira, em
especial daquela de menor renda, pois esta
tem carências marcadas daquilo que se
chama de "necessidades básicas", que
interferem na sua saúde e seu bem-estar.
 O nascimento é historicamente um evento
natural. Como é indiscutivelmente um
fenômeno mobilizador, mesmo as primeiras
civilizações agregaram, a este acontecimento,
inúmeros significados culturais que através
de gerações sofreram transformações, e
ainda comemoram o nascimento como um
dos fatos marcantes da vida.
Qual é a diferença entre parto e trabalho de
parto?

 A princípio, é importante compreender que


parto e trabalho de parto (TDP), embora
sejam fenômenos intrínsecos, não são
sinônimos.
 O parto consiste em um processo global no
qual o feto, a placenta e as membranas fetais
são expulsos do trato reprodutor materno.
Fatores que atuam no trabalho de parto

 Os fatores preparatórios para o trabalho de


parto geralmente começam a atuar entre 34 e
38 semanas gestacionais. Embora ainda
existam incertezas quanto aos
desencadeadores do TDP, sabe-se que
diversos hormônios agem direta ou
indiretamente como pontapé inicial desse
mecanismo fisiológico.
Fases ou estágios do trabalho de parto

Define-se o início do trabalho de parto a


partir da entrada da paciente ao centro
obstétrico, com dilatação cervical entre 3 e
4cm, contrações significantes e membranas
fetais íntegras.
O processo, conforme já dito, caracteriza-se
por contrações uterinas sequenciais, que
tendem a modificar a configuração plástica
do colo do útero e a descida da apresentação
fetal. Clinicamente, divide-se o parto
propriamente dito em quatro fases ou
estágios principais:

 Dilatação ou apagamento do colo do útero;


 Expulsão ou parto do feto.
 Estágio da placenta, dequitação.
 Período de Greenberg.
 Nessa fase, inicia-se a dilatação progressiva
do colo uterino até a cérvice expandir-se
totalmente. A mulher sente dolorosas
contrações rítmicas que vêm, primeiramente,
a cada 30 minutos e, depois, a cada 10
minutos.
O saco amniótico é comprimido contra o
canal cervical, contribuindo parcialmente para
a formação da “bolsa d’água”, de modo que
ambos passam a exercer pressão para dilatar
as porções baixas do útero. No entanto, se as
membranas fetais estiverem rompidas, a
pressão é efetuada pela parte “exposta” do
feto (normalmente a cabeça).
Fase latente
Caracterizada por contrações uterinas regulares
e perceptíveis, mas pouco dolorosas,
responsáveis pela dilatação de 3 a 5cm. Caso
essa fase estenda-se por mais de 20 horas
(primíparas) ou 14 horas (multípara), diz-se que
houve prolongamento anormal das contrações.
Fase ativa
A partir desse momento, as contrações tornam-
se dolorosas, pois a frequência e intensidade
aumentam progressivamente no intuito de
promover a rápida dilatação do colo uterino.
Costuma durar de 2,4 a 5,2 horas em multíparas
e de 4,6 a 11,7 horas em primíparas.
 Esse estágio refere-se à expulsão do bebê,
processo iniciado a partir da dilatação
completa do colo uterino (cerca de 10cm).
Embora as contrações tenham significativa
relevância nessa segunda etapa, a principal
força vem, na realidade, dos músculos
abdominais e do diafragma, que elevam a
pressão intra-abdominal.
 Após passar pelo colo e pela vagina –
distendida pela impulsão fetal – o feto sai do
corpo da mãe e é denominado, então, recém-
nascido (RN) ou neonato.

 Para as mulheres primíparas, a expulsão dura


cerca de 50 minutos; já para as mulheres
multíparas, cerca de 20 minutos.
 Essa fase começa a partir do nascimento do
RN e é encerrada pela expulsão da placenta e
das membranas fetais. Tais elementos são
expelidos, após a expulsão do feto, graças
às contrações uterinas restauradas e à
pressão intra-abdominal aumentada. Quando
o estágio da placenta dura mais de 60
minutos, ocorre a placenta retida, visto que
normalmente – em cerca de 90% dos casos –
essa fase dura apenas 15 minutos.
 Após a dequitação, sucede esse estágio,
conhecido pela retração uterina e pela
formação de coágulos fisiológicos. Esses
coágulos impedem as grandes hemorragias e
são dependentes da contração uterina, do
miotamponamento e do
trombotamponamento.
 Assim, espera-se que, dentro de 1 hora após
o parto, o útero adquira maior tônus,
entrando na fase de contração uterina
fixa que atua na manutenção da hemostasia
uterina.
 Entretanto, quando o trabalho de parto é
prolongado ou abrupto, a hemostasia uterina
pode ser comprometida, levando a perdas
sanguíneas significativas. Isso porque, nessa
situação de desequilíbrio, os períodos de
contração e relaxamento miometrial (fase de
indiferença miouterina) são prolongados, de
maneira que alimentam a perda sanguínea.
 Após o parto normal é comum que mulher
sinta que a vagina está mais larga que o
normal, além de sentir um peso na
região íntima. No entanto, a musculatura do
assoalho pélvico volta ao normal após o
parto, de forma que a vagina permanece com
o mesmo tamanho de antes e durante a
gestação, não havendo "alargamento".
 Após o nascimento do bebê, a mulher passa
por um período chamado resguardo, de 40 a
60 dias, em que a relação sexual não é
recomendada. O principal motivo é para que
o útero possa se recuperar completamente.
Após esse intervalo importante para a saúde
da mulher, o casal pode começar a pensar em
retomar à vida sexual.
Bons estudos!

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