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Secção II - Puerpério
Puerpério é o período que ocorre logo após o parto, também denominado de pós-parto.
Nesta fase, o corpo da mulher está em processo de recuperação da gravidez, sofrendo
uma séries de modificações físicas e psicológicas.
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Puerpério tardio: do 11° ao 42° dia do pós-parto. O corpo feminino ainda está
sofrendo alterações e o cuidado deve ser maior. Tanto o útero quanto a região
genital ainda está passando por mudanças para retornar ao seu estado natural.
Puerpério remoto: A partir do 43° dia do pós-parto. Mesmo após a mãe
começar a amamentar, ela tem modificações em seu corpo. No período
puerperal, a mulher não ovular. Entretanto, a partir do quadragésimo dia, ela
poderá se reproduzir novamente, sendo recomendado o uso de métodos
contraceptivos caso deseje evitar uma nova gravidez.
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que tenha filho sofre mudanças em sua vagina, pois ela tende a ficar mais
dilatada e inchada nos primeiros dias após o parto.
Sangramento vaginal: Parecido com a menstruação, os lóquios são um
corrimento vaginal formado por secreções uterinas e vaginais, sangue e
revestimento do útero. Sua duração é de cerca 15 dias, podendo se estender até 3
meses depois do parto. O corrimento é mais intenso nos primeiros 2 a 4 dias,
com cor de sangue, e vai diminuindo, ficando mais rosado até se tornar
esbranquiçado ou amarelado após 10 dias.
Incontinência urinária: É o desejo súbito de urinar, sem conseguir controlar
completamente o xixi, podendo passar na calcinha. A perda de controlo é
comum em mulheres que tiveram parto normal, mas pode aparecer também
naquelas que fizeram cesáreas. Esta situação dura cerca de 3 meses e pode ser
resolvida por meio de exercícios que tonificam a musculatura do períneo (região
onde estão localizados os órgãos genitais e ânus) ou fisioterapia.
Hemorroidas: Hemorroidas são veias dilatadas no ânus, podendo ser internas
ou externas. Causam dor e em alguns casos, até sangramento. Aparecem no
decorrer da gestação ou originam pela força exercida durante o parto.
Cicatriz da cesariana: 50% dos partos realizados no Brasil são cesáreas um
corte no abdómen e útero da mulher para retirar o bebé, devido a complicações
na gestação ou com o recém-nascido. Os pontos são retirados em 8 dias e a
incisão uterina cicatriza em torno de 6 semanas.
Menstruação: A volta da menstruação está sujeita à amamentação. Quando a
mulher estimula a produção de leite, o ciclo menstrual retorna por volta de 6
meses. Caso ela não amamente, a menstruação ressurge dentre 1 a 2 meses.
Relação sexual: Durante o resguardo, o sexo deve ser restrito, mas não
necessariamente evitado. A vida sexual pode ser retomada a partir do primeiro
mês depois do parto com a aprovação do obstetra. Contudo, neste intervalo de
tempo, a mulher ainda não está ovulando, provocando a falta de libido e estando
sujeita a infecções.
Emocional abalado: Grande parte das mamãs passa por um momento de
tristeza após o parto, episódio conhecido como baby blues, que atinge 15 em
cada 100 mulheres. Esta fase dura aproximadamente duas semanas e some
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sozinha. A nova mamãs passa por mudanças de humor, ataques de choro,
ansiedade e noites mal dormidas.
Além disso, durante a quarentena, a mãe passa por alterações hormonais, como já
citados acima, tornando-a mais sensível e sentimental.
A mãe pode se sentir insegura em relação aos cuidados necessários com o bebé e
consigo mesma nesta fase inicial. Especialistas desconhecem o motivo exacto que
desencadeia a doença, mas crêem que seja o conjunto de factores hormonais,
ambientais, psicológicos e genéticos.
Sem o devido tratamento, a depressão pode persistir durante meses ou até anos. O
distúrbio extremo pode originar a psicose pós-parto. Por isso, é essencial que o parceiro
e familiares estejam atentos e preparados para ajudá-la.
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prazer e a alegria da nova “função”. As chances de desenvolver a doença
aumentam no primeiro ano do bebé e nos pais de primeira viagem.
Deixe suas contas em dia: Ter dívidas aumenta muito o estresse. Por isso, se organizar
e deixar as contas em dias é fundamental. Além disso, poupar e ter uma reserva em
casos de emergências vai evitar possíveis transtornos.
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O médico irá analisar o condicionamento físico da mãe, amamentação e sangramento
vaginal, examinar a cicatrização e retirada dos pontos, além de poder tirar possíveis
dúvidas em relação ao estado puerperal.
2.5 Complicações
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Hemorragias: Hemorragias são frequentes no puerpério e surgem tanto pelo
parto normal quanto cesariana. Ocorrem durante as primeiras horas após o parto
e geralmente são externas, devido ao rompimento no canal do parto ou no útero,
contenção de fragmentos de placenta, contracção uterina escassa ou mudanças
na coagulação sanguínea.
Em casos específicos, pode ocorrer uma hemorragia interna, provocada pela ruptura de
um vaso sanguíneo gerado pela força realizada pela cabeça do bebé ao atravessar o
canal do parto. O sangue fica concentrado abaixo dos tecidos superficiais, ocasionando
uma dor na área e hematoma.
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Psicofármaco: Uso de medicamentos como antidepressivos, antipsicóticos e
estabilizadores do humor.
Psicoterapia: Neste tratamento, o psicólogo irá acompanhar a paciente
juntamente com seus familiares com a intenção de buscar um equilíbrio
emocional nesta nova realidade.
Uma das abordagens que pode ser utilizada é a terapia cognitivo-
comportamental, que analisa e modifica os pensamentos e emoções que a pessoa
tem de si mesma de forma distorcida e que são a causa de suas reacções
comportamentais disfuncionais, reestruturando estas percepções. A psicoterapia
pode ajudar, também, a descontinuar ou reduzir a dose do tratamento
farmacêutico, reduzindo a ameaça de uma recaída ou dos sintomas da depressão
pós-parto. Contudo, em casos mais graves ou recorrentes, não é recomendável
interromper a farmacoterapia.
Tratamentos hormonais: Podem ser receitados medicamentos a base de
estrogênio (harmónio encarregado pelo controle da ovulação e do
desenvolvimento de características femininas) sublingual e transdérmicos
(aplicação na pele). O tratamento equilibra a quantidade de harmónio, o que
diminui as variações de humor e consequentemente auxilia nos transtornos
psíquicos da mulher.
Eletroconvulsoterapia (ECT): Mulheres com alguns tipos de depressão, com
ideias suicidas ou em surtos psicóticos podem precisar de internação. A
eletroconvulsoterapia é usado quando a paciente não responde aos
medicamentos ou quando excede os efeitos colaterais dos mesmos.
O tratamento não tem nada a ver com o eletrochoque aplicado antigamente para fins de
tortura. São feitos disparos cadenciados cerebrais auto-limitados, que faz os
neurotransmissores (responsáveis por disseminar os impulsos nervosos do cérebro e
preservar o bem-estar) ficarem estáveis.
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2.7 Cuidados de Enfermagem
A mulher tem necessidades de atenção física e psíquica. Não deve ser tratada como um
número que corresponda ao seu leito ou enfermaria, e sim pelo nome, com respeito e
atenção. Nos momentos iniciais após o parto, a relação mãe-filho não está ainda bem
elaborada, portanto não se devem concentrar todas as atenções apenas à criança, pelo
risco de que isso seja interpretado como desprezo às suas ansiedades ou queixas. Deve-
se lembrar de que o alvo da atenção neste momento é a puérpera. A avaliação clínica
deve ser rigorosa, sendo os achados transcritos para o prontuário médico, de forma clara
e obedecendo a uma padronização.
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Abdómen: identificação de vísceras aumentadas e ou dolorosas, atenção à
involução uterina e à ferida cirúrgica, se o parto ocorreu por cesariana. É
necessário proceder à ausculta dos ruídos hidroaéreos.
Genitália: inspeccionar sistematicamente a região perineal, com atenção
especial aos lóquios. O achado de edemas, equimoses e hematomas implicam na
necessidade de aplicação de frio no local, com bolsa de gelo, nas primeiras 24
horas. A identificação de lóquios fétidos pode traduzir quadro infeccioso.
Membros: pesquisar sinais de trombose venosa profunda, principalmente o
relato de dores nos membros inferiores e edema súbito. Identificar o
aparecimento de sinais flogísticos.
2.8 Recomendação
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Secção III - Conclusão
Após das pesquisas feitas cheguei a concluir que o puerpério constitui-se como
momento de fragilidade, demandando dos profissionais de saúde um comprometimento
na avaliação e no cuidado dispensado durante este período à mãe, criança e família.
Neste estudo, destacaram-se a indissociabilidade do cuidado à mãe e à criança, o
aleitamento materno, o planejamento familiar e a morbimortalidade materna e infantil
como aspectos, especialmente, relevantes, merecedores de atenção no puerpério, na
perspectiva da integralidade, promoção da saúde e qualidade de vida.
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Bibliografia e Referência
Bibliografia
Referência
http://www.cordvida.com.br/blog/o-que-e-puerperio-entenda-e-saiba-como-
cuidar-da-mulher-no-pos-parto/
https://bebemamae.com/parto/puerperio-o-que-e-quanto-tempo-dura-e-cuidados
https://www.significados.com.br/puerperio/
http://www.saude.sp.gov.br/resources/ses/perfil/gestor/destaques/atencao-a-
gestante-e-a-puerpera-no-sus-sp/manual-tecnico-do-pre-natal-e-puerperio/
manual_tecnicoii.pdf
http://www.scielo.br/pdf/ean/v19n1/1414-8145-ean-19-01-0181.pdf
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