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COLÉGIO PIRÂMIDE

ADILENE ROSA DA SILVA RODRIGUES


ANGELA MARIA MENDES RIBEIRO
INGLITH THANMY GUIMARÃES OLIVEIRA
JARDÉLIA PEREIRA NUNES
JULIANA COSTA SOUZA RONILSON
FERREIRA DOS SANTOS SABRINA
VITAL PEREIRA
TALIELY OLIVEIRA SOUZA

MONTE FORMOSO-MG
2023
COLÉGIO PIRÂMIDE

CICLO MENSTRUAL E GRAVIDEZ

Trabalho solicitado pelo professor Yudiel


Hernandez Lora, com objetivo de
aproveitamento parcial das disciplinas de
ginecologia e obstetrícia do Curso
Técnico em Enfermagem do Colégio
Pirâmide.

Professor orientador : Yudiel Hernandez Lora

Monte Formoso-MG

2023
1. Introdução
A ginecologia é a área que cuida da saúde do aparelho reprodutor feminino e
mamas, acompanhando a mulher desde a infância até a terceira idade.A obstetrícia
lida com os fatores relacionados à reprodução humana, acompanhando a paciente
durante a gestação e pós parto. Ambas são importantes para uma saúde efetiva da
mulher. O trabalho em questão é de cunho bibliográfico e visa descrever
resumidamente a cerca do período menstrual, concepção e parto.

2. Desenvolvimento

Ciclo menstrual: Conceito

O ciclo menstrual é o termo utilizado para designar as transformações cíclicas que


ocorrem no útero, sendo também chamado de ciclo uterino. O ciclo menstrual tem
duração de cerca de 28 dias, entretanto, podem ocorrer variações, como ciclos de
20 a 40 dias.

Fonte:biologianet
O ciclo menstrual, também chamado ciclo uterino, tem duração média de 28 dias. O
ciclo menstrual é controlado pela ação de hormônios produzidos pela hipófise e
pelos ovários. A ação desses hormônios interliga o ciclo menstrual, responsável por
preparar o revestimento uterino para o estabelecimento de um embrião em uma
possível gestação, e o ciclo ovariano, que envolve o crescimento do folículo ovariano
e a ovulação.

Fases do ciclo menstrual

O ciclo menstrual inicia-se a partir do primeiro dia da menstruação e é controlado


pela ação dos hormônios produzidos pelos ovários, como veremos a seguir. No
entanto, para ficar mais claro, apresentaremos as fases do ciclo menstrual a partir
da fase proliferativa, encerrando com a fase menstrual, quando ocorre a
menstruação.

FASES MENSTRUAIS

Fonte:biologianet

O ciclo menstrual pode ser dividido em fase proliferativa, secretora e menstrual.


• Fase proliferativa: a ação do hormônio estradiol, produzido pelo folículo
em crescimento no ovário, estimula o espessamento da parede
uterina (endométrio).
• Fase secretora: assim que o folículo se rompe, liberando o ovócito, origina-se
o corpo-lúteo, que secreta estradiol e a progesterona, estimulando a manutenção e o
desenvolvimento da parede uterina, onde ocorrerá, por exemplo, o crescimento das
glândulas do endométrio, responsáveis por secretar um líquido que nutrirá o embrião
antes de ele se implantar na parede uterina.
• Fase menstrual: se nenhum embrião tiver sido implantado na parede uterina
até o final da fase anterior, o corpo-lúteo irá se desintegrar, o que ocasionará uma
queda na concentração dos hormônios ovarianos. A queda desses hormônios causa
a constrição das artérias da parede uterina, o que desencadeia a desintegração de
parte dessa parede, que é eliminada na menstruação.

Quando a mulher engravida, dois eventos são fundamentais

• Fertilização

Quando o casal tem relações no período fértil, os espermatozoides passam pelo colo
do útero com a ajuda do muco cervical, “nadando” em direção às tubas uterinas,
onde devem encontrar o óvulo liberado pelo folículo dominante. No sêmen ejaculado,
existem milhões de espermatozoides, mas muitos não sobrevivem no trajeto e
algumas centenas chegam ao óvulo, sendo que apenas um penetra a zona pelúcida
(camada externa) e faz a fertilização. O interessante é que esse período é muito
curto, pois o óvulo tem apenas 24 horas para ser fertilizado após a ovulação.

• Implantação

Após a fertilização, o embrião é formado e a tuba deve transportá-lo ao endométrio.


Neste trajeto que dura 5 dias, o embrião se divide em várias células e chega ao
útero numa fase conhecida como blastocisto, quando infiltra o endométrio e começa
a produzir as células que vão formar a placenta. Estas células produzem o βhCG
(gonadotrofina coriônica humana), que pode ser detectado por testes de gravidez.
Este hormônio mantém o corpo lúteo produzindo a progesterona, que ajuda a
manter a gestação.
Percebemos então que a concepção não é tão fácil como imaginamos e cerca de
15% dos casais podem ter dificuldades para engravidar naturalmente. Às vezes,
uma avaliação de um especialista com orientação para os dias mais férteis é o
suficiente para a mulher engravidar.
PRINCIPAIS HORMÔNIOS FEMININOS
Progesterona: Responsável por regular os ciclos menstruais, a progesterona
prepara o útero para receber o óvulo fertilizado. Desse modo, os níveis desse
hormônio aumentam após a ovulação. No caso de gravidez, a progesterona se
mantém alta para garantir o desenvolvimento das paredes do útero. Por outro lado,
quando não há fecundação, os ovários cessam a produção desse hormônio, levando
à descamação do útero e, consequentemente, à menstruação.

Estrogênio: Os principais estrógenos são o estradiol, estrona e estriol. São


produzidos no ovário, mas também podem ser produzidos pela placenta e ajudam a
regular o ciclo menstrual. A deficiência do estradiol indica a suspensão da
menstruação e a consequente menopausa. Além disso, os estrogênios também
atuam no desenvolvimento de características sexuais secundárias: crescimento de
mamas e distribuição da gordura corporal tipicamente feminina.

Testosterona: Embora seja mais alto nos homens, esse hormônio também é
produzido pelo organismo feminino. A testosterona ajuda a promover o crescimento
muscular e ósseo e a regular os níveis de energia e libido. Por outro lado, o excesso
desse hormônio pode provocar o desenvolvimento de características mais
masculinas, como excesso de pelos e voz mais grave.

Melatonina: Como visto, a melatonina é focada na regularização do sono. Isso


ocorre tanto direta quanto indiretamente, ao estimular a produção de outros
hormônios que também contribuem para a qualidade do sono. A regularização do
sono é especialmente importante para as mulheres, que podem enfrentar distúrbios
do sono em contextos específicos, como na gestação, depressão pós-parto, TPM e
pré-menopausa. Inclusive, a síntese dos hormônios sexuais ocorre em sintonia com
o ciclo adequado do sono. Logo, esse processo pode ter um melhor desempenho
com ajuda da melatonina, ao evitar a privação do sono. Além disso, a melatonina
também atua no ciclo hormonal e reprodutivo. Outra função da melatonina é regular
a função ovariana ao liberar gonadotrofinas. Ela ainda influencia a produção de
hormônios sexuais, como progesterona e estrogênio.

Cortisol: O cortisol é fundamental para que o organismo consiga ter reações


rápidas em situações de adrenalina. Por exemplo, se alguém tentar agredir você
fisicamente, é importante ter respostas ágeis para lidar com isso da melhor maneira.
Junto com isso, o hormônio também reduz a inflamação, regula a pressão arterial,
os níveis de açúcar no sangue e o funcionamento do sistema imune.

CONCEITO DE GRAVIDEZ
A gravidez é um momento muito especial, quando ocorre a gestação de um
novo ser. O período de cerca de nove meses de gestação da mulher, contados a
partir da fecundação e implantação de um óvulo no útero até o nascimento. Nesse
período além das transformações externas da mulher, seu organismo também passa
por diversas alterações fisiológicas que sustentam e preparam o feto para o parto. A
fecundação pode acontecer por via de relações sexuais ou métodos assistidos.

Após várias mitoses, o zigoto transforma-se no embrião e se implanta na


parede do útero, o que chamamos de nidação. É a partir da nidação que a gravidez
inicia e tem seu termino como nascimento do bebê. O tempo estimado de gestação
normal é de40 semanas ou 9 meses, contados a partir da última menstruação,
podendo se antecipar devido alguns problemas de saúde.

A descoberta da gravidez acontece sempre através do atraso menstrual. Para


mulheres sexualmente ativas, em idade reprodutiva e com ciclos menstruais
regulares, o ≥1 semana é uma evidência presumida de gestação.

DIAGNÓSTICOS DE GRAVIDEZ

Uma situação que sempre deixa qualquer mulher ansiosa é a possibilidade de


estar grávida ou não, contudo tal ansiedade pode ser resolvida, visto que existem
dois tipos de diagnóstico para a gravidez, sendo eles o clínico, que se baseia na
coleta de dados propedêuticos, ou seja, um conjunto de exames que visam chegar
em uma hipóteses de diagnóstico, e o laboratorial, considerado o mais eficaz, tendo
como base a detecção hormonal da gonadotrofina coriônica humana (hCG), na urina
ou plasma maternos. A dosagem do hCG é realizada por meio da coleta de sangue
em um laboratório de análises clínicas. Ele começa a ser produzido de 6 a 8 dias
após a fecundação do óvulo pelo espermatozoide. Conforme forem desenvolvendo o
embrião e a placenta maior quantidade de HCG será produzido e lançado na
circulação materna. Nas primeiras semanas de gestação, os níveis de hCG dobram
a cada 2 ou 3 dias, podem alcançar até mais de 250.000 mil/ml na décima semana,
momento esse o seu nível máximo. Os exames do hCG atuais detectam o hormônio
até uma semana antes do atraso do período menstrual. Porém, para evitar a
ocorrência dos falso-negativos sugere-se que esse exame seja feito após o atraso
da menstruação.

A tabela abaixo mostra como interpretar o resultado do hCG:

Valores do hCG Resultado

Abaixo de 5 mil/ml Negativo, ou seja, sem possibilidade de gravidez.

Indefinido, podendo significar que a gravidez está


muito recente. Nestes casos, deve-se repetir o teste
Entre 5 e 25 mil/ml
após três a cinco dias.

Acima de 25 mil/ml Positivo e indicam gravidez em curso.

Sinais Prováveis de gravidez:

• Amenorreia

• Náuseas e vômitos matutinos

• Modificações na forma e consistência do útero

• Aumento ou diminuição do apetite

• Sonolência

• Colostro

• Auréola secundária (Sinal de Hunter 20º semana)

• Tubérculos de Montgomery

• Pigmentação da linha Alba (Nigra)

• Aparecimento/aumento de varizes de MMII

• Seios inchados e dolorosa á palpação

• Aumento da frequência urinária (polaciúria)

• Sensibilidade urinária ao toque vaginal


Sinais de certeza da gravidez

•Palpação das partes fetais.

14° semanas

É possível realizar o Sinal de Puzos: também chamado de rechaço uterino. Durante


o exame bimanual faz-se um empurrão no fundo de saco vaginal posterior, o útero
desloca-se superiormente e depois empurra o dedo vaginal novamente.

•Percepção dos movimentos fetais


18° semanas
A percepção materna dos movimentos fetais inicia-se no 2.º trimestre da gravidez.
Nessa época se faz possível perceber os movimentos do feto que no começo são
poucos vigorosos mas que progridem com o decorrer da gravidez. Importante
lembrar que as primigestas em geral demoram mais a perceberem os movimentos
de seus fetos (18-21 semanas). Já nas seguintes entre (16-18 semanas).

•Ausculta dos BCF

20° a 21° semanas

A ausculta dos batimentos cardíacos do feto pode ser realizada com estetoscópio de
Pinard (após 20 semanas), ou Sonar Doppler (após 12 semanas). É considerada
normal a frequência cardíaca fetal entre 120 a 160 batimentos por minuto.

• Diagnóstico Hormonal

O diagnóstico Hormonal é baseado na identificação sanguínea ou na urina do


hormônio Gonadotrofina coriônica Humana (HCG).

• Diagnostico ultrassonográfico
A realização do ultrassom na gravidez tem objetivos específicos para cada fase e é
comum que seja realizado pelo menos um exame a cada trimestre de gestação.
O ultrassom obstétrico analisa o crescimento e o peso do bebê. Além do
funcionamento e posição da placenta. Também descarta formações de diagnóstico
tardio, como por exemplo a hidrocefalia. Realizando o exame, é possível ouvir os
batimentos cardíacos e observar os movimentos do embrião.

Primeiro
trimestre

Nessa primeira fase da gravidez, o ultrassom transvaginal ou endovaginal é o mais


comum, sendo realizado entre a 7ª e 8ª semana de gestação. Para melhor
avaliação, o transdutor é introduzido pela vagina da gestante, o que permite
visualizar os órgãos dentro da cavidade pélvica.

O exame permite:

• Descobrir o tempo da gestação – já que nem sempre a data da concepção


coincide com o da ovulação estimada;

• Avaliar se a placenta é normal para a continuidade da gravidez;

•Visualizar se a gravidez é eutópica, ou seja, se o embrião está alojado dentro do


útero;

• Acompanhar o crescimento e o batimento cardíaco do bebê.

•Além disso, o ultrassom na gravidez também ajuda a descartar a possibilidade de


aborto espontâneo, principalmente para as mulheres que já apresentaram
dificuldades ou complicações em outras gestações.

Segundo trimestre

Já no segundo trimestre, é realizada a ultrassonografia morfológica. Para a sua


realização, o transdutor é deslizado sobre a barriga da gestante com a ajuda de um
gel. Realizado entre a 18ª e 24ª semana de gestação, esse exame é o que permite o
diagnóstico de malformação do feto com maior precisão.

É pelo o ultrassom morfológico que é possível:


• Geralmente, saber o sexo do bebê;

•Avaliar a estrutura do feto já que, nessa fase, os seus órgãos e todas as


estruturas internas estão bem formadas;

• Analisar as condições da placenta e do líquido amniótico;

•Obter o diagnóstico de placenta prévia, quando a abertura do colo uterino se


encontra bloqueada e, assim, é preciso realizar cesariana;

•Visualizar o comprimento do colo uterino e prever se há risco de parto


prematuro.

Outra importante condição muito comum a ser avaliada através do exame é o risco
de pré-eclâmpsia e, para isso, o doppler das artérias verifica se as duas artérias da
mãe que nutrem o bebê estão em bom funcionamento.

Terceiro trimestre

Se aproximando do momento da chegada do bebê, nessa última fase já é possível


vê-lo e avaliá-lo por completo no monitor. O ultrassom obstétrico é realizado,
geralmente, na 34ª semana de gestação, também por via abdominal. Com ele, é
possível:

• Avaliar as condições da placenta e a quantidade de líquido amniótico;

•Analisar se o crescimento e desenvolvimento do bebê estão adequados, como peso


e altura;

•Visualizar a sua posição dentro do útero – que tem grande importância na escolha
do tipo de parto.

O exame também ajuda no acompanhamento de gestante já diagnosticadas com


quadros de placenta prévia e diabetes gestacional.

Gravidez ectópica

A gravidez ectópica é caracterizada pela implantação e desenvolvimento do embrião


fora do útero, podendo acontecer nas trompas, ovário, colo do útero, cavidade
abdominal ou cerviz.
O surgimento de dor abdominal intensa e perda de sangue pela vagina,
principalmente no primeiro trimestre de gestação, pode ser indicativo de gravidez
ectópica.

É importante que se saiba exatamente o local em que o embrião está, pois assim é
possível que o tratamento mais adequado seja determinado, uma vez que quando
está na cavidade abdominal a gravidez pode continuar, apesar de ser uma situação
rara e delicada.

Gravidez ectópica: embrião se desenvolvendo na trompa

• Sintomas da gravidez ectópica

Os sintomas de gravidez ectópica surgem à medida que o embrião desenvolve- se


fora do útero. O principal local de implantação do embrião fora do útero é as tubas
uterinas, também chamadas de trompas, que podem romper com o crescimento do
embrião, resultando em alguns sintomas, sendo os principais
Dor abdominal intensa, somente de um lado da barriga;
Sangramento vaginal irregular, especialmente entre a 5º e 14º semana de gestação;
Sensação de peso na vagina; Forte dor à palpação do útero; Abdômen inchado;
Exame Beta HCG geralmente é negativo.
No caso da gravidez fora do útero, mas sem sinais de ruptura das trompas, os
sintomas podem ser:
Dor ou desconforto abdominal;
Sangramento vaginal após a última menstruação;
Forte dor à palpação do útero;
Dor durante o contato íntimo ou durante o exame pélvico;
Exame Beta HCG geralmente é positivo.
Em caso de suspeita deve-se ir imediatamente para o hospital para que o médico
faça uma ultrassonografia que poderá confirmar a gravidez ectópica e indicar o
tratamento mais adequado para solucionar o problema. A melhor forma de saber se
o embrião está se desenvolvendo fora do útero é através da ultrassonografia
realizada pelo médico porque nem sempre o exame Beta HCG dá resultado positivo.
Até quando pode ser gravidez ectópica.

A gravidez nas trompas ou nos ovários pode se desenvolver até as 14 semanas de


gestação, e caso isso aconteça não é possível salvar a vida deste embrião pois não
existem medicamentos, nem procedimentos que possam deslocar o embrião das
trompas para o útero. Quando a gravidez ectópica se desenvolve em outros locais
que não seja nas trompas, como na cavidade abdominal ela pode ser descoberta
mais tarde, mas sempre através do ultrassom.

Probabilidade de gestação ectópica


A gravidez ectópica é uma situação pouco frequente, porém mulheres que tiverem
uma gravidez ectópica anterior, possuem alterações na tuba uterina e/ ou histórico
de endometriose, tiveram alguma infecção sexualmente transmissível ou já tiveram
doença inflamatória pélvica, apresentam maior risco de ter a implantação do embrião
fora do útero.
Além disso, mulheres que já tiveram um aborto, já realizaram laqueadura tubária,
fazem uso de DIU (Dispositivo Intrauterino) ou fizeram fertilização in vitro,
apresentam risco aumentado de gravidez ectópica.

Tipos de gravidez ectópica:

A gravidez ectópica é uma condição rara em que o embrião pode ser implantado em
vários locais do corpo, como trompas, ovário, cavidade abdominal ou cerviz, que é
quando o feto cresce no colo do útero. Os tipos de gravidez ectópicas menos
comuns são:
Gravidez ectópica intersticial: Ocorre quando o embrião se desenvolve no segmento
intersticial da tuba. Nesse caso há aumento do Beta HCG e o tratamento
normalmente é feito com os remédios e cloreto de potássio, em várias doses;
Gravidez cervical: É quando o embrião se desenvolve no colo do útero, podendo
gera hemorragia intensa. O tratamento pode ser feito com embolização, curetagem
ou injeção local de metotrexato, por exemplo;

Gravidez ectópica na cicatriz da cesárea: É muito rara, mas pode acontecer, sendo
preciso tratamento com remédios metotrexato e ácido folínico, durante cerca de 1
semana;

Gravidez ovariana: Por vezes ela só é descoberta durante a curetagem e por isso
não é usado o metotrexato;

Gravidez heterotópica: É quando o embrião se desenvolve entre o útero e a trompa,


mas geralmente só é diagnosticada depois do rompimento da tuba e por isso o
tratamento mais usado é a cirurgia.

Além destes tipos, existe ainda a gravidez ectópica abdominal, que é quando o bebê
se desenvolve no peritônio, entre os órgãos. Essa é uma condição muito rara e cada
caso deve ser avaliado individualmente. Esta é uma gravidez complicada porque
como o crescimento do bebê, os órgãos da mãe vão sendo comprimidos e os vasos
sanguíneos podem ser rompidos, sendo potencialmente fatal. No entanto, há relatos
de mulheres que conseguiram que o bebê chegasse às 38 semanas de gestação,
sendo realizada uma cesariana para o nascimento.

Como é feito o tratamento:

O tratamento para gravidez ectópica deve ser orientado por um obstetra, porque
depende da exata localização do embrião, mas pode ser feito com o uso de
remédios para promover o aborto ou cirurgia para retirada do embrião e
reconstrução da tuba uterina, por exemplo.
Em alguns casos, quando a gravidez ectópica é descoberta antes das 8 semanas de
gestação, e o embrião é muito pequeno, o médico pode indicar a toma de
medicamento chamado Metotrexato para induzir o aborto, mas quando a gravidez
está mais avançada, deve ser realizada uma cirurgia para sua retirada.

Riscos da gravidez ectópica:

O principal risco associado à gravidez ectópica é a hemorragia, que pode colocar a


vida da mulher em risco, principalmente no primeiro trimestre da gestação, o que
normalmente está relacionado com o rompimento de vasos sanguíneos devido ao
desenvolvimento do embrião. Além disso, como consequência do sangramento
intenso, a mulher pode apresentar anemia profunda, diminuição da pressão arterial e
aumento da frequência cardíaca
Gravidez múltipla ou gemelar: conceito

A gravidez gemelar, ou múltipla, acontece quando mais de um bebê é gerado


simultaneamente. Muitos são os fatores que aumentam a possibilidade desse tipo de
gestação: histórico de gêmeos na família, gestação após os 35 anos, fertilização in
vitro e gestações gemelares prévias.

Além dos cuidados necessários de toda gestação, como alimentação balanceada,


consultas de pré-natal regulares e a prática de atividades físicas, a gravidez gemelar
demanda um acompanhamento pré-natal mais rigoroso, incluindo exames mais
frequentes tanto da mãe quanto dos bebês.

A gravidez gemelar acontece quando o ovário libera mais de um óvulo e cada um


deles é fecundado por um espermatozoide (gêmeos não idênticos ou bivitelinos) ou
então quando apenas um óvulo é fecundado por um espermatozoide e se divide,
originando dois embriões (gêmeos idênticos ou univitelinos).

Em razão de mudanças hormonais que ocasionam a liberação de mais de um óvulo


por mês, a chance de ocorrer gravidez gemelar é maior em mulheres com mais de
35 anos. Além disso, a probabilidade de gestar gêmeos aumenta também quando
são usadas técnicas de reprodução assistida (indução da ovulação, inseminação
artificial, fertilização in vitro).

Tipos de gestação gemelar:


A gravidez gemelar acontece de duas formas: a mais comum é quando mais de um
óvulo é liberado no ciclo e cada um deles é fecundado por um espermatozoide.
Assim, são gerados os gêmeos não idênticos ou bivitelinos, que podem ser de sexo
diferente. A outra forma de ocorrer a gravidez gemelar é quando um óvulo
fecundado se divide e origina dois ou mais embriões. Eles possuem a mesma carga
genética, sexo e características físicas.
Dicoriônica e diamniótica: nesse caso, são duas placentas e duas bolsas amnióticas.
A chance de os bebês serem idênticos é em torno de 10%. Essa é a gravidez
gemelar mais comum.
Monocoriônica e diamniótica: aqui, os bebês dividem a mesma placenta, porém, têm
bolsas amnióticas separadas. Os bebês são sempre idênticos.
Monocoriônica e monoamniótica: é quando os bebês dividem a mesma placenta e a
mesma bolsa amniótica. Os bebês também são sempre idênticos. Essa é a gravidez
gemelar menos comum.

A gestação de gêmeos é uma condição que requer atenção e cuidados redobrados.


Sabe-se, por exemplo, que o risco de os bebês nascerem prematuros é maior. Por
isso, o pré-natal, que já é fundamental na gestação de um só bebê, tem uma
importância ainda maior. São necessárias consultas e exames mais frequentes para
acompanhar a saúde da mãe e dos bebês.

Pré-natal da gravidez gemelar.

Durante esse período, a gestante terá orientação sobre alimentação adequada,


prevenção e cuidados com a saúde em geral, a forma correta de praticar
exercícios físicos e todos os aspectos práticos de uma rotina de gestante.
Serão realizados, também, ultrassonografias em intervalos menores
(preferencialmente por médicos especialistas), bem como outros exames com o
intuito de avaliar o crescimento e desenvolvimento dos fetos.

Parto gemelar

O tipo de parto a ser indicado para o nascimento de gêmeos dependerá da


avaliação médica, considerando muitos fatores. Entre eles, a posição dos bebês, a
idade gestacional e como a gravidez está evoluindo. No entanto, há chance maior de
indicação de cesariana, uma vez que pode haver riscos relacionados com o parto
normal. Portanto, essa avaliação será feita caso a caso pelo médico obstetra.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICA

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menstrual.htm

https://avidaplena.com.br/sou-unica-sou-muitas/corpo-e-
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https://conceitos.com/gravidez/
PINHEIRO, P. Diagnóstico de Gravidez (testes confiáveis). MD.Saúde.
https://www.mdsaude.com/gravidez/diagnostico-teste-de-gravidez/

Fonte: Rezende, Obstetrícia Fundamental/ Carlos Antonio Barbosa


Montenegro, Jorge de Rezende Filho. – 12.ed. – Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2011

https://pebmed.com.br/?s=Sinais+de+certeza+da+gravidez
https://
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https://www.clinicaceu.com.br/blog/ultrassom-na-gravidez-em-cada-trimestre/
https://www.tuasaude.com/sintomas-de-gravidez-ectopica/
https://maternidadebrasilia.com.br/pt/sobre-nos/blog/gravidez-gemelar-tudo-o-
que-voce-precisa-saber-sobre-a-gestacao-de-gemeos

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