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Ciclo Ovariano

Alunas: Ana Clara Marques, Bianca Lopes, Lívia Mendonça

A ovulação consiste na liberação pelo ovário, de um ovócito já maduro, ou seja, que já


pode ser fecundado. O ciclo ovariano é observado nos ovários e seu evento marcante é
a ovulação e liberação do ovócito. A cada ciclo, folículos se desenvolvem, porém,
geralmente apenas um deles se torna maduro.

Hormônios envolvidos
O ciclo ovariano se inicia com a liberação do hormônio liberador de gonadotrofina
(GnRH). Esse hormônio se responsabiliza por estimular a liberação do hormônio
folículo estimulante (FSH) e hormônio luteinizante (LH) através da adeno-hipófise. O
FSH e LH vão ser responsáveis pelo crescimento e amadurecimento do folículo. O
estradiol também é liberado de forma cíclica no ciclo menstrual, ele atua no
crescimento de órgãos reprodutivos. Os hormônios sexuais femininos, estrogênio e
progesterona também fazem parte do ciclo ovariano, sendo responsáveis pela
estimulação das mamas e útero a se prepararem para uma possível fecundação.

Fases do ciclo
O ciclo é dividido nas seguintes fases:
► Folicular: antes da liberação do óvulo
► Ovulatória: liberação do óvulo
► Lútea: depois da liberação do óvulo
O ciclo se inicia no primeiro dia de menstruação, demarcado pelos baixos índices de
estrogênio e progesterona. Sendo assim, o endométrio passa a ser menos irrigado, o
que acarreta na sua descamação.
Quando as células do folículo começam a crescer, é liberado o estradiol durante a fase
folicular, consequentemente, o aumento dos níveis de FSH e LH, caracterizando essa
fase pelo crescimento do folículo e amadurecimento do ovócito.
O aumento de LH provoca o amadurecimento do óvulo, que depois é liberado e se
encaminha para as tubas uterinas, demarcando a fase ovulatória. Os hormônios
testosterona e estrogênio também estão em alta, período em que a mulher entra no
período fértil, que ocorre de 2 a 3 dias antes e de 2 a 3 dias depois da ovulação. Nessa
fase o estrogênio e LH fazem com que o muco cervical fique mais espesso e elástico,
facilitando a locomoção do espermatozóide no útero.
Na fase lútea, o LH estimula o tecido folicular do folículo que se rompeu formando o
corpo lúteo. Ele é responsável pela síntese de estrogênio e progesterona, que ajudam
na implantação do embrião. Essa fase dura em média 14 dias.
O óvulo permanece nas tubas uterinas de 24 a 36 horas, se o óvulo for fecundado, o
mesmo se torna um embrião e passa a produzir o hormônio HCG (gonadotropina
coriônica), mantendo o corpo lúteo e a produção de progesterona. Se caso não ocorrer
a fecundação, o índice de LH diminui, o corpo lúteo decresce e forma uma massa
tecido cicatricial chamada de corpo albicans. Sendo assim, os níveis de estrogênio e
progesterona também caem, e o endométrio começa a descamar, provocando a
menstruação novamente.

Métodos contraceptivos com hormônio


•Pílulas contraceptivas oral combinada
Existem três tipos de pílulas com diferentes combinações de hormônios. O primeiro é o
anticoncepcional oral de combinação cíclica (AOC). As pessoas que usam esta pílula
conforme prescrito, têm sangramento mensal que imita uma menstruação. O segundo
tipo é a pílula AOC de uso prolongado. Quando tomada de acordo com as instruções, o
sangramento parecido com a menstruação é reduzido. Há também a pílula à base
somente de progesterona, que não contém estrogênio. O uso de pílulas
anticoncepcionais não é recomendado para mulheres fumantes, ou com pressão
arterial elevada, histórico de câncer de mama. O melhor tipo de pílula para cada
paciente deve ser indicado por um ginecologista.

•Adesivos cutâneos com hormônios e Anel vaginal


O adesivo é semelhante à pílula por conter estrogênio e progesterona. Ao contrário da
pílula, que deve ser tomada em doses diárias, o adesivo é feito de um plástico fino que
é colocado na pele das nádegas, braço, abdômen ou parte superior do tronco e libera
hormônios pela pele. O adesivo deve ser colocado sobre a pele limpa e seca e deve ser
substituído semanalmente. Normalmente, o adesivo é usado por três semanas
consecutivas, seguidas de uma semana sem adesivo.
O anel distribui estrogênio e progesterona através de um pedaço circular de plástico
que é inserido na vagina. Geralmente, o anel é inserido e deixado dentro da vagina por
três semanas, seguido de uma semana sem o uso do anel. Algumas vantagens do anel
incluem o rápido retorno à fertilidade para pessoas que desejam engravidar, a
conveniência da inserção semanal e a capacidade de removê-lo por um breve período
de tempo (3 horas) sem comprometer sua eficácia.
•Contraceptivo hormonal injetável
Uma versão comumente usada desse contraceptivo contém apenas o acetato de
medroxiprogesterona do depósito de progestina e é administrada a cada três meses. A
injeção é reversível, mas o retorno à fertilidade pode demorar até que o efeito da
última injeção passe. Algumas pessoas gostam da injeção porque há uma opção sem
estrogênio disponível, pode ser tomada apenas a cada um a três meses e não requer a
cooperação de parceiros sexuais. Alguns outros benefícios incluem sangramento
ausente ou leve, redução de cólicas e sintomas da TPM, redução da dor na
endometriose e diminuição do risco de doença inflamatória pélvica (PID) e câncer de
endométrio e ovário.

•Implante contraceptivo
O implante hormonal é a forma mais eficaz de controle da natalidade hormonal. O
implante é uma haste fina que é inserida sob a pele no braço. Ele tem duração de três
anos e, findo este prazo, um novo implante pode ser inserido novamente em uma
clínica ou consultório. O implante contém somente progesterona e não contém
estrogênio. As vantagens potenciais incluem a conveniência desse método, que
permite às pessoas que o usam não precisarem pensar nele diariamente, sua aparência
discreta, a redução da dor menstrual e a rápida reversibilidade. Por ser eficaz por três
anos, o implante é econômico. Em pesquisas, menos de 20% das pessoas remove o
implante precocemente devido a efeitos colaterais.

•DIU hormonal
O DIU é um pequeno implante em forma de T inserido no útero. Ele deve ser inserido
por um profissional de saúde em um procedimento em consultório. O DIU é altamente
eficaz, não contém estrogênio, é um método conveniente, discreto, rapidamente
reversível, duradouro e com altos índices de satisfação entre as pessoas que o utilizam.
Também reduz a dor e o sangramento menstrual e pode oferecer proteção contra a
doença inflamatória pélvica (DIP). Os DIUs hormonais vêm com doses diferentes de
hormônios e a duração de seu uso varia de três a sete anos com base na dose. Algumas
desvantagens potenciais incluem alterações imprevisíveis na menstruação, cólicas no
momento da inserção e algumas preocupações com o ganho de peso.

•Preservativo feminino
Conhecido como camisinha feminina é um contraceptivo inserido na vagina antes da
penetração do pênis, para impedir a entrada do esperma no útero. O preservativo é
pré-lubrificado com silicone, porém, outros lubrificantes, à base de água, podem ser
usados, para melhorar o desconforto e o ruído que o preservativo feminino pode
causar. Além disso, esse é um método que reduz o risco de contrair doenças
sexualmente transmissíveis.

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