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Pílula combinada
Quando se fala de pílula, na maior parte dos casos está a falar-se de pílula
combinada. Tem esta designação por combinar o estrogénio e a progesterona em
pequenas quantidades. Geralmente é tomada durante 3 semanas, seguidas de uma
semana de intervalo, durante a qual se dá a menstruação. Já existem pílulas cuja
embalagem permite uma toma contínua de forma e diminuir os enganos no dia de
recomeçar. Recomenda-se que seja tomada sempre à mesma hora, ainda que atrasos
até 12 horas não afetem a sua eficácia. Quando os atrasos são maiores, é importante
recorrer temporariamente a outro contracetivo, nomeadamente ao preservativo.
Vantagens
99,9% eficaz se tomada corretamente;
Regula os ciclos e diminui a intensidade do fluxo menstrual;
Diminui ou mesmo elimina as dores menstruais.
Desvantagens
É desaconselhável a fumadoras com mais de 35 anos;
Formalmente contraindicada em doentes hepáticas graves, em mulheres com
elevado risco cardiovascular (hipertensas não controladas, diabéticas) e com
risco tromboembólico aumentado;
Perde eficácia quando há problemas gastrointestinais;
Pode causar hemorragias entre as menstruações.
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Pílula sem estrogénio
Contém apenas uma pequena quantidade de um progestagénio. É
recomendada a mulheres em fase de aleitamento ou que sofram de efeitos
secundários associados ao estrogénio. É tomada todos os dias, sem
interrupções, o que ajuda a evitar esquecimentos. Recomenda-se que seja
tomada sempre à mesma hora de forma a garantir a sua eficácia e a minimizar
as irregularidades do ciclo.
Vantagens
99,5% eficaz se tomada corretamente;
Diminui a intensidade do fluxo menstrual.
Desvantagens
É desaconselhável em mulheres com doenças hepáticas graves, em casos de
doença cardíaca isquémica, acidentes vasculares cerebrais (AVC), e
episódio agudo de tromboembolismo;
Perde eficácia quando existem problemas gastrointestinais;
Pode causar hemorragias entre as menstruações, retenção hídrica e acne.
Adesivo
É colado à pele e liberta estrogénio e progestativo, que passam através da pele e são
absorvidos pela corrente sanguínea. Funciona de modo semelhante à pílula
combinada. O adesivo deve ser posto sobre a pela limpa e seca da barriga, das
nádegas ou da parte superior do corpo com exceção das mamas. Todos os dias se
deve verificar se as extremidades continuam bem coladas. O adesivo substitui-se de 7
em 7 dias, usando-se durante 3 semanas, seguidas de uma semana de intervalo,
durante a qual ocorre a menstruação.
Vantagens
99,9% eficaz;
Tem todas as vantagens associadas aos contracetivos orais;
Não perde eficácia quando há problemas gastrointestinais nem altera a eficácia
de outros fármacos como os antiepiléticos;
Funciona bem em pessoas com síndromas de má absorção intestinal;
Vantajoso para pessoas menos disciplinadas.
Desvantagens
O adesivo é visível;
Está desaconselhado em todos os casos acima descritos em que a
contraceção hormonal não deve ser utilizada;
Pode provocar irritações na pele;
Menos eficaz em mulheres com mais de 90 kg.
Anel
Trata-se de um anel flexível e macio, de pouco mais de 5 cm de diâmetro, que
é introduzido na vagina e liberta hormonas. As hormonas são absorvidas
diretamente através das paredes da vagina, o que permite que as doses
hormonais sejam mais baixas que as da pílula ou do adesivo. É introduzido
como um tampão e deve ser retirado depois de três semanas. Um novo anel
deve ser introduzido exatamente uma semana mais tarde. Na semana de
intervalo ocorre a menstruação.
Vantagens
99,9% eficaz;
É fácil de usar;
Só se põe uma vez por mês;
Baixa dose de hormonas;
As vantagens são em tudo idênticas às do adesivo.
Desvantagens
Está desaconselhado em todos os casos acima descritos em que a
contraceção hormonal não deve ser utilizada;
Muito raramente há a sensação da presença de um corpo estranho.
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Implante
O implante, de plástico flexível, tem cerca de 4 cm de comprimento e 2 mm de
espessura. É colocado pelo médico debaixo da pele, geralmente do braço, usando um
anestésico local. Contém progestativo e é eficaz durante três anos.
Vantagens
99,9% eficaz independentemente do perfil da utilizadora. A sua eficácia é
comparável à esterilização cirúrgica;
Só precisa de ser mudado de 3 em 3 anos;
Pode ser utilizado nos casos em que os estrogénios estão contraindicados;
Não perde eficácia quando existem problemas gastrointestinais;
Não se nota.
Desvantagens
A menstruação tende a ficar mais irregular;
As contraindicações são sobreponíveis às das pílulas só de estrogénios.
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A pílula do dia seguinte (contraceção de emergência) é o único método que pode ser
utilizado após a relação sexual para prevenir a gravidez não desejada.
A pílula do dia seguinte deve ser tomada nas primeiras 48 horas após a relação sexual
e apenas quando o método contracetivo habitual falha ou foi esquecido.
A eficácia é tanto maior quanto mais precocemente for tomada a pílula.
dor de cabeça
náuseas
vómitos
fadiga
Após alguns dias podem surgir dor nas mamas, uma pequena hemorragia vaginal e
antecipação da menstruação.
A pílula do dia seguinte deve ser tomada dentro das 72 horas após as relações
desprotegidas e no máximo até ao 5º dia, sendo que quanto mais cedo for tomada,
maior a sua eficácia.
Estes métodos contracetivos podem ser eficazes apenas para prevenir a gravidez, mas
não previne as IST’s, como tal deve ser conjugado com outros métodos contracetivos
mais propriamente os de barreira.
https://www.lusiadas.pt/blog/prevencao-estilo-vida/saude-sexual/pilula-10-factos-saber
https://www.sns24.gov.pt/tema/saude-sexual-e-reprodutiva/pilula-do-dia-seguinte/
https://www.lusiadas.pt/blog/prevencao-estilo-vida/saude-sexual/metodos-contracetivos-
vantagens-desvantagens