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1. O que são?
-(introdução do tema “o que é”) Para abordarmos os métodos
contracetivos hormonais temos de perceber primeiro no que
consistem. Pelo nome percebemos que são métodos reversíveis
para a prevenção da gravidez à base de formas sintéticas de
hormonas femininas: o estrogénio e a progesterona. Assim,
podemos dividir os métodos contracetivos hormonais em dois
grupos: contraceção hormonal combinada (CHC) e a contraceção
progestativa (CP).
- (CHC explicação) A contraceção hormonal combinada consiste na
associação de estrogénios e progestativos. O progestativo é o
principal responsável pelo efeito contracetivo e o estrogénio pelo
controlo do ciclo. (composição) Devido à sua elevada potência sob o
ponto de vista biológico, o Etinilestradiol (EE) é um estrogénio
sintético utilizado na maioria dos contracetivos hormonais
combinados. No entanto, a dose administrada tem sofrido uma
redução progressiva, atualmente variando entre 15 e 35 µg, visto
que a sua concentração está relacionada com os riscos e os efeitos
adversos que CHC’s podem causar.
O valerato de estradiol e o estradiol são outros tipos de estrogénios
sintéticos que têm vindo a ser comercializados em Portugal.
Os progestativos comercializados atualmente em Portugal são os
seguintes:
Diferentes Métodos:
Anel Vaginal: O anel vaginal consiste num anel de textura suave, flexível,
transparente, com 5 cm de diâmetro, que a mulher insere na vagina. A
colocação é simples e fácil, sendo que é apenas necessário empurrar o
anel com os dedos até ao interior da vagina. Dada a sua textura e
flexibilidade, desliza facilmente e permite que a mulher não o sinta na
parte superior da vagina. Caso haja desconforto com o anel, aconselha-se
a empurrá-lo um pouco mais para o interior da vagina.
O anel vaginal é um método contracetivo hormonal combinado de
utilização mensal. Os estrogénios e progesteronas são libertadas
diariamente (e regularmente) do anel, para a corrente sanguínea através
das paredes da vagina.
O anel é introduzido pela mulher onde permanece durante 3 semanas.
Passado este tempo, a mulher deve retirá-lo no mesmo dia da semana e,
aproximadamente à mesma hora em que foi colocado. Por exemplo, se a
mulher colocou o anel vaginal numa 2ª feira, por volta das 11 horas,
deverá retirá-lo passado 3 semanas, também numa 2ª feira, por volta das
11 horas. O anel pode ser removido prendendo o dedo indicador no bordo
do anel ou agarrando o anel entre os dedos indicador e médio e puxando
o anel para fora. Durante a 4ªsemana ocorre um período de pausa onde
surge a hemorragia de privação, ou seja, a menstruação. Após esta
semana sem o anel, deverá ser colocado um novo anel (no mesmo dia da
semana em que foi removido e, aproximadamente, à mesma hora).
-Vantagens
A sua utilização não exige um compromisso diário, diminuindo a
probabilidade de esquecimento;
Não é ingerido, sendo uma boa opção para mulheres com distúrbios
do sistema digestivo, por isso vómitos e diarreias não interferem
com a sua eficácia;
A fertilidade regressa a partir do momento que é retirado;
Não interfere com as relações sexuais;
A sua eficácia não é interferida por outros medicamentos,
nomeadamente alguns antibióticos.
É importante ressaltar que o anel não sai da vagina, a não ser que seja
expelido ou retirado. A expulsão do anel acontece apenas em situações
específicas, como por exemplo com a sua má colocação ou durante as
relações sexuais. Caso saia da vagina, pode ser lavado apenas com água
fria e introduzido novamente. É importante referir que o anel não pode
estar mais de 3 horas fora da vagina, uma vez que perde a sua eficácia.
Além disso, o canal de ligação entre a vagina e o útero tem apenas 1mm
de diâmetro, pelo que o anel não consegue passar por este canal.
Contraceção progestativa subcutânea- O implante subcutâneo é um
contracetivo hormonal progestativo, reversível de longa duração, para
utilização de 3 anos, mas com eficácia demonstrada para 5 anos. Consiste num
pequeno tubo de silicone, com cerca de 3cm de comprimento e 2 mm de
diâmetro . O implante deve ser sempre colocado por um ginecologista após
anestesia no terço médio da face interna do antebraço não dominante, por
exemplo, se forem destros teriam de colocar o implante no braço esquerdo,
debaixo da pele, com a ajuda de um aparelho semelhante a uma injeção. É
introduzido no braço da mulher entre o 1º e 5º dia do ciclo menstrual e atua
libertando hormonas na corrente sanguínea, sendo um processo contínuo e lento.
É dado um cartão com os dados da utente e da validade do implante que deverá
ter sempre consigo. O novo implante poderá ser inserido após a remoção do
implante anterior através de um pequeno corte na pele sobre anestesia.
Vantagens:
Método de longa duração (3 anos);
Dose hormonal em circulação reduzida;
Não interfere nas relações sexuais;
Não necessita de controlo diário;
Seguro e eficaz na amamentação;
O retorno da fertilidade ocorre rapidamente após a remoção do
implante;
O processo de inserção e remoção do implante é relativamente fácil e
rápido.
Desvantagens:
Pílula:
O que é: A contraceção hormonal oral é um comprimido que possui
hormonas sexuais sintéticas.
As pílulas diferenciam-se umas das outras pela dosagem e pelo tipo de
hormonas que as constituem, podendo ser um combinado de hormonas
ou unicamente constituídas por progesterona.
Existem diversos tipos de pílulas, de forma a se adaptarem da melhor
forma às diferentes mulheres, daí a necessidade da indicação e concelho
por parte de um profissional de saúde, tendo em conta a idade e a sua
história clínica permitindo assim identificar a pílula mais adequada ao seu
organismo.
A pílula combinada nas suas formas mais comuns, deve ser tomada
diariamente em contínuo.
É possível também tomar a pílula de forma contínua (sem pausa de hormonas e sem
placebo).
A contraceção hormonal oral pode se dividir em:
A pílula monofásica (todos os comprimidos têm a
mesma dosagem);
A pílula bifásica (comprimidos com duas dosagens diferentes);
A pílula trifásica (comprimidos com três dosagens)
A pílula multifásica tem combinação de hormônios com diferentes dosagens conforme
a fase do ciclo reprodutivo. Essas pílulas causam menos efeitos adversos e são
apresentadas em cores diferentes, para diferenciar a dosagem e o ciclo. A sequência
na cartela deve ser respeitada.
-Como usar:
A pílula é um método contracetivo oral logo a administração do mesmo é relativamente
simples e muitas vezes mais pratica em comparação aos outros métodos de contraceção.
COMBINADO
=>Dias: 21 dias de toma de comprimidos, seguidos de sete dias de pausa nos quais
surge a menstruação.
-Como atua:
A pílula anticoncecional combina estrógeno e progesterona para inibir a ovulação, impedindo a
libertação do óvulo. O remédio ainda atua para alterar o muco Endo cervical no endométrio,
evitando que os espermatozoides atinjam as trompas, onde ocorre a fecundação
-Vantagens:
Para além do elevado grau de segurança na prevenção da gravidez, a pílula
apresenta as seguintes vantagens:
Contraindicações
A pílula está contraindicada em situações de:
Gravidez;
Neoplasia hormonal dependente;
Hemorragia genital anormal sem diagnóstico conclusivo;
Tumor hepático ou doença hepática crónica;
Icterícia colestática na gravidez;
Riscos de AVC, doença arterial cerebral ou coronária; e
Mulheres como mais de 35 anos e fumadoras.
Náuseas e vómitos;
Alteração de peso;
Mastodinia – alteração da tensão e sensibilidade mamária;
Alteração do fluxo menstrual; e
Spotting – perdas de sangue ao longo dos primeiros ciclos de utilização
da pílula.
-Curiosidades:
Mesmo que o motivo principal da criação da pílula tenha sido a prevenção de gravidez, em
1957 ela foi aprovada como forma de tratamento para problemas menstruais severos. Dois
anos depois, meio milhão de mulheres começaram a usar a pílula por terem, supostamente,
desenvolvido problemas menstruais – especialistas suspeitam que esses problemas, na época,
eram apenas uma desculpa para que as mulheres pudessem usar o anticoncecional sem deixar
claro que eram sexualmente ativas. Além de problemas menstruais, a pílula também pode ser
usada no tratamento de cistos no ovário, acne, anemia e endometriose.
Quem já usou a pílula sabe que deve parar de tomar o remédio por um tempo para que possa
ocorrer a menstruação e depois voltar com o tratamento. Há outros tipos de pílula que, no
pacote, vêm com uma “ultima semana” diferente das demais, que permitem a menstruação.
Essas pílulas da última semana seriam placebos, sem hormonas nenhum. Isso tudo foi uma
jogada de marketing para que a mulher não precisasse parar de tomar pílulas todo dia e para
que o ato parecesse natural. Até hoje algumas marcas persistem nessa forma de apresentação,
mas com um diferencial – colocam ferro nas pílulas da última semana para que a mulher, que
durante a menstruação perderia sangue, tenha uma reposição da substância, diminuindo os
riscos de anemia.
-Eficácia: 99%
adesivo anticoncecional
-O que é?
Um adesivo contraceptivo combinado é um adesivo transdérmico aplicado à pele que liberta
as hormonas sintéticas para a corrente sanguínea.
O adesivo não costuma soltar-se com facilidade, podendo ser usado durante o banho.
-Vantagens:
-Eficácia: 99%