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CICLO MENSTRUAL:
• duração do ciclo menstrual se inicia desde o primeiro dia do período até o dia
anterior ao seu próximo período e tem em média 28 dias
• ovulação geralmente acontecerá em torno de 10 a 16 dias antes do início do próximo
período.
• O período fértil dura, normalmente, cerca de oito a nove dias em cada ciclo
menstrual, e isso ocorre porque o óvulo tem vida média de até 24 horas.
➢ A fase II começa com o início dos primeiros sinais de fertilidade e dura alguns dias após
a ovulação. Em uma mulher normal e saudável, a fase II normalmente dura no
máximo 12 dias;
As condições que afetam a elegibilidade para o uso de cada método anticoncepcional referem-
se às categorias para a elegibilidade dos contraceptivos de 1 a 4.
Resumo do livro Tratado de Gineco Febrasco – M.A. 4
MÉTODOS COMPORTAMENTAIS
São os métodos baseados na identificação do período fértil durante o qual os casais se abstêm
das relações sexuais ou praticam coito interrompido, a fim de diminuir a chance de gravidez. O
período fértil pode ser identificado por meio da observação da curva de temperatura corporal,
das características do muco cervical e de cálculos matemáticos baseados na duração, fisiologia
do ciclo menstrual e meia-vida útil dos gametas.
Os quatro primeiros métodos permitem aos casais planejar relações sexuais ao redor dos dias
de aumento da fertilidade durante o ciclo reprodutivo da mulher. Na amenorreia lactacional, a
ovulação frequentemente não ocorre nos seis primeiros meses e não há dias férteis.
Temperatura basal: Os casais que querem evitar a gravidez devem restringir a relação sexual
desprotegida na fase lútea do ciclo. A ovulação ocorre no dia do aumento constante da
temperatura de no mínimo 0,2 oC.
Método calendário:
MÉTODOS DE BARREIRA
Resumo do livro Tratado de Gineco Febrasco – M.A. 5
São métodos que impedem a ascensão dos espermatozoides do trato genital inferior para a
cavidade uterina por meio de ações mecânicas e/ou químicas. Como exemplos, citamos o
preservativo ou condom (masculino e feminino), diafragma, espermicidas, esponjas e capuz
cervical (dois últimos não prescritos no BR).
Diafragma
Deve ser inserido antes da ejaculação vaginal e ser retirado após 6 horas. Não deve
permanecer por mais de 24 horas para não haver exposição a infecções vaginais. Vale ressaltar
que o diafragma não protege contra HIV, papilomavírus humano (HPV), herpes genital e
Trichomonas, porque não recobre a parede vaginal e a vulva.
Entretanto, é capaz de diminuir a incidência de cervicite e doença inflamatória pélvica por
gonococos e clamídia
Espermicidas
A taxa de gravidez é de 18% a 29% (índice de gestações em 100 mulheres no primeiro ano).
Vale ressaltar que não deve ser utilizado em pacientes com alto risco ou portadoras de DST,
principalmente HIV/AIDS, pela possibilidade de provocar microlesões nas mucosas.
Antes da introdução vaginal, ela deve ser umedecia com água filtrada e espremida para
distribuir o espermaticida. Permanece eficaz por 24 horas após a inserção,
independentemente do número de coitos vaginais. Após a última ejaculação, ela deve
permanecer por no mínimo 6 horas, não ultrapassando 24 a 30 horas.
MÉTODOS CIRÚRGICOS
A lei também prescreve que a esterilização cirúrgica é proibida durante os períodos de parto
ou aborto, exceto nos casos de comprovada necessidade, por cesarianas sucessivas anteriores,
e que ela não deve ser feita por meio de histerectomia ou ooforectomia.
MÉTODOS COMBINADOS
Podemos classificar os AHCs de acordo com sua forma de administração, resultando em quatro
grupos: injetável, vaginal, transdérmica e oral.
O anel vaginal é leve, flexível e composto por silicone inerte. Seu tamanho varia de 54 a 58 mm
de diâmetro e libera esteroides quando em contato com a vagina. No Brasil, há uma única
formulação que libera etonogestrel (120 μg por dia) e etinilestradiol (EE) (15 μg por dia). O
uso preconizado é que após a inserção seja mantido por três semanas e, então, removido por
uma semana, e um novo anel deve ser recolocado.
• Via transdérmica
Composto por etinilestradiol EE (20 μg por dia) e norelgestromina (150 μg por dia), o patch é
aplicado uma vez por semana, seguido de uma semana livre de hormônios. Uma única
formulação de AHC transdérmico está acessível em todo o mundo (Abrams et al., 2001).
• VIA ORAL
Os COCs mudaram significativamente nos últimos cinquenta anos. Embora a maioria utilize o
EE, as doses diminuíram de 50 μg para 30, 20 e 15 μg, e dois novos compostos utilizam
estrógeno natural
MECANISMO DE AÇÃO
• Gerais
Há um estudo que incluiu duas coortes suecas para avaliar o efeito dos contraceptivos
combinados no peso e avaliou mulheres nascidas em 1962 e 1972, mostrando que a idade foi a
única variável preditora de ganho de peso e que a mulher tende a ganhar 0,45 kg por ano dos
19 aos 44 anos. O uso de AHC não influenciou o ganho de peso ao longo do tempo.
Metabólicos
• Sistema hemostático
O risco absoluto de trombose venosa profunda (TVP) em mulheres, sem fatores de risco,
durante o menacme (idade fértil) é muito baixo (menos de 5 casos por 10.000 mulheres).
Os AHCs aumentam duas a seis vezes o risco de TVP comparados a não usuárias de
AHC.
Até o momento, sabe-se que estrogênio natural utilizado como contraceptivo (valerato de
estradiol ou estradiol) provoca impacto na resistência à proteína C ativada (marcador de pró-
coagulação) semelhante à combinação EE/LNG, sugerindo um risco trombótico similar (Raps et
al., 2013).
Um estudo, até o momento, encontrou risco para trombose similar entre a combinação com
valerato de estradiol/dianogeste e EE/levonorgestrel. O componente progestagênio, quando
associado ao estrogênio, também influencia no risco de trombose, sendo o levonorgestrel (o
mais androgênico) o mais seguro, aumentando em duas vezes o risco comparado a não
usuárias de métodos hormonais. Os demais progestagênios aumentam em quatro a seis vezes
o risco, sem diferenças significativas entre eles. Como o risco absoluto de TVP é baixo, se a
paciente não tiver fator de risco para TVP e se beneficiar de outro progestagênio, que não o
levonorgestrel, deve-se prescrevê-lo sem receio.
• Metabolismo lipídico
CONTRAINDICAÇÕES
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INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA
ANTICONCEPÇÃO ORAL
Indicação
Pode ser utilizado em mulheres no pós-parto que estejam ou não amamentando, devendo ser
introduzido após a sexta semana do parto para as que amamentam (WHO, 2015).
Forma de uso
São de uso contínuo, sem interrupção entre as cartelas. O seu efeito colateral mais comum
está relacionado às alterações no padrão de sangramento, que se torna imprevisível.
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IMPLANTE
No Brasil, o único implante liberado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é o
Implanon, que contém etonogestrel. Trata-se de um anticoncepcional de progestagênio
constituído de uma haste de 40 mm por 2 mm (formada por vinil acetato de etileno) que
contém 68 mg de etonogestrel (derivado do desogestrel), que deverá ser colocado
subdermicamente no braço interno para contracepção reversível de longa ação (três anos).
O etonogestrel é liberado lentamente durante pelo menos três anos, inicialmente com doses
de 60 a 70 mcg por dia, diminuindo para 35 a 45 mcg por dia no final do primeiro ano, 30 a 40
mcg por dia no final de o segundo ano, e depois de 25 a 30 mcg por dia no término do terceiro
ano.
Indicação: O implante de etonogestrel pode ser utilizado por mulheres em qualquer faixa
etária, da adolescência ao climatério. Sua inserção é liberada para puérperas logo após o
parto.
Eventos adversos
Mecanismo de ação
Indicação
Eventos adversos: Algumas queixas são mais prevalentes nos primeiros meses de uso, como
acne, dores nas mamas, cefaleia e alteração de humor. A principal alteração e a causa mais
comum de descontinuidade do método é a modificação do padrão de sangramento.
As contraindicações para esse método contraceptivo são poucas: gravidez e câncer de mama
(WHO, 2015). Não é contraindicado para as adolescentes, mas não deve ser considerado como
a primeira escolha (WHO, 2015). É uma opção para mulheres que estejam amamentando e
para as que apresentam alguma comorbidade como anemia, epilepsia, hipertensão arterial e
outras.
Contracepção de emergência
Utilizada após o ato sexual, reduzindo significativamente a taxa de gravidez não planejada até
120 hrs da relação e abortamento inseguro.
O DIU apresenta alta taxa de eficácia, prevenindo quase 100% da ocorrência de gravidez após
relação sexual desprotegida A utilização do levonorgestrel previne cerca de dois terços das
gestações se for iniciada até 24 horas do ato sexual.
Mecanismo de ação
• Contraindicações absolutas
Gravidez;
Sepse puerperal;
Alergia ao cobre
• Contraindicações relativas
Imunodeficiência;
Câncer ovário;
Início do uso
Em puérperas (em amamentação ou não, incluindo parto cesáreo), pode ser inserido em até
48 horas do parto, inclusive imediatamente após a dequitação placentária. Durante o parto
cesáreo, pode-se colocar o dispositivo antes da sutura uterina.
Mecanismo de ação
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Uma das principais ações do SIU-LNG é a ação local sobre o endométrio, levando à atrofia
endometrial. Essa atrofia leva ao aparecimento de efeitos clínicos com a amenorreia e/ou
oligomenorreia, o que o diferencia de pacientes usuárias do DIU medicado com cobre.