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Introdução:

Este trabalho consiste na explicação dos conteúdos sobre a contraceção: o que é e


quais são os seus métodos (assim como o seu funcionamento)
O que é a contraceção?
A contraceção consiste no controlo da conceção, ou seja, evitar que ocorra a gravidez.
Para isso, são utilizados vários métodos que permitem atingir este objetivo,
os métodos contracetivos.
Os métodos contracetivos podem ser classificados em cinco tipos
básicos: comportamentais, hormonais, de barreira, intrauterinos e definitivos.
Naturais: Baseiam-se em mudanças no comportamento sexual e fisiológico da mulher,
como é o caso do muco cervical e da temperatura do corpo.
Hormonais: São medicamentos que contêm hormonas que atuam evitando a ovulação
ou dificultando a passagem do espermatozoide através do espessamento do muco.
Métodos de Barreira: impedem fisicamente que o espermatozoide encontre o óvulo,
funcionando, portanto, como barreiras mecânicas.
Dispositivos intrauterinos: estruturas colocadas no interior da cavidade do útero.
Podem ser hormonais (SIU), ou não-hormonais (DIU).
Métodos Definitivos: são feitos processos cirúrgicos que promovem a esterilização,
que pode ser do homem ou da mulher.
Tipos de Contraceção
Naturais: Também chamados métodos de abstinência periódica, os métodos naturais
consistem na observação das variações fisiológicas. Estes métodos requerem muita
atenção, uma vez que a mulher deverá aprender a reconhecer e a identificar as
mudanças que o seu corpo apresenta nas diferentes fases do ciclo menstrual.
Normalmente, são aconselhados para determinar a melhor altura para a conceção e
não para prevenir uma gravidez uma vez que a sua eficácia é reduzida.

O Método do Muco Cervical baseia-se na observação diária das alterações que se


verificam ao longo do ciclo menstrual no aspeto e consistência do muco cervical. Antes
da ovulação, ocorre um aumento dos níveis de estrogénio no organismo, provocando
o aumento da quantidade de muco cervical que se torna mais claro, abundante e com
maior elasticidade (filância). Este muco filante facilita a entrada dos espermatozoides
no útero, por isso, se a gravidez não for desejada, as relações sexuais devem ser
evitadas desde o momento em que o muco se apresenta com este aspeto, até ao
momento em que se torna mais espesso, opaco e menos abundante.

O Método da Temperatura Basal permite saber quando é que acontece uma ovulação
através das alterações da temperatura do corpo. Para tal, a temperatura deve ser
medida todas a manhãs, antes de se levantar, durante um mês. A ovulação ocorre no
dia em que a temperatura aumenta pelo menos 0.5° C.

Não-Natural (não-hormonal)
Preservativo Masculino: O preservativo masculino é um invólucro delgado, geralmente
de látex, que reveste o pénis ereto e forma uma barreira entre o esperma e a vagina.

Preservativo Feminino: É um método de barreira que consiste num invólucro delgado e


transparente que se coloca confortavelmente na vagina. Tem anéis flexíveis de ambos
lados: um deles, na extremidade fechada, ajuda a inserir o preservativo; o outro, que
está na extremidade aberta, fica no exterior da vagina. Atuam formando uma barreira
que mantém o esperma fora da vagina, prevenindo a gravidez.

Diafragma: O diafragma, fabricado em borracha e com a forma de uma cúpula com


um aro flexível, é colocado na vagina e posicionado sobre o colo do útero. O
diafragma impede que os espermatozoides entrem no útero. Alguns diafragmas vêm
em vários tamanhos e devem ser ajustados por um profissional da saúde, que
também ensina a mulher como colocá-los. Se uma mulher tiver ganhado ou perdido
mais de 4,5 kg, utilizado diafragma por mais de um ano, tido um filho ou sofrido um
aborto, um novo ajuste precisa ser realizado, pois é possível que o tamanho e a
forma da vagina tenham mudado. Um diafragma deve cobrir todo o colo do útero
sem causar desconforto. Um creme ou gel espermicida sempre deve ser usado com
um diafragma.

Espermicida: Os espermicidas são substâncias que matam o espermatozoide ao


contato. Estão disponíveis sob a forma de espumas, cremes, géis e supositórios e
são colocados na vagina antes da relação sexual. Esses contracetivos formam uma
barreira física contra os espermatozoides ao aprisioná-los e danificá-los. Dessa
forma, eles impedem a fertilização do óvulo pelo espermatozoide.

Vasectomia: Contraceção permanente. Durante a cirurgia, identifica-se os canais


deferentes que transportam o esperma logo abaixo da pele. Através de uma pequena
incisão de cada lado da bolsa escrotal, os canais deferentes são cortados e
bloqueados por fios de sutura. Dessa forma, os espermatozoides não passarão mais
durante a ejaculação.

Laqueação: A laqueação é um método contracetivo irreversível e que implica uma


intervenção cirúrgica. Consiste na oclusão das trompas de Falópio, que é realizada por
corte, selagem ou bloqueio.

Laparoscopia: Implica a inserção, através de uma pequena incisão no abdómen, de


um tubo fino e longo, com lentes, chamado laparoscópio. Permite que o médico
alcance e bloqueie ou corte as trompas de Falópio no abdómen.

Minilaparotomia: A minilaparotomia implica uma abertura da parede abdominal única e


maior. Em seguida é removido um fragmento tubário de cada trompa. A abordagem
cirúrgica da minilaparotomia é reservada geralmente para casos realizados no pós-
parto imediato; quando a laparoscopia está contraindicada por motivos médicos ou
não se conseguiu efetuar em segurança.

DIU: Os dispositivos intrauterinos (DIU) são métodos contracetivos reversíveis de


longa duração. São pequenos dispositivos em forma de T que são inseridos no interior
do útero por um médico. Ambos os dispositivos (DIU e SIU) atuam de duas formas:
obstruem a entrada dos espermatozoides no útero, não permitindo a fecundação, e
impedem que o óvulo fecundado se fixe nas paredes do útero.

Não-Natural (hormonal)
Pílula Combinada: A pílula combina estrogénio e progestagénio (progesterona
sintética) para inibir a ovulação, impedindo a liberação do óvulo. O remédio ainda atua
para alterar o muco cervical no endométrio, evitando que os espermatozoides atinjam
as trompas, onde ocorre a fecundação.
Pílula Progestativa: Esta pílula tem uma composição diferente das outras: não contém
estrogénios, sendo por isso segura em mulheres no pós-parto ou que por indicação
médica estão desaconselhadas a usar estrogénios.
Adesivo/Selo Transdérmico: O Adesivo transdérmico é um método contracetivo
hormonal de uso semanal. É constituído por hormonas (estrogénio e progestagénio)
que são libertadas diariamente através da pele para a corrente sanguínea. Pode ser
colocado na zona das costas, nádegas, braço e abdómen.

Anel Vaginal: O anel é um contracetivo colocado pela própria mulher, pelo que não
depende de nenhum procedimento médico. A sua característica maleável e flexível,
assim como o seu tamanho de apenas 5cm de diâmetro, permite que seja facilmente
inserido na vagina, uma vez por mês. O anel vaginal é um método para mulheres que
não desejam uma contraceção oral, procuram uma melhor opção em termos de
problemas com esquecimentos e regularidade da toma e que desejam simplificar a
sua opção contracetiva. Tem uma eficácia comprovada de 99%, igualmente à pílula.
Implante Subdérmico: O Implante é um método contracetivo hormonal de longa
duração (3 anos). Não contém estrogénios, sendo composto apenas progestagénio. É
um pequeno bastonete flexível, com quatro centímetros de comprimento e dois
milímetros de diâmetro, e a inserção é feita no antebraço por um profissional
especializado. Trata-se de um procedimento simples em que apenas é necessário o
uso de uma anestesia local. A sua remoção deve ser feita também por um médico. A
inserção deve ser nos primeiros dias da menstruação, de modo que a mulher fique
desde logo protegida relativamente a uma gravidez. O Implante vai libertando de forma
gradual e continua, uma pequena quantidade de hormonas para a corrente sanguínea.

SIU: semelhante ao DIU, porém contém um progestativo (Levonorgestrel) que se


liberta diariamente no útero. Esta hormona provoca o espessamento do muco cervical,
impedindo a passagem dos espermatozoides, e altera o endométrio, impedindo a
fixação do ovo. A quantidade de hormona que entra em circulação é muito baixa, mas
em alguns ciclos, pode também inibir a ovulação.

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