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Métodos contracetivos: não hormonais

Métodos contracetivos: correspondem a técnicas e procedimentos com vista a


evitar procriação. Apesar de todos os métodos poderem ser prescritos a todos os
indivíduos saudáveis, a segurança e eficácia de cada método são determinadas
por situações e condições medicas. Logo, é importante o recurso de
aconselhamento medico, para que se possa fazer uma opção esclarecida que vá
ao encontro das necessidades e expetativas individuais.
Métodos contracetivos naturais: os métodos naturais consistem na observação
das variações fisiológicas, estes métodos requerem muita atenção da parte da
mulher uma vez que a mesma deverá aprender a reconhecer e a identificar as
mudanças que o seu corpo apresenta nas diferentes fases do ciclo menstrual.

Abstinência Sexual: Abstinência Sexual é a ausência do ato sexual, podendo


ser periódica ou não. A ausência de relação sexual engloba o não contato entre a
região genital e íntima de duas pessoas.

A adoção da abstinência periódica é associada ao uso do calendário, no qual a


mulher evita a relação sexual durante o seu período mais fértil.
Calendário : Todos sabemos que o ciclo menstrual possui aproximadamente 28
dias e que o 1º dia do ciclo corresponde ao 1º dia da menstruação. Na metade do
ciclo, entre o 12º e o 16º dia, ocorre a chamada ovulação, que é o momento em
que o óvulo é liberado nas tubas uterinas. A mulher que faz uso do método do
calendário não deve ter relações sexuais nos dias próximos ao período de
ovulação, a não ser que outro método contraceptivo seja usado nesse período.
Muco Cervical: Neste método a mulher determina o dia da ovulação atravez
da observação de uma secreção produzida no colo do útero. Para utilizar o
método, é fundamental que a mulher conheça bem seu corpo e observe
atentamente as mudanças que ocorrem durante seu ciclo menstrual.

Após a menstruação, a mulher fica sem produzir secreção por um período que
se estende por três ou quatro dias. Após esse período, inicia-se a liberação de
uma secreção esbranquiçada (ou amarelada) e pegajosa que se quebra se for
esticada entre os dedos. Com o passar dos dias, ela torna-se mais elástica e
fluida, sendo possível esticá-la. Nesse período, esse muco assemelha-se a uma
clara de ovo. Esse é o sinal da ovulação, ou seja, é quando devem ser evitadas
relações sexuais

Temperatura Basal: O método combina a medição da temperatura corporal em


repouso (temperatura corporal basal) com os métodos de muco e do calendário.

A temperatura corporal basal da mulher aumenta levemente, aproximadamente


0,5° C após a liberação do óvulo. Para acompanhar as mudanças de
temperatura, a mulher deve medir sua temperatura todas as manhãs antes de sair
da cama.

A mulher observa quando o muco cervical aumenta em quantidade e fica mais


fino, elástico, límpido e aquoso (como para o método do muco) e quando a
temperatura aumenta deve abster-se de relações sexuais até pelo menos 72 horas
após o dia em que sua temperatura corporal basal aumentar e o muco cervical
alterar.

Coito interrompido: Coito interrompido é quando, numa relação sexual, o


homem pressente a ejaculação, retira o pênis e ejacula fora da vagina. É um dos
métodos contraceptivos mais antigos que existe.

Possui baixa efetividade, pois as secreções do pênis na fase de excitação podem


conter espermatozoides viáveis. Além disso, pode ser difícil conter a ejaculação.
Mesmo quando há o controle, é possível que alguns espermatozoides estejam na
uretra devido à liberação do fluido pré-ejaculatório e com isso, a possibilidade
de haver fecundação também existe.

Vantagens métodos naturais:

São gratuitos e acessíveis a todos

Livres de hormônios e de qualquer outra substancia que possa alterar o normal


funcionamento do corpo

Ensinam a mulher a conhecer melhor seu corpo


Desvantagens métodos naturais:

Não protegem contra IST

Taxa de insucesso bastante elevada

Qualquer erro, mesmo que mínimo pode levar a uma gravidez indesejada

Métodos não hormonais: Por não causarem mudanças aos níveis hormonais do
corpo, os métodos contraceptivos não hormonais não tem efeitos nas funções
gerais do organismo. Os métodos contraceptivos não hormonais não causam
qualquer interferência no uso de outros medicamentos ou na amamentaçao.
Recorrem a processos mecânicos ou químicos que têm como finalidade última
de impedir o encontro entre o espermatozoide e o oócito II.

Preservativo masculino:
Revestimento de látex que é colocado no pénis em ereção, atuando como
barreira física impedindo o contato direto entre o pênis e a vagina. Além de
funcionar como barreira, está normalmente coberto por uma substância que tem
uma ação espermicida e lubrificante. É importante segurar o preservativo pela
base, quando se retira o pénis da vagina, de modo a evitar a saída do esperma.
Vantagens:
Protege de doenças sexualmente transmissíveis;
Existem diversos modelos adequados aos gostos e às necessidades individuais;
Indicado em relações esporádicas.
Fácil de comprar e de ter sempre no bolso ou na carteira

Desvantagens:
Há o risco, ainda que baixo, de se romper;
Retira alguma sensibilidade, embora a lubrificação dos próprios preservativos
ajude a atenuar este efeito; alguns modelos têm rugosidades que reforçam as
sensações;
No entanto, pode diminuir a espontaneidade da relação sexual e causar
desconforto quando se gera atrito, num coito prolongado.
Preservativo feminino:
É um método contracetivo muito pouco utilizado. Consiste numa bolsa
afunilada que se adapta à vagina e recobre o colo do útero, impedindo o
contacto com o esperma. Pode ser introduzido algumas horas antes da relação
sexual. Tal como o preservativo masculino, protege da transmissão de IST.
NOTA: OS PRESERVATIVOS NÃO PODEM SER USADOS EM CONJUNTO

Vantagens:
Protege de doenças sexualmente transmissíveis;
Especialmente aconselhado para mulheres que pratiquem sexo com frequência e
com múltiplos parceiros;
A probabilidade de rotura é inferior à do preservativo masculino e garante
proteção vulvar adicional.
Desvantagens:
É difícil aprender a pô-lo corretamente.
Além de ser mais caro do que o preservativo masculino, é mais difícil encontrá-
lo à venda.

DIU (dispositivo intrauterino):


Consiste num dispositivo plástico revestido com cobre, em forma de T ou de S.
A sua ação contracetiva deve-se à libertação de iões de cobre que provocam
alterações no muco cervical, perturbando a mobilidade dos espermatozoides, e a
alterações no endométrio, provocando a sua inflamação e impedindo a
implantação do embrião no útero. É inserido no útero por pessoal médico
especializado.
Vantagens:
Garante contraceção durante 5 a 7 anos ou até mais conforme os casos;
Pode ser usado em qualquer idade;
Os ciclos menstruais mantêm-se com os intervalos anteriores à colocação;
Só perde eficácia se se deslocar.

Desvantagens:
Não protege contra Infeções Sexualmente Transmissíveis;

Pode haver aumento das dores menstruais e do fluxo sanguíneo durante a


menstruação;
Obriga a exames regulares, para verificar se se mantém na posição correta;
Desaconselhável no caso de múltiplos parceiros;
Não pode ser usado por mulheres com alergia ao cobre;
Não pode ser usado em caso de anomalia da cavidade uterina ou doença
inflamatória pélvica.

Diafragma:
Dispositivo de latex ou silicone com um aro flexível que se introduz na vagina.
Exige o conhecimento do próprio corpo. Quando corretamente introduzido,
previne o contacto do esperma com o colo do útero. É recomendado o uso de
gel espermicida, para proporcionar maior eficácia.
Vantagens:
É fácil de usar;
A mulher não o sente e raramente é sentido pelo homem;
É reutilizável, podendo durar até 2 anos.
Desvantagens:
Não protege contra Infeções Sexualmente Transmissíveis;

Pode provocar irritação vaginal;


É desaconselhável a mulheres que têm infeções urinárias, do colo do útero ou da
vagina.

Vasectomia e laqueação das trompas:


São métodos cirúrgicos e são formas de contraceção permanentes e definitivas,
bloqueiam as vias genitais masculina e feminina, respetivamente, impedindo a
fecundação, pelo que devem ser escolhidas de forma ponderada.
Esponja vaginal:
Antes da relação sexual, a esponja é colocada dentro da vagina, onde fica
encostada ao colo do útero, libertando substâncias espermicidas. Funciona
bloqueando o útero e desacelerando os espermatozoides, para que eles não
possam alcançar e fertilizar o oócito II. A esponja tem um pequeno laço para
remoção e deve ser deixada na vagina por um período nunca inferior a 6 horas
após a relação sexual, mas não mais que 30 horas. A esponja tem entre 76% e
88% de eficácia e pode ser usada com o preservativo para aumentar a eficácia.
Vantagens:
Previne algumas doenças sexualmente transmissíveis e complicações causadas
por elas
Previne a gravidez quando usada corretamente;
Não impede o aleitamento materno;
É fácil de usar, se bem orientado pelo médico;

Desvantagens:
A taxa de falha pode chegar a 32%, devido ao uso incorreto;
Exige instruções do profissional de saúde. É recomendado, inclusive, a
realização de exame pélvico;
Não protege contra HIV, HPV, herpes genital e trichomonas (uma infeção
causada por protozoário);
Pode causar corrimento vaginal intenso de odor, caso seja deixada por muito
tempo na vagina;
Pode provocar irritação local.
Vasectomia: A vasectomia bloqueia ou corta os canais deferentes, impedindo a
saída dos espermatozoides e a sua presença no sémen.
Vantagens:

Contracepção segura, eficaz e definitiva (quando bem realizada);


Não provoca disfunção sexual e não afecta o desejo sexual.

Desvantagens:

Não protege contra Infeções Sexualmente Transmissíveis;

Necessidade de outro tipo de contracepção nas primeiras 20 ejaculações ou nos


primeiros 3 meses após o procedimento;

Exige a realização espermograma

Em caso de arrependimento é possível a realização de uma microcirurgia de


reversaçãoda vasectomia porem nem sempre resulta à primeira tentativa e pode
mesmo ver a revelar-se impossível

Laqueação das trompas: A esterilização feminina por laqueadura tubária é um


procedimento cirúrgico permanente onde as duas trompas de falópio, que
transportam os óvulos dos ovários para o útero, são desconectadas.
Vantagens:

Contracepção segura, eficaz e definitiva (quando bem realizada);

Não interfere na amamentação;

Não interfere com a libido

Desvantagens:

Exige intervenção cirúrgica

Não protege contra Infeções Sexualmente Transmissíveis;

Embora baixo, existe sempre o risco de complicações cirúrgicas e anestésicas;

Maior risco de gravidez ectópica (fora do útero), no caso de falha do método.

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