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- Métodos contraceptivos -

• Coito interrompido •

O coito interrompido é um método contraceptivo que consiste na retirada do pênis de dentro


da vagina segundos antes da ejaculação, para que não ocorra a deposição de sêmen. Não é um
método contraceptivo muito confiável, pois a ejaculação pode ser difícil de ser controlada,
sendo difícil saber com exatidão o momento exato de se retirar o pênis do interior da vagina.
Outro fato que torna esse método pouco confiável é que antes da ejaculação as glândulas de
Cowper, também chamadas de glândulas bulbouretrais, liberam uma secreção para lubrificar o
pênis e neutralizar a acidez da uretra para a passagem do espermatozoide. Nessa secreção
pode conter espermatozoides vivos suficientes para fecundar um óvulo.

É um método que possui mais desvantagens do que vantagens, e entre as desvantagens


podemos citar:

 Não há proteção contra DST’s (doenças sexualmente transmissíveis);


 A secreção liberada pelo sistema genital masculino durante “as preliminares” pode
conter espermatozoides, que uma vez em contato com a vagina poderá resultar em
gravidez;
 O homem pode não conseguir retirar o pênis de dentro da vagina no momento
certo, o que pode ocasionar a ejaculação e provocar uma gravidez indesejada;
 Após a retirada do pênis, a mulher poderá precisar de estímulos para que consiga
alcançar o orgasmo.

• Preservativo ou camisinha •

O preservativo, ou camisinha, é o método mais conhecido, acessível e eficaz para se prevenir


da infecção pelo HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis (IST), como a sífilis, a
gonorreia e também alguns tipos de hepatites. Além disso, ele evita uma gravidez não
planejada. Existem dois tipos de camisinha: a masculina, que é feita de látex e deve ser
colocada no pênis ereto antes da penetração; e a feminina, que é feita de latex ou borracha
nitrílica e é usada internamente na vagina, podendo ser colocada algumas horas antes da
relação sexual, não sendo necessário aguardar a ereção do pênis.

• Diafragma •

O diafragma é um método contraceptivo utilizado pelas mulheres e que consiste em um anel


flexível coberto por uma membrana de silicone ou látex. O diafragma possui o formato de
cúpula e deve ser colocado no interior da vagina, de modo que cubra completamente o colo
uterino. Antes de adotar esse método contraceptivo, é fundamental que a mulher converse
com seu ginecologista e entenda as vantagens e desvantagens do uso do diafragma. É
importante também que ela compreenda como o método deve ser utilizado para garantir sua
maior eficácia.

• Dispositivo Introuterino (DIU) •

O DIU é um método contraceptivo bastante eficiente, reversível e que pode ser utilizado por
um período de tempo prolongado. Muitos mitos e dúvidas cercam esse método, portanto, a
seguir explicaremos melhor o que é o DIU, seu mecanismo de ação e seus tipos. O DIU é uma
pequena estrutura em formato de um T que é colocada no interior do útero da mulher. Esse
dispositivo é colocado por um médico, que o insere pela vagina, sendo esse procedimento
rápido e praticamente sem dor. Se for necessária, anestesia pode ser aplicada. Após colocado
no interior do útero, o DIU fica com um ou dois fios que se estendem do colo do útero até
parte da vagina.

• Pílula anticoncepcional •

Os anticoncepcionais são amplamente utilizados por uma grande quantidade de mulheres


como forma de prevenir a gravidez e também os sintomas da TPM, acne, endometriose, cólica
e síndrome dos ovários policísticos. Versatilidade, praticidade e alta eficácia são os principais
fatores que levam as mulheres, orientadas por seus médicos, a optarem por eles. Geralmente
em forma de pílulas, estas possuem derivados sintéticos de hormônios que impedem a ação do
LH e FSH, inibindo o amadurecimento dos óvulos e, consequentemente, a ovulação. Uma
cartela costuma ter 21, 24 ou 28 pílulas. No caso destes dois primeiros exemplos, a mulher
deve ingerir a primeira no início da menstruação, e continuar seu uso, sempre no mesmo
horário, até o fim da cartela. Após este período, deve haver uma pausa de uma semana – ou
quatro dias, no caso da cartela de 24 pílulas – retornando logo em seguida. A menstruação
ocorre no intervalo entre uma cartela e outra. Se tratando de 28 pílulas, estas devem ser
ingeridas sem intervalos entre cartelas sendo que, ao final de cada uma delas, a menstruação
ocorre. No caso de se esquecer da ingestão de uma das pílulas, em um intervalo menor do que
12 horas, o ideal é tomá-la assim que se lembrar. Caso este horário seja extrapolado, é
interessante também adotar um método de barreira, como a camisinha, por uma semana.
Assim como qualquer outro fármaco, o uso da pílula anticoncepcional só deve ser feito sob
orientação médica, principalmente considerando que se trata de um método hormonal, e que
pode causar efeitos colaterais indesejáveis, e até mesmo graves. Além disso, seu uso
concomitante com outros medicamentos, ou a utilização desta por determinados grupos de
pessoas, pode interferir na eficácia do método, ou mesmo causar problemas de saúde.
Mulheres fumantes e usuárias de pílulas anticoncepcionais, por exemplo, têm mais
probabilidade de sofrerem de tromboses e embolias pulmonares.

• Vasectomia •

A vasectomia é uma cirurgia, relativamente simples, realizada em homens que não desejam ter
filhos, sendo, portanto, um método contraceptivo. Esse método é considerado definitivo, por
envolver uma cirurgia que garante a interrupção dos vasos deferentes, os quais são
responsáveis por levar os espermatozoides até a uretra, por meio do corte e da selagem dos
vasos deferentes. Ao realizar a interrupção dos vasos, o espermatozoide não é eliminado no
processo de ejaculação, sendo assim, o líquido ejaculado passa a conter apenas secreções da
vesícula seminal e próstata. Entretanto, vale salientar que, em alguns casos, o procedimento
pode ser revertido.

Como é feita a vasectomia?

Para realizar a vasectomia, o homem receberá apenas uma anestesia local. Após a anestesia,
será feito um pequeno corte no saco escrotal para que o médico possa ter acesso aos vasos
deferentes. O médico, então, cortará e amarrará esses vasos e, posteriormente, fechará o corte
no saco escrotal. Não é feito nenhum tipo de corte na região do pênis.

• Laqueadura tubária •
A laqueadura, também conhecida por ligadura de trompas, é um processo cirúrgico feito com
objetivo contraceptivo, ou seja, que impede que a mulher engravide novamente. Nesse
procedimento, as tubas uterinas são obstruídas, cortadas e/ou amarradas, impedindo a
descida do óvulo e subida do espermatozoide, tendo como resultado um índice de concepção
menor que 1%. Ela pode ser feita a partir de corte cirúrgico no abdome, por laparoscopia ou
via vaginal, e a cirurgia dura, em média, quarenta minutos. É necessário o uso de anestesias,
geralmente do tipo raquidiana, e internação de pelo menos meio-dia. Após a cirurgia são
necessários dez dias de repouso. É importante que a mulher não tenha relações sexuais por
cerca de uma semana, e seja utilizada camisinha por aproximadamente um mês, em todas as
relações. A menstruação e suas atividades hormonais raramente são afetadas. Nosso país é
campeão em laqueaduras, apresentando cerca de 40% das mulheres, em idade reprodutiva,
esterilizadas. O problema disso é que, em inúmeros casos, e por “n” fatores, a mulher deseja,
novamente, ter condições de engravidar. Assim, além de existirem poucos centros de saúde
capazes de realizar o procedimento reverso, somente em metade dos casos podem ser feitas
tais cirurgias e nem todas com sucesso. Além disso, esse procedimento pode ser arriscado e,
em algumas situações, inviável – sem contar que propicia, também, a gravidez tubária.
Considerando o exposto, nota-se a necessidade de a mulher analisar se, de fato, essa é a
melhor forma de evitar a contracepção. Quanto a isso, a Lei Federal 9263, de 1996, que trata
do planejamento familiar, estabelece penalidades e dá outras providências: anuncia que esse
procedimento só é permitido a mulheres maiores de vinte e cinco anos de idade ou, pelo
menos, com dois filhos vivos e/ou aquelas que possuam doença capaz de provocar riscos à sua
saúde ou à de um possível futuro bebê – como diabetes descompensada, histórico de
eclampsia e pressão alta. Além disso, define que a solicitante assine um documento que
apresenta os riscos e as implicações do procedimento, e só autoriza a cirurgia pelo menos
sessenta dias após a assinatura desse termo de compromisso. Testar outros métodos
contraceptivos, como o DIU e as pílulas orais ou injetáveis, pode ser uma maneira de, pelo
menos a priori, evitar a laqueadura.

Fotes: brasilescola.uol.com.br

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