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INTRODUÇÃO

O Planeamento Familiar é o meio de proporcionar informação às pessoas que lhes


permita decidir o número de filhos que querem ter e quando os querem ter. Isto implica o acesso
a informação sobre métodos de contracepção e serviços de saúde apropriados que permitam a
vivência da sexualidade de uma forma saudável, feliz e segura, bem como o planeamento de
uma gravidez e parto nas condições mais adequadas.
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O planeamento familiar é uma forma de assegurar que as pessoas têm acesso a


informação, a métodos de contracepção eficazes e seguros, a serviços de saúde que contribuem
para a vivência da sexualidade de forma segura e saudável. A prática do planeamento familiar
permite que homens e mulheres decidam se e quando querem ter filhos, assim como
programem a gravidez e o parto nas condições mais adequadas.
O direito ao Planeamento Familiar é garantido a todos pela Constituição da República
Portuguesa, pela Lei n.º3/84 e reforçado pela Lei n.º 120/99. Esta Lei determina, por exemplo,
que os métodos contraceptivos sejam fornecidos gratuitamente nos centros de saúde e
hospitais públicos. Todas as pessoas têm direito independentemente do estado civil.
As consultas de Planeamento Familiar servem para esclarecer dúvidas sobre a forma
como o corpo se desenvolve e o modo com funciona em relação à sexualidade e à reprodução
tendo em conta a idade da mulher; Informa-se sobre a gravidez; Prestam-se informações
Informa-se sobre anatomia e fisiologia da sexualidade humana e função reprodutiva; Faculta-se
informação completa, isenta e com fundamento científico sobre todos os métodos
contraceptivos; É feito acompanhamento clínico e na escolha do método contraceptivo;
Fornecem-se, gratuitamente, os métodos contraceptivos; Prestam-se esclarecimentos sobre as
consequências de uma gravidez não desejada; Presta-se ajuda na prevenção, no diagnóstico e
no tratamento de infecções sexualmente transmissíveis. Efectua-se o rastreio do cancro da
mama e do cancro do colo do útero; Faz-se o acompanhamento da gravidez e a preparação para
o parto.
De uma forma geral, são actividades e serviços que existem nos Centros de Saúde e nos
Gabinetes de Atendimento a Jovens ou Centros de Atendimento Jovens das Direcções Regionais
do Instituto Português da Juventude, I.P.

Assim, os objectivos do planeamento familiar são:

 Promover comportamentos saudáveis face à sexualidade;


 Informar e aconselhar sobre a saúde sexual e reprodutiva;
 Reduzir a incidência das infecções de transmissão sexual as suas consequências,
nomeadamente a infertilidade;
 Reduzir a mortalidade e a morbilidade materna, perinatal e infantil;
 Permitir ao casal decidir quantos filhos quer, se os quer e quando os quer, ou seja,
planear a sua família;
 Preparar e promover uma maternidade e paternidade responsável;
 Melhorar a saúde e o bem-estar da família e da pessoa em causa.

E para evitar uma gravidez indesejada existem actualmente vários métodos


contraceptivos, sendo que o único método 100 por cento eficaz para evitar a gravidez é a
abstinência, isto é, não ter relações sexuais.
Mas os métodos contraceptivos ajudam a prevenir a gravidez não desejada, permitindo a
vivência da sexualidade de forma saudável e segura. O grau de eficácia varia de método para
método e em alguns casos, como com a pílula e o preservativo, o grau de eficácia depende,
também, da forma mais ou menos correcta e continuada de utilização do método. Alguns têm
contra-indicações e efeitos colaterais. Assim, antes de optar por um método contraceptivo, deve
marcar uma consulta de planeamento familiar ou consultar o seu médico, pois há alguns
factores que devem ser ponderados e analisados pelo médico ou profissional de saúde, como,
por exemplo, a idade e o estilo de vida, se tem ou pretende ter mais filhos, o estado da saúde
em geral, a necessidade de protecção contra infecções de transmissão sexual, etc. E, sobretudo,
lembre-se que a responsabilidade pela prevenção da gravidez não desejada cabe sempre aos
dois parceiros.
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Métodos contraceptivos disponíveis


Actualmente, existem vários métodos contraceptivos, embora nenhum pode ser
considerado "o ideal", uma vez que todos têm vantagens e inconvenientes. Antes de optar por
um deles, deve, como já foi dito, procurar aconselhar-se sobre qual o mais adequado ao seu
caso, tendo em conta o grau de protecção proporcionado, a forma de utilização, as precauções,
efeitos secundários, etc.

1. Métodos físicos ou de barreira


Diafragma
Preservativo masculino
Preservativo feminino
Espermicida

2. Métodos hormonais
Anel vaginal
Implante subcutâneo
Injetáveis
Orais

3. Métodos intra-uterinos
DIU

4. Métodos cirúrgicos
Laqueação das trompas
Vasectomia

1. Métodos físicos ou de barreira

Diafragma

O diafragma consiste numa membrana de borracha flexível reforçada na extremidade livre com
um aro metálico, o qual mantém o seu contorno circular, devendo ser colocado no fundo da
vagina, de modo a revestir o cérvix e impedir a entrada no útero do sémen proveniente da
ejaculação. De qualquer forma, como a adaptação da membrana ao colo do útero não é perfeita,
podendo até ser alterada ao longo do acto sexual, recomenda-se a utilização simultânea de
algum produto espermicida para que a adaptação seja mais conveniente. Como existem
diafragmas de várias medidas, com diâmetros que variam entre os 50 e os 100 mm, deve ser o
médico a recomendar as dimensões mais adequadas após comprovar, através de um exame
vaginal, as do colo do útero.

Método de utilização:

O diafragma deve ser colocado até 6 horas antes do coito, após a aplicação de gel ou creme
espermicida na parte côncava e nas extremidades, devendo ser colocado nas mesmas posições
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utilizadas para se inserir um tampão: por exemplo, de cócoras ou apoiando-se uma perna sobre
uma cadeira. Após a ejaculação, o diafragma deve ser mantido durante, no mínimo, 6 horas,
mas nunca mais de 24 horas. Caso se efectuem vários coitos, antes de cada um deve-se proceder
à colocação de espermicida no fundo da vagina com a ajuda de um aplicador.
Uma vez retirado, deve ser lavado com água e sabonete suave, deixando-o secar antes de
o guardar numa caixa fechada e, caso se deseje, pode-se envolvê-lo com algodão para que se
conserve melhor até à sua próxima utilização.

Vantagens e inconvenientes:

Em relação às vantagens, deve-se destacar que, se o diafragma for bem utilizado, constitui um
método contraceptivo inofensivo que em nada altera o funcionamento do aparelho genital. Para
além disso, caso seja associado a espermicidas, também proporciona uma certa protecção,
embora menor do que a do preservativo, face às doenças sexualmente transmissíveis.
Entre os inconvenientes, deve-se ter em conta que necessita de prescrição médica e que
a sua utilização deve ser ensinada por um médico que comprove a correcta colocação por parte
da utilizadora. Para além disso, deve-se respeitar as normas de cuidado mencionadas após cada
utilização. Por último, algumas mulheres não consideram conveniente terem de colocar o
dispositivo antes do início da relação ou o facto de ter de o deixar colocado várias horas após o
coito.

Eficácia:

Caso esteja associado a um espermicida, o diafragma tem uma taxa de insucesso anual de 5 a
10 por cento, embora as falhas sejam proporcionadas especialmente por uma má utilização.
Caso seja utilizado correctamente, esta taxa de insucesso anual pode diminuir para 2 por cento.

Preservativo Masculino

O preservativo masculino consiste numa membrana cilíndrica de látex que deve ser colocada
sobre o pénis em erecção, de modo a revesti-lo e a reter no seu interior o sémen emitido na
ejaculação. Embora o mercado seja, actualmente, constituído por uma grande variedade de
modelos de preservativos (de diferente espessura, com a superfície mais ou menos rugosa,
alguns lubrificados para favorecer a sua colocação, etc.), em relação à sua forma existem dois
tipos básicos: uns têm a extremidade plana e arredondada, enquanto outros são constituídos
na ponta por uma protuberância para reter o sémen no seu interior após a ejaculação.

Método de utilização:

O preservativo apenas deve ser colocado quando o pénis estiver em erecção e antes de qualquer
contacto do mesmo com os genitais femininos. Caso se deseje, pode-se aplicar um lubrificante
hidrossolúvel ou um gel espermicida sobre a superfície do preservativo, embora se deva, por
outro lado, evitar a utilização de vaselina, já que o material plástico pode deteriorar-se. Após a
ejaculação, deve-se retirar do pénis antes que se perca a erecção, segurando o preservativo na
base para se evitar que o sémen entre em contacto com a vagina.
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Todos os preservativos utilizados devem ser inutilizados. Caso se deseje continuar a


relação sexual, deve-se evitar o contacto genital até se alcançar uma nova erecção e colocar
outro preservativo, com as mesmas precauções mencionadas.

Vantagens e inconvenientes:

Entre as vantagens da utilização do preservativo, deve-se destacar o facto de se tratar de um


método simples, muito fácil de aprender a utilizar e que não necessita de controlo nem
prescrição médica. Para além da sua função de contraceptivo, caso o preservativo seja bem
utilizado, é muito útil para a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, por isso, deve
ser utilizado, sobretudo, para as relações sexuais esporádicas.
Como inconveniente, há quem opine que a sua utilização diminui a sensibilidade do pénis.
Por outro lado, há quem não goste deste método devido ao facto de a colocação do preservativo
provocar a interrupção da relação sexual, na altura em que o pénis alcança a erecção, embora
este acto seja, para muitos casais, mais um componente do jogo sexual.

Eficácia:

A eficácia do preservativo depende da forma de utilização. Caso seja utilizado sozinho, calcula-
se que a taxa de insucessos anuais é de 10 a 15 por cento, sobretudo devido à sua incorrecta
utilização. O método é muito mais eficaz, caso seja associado à utilização de espermicidas, e se
for bem utilizado a taxa de insucessos diminui para os 0 a 3 por cento.

Preservativo Feminino

O preservativo feminino consiste numa espécie de bolsa cilíndrica de poliuretano que deve ser
introduzida na vagina, de modo a reter no seu interior o sémen emitido na ejaculação. O
dispositivo é constituído por um grande anel de plástico com a extremidade aberta, de modo a
ser colocado à volta da vulva, e outro anel de tamanho mais reduzido e ligado à extremidade
fechada do fundo, para que seja inserido à volta do colo do útero.

Método de utilização:

O preservativo feminino deve ser colocado de maneira semelhante a um tampão, devendo ser
introduzido na vagina para que o anel pequeno fique à volta do colo do útero e o anel grande
revista parcialmente a vulva. Pode-se aumentar a sua eficácia através da aplicação de um gel
espermicida na sua superfície externa, que após a colocação do dispositivo ficará em contacto
com a vagina e o colo do útero. Para se retirar o preservativo feminino, após a ejaculação, deve-
se exercer tracção sobre o anel que reveste a vulva, verificando-se que não produz nenhum
contacto do sémen retido no seu interior com os genitais femininos.

Vantagens, inconvenientes e eficácia:

As vantagens e inconvenientes do preservativo feminino são semelhantes ao do masculino,


embora tenha a seu favor o facto de não ser necessário que o pénis esteja em erecção para ser
colocado e contra, o facto de a sua forma de utilização ser um pouco mais incómodo. Embora a
eficácia de ambos os métodos seja igualmente semelhante, a taxa de insucessos do preservativo
feminino é ligeiramente superior devido a falhas de utilização.
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Espermicida

Os espermicidas são agentes químicos utilizados para desactivar os espermatozóides presentes


na vagina antes que penetrem no útero. São comercializados sob várias formas farmacêuticas e
com vários tipos de aplicação - geles ou cremes - e colocados com a ajuda de um aplicador
presente na embalagem - aerossóis ou espumas - cuja embalagem é igualmente constituída por
um aplicador, e óvulos vaginais, supositórios ou comprimidos de consistência sólida, que devem
ser directamente introduzidos na vagina com um dedo, unindo-se no seu interior.

Método de utilização:

O produto espermicida, qualquer que seja a sua variedade, deve ser sempre colocado antes de
cada coito, seguindo-se as instruções indicadas na embalagem. A colocação na vagina é simples,
independentemente de ser com um dedo, em caso de comprimidos e supositórios vaginais, ou
como acontece com os cremes e geles, com a ajuda de um aplicador semelhante a uma seringa.
Devem ser colocados com uma certa antecedência do coito, variável em cada caso, pois embora
os aerossóis, geles e cremes se distribuam rapidamente ao longo da vagina e apenas necessitem
de alguns minutos de espera, os supositórios e os comprimidos levam entre 5 a 10 minutos para
se derreterem e formarem uma película sobre o cérvix. Cada produto tem um período de tempo
limitado, de meia hora a duas horas, tendo que se proceder a uma nova aplicação, caso o coito
não seja efectuado dentro desse período de tempo.

Vantagens e inconvenientes:

Como vantagens, os espermicidas são simples de utilizar, embora seja extremamente


importante seguir as instruções indicadas em cada caso na embalagem, não necessitando de
prescrição ou vigilância médica. Para além disso, não têm efeitos secundários locais, nem gerais,
embora algumas espumas produzam uma sensação de calor transitória.
Como inconvenientes, deve-se mencionar que devem ser aplicado antes de cada coito e
que necessitam de um tempo de espera que não pode ser reduzido. Em alguns casos raros,
provocam reacções alérgicas que impossibilitam a utilização do produto.

Eficácia:

Caso sejam utilizados isolados, os espermicidas têm uma taxa de insucesso anual de 10 a 15 por
cento, sobretudo por incumprimento das normas de utilização. Por outro lado, caso estejam
associados a outros métodos, têm uma eficácia muito mais elevada, já que combinados com o
diafragma evidenciam uma taxa de insucesso anual de 5 a 10 por cento e, em associação com o
preservativo, de 0 a 3 por cento.

2. Métodos hormonais

Anel Vaginal
A colocação deste dispositivo de material plástico no fundo da vagina, de maneira
semipermanente, proporciona a libertação de substâncias hormonais, cuja absorção é feita pela
mucosa vagina para a circulação sanguínea. Este processo origina um efeito contraceptivo
durante um período que, de acordo com o tipo de anel, varia entre as 3 semanas e os 6 meses.
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Nos modelos em que o anel liberta estrogénios e progestagénios em quantidades


suficientes para inibir a ovulação, deve ser colocado na vagina durante 3 semanas consecutivas
seguindo-se um intervalo de 7 dias, de modo a proporcionar uma hemorragia semelhante à
menstruação.
A sua eficácia é semelhante às tradicionais pílulas contraceptivas combinadas. Os modelos
de anéis vaginais que apenas libertam gestagénios em doses baixas podem ser utilizados
ininterruptamente durante três a seis meses. O mecanismo de acção e a sua eficácia são, no
mínimo, equivalentes às das minipílulas.
Implante subcutâneo
Este sistema consiste na implantação de um pequeno bastonete que é inserido no braço sob a
pele. Embora se trate de um procedimento simples efectuado sob anestesia local, realizado
em pouco mais de 15 minutos, o implante deve ser colocado pelo médico. O implante
contraceptivo existente no mercado é eficaz durante um período de 3 anos, sendo que após
este período perde lentamente a sua eficácia, pelo que será necessário substituí-lo ou utilizar
outro método. O implante liberta uma hormona que evita a ovulação e evita que o esperma
alcance o útero. Está indicado para contracepção a longo prazo de mulheres saudáveis entre
os 18 e 40 anos.
Efeitos secundários e eficácia:
Os efeitos secundários do implante subcutâneo são muito semelhantes aos provocados pelas
minipílulas, nomeadamente irregularidades menstruais e, por vezes, perda de peso, dores nos
seios e acne. Nos casos raros em que se produz uma infecção na zona do implante, deve-se
proceder ao seu oportuno tratamento antibiótico, o que obriga, excepcionalmente, à
extracção do implante.
A sua eficácia é elevada, superior a 99 por cento, proporcionando uma protecção
contraceptiva que começa no dia seguinte à sua inserção e que se prolonga durante 3 anos.
Após a extracção do implante, a mulher recupera imediatamente a sua fertilidade, podendo ficar
grávida no primeiro ciclo menstrual.
Injectáveis
Trata-se de um método contraceptivo que consiste numa injecção intramuscular profunda de
uma solução aquosa contendo acetato de medroprogesterona (DMPA). A solução vai-se
introduzindo lentamente na corrente sanguínea e, à semelhança da pílula, inibe a ovulação e
age sobre a mucosa do útero, tornando as secreções do colo do útero mais espessas,
constituindo assim uma barreira contra os espermatozóides. Cada injecção tem um efeito até 3
meses (12 semanas) e tem um elevado nível de eficácia (cerca de 99 por cento) 0,0 a 1,3
gravidezes por ano em cada 100 mulheres.
Vantagens e desvantagens:

É um método que não requer rotina diária logo evita esquecimento. Por outro lado, não
interfere no prazer sexual, tem elevada eficácia e é de cómoda administração. Apesar de tudo,
a principal desvantagem é que não previne contra as doenças sexualmente transmissíveis, mas
também porque tem de ser aplicado/administrado por um especialista, leva ao ganho de peso
e alterações no ciclo menstrual.
Adesivo
O adesivo contraceptivo é um adesivo impregnado de hormonas semelhantes à da pílula
e que são libertadas continuamente através da pele para a corrente sanguínea. Cada adesivo
tem efeito durante 7 dias e ao fim da terceira semana é feito um período de descanso. O adesivo
como método hormonal impede a ovulação e pode ser utilizado na parte de fora do braço, na
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parte superior do tronco (costas), no abdómen ou na nádega. Poder-se-á seleccionar um local


diferente cada semana, mas seja qual for o local escolhido, o adesivo tem de permanecer nesse
local durante 7 dias. Pode-se utilizar no mesmo local, todas as semanas. No entanto, deve evitar-
se colocá-lo exactamente no mesmo ponto. O adesivo não deve ser aplicado em pele vermelha,
irritada ou com cortes. Deve aplicar-se na pele limpa e seca, sem cremes, óleos ou loções.
Orais
Esta é a principal forma de contracepção hormonal, utilizada por dezenas de milhões de
mulheres em todo o mundo, corresponde à administração de compostos hormonais de diversa
composição por via oral. Consoante a sua composição, é possível distinguir dois tipos
fundamentais de contraceptivos orais: as pílulas combinadas, compostas por estrogénios e
progestagénios (produtos sintéticos com acções semelhantes às da progesterona natural), e as
minipílulas, apenas constituídas por gestagénios.
Pílulas combinadas
Constituída pela combinação de dois derivados sintéticos do estrogénio e da progesterona. De
acordo com o teor de cada um destes derivados, as pílulas combinadas podem ser classificadas
em monofásicas ou multifásicas. As primeiras utilizam uma associação em doses baixas e fixas
de estrogénio e progestagénio ao longo de todo o ciclo. Já as multifásicas: também chamadas
de bifásicas e trifásicas, utilizam uma associação de estrogénio e progestagénio de baixa
dosagem, das quais a dose deste último varia em duas ou três fases ao longo do ciclo,
respectivamente. Foram desenvolvidas com o objectivo de reduzir os efeitos secundários dos
contraceptivos orais, incluindo hemorragia durante o ciclo e amenorreia, associados a níveis
elevados de hormonas.
A pílula combinada é uma forma muito eficaz de controlo de nascimento. Quando as
mulheres a tomam correctamente, menos de 1 em 100 vai engravidar durante o primeiro ano
de uso, no entanto, quase 8 em 100 utilizadoras típicas (8 por cento) vão engravidar. Isto deve-
se a uma toma incorrecta (falha de um ou mais comprimidos durante o ciclo) ou a uma má
absorção do comprimido (devido a vómitos, por exemplo). Quando tomada correctamente, a
eficácia da pílula combinada em prevenir gravidez é de 98 a 99 por cento.
Minipílulas
Este tipo de pílula só contém um progestagénio sendo aconselhável a mulheres para as quais as
pílulas contendo estrogénios são fortemente contra-indicadas e ainda em mulheres que estejam
a amamentar, uma vez que o estrogénio reduz a produção de leite. Para funcionar de forma
eficaz, devem ser tomadas à mesma hora a cada 24 horas, tolerando-se um intervalo de atraso
de menos de 3 horas. A sua eficácia, no entanto, é de apenas 97 a 98 por cento podendo ainda
originar ciclos menstruais irregulares.

3. Métodos intra-uterinos

DIU
Apesar de, actualmente, existir uma grande variedade de modelos de DIU, confeccionados com
vários materiais plásticos, de diferentes tamanhos e desenhos, os mais utilizados são os que têm
a forma de 7 ou T, com barras transversais mais ou menos curvas, constituídas com um fino
filamento de cobre enrolado na sua extremidade central
O dispositivo intra-uterino deve ser colocado pelo médico depois de efectuados todos os
exames para eliminar a existência de contra-indicações - infecções genitais, tumores uterinos,
etc. -, de ter medido a cavidade uterina e seleccionado o modelo mais adequado. Embora se
possa colocar o dispositivo a qualquer momento, este deve ser inserido durante a menstruação,
período ao longo do qual se sabe com certeza que não existe uma gravidez recente e quando a
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sua realização é facilitada pelo facto de o canal cervical (canal que permite a comunicação entre
o interior do útero e a vagina) se encontrar mais dilatado.
Dado que todo este procedimento é bastante rápido e também praticamente indolor, não
necessita da aplicação de anestesia. Nos dias seguintes à inserção, a mulher não deve manter
relações sexuais, sendo preferível que utilize pensos higiénicos em vez de tampões. Por
precaução, convém utilizar outro método contraceptivo até à primeira consulta, ao fim de um
mês, uma vez que durante esse período a eficácia do DIU não oferece garantias suficientes.
Inconvenientes e complicações:
Apesar de a utilização do DIU normalmente não provocar grandes problemas, está
intimamente ligada a menstruações mais abundantes e duradouras, até mesmo um pouco
mais dolorosas do que as habituais. Um possível inconveniente é a predisposição para o
desenvolvimento de infecções genitais, provocadas por microorganismos com maior facilidade
para aceder ao interior do útero através da ligação estabelecida pelos fios que pendem para a
vagina.
A complicação mais grave é a ruptura uterina, que ocorre se o dispositivo ficar preso na
parede uterina ou até atravessá-la, alcançando a cavidade abdominal. Embora se trate de um
problema perigoso, felizmente é muito raro caso o DIU seja colocado por profissionais.
Uma outra complicação não tão perigosa, mas que provoca a total perda de eficácia do
método, é a expulsão do DIU, que acontece até cerca de 2 por cento dos casos, existindo
situações em que é praticamente indolor e outras em que se produz durante a menstruação,
passando totalmente despercebida.
O aparecimento de dores abdominais, mal-estar geral, febre e fluxo vaginal anómalo são
sinais que a devem alertar para procurar o seu médico.

4. Métodos cirúrgicos
Laqueação de trompas
A esterilização feminina baseia-se na realização de uma intervenção cirúrgica ao longo da qual
se bloqueia a continuidade das trompas de Falópio, os canais onde se produz a união entre os
óvulos libertados pelos ovários e os espermatozóides provenientes do exterior, que sobem
desde o útero. A operação denomina-se "laqueação das trompas", devido ao facto de se
recorrer ao corte e laqueação destes canais. Deve-se referir que a operação não altera em
nada o funcionamento dos ovários, nem do restante aparelho genital feminino, pois para além
de não afectar as relações sexuais ou o desejo sexual, também não modifica o ciclo menstrual
normal.

Resultados e eficácia:
A intervenção provoca uma imediata e permanente esterilidade, tendo uma taxa de eficácia
teórica de 100 por cento, ainda que raramente se produzam insucessos devido a uma técnica
cirúrgica deficiente ou devido a uma fusão espontânea de alguma trompa.

Vasectomia
A esterilização masculina realiza-se através de uma simples intervenção cirúrgica, denominada
vasectomia, baseada no corte dos canais deferentes que impede a passagem dos
espermatozóides. É feita uma pequena incisão cirúrgica em cada um dos lados do escroto, é
removida uma porção de cada tubo (cerca de 1 cm), após o que as extremidades são fechadas.
O procedimento é simples, com recurso a anestesia local, pelo que o homem regressa a
casa no próprio dia.
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A esterilização é garantida praticamente a 100 por cento, mas são precisos, em média, 3
meses para"limpar" os canais de todos os espermatozóides neles existentes, o que corresponde
a umas 15 a 20 ejaculações. Por isso, até lá é aconselhável o uso de um método contraceptivo,
até que seja feita a confirmação de azoospermia (sémen sem espermatozóides) num
espermograma de controlo.

Apesar de simples existem alguns riscos de reacção inflamatória ligeira. É, portanto,


necessário estar vigilante e contactar o médico se houver febre, dificuldade em urinar,
hemorragia no local da incisão, se for detectado algum nódulo no escroto (a bolsa que envolve
os testículos) ou se o inchaço próprio de uma cirurgia não desaparecer ou se agravar. Um risco,
ainda que raro, prende-se com a possibilidade de as extremidades dos canais deferentes se
voltarem a unir. Se acontecer, o homem pode engravidar uma mulher. Fora esta excepção, após
uma vasectomia os espermatozóides deixam de poder passar pelos canais deferentes e de ser
expelidos com o sémen, pelo que os testículos começam a produzir menos e mesmo essa
quantidade é absorvida pelo organismo.
É uma forma de contracepção definitiva, radical que inviabiliza a reprodução, mas não
interfere com a vida sexual: o homem continua a manter erecções e a ejacular, não sendo
igualmente afectado na libido.
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CONCLUSÃO

Planeamento familiar (português europeu) ou planejamento familiar (português brasileiro) são


o conjunto de ações e serviços que têm, como finalidade, contribuir para a saúde da mulher,
da família e da criança. O planejamento familiar pode envolver a consideração do número
de filhos que uma mulher deseja ter, incluindo a opção de não ter filhos, bem como a idade
em que ela deseja tê-los e o espaçamento entre o nascimento dos filhos. Esses assuntos
são influenciados por fatores externos, como a situação conjugal, considerações de carreira,
posição financeira e quaisquer deficiências que possam afetar sua capacidade de ter filhos
e criá-los. Se for sexualmente ativo, o planejamento familiar pode envolver o uso de métodos
contraceptivos e outras técnicas para controlar o tempo da reprodução.
Outros aspectos do planejamento familiar incluem educação sexual,prevenção e
manejo de infecções sexualmente transmissíveis,[2] aconselhamento[2] e manejo pré-
concepção e da infertilidade. O planejamento familiar, conforme definido pelas Nações
Unidas e pela Organização Mundial da Saúde, abrange os serviços que antecederam a
concepção. O aborto não é considerado um componente do planejamento familiar,embora
o acesso à contracepção e ao planejamento familiar reduza a necessidade de aborto.
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AGRADECIMENTO
Viemos por este meio, agradecer em primeiro lugar a Deus o criador dos céus e da terra,
pela vida que nos concedeu, em seguida a nossa professora Aids pelo tema de elevada
importância, que vai mas uma vez contribuir na nossa vida acadêmica e aos colegas pela atenção
e pôr fim aos nossos pais pelo apoio financeiro e carinho que têm por nós, a todos vocês o nosso
muito obrigado.
13 | P á g i n a

Sumário
INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 1
Assim, os objectivos do planeamento familiar são:........................................................ 2
Métodos contraceptivos disponíveis .............................................................................. 3
1. Métodos físicos ou de barreira ....................................................................................... 3
2. Métodos hormonais ........................................................................................................ 3
3. Métodos intra-uterinos ................................................................................................... 3
4. Métodos cirúrgicos ......................................................................................................... 3
1.Métodos físicos ou de barreira.....................................................................................3
Diafragma ............................................................................................................................ 3
Método de utilização: ......................................................................................................... 3
Vantagens e inconvenientes: .............................................................................................. 4
Eficácia: ............................................................................................................................... 4
Preservativo Masculino....................................................................................................... 4
Método de utilização: ......................................................................................................... 4
Vantagens e inconvenientes: .............................................................................................. 5
Eficácia: ............................................................................................................................... 5
Preservativo Feminino ........................................................................................................ 5
Método de utilização: ......................................................................................................... 5
Vantagens, inconvenientes e eficácia: ................................................................................ 5
Espermicida ..................................................................................................................... 6
Método de utilização: ......................................................................................................... 6
Vantagens e inconvenientes: .............................................................................................. 6
Eficácia: ............................................................................................................................... 6
2. Métodos hormonais .................................................................................................... 6
Anel Vaginal ........................................................................................................................ 6
3. Métodosintra-uterinos ................................................................................................. 8
4. Métodos cirúrgicos ..................................................................................................... 9
CONCLUSÃO .................................................................................................................. 11

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